Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Candidose ou monilíase Agente etiológico: leveduras do gênero cândida Candida albicans * Candida tropicalis Candida parapsilosis Candida glabata Candida krusei Candida guilliermondii Cosmopolita, ou seja, um fungo que está em todo o globo Tem como habitat no homem as mucosas Possui mais de 200 espécies sendo 20 dessas patogênicas para o homem A simples presença do fungo não é patogênico Fungo oportunista FATORES DE VIRULÊNCIA Aderência Capacidade de se fixar ao corpo do hospedeiro Características químicas e estruturais na parede desses fungos Apresentam adesinas, na sua superfície, que auxiliam na fixação de substâncias moles Adesinas → glicoproteínas de superfície Em superfícies abióticas → produção do biofilme Polimorfismo Morfológico Capacidade de mudar de forma no momento da infecção Aumenta sua aderência Aumenta sua área de contato com o indivíduo Dificulta sua fagocitose Pode se tornar uma pseudohifa ou uma hifa verdadeira Ainda como levedura começa a internalização celular em que o corpo do indivíduo vai tentar puxar a levedura para o seu interior Tigmotropismo → as hifas/pseudohifas produzem enzimas líticas com as quais elas vão “furando” e entrando no indivíduo Variabilidade Fenotípica Altera a morfologia da colônia e superfície celular A mudanças de suas características favorecem sua sobrevivência Fenômeno reversível A mudança de forma oval para alongada Altera-se entre patogênica e não patogênica Aumenta sua aderência Aumenta sua superfície de contato Diminui a ação de antifúngicos – altera sua parede celular Diminui a ação dos polimorfos nucleares – o formato alongado dificulta seu englobamento Enzimas Ação proteolítica Aspartil proteinases – capazes de clivar anticorpos (IgA, IgG), hemáciase colágeno Fosfolipases – clivam fosfolipídeos, ou seja, membranas celulares Produção de Toxinas Capazes de causar morte celular Canditoxinas Toxicoglicoproteínas Biofilmes Junção dos microrganismos ligados entre si e a uma superfície – biótica ou abiótica – criando uma rede protetora É irreversível Facilita a vida dos microrganismos Podem ser formados em tecidos vivos Podem aparecer em canos ou chuveiros Podem surgir nas mucosas bucais Podem aparecer em aparelhos médicos e odontológicos Dificulta a ação de antibióticos Matriz de polissacarídeos Favorece a circulação de água, oxigênio e nutrientes FORMAS CLÍNICAS Intertriginosa Localiza-se em dobras das axilas, em inframamárias e na parede abnominal Estão em locais em que a pele atrita com ela mesma São lesões eritomatosas, maceradas, úmidas e pruriginosas Apresentam vesículas e bordas não definidas quando as bolhas estouram Pacientes com obesidade, diabetes e etilismo apresentam uma pré-disposição Aparecem com a umidade e higiene inadequada além de roupas muito apertadas Em crianças que usam fraldas e que os pais não fazem uma boa higienização, há lesões exuberantes e grande quantidade de pústulas Onicorminosa Localizam-se no perioxe e onixe (unha) São lesões que vão da matriz da unha para a sua borda Apresentam inflamação, edemas e pús Há a mudança de cor e espessamento da unha, opacidade e destruição ungueal Ambientes úmidos e com traumatismos apresentam pré- disposição e paciente com diabetes, menopausa e obesidade Estomatite Cremosa Localizam-se nas mucosas da língua, bochechas e no palato mole Formam placas cremosas Aparecem geralmente em pacientes com diabetes, AIDS, prematuridade, avitaminoses e próteses mal adaptadas Recém-nascidos que usam chupetas, mamadeiras, dedo, rachaduras na boca, pessoas com mãos mal lavadas que pegam no bebê e durante o parto Dentes estragados e a falta de dentes também tornam o ambiente propício a essa micose Estomatite Angular Localizam-se nos lábios Popularmente conhecida como boqueira São lesões maceradas, com fissuras na junção dos lábios e sangramento Possuem uma camada cremosa que tende a descamaçãoA maceração do ângulo da boca é capaz de causar essas lesões Pacientes com diabetes, obesidade e avitaminoses apresentam pré-disposição Atrofia senil do maxilar e próteses mal adaptadas também podem causar essas lesões Vulvovaginite Localiza-se na vagina, vulva, períneo e região perianal Seus sintomas são leucorréia, prurido, queimação, disúria e dispaurenia Pacientes grávidas, com diabetes apresentam predisposição O uso de anticoncepcional, diu, reposição estrogênica, antibióticos, imunodepressores também causam pré- disposição Há também pré-disposição na irritação mecânica e química e no uso de roupas apertadas e de nylon Candidíase Sistêmica Pode acometer qualquer órgão ou sistema Sinais e sintomas inespecíficos – febre, mal-estar, eritema, miagia Maior taxa de mortalidade Pacientes que acabaram de fazer uma cirurgia apresentam maior predisposição Sondas, cateteres, diálises e drogas imunossupressoras estão dentro dos fatores de pré-disposição DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Material Unha → raspagens do limite parte sadia/contaminada Pele → raspagem da borda da lesão Mucosa → swabs (“cotonete” que se passa na lesão e depois numa placa) Pús/LCR/sangue → punção Biópsia → fragmento do tecido Exame Direto KOH 10-40% Células leveduriformes com paredes fina Podem apresentar gemulações e pseudohifas Cultura Usa-se uma mistura de ágar sabouraud e claranfenicol para fazer o meio A temperatura varia entre 25-30°C O crescimento demora entre um a três dias A colônia é cremosa com uma cor branca e amarelada Microscopia São células leveduriformes – ovais Podem apresentar pseudohifas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Pode ser confundida com: Leucoplasias Herpes Líquen plano Dermatofitose Vaginite gonocócica Dermatofitose Eritrasma tricomoníase TRATAMENTO Formas cutâneas e mucosas Nistatina Derivados de imidazóllico – clotrimazol e miconazol Onicomicoses Amorolfilina Ciclopirox olamina 8% Formas sistêmicas e superficiais Anfotericina B Caspofungica Fluconazol Itraconaza Letícia Andréa 105-2O
Compartilhar