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Aula_principais características das causas suspensivas extintivas e excludentes do crédito tributário

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ROTEIRO DAS AULAS VIII a X
Disciplina (Legislação Tributária)
Tema da aula: principais características das causas suspensivas, extintivas e excludentes do crédito tributário
I- Causas “suspensivas” do crédito tributário (arts. 151 a 155-A do CTN)
Conforme apresentado em linhas anteriores, ao ocorrer o fato gerador em sentido concreto (fato imponível), com o posterior ato de lançamento tributário e notificação do sujeito passivo, o tributo estará em condições de ser pago pelo respectivo sujeito passivo e recebido pelo Fisco, porque o crédito tributário passará a ser exigível. Contudo, segundo a própria lei tributária é possível que haja determinado fato novo que venha adiar o pagamento do tributo. Trata-se das causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário.
Em outras palavras, ainda que o crédito tributário esteja devidamente constituído, certas situações taxativamente previstas em lei suspendem a exigibilidade de tal crédito, impedindo com isso a cobrança judicial por parte da Fazenda Pública competente.
a) Moratória (arts. 151, I e 152 a 155 do CTN)
A moratória, em poucas palavras, representa a dilação legal do prazo para o normal recolhimento do tributo.
OBS: só a lei pode conceder moratória, prorrogando aquele prazo. 
A doutrina costuma apresentar a moratória como medida de política fiscal que se dá normalmente após determinadas situações que reduzem ou diminuem a capacidade contributiva do sujeito passivo, por exemplo, hipóteses envolvendo catástrofes naturais. 
Segundo Paulo de Barros Carvalho, moratória é a dilação do intervalo de tempo estipulado para o implemento de uma prestação, por convenção das partes, que podem fazê-lo tendo em vista uma execução unitária ou parcelada.
 
b) O depósito do seu montante integral (art. 151, II, do CTN)
Apresenta-se como forma de depósito cautelar (espécie de caução) na hipótese de o sujeito passivo da obrigação tributária tiver o desejo de discutir com o Fisco sobre algo que entenda não estar em conformidade com a lei. Aqui, caso a demanda seja julgada improcedente, a quantia será incorporada à Fazenda Pública. Por outro bordo, se for julgada procedente, ser-lhe-á restituído o depósito, corrigido monetariamente.
OBS: de acordo com o enunciado da súmula 112 do STJ, o depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro.
c) As reclamações (impugnações) e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo (art. 151, III, do CTN)
Nas palavras de Guilherme de Carvalho Junior, esse processo de natureza administrativa, será julgado pelo órgão administrativo, estruturado de acordo e conforme as referidas leis reguladoras do processo naquele âmbito. Trata-se, pois, do processo tributário na esfera administrativa. 
Em síntese, caso o sujeito passivo da relação tributária, antes de ir a juízo, queira ingressar com recurso administrativo visando obter seus direitos, e tal recurso seja recebido com efeito suspensivo, será afastada a possibilidade de uma execução fiscal. 
OBS: a interposição do recurso administrativo não é obrigatória, podendo o sujeito passivo recorrer diretamente ao judiciário.
d) Concessão de medida liminar em mandado de segurança (art. 151, IV, do CTN c/c art. 5º, LXIX, da CF e Lei 12016/09)
Liminar é uma medida de urgência, que observa para sua concessão a presença dos requisitos fumus boni iure (relevância dos fundamentos da impetração) e periculum in mora (perigo que a demora na prestação jurisdicional ocasione dano irreparável ao impetrante). Enquanto a liminar estiver produzindo efeitos, fica suspensa a exigibilidade do crédito tributário.
e) A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial (art. 151, V, do CTN)
Hipótese que foi introduzida pela Lei Complementar 104/2001, dispõe que assim como ocorre com a liminar em mandado de segurança, as medidas liminares e a antecipação de tutela, concedidas em qualquer tipo de ação judicial, possuem o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário.
f) O parcelamento (art. 151, VI, do CTN)
Hipótese também introduzida pela Lei Complementar 104/2001, o parcelamento se apresenta como uma forma de fracionamento do valor total do débito tributário, quando o sujeito ativo da relação tributária admite o recebimento do valor devido em mais de uma parcela, que conterá como regra os juros e multas, salvo disposição legal em contrário.
OBS: de acordo com o art. 151, parágrafo único, do CTN, ainda que presente a causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário, não desaparece para o contribuinte o dever de cumprir as obrigações acessórias.
OBS: as causas que suspendem a exigibilidade do crédito tributário ocasionam também a suspensão do prazo prescricional.
SÍNTESE
Conforme mencionado, de acordo com os arts. 151 a 155-A, do CTN c/c Lei Complementar 104/2001, temos como hipóteses de “suspensão” da exigibilidade do crédito tributário a moratória; o depósito do seu montante integral; as reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; a concessão de medida liminar em mandado de segurança; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial e o parcelamento.
II- Causas “extintivas” do crédito tributário (art. 156, I a XI, do CTN)
As hipóteses de extinção do crédito tributário são situações que liquidam, põem fim ao crédito e à obrigação dele correspondente. Nesse sentido, as causas extintivas do crédito tributário têm o poder de liberar o sujeito passivo da relação de sujeição que possui com a Fazenda Pública. 
Segundo o art. 156, I a XI, do CTN, as causas extintivas encontram-se assim expostas: 
a) Pagamento (art. 156, I, do CTN)
No que tange ao Direito Tributário o pagamento é apresentado como a entrega realizada pelo sujeito passivo ao sujeito ativo do dinheiro correspondente ao tributo devido, configurando a forma mais tradicional de extinção do crédito tributário. 
OBS: qualquer pagamento a maior tipifica um indébito tributário, sendo que tal indébito deve ser restituído ao sujeito passivo da relação tributária.
OBS: de acordo com o art. 168 do CTN, o direito de pleitear a restituição do indébito por meio da denominada ação de repetição de indébito pode ser proposta até 5 (cinco) anos (c/c art. 165, I a III, do mesmo diploma legal).
	
OBS: o art. 169 do CTN trata da denominada ação anulatória da decisão administrativa que denegou o pedido de repetição, cujo prazo de prescrição é de 2 (dois) anos.
b) Compensação (art. 156, II, do CTN )
A compensação tributária somente será cabível quando o sujeito for ao mesmo tempo credor e devedor da Fazenda Pública.
c) Transação (art. 156, III, do CTN)
Segundo o art. 171 do CTN, transação é um acordo celebrado, com base em lei, entre o Fisco e o sujeito passivo da relação tributária, que faz desaparecer a obrigação tributária, mediante concessões recíprocas.
	
d) Remissão (art. 156, IV, do CTN)
	A palavras “remissão” significa perdão. Logo, remissão é o perdão legal do débito tributário, que pode ser total ou parcial. 
OBS: de acordo com o art. 150, §6º, da CF, entre outras coisas, somente lei específica pode perdoar o débito tributário (lei remissiva).
e) Prescrição e decadência (art. 156, V, do CTN)
	Prescrição é a perda da pretensão de exigir determinado direito subjetivo pela inércia do tempo. No que tange ao Direito Tributário, mais precisamente na seara da extinção do crédito tributário, a prescrição representa a perda por parte do Fisco do direito de exigir a cobrança do crédito tributário pelo decurso do tempo (c/c art. 174 do CTN).
	Decadência é a perda do próprio direito potestativo também pela inércia do tempo. No que tange ao Direito Tributário, mais precisamente na seara da extinção do crédito tributário, a decadência representa a perda por parte do Fisco do direito de realizar o lançamento tributário, pelo decurso de certo tempo sem fazê-lo (c/c art. 173 do CTN).
	OBS: em resumo,o art. 174 do CTN dispõe sobre a prescrição da pretensão de exigir o direito subjetivo de cobrança do crédito tributário devidamente constituído pelo lançamento.
OBS: em resumo, os arts. 173 e 150, §4º, ambos do CTN, dispõem sobre a decadência do direito potestativo da Fazenda Pública de efetuar o lançamento. Logo, o Fisco tem 5 (cinco) anos para constituir o crédito tributário, sob pena de decadência.
 
OBS: em síntese, antes do lançamento, pode ocorrer a decadência; após o lançamento, pode ocorrer a prescrição, sendo que ambos os institutos importam na extinção do crédito tributário.
f) Conversão do depósito em renda (art. 156, VI, do CTN)
	Ocorrendo a decisão definitiva administrativa ou judicial favorável ao sujeito ativo da relação tributária, o depósito efetuado será convertido em renda. 
g) O pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no art. 150 e seus §§ 1º e 4º (art. 156, VII, do CTN)
	Nas hipóteses de lançamento por homologação (ou autolançamento), ao ocorrer a efetiva homologação do pagamento teremos a extinção do crédito tributário.
h) A consignação em pagamento, nos termos do disposto no §2º do art. 164 (art. 156, VIII, do CTN)
	De acordo com o art. 164, §2º, do CTN, ao ser ajuizada a ação de consignação em pagamento, sendo esta julgada procedente, o pagamento reputa-se efetuado e a importância consignada é convertida em renda. Por outro bordo, julgada improcedente a consignação, no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. 
i) A decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória (art. 156, IX, do CTN)
	Quando, por exemplo, o sujeito passivo se manifesta através de processo administrativo questionando o lançamento tributário realizado pelo Fisco, a decisão proferida no referido processo que acolha o pleito do contribuinte também terá o condão de extinguir o crédito tributário. 
j) A decisão judicial passada em julgado (art. 156, X, do CTN)
	O caráter definitivo da decisão transitada em julgado será alcançado quando dela já não caiba mais recurso ou outro meio de questionamento previsto em lei.
l) A dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei (art. 156, XI, do CTN)
	De acordo com o art. 356 do CC, a dação em pagamento consiste em prerrogativa de credor de receber prestação diversa daquela que lhe era devida.
No que tange ao Direito Tributário, em resumo, a dação em pagamento foi inserida pela Lei Complementar 104/2001 e consiste basicamente na entrega por parte do sujeito passivo de bens imóveis de acordo e conforme condições previstas em lei. 
III- Causas que “excluem” o crédito tributário (arts. 175 a 182 do CTN)
De acordo com o art. 175 do CTN, excluem o crédito tributário a isenção e a anistia. Contudo, a exclusão desse crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.
a) Isenção (arts. 176 a 179 do CTN): é a dispensa do tributo devido, ou que normalmente seria devido, realizada através de lei ordinária específica. Exemplo: lei municipal que isente o aposentado idoso do pagamento de IPTU, se proprietário de único imóvel.
 OBS: a isenção pode ser de caráter geral (ou absoluta), quando beneficia todos os contribuintes do território diretamente, ou de caráter individual (ou relativa), quando atinge determinados contribuintes, em cada caso dependendo de despacho da autoridade competente, mediante requerimento do interessado.
OBS: de acordo com o art. 177 do CTN, salvo disposição em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria, bem como aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
OBS: conforme já mencionado, há diferença entre isenção (dispensa do tributo por força de lei ordinária) e imunidade (dispensa do tributo pela Constituição Federal).
b) Anistia (arts. 180 a 182 do CTN): exclui o crédito tributário referente à aplicação de penalidades cometidas antes da lei que a concede. Em outros termos, anistia é o perdão referente a determinada infração que o entre tributante concede ao sujeito passivo da relação tributária, abrangendo atos e fatos ocorridos antes do advento da lei que a houver instituído.
OBS: a anistia, assim como ocorre com a isenção, também pode ser concedida em caráter gral ou individual.

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