Buscar

OBRIGAÇÕES - PAGAMENTO CONDIÇÕES SUBJETIVAS CONDIÇÕES OBJETIVAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL II - OBRIGAÇÕES 
PAGAMENTO. CONDIÇÕES SUBJETIVAS. CONDIÇÕES OBJETIVAS 
 
1. Introdução 
 
As obrigações se extinguem quer por seu cumprimento espontâneo, quer forçadamente por intervenção do Judiciário, quer ainda pela superveniência de institutos jurídicos extintivos. 
 
As pessoas envolvidas na obrigação podem ser ou o sujeito passivo originário ou seus herdeiros e sucessores, conforme se trate de obrigação infungível ou fungível. 
 
Assim, são três os processos mediante os quais o devedor vem a ser liberado de cumprir a obrigação a que estava sujeito, a saber: 
 
 Cumprimento Espontâneo mediante o pagamento e suas modalidades especiais (consignação, sub-rogação, imputação e dação em pagamento) ou por meios indiretos, sem pagamento (novação, compensação, confusão e remissão da dívida). 
 
 Sem o Cumprimento quando a obrigação deixa de existir, seja por força da prescrição, seja da impossibilidade de execução sem culpa do devedor, seja do advento de condição ou termo extintivos. 
 
 Execução Forçada, caso o devedor resista ao cumprimento da obrigação, o credor tem acesso ao Poder Judiciário, cuja sentença condenatória converterse-á em penhora e leilão dos bens do devedor. 
 
2. Pagamento. Conceito. Pressupostos 
 
O pagamento em sentido estrito é a execução voluntária da prestação (de dar, fazer ou não-fazer) no tempo, forma e lugar convencionados. Em sentido lato, entretanto, abrange também as modalidades especiais de pagamento (consignação, sub-rogação, imputação e dação em pagamento). 
 
O pagamento decorre (pressupostos) da existência de uma dívida imposta pela lei ou por negócio jurídico - sob pena de pagamento indevido, bem como a intenção deliberada de pagar (animus solvendi) - pois a coação tornaria o ato anulável (CC, Art. 171, II), embora possa haver o pagamento coercitivo por meio judicial. 
 
Conforme vimos no ponto anterior (6.2 e 6.3) é possível validar o pagamento de obrigação natural e de obrigação moral, desde o solvens o faça sabendo que tais obrigações não são juridicamente exigíveis. 
 
3. Natureza Jurídica 
 
Controvertida é a natureza do pagamento, pois há quem veja no pagamento mero fato ou ato jurídico, ou mesmo, um negócio jurídico unilateral, maspredomina sua qualificação como um contrato, com o fim de libertar o devedor da obrigação, constituindo um meio direto de extinguí-la. 
 
4. Condições Subjetivas das Obrigações 
 
A obrigação decorre do fato do devedor ter assumiu em nome próprio ou alheio, devendo ser cumprida pessoalmente ou por seus herdeiros e sucessores, consoante se trate de obrigações infungíveis ou fungíveis, sob pena de perdas e danos, resaltando que nas obrigações personalíssimas não ocorre a transmissão da obrigação, visto como vinculam elas exclusivamente um certo devedor a determinado credor. 
 
As pessoas implicadas no pagamento são: 
 
 Quem Deve/Pode Pagar (CC, Arts. 304/307): i) apenas o devedor e não outrem, nas obrigações personalíssimas (exemplo: só Marilda, a arquiteto que escolhi, poderá construir minha casa); ii) terceiro juridicamente interessado, ficando sub-rogado nos direitos do credor (exemplos: o fiador, o herdeiro enquanto não feita a partilha, o adquirente de imóvel hipotecado) iii) terceiro juridicamente não-interessado: a) pagando em nome e por conta do devedor será então seu representante, podendo reembolsar-se do que despendeu, mas não se o tiver feito por liberalidade (exemplo: o gestor de negócio) b) pagando em seu próprio nome terá o direito de reembolsar-se, mas sem se sub-rogar nos direitos do credor, pois o pagamento poderia ser um meio de o pagante vexar o devedor, com exigências piores que as do credor; c) pagando sob justa oposição do devedor (exemplo: inconveniência do pagamento, ante a prescrição ou nulidade da dívida), o terceiro só terá direito a ressarcir-se do quanto resultou em benefício do devedor, para não haver o locupletamento de qualquer deles. 
 
 A Quem Pagar (CC, Arts. 308/312): i) ao credor ou a seu representante (exemplo: ao credor Pedro ou a seu advogado, pai, curador ou tutor); ii) ao sucessor - seja mortis causa (exemplo: o herdeiro, o legatário), seja inter vivos (exemplo: o cessionário do crédito, que se sub-roga em seus direitos); iii) ao co-credor: a) se for solidário a dívida será extinta; b) se não for solidário e a obrigação for indivisível (exemplo: a servidão de passagem concedida por Pedra a João, Tiago e André pode ser exigida por qualquer destes últimos); c) se não for solidário e a obrigação for divisível (exemplo 4 credores não solidários de R$ 10.000,00), pagará a fração ideal a cada credor (no exemplo dado, R$ 2.500,00); c) ao portador a quem apresentar o documento ao devedor; iv) ao credor incapaz somente provando que o pagamento foi revertido em benefício deste; v) a credor putativo (presumidamente credor) somente extingue a obrigação se houver boa fé. 
 
5. Condições Objetivas das Obrigações 
 
As condições objetivas das obrigações são em relação ao objeto, ao lugar do pagamento e ao tempo para a sua adimplência: 
 
 Objeto da Prestação (Arts. 313 a 321, CC): o credor não está obrigado a receber prestação diversa da convencionada, ainda que mais valiosa. Se for uma obrigação de dar coisa certa, o devedor deve entregar ou devolver exatamente a coisa devida, e não outra, sem o consentimento do credor (CC, art. 313). Sendo obrigação de dar coisa incerta será necessário fazer o ato de concentração, quer dizer a escolha, passando a determinar a coisa. Na obrigação de fazer, o pagamento consiste em praticar a ação prometida, a exemplo de construir uma cex.: construir a casa (habitação) e não uma escola (estabelecimento) no lugar daquela. Na obrigação de não fazer esta se cumpre abstendo-se o devedor de certo ato ao qual se comprometera, a exemplo da obrigação de não construir mais alto do que o avençado, o pagamento consiste em não se edificar acima de certa altura. Vontando à obrigação de dar, sendo em dinheiro, deve ser paga no vencimento em moeda corrente (nacional) e pelo valor nominal, mas é lícito convencionar aumento progressivo de prestações. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial (comércio exterior). Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos. 
 
 Lugar do Pagamento (Arts. 322 a 331, CC): o pagamento deve ser feito no lugar indicado no título constitutivo da obrigação; em caso de omissão, no domicílio do devedor, pois, em regra, a dívida é quérable, devendo o pagamento efetuar-se no domicílio atual do devedor (da época do vencimento da obrigação e não no da época do contrato), pois a lei favorece o devedor. 
 
 Prova do Pagamento (Arts. 322 a 326, CC): sob pena de o devedor ser considerado inadimplente, o pagamento deve ser provado por documento de quitação (recibo, nota fiscal, declaração de quitação, etc); a devolução do título é presunção de quitação; não havendo documento, o pagamento pode ser provado por qualquer meio idôneo, inclusive testemunhal (exceto quitação de salário que deve ser contra-recibo ou depósito bancário, por força do art. 464 da CLT). 
 
 Tempo do pagamento (Arts. 331 a 333, CC): o pagamento deve ser feito na data ajustada, não podendo o credor exigir o pagamento antes do vencimento; . o vencimento antecipado pode ser por conveniência do devedor ante a presunção de que os prazos são estabelecidos em seu prol, obrigando o credor a receber o pagamento; em caso de insolvência (falência ou concurso de credores), ou se os bens hipotecados, empenhados ou anticréticos forem penhorados em execução por outro credor, ou, se ainda, cessarem/tornarem insuficientes as garantias do débito, fidejussórias ou reais, e o devedor se negar a reforçá-las.

Continue navegando