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CODIGO DE PROCESSO I IMPERIO - VOL 2

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marrado, ou por 
fallecimonto, serão ellas preenebioas, e os novos nomea-
dos servirão até ao fim do quatriennio, oceupando os «I-
tlmos lugares na escala doa supplentes. 
Fora destes casos não é alterável a ordem da supplencta. 
J5 3." Os supplentes doa juizes municlpaes, além de os 
substituírem, todos três com elles cooperarão activa e con-
tinuamente noa actos da formação da culpa doa crimes 
communs e mais' procedimento criminal da competência 
dos mesmos juizes, até á pronuncia e julgamento exclu-
sivamente. 
S a.» O termo da jurisdicção do juiz municipal será 
dividido cm ires distr.ctos especiacs, designaodo-se a cada 
supplente um delles, em que de preferencia terá exerci-
cio, sem por isso deixar de ser competente para ordenar 
as prisões e quaesquer diligencias do seu oflkio, e, sempre 
que for necessário, proceder lambem aos actos da for-
mação da culpa, nos outros distrklos especiacs. 
Os presidentes de províncias farão essas subdivisões de 
districtos especiaes, não podendo altera-los durante o exer-
cício dos respectivo* supplentes, salvo se bouver augmento 
ou diminuição de território. 
S 6.* Dous mezes depois da publ cação da lei serão 
nomeados os supplentes dos juizes substitutos para todas 
as comarcas especiaes ; e quatro mezes depois desta pu-
blicação os supplentes dos juizes munidpaes no mesmo 
dia em cada província. 
Mais adiante ainda dii: 
Art. 18. Aos supplentes dos juizes municipaes compete: 
1.* Além da substituição dos juizes municipaes em seus 
impedimentos, cooperar no preparo de todos os processos 
crimes a cargo dos mesmos juizes até á pronuncia e jul-
gamento exclusivamente. 
2.* Conceder fianças. 
173 
11. Ás attribuições criminaes que per-
tencião aos juizes de paz até á data da Lei de 
3 de Dezembro de 1841, e que ella não 
devolveu especialmente ás autoridades que 
creou. 
SECÇÃO V. 
Das attribuições criminaes dos delegados (112) e 
subdelegados. 
Art. 212. Aos delegados e subdelegados, 
na parte criminal, compete: 
1.° Desempenhar as mesmas attribuições 
incumbidas aos chefes de policia, enumeradas 
nos §§ Io, 2o, 3o e 4o do art. 198. 
2.° As attribuições criminaes que per-
tencião aos juizes de paz até á data da Lei de 
3 de Dezembro de 1841, e que 
(112) A Ordem de h de Junho de Í864, mandando de-
mittir os delegados que fossem ofliciaes militares, refere -
se tanto aos do exercito, como aos de policia; mas não 
entende-se com os reformados, residentes no lugar.—Av. 
In. 190 de 25 de Julho de 1864. 
174 
essa lei não devolveu especialmente ás 
autoridades que creou (113). 
Compete aos delegados: 
1.° Formar eulpa aos subdelegados e 
subalternos dentro do termo, quando o 
mereção (114). 
2.° Organizar a lista dos jurados. 
(113) Os crimes de damnò excedem á attribuição dos 
delegados e subdelegados; pois, além de outros motivos, 
basta considerar que, dependendo de citcumstancias ag-
gravantes classifica-los na primeira ou na segunda parte 
dos arts. 266 e 267 do Cod. Crim., é evidente que o má-
ximo das penas em que podem estar incursos os autores 
desse crime é muito superior ás que o Cod. do Proc. 
menciona no art. 12, § 7°, e que regulão a alçada dos 
delegados e subdelegados. O gráo máximo é seguramente 
que serve de regulador ás alçadas e ás fianças.—Av. de 
2 de Setembro de 1849. 
O subdelegado, se julgar cabalmente provada a sua in-
competência, em meio do summarío de nm crime, que 
não é da sua alçada, deve declara-la por sentença:, si se 
declarar incompetente, competindo-lhe o julgamento final, 
tem lugar a appellação do art. 450 § 1° deste Regul.. 
interposto para o juiz de direito, na forma do art. 452.— 
Av. de 5 de Maio.de 1868. 
Vide notas 88 e /í2. • 
(HA) A attribuição que confere este artigo aos delegados, 
de formar .culpa aos. seus subdelegados e subalternos, so-
mente comprehende os. crimes de responsabilidade, em 
lista do art. 6" da Lei de 3 de Dezembrpde 1841» § 10. 
nas palavras—em que compra» os seus Regimentos,. etc,-r-,| 
175 
CAPITULO H. 
Dos promotores (115). 
Art. 213. Em cada uma comarca haverá 
um promotor, e dous quando pela sua 
e art. 26 da mesma Lei, g i.°—Av. do Io de Setembro 
de 1849.—Vide nota ao art. 240 deste Regulamento. 
Os Juizes municipaes, delegados e subdelegados podem 
formar culpa aos seus subordinados em todos os crimes 
de responsabilidade que estes tenhão commettido, isto é, 
sempre que não guardarem as leis e regulamentos que 
lhes marcão seus deveres e obrigações, pois é esta a ge-
nuína iniellígencia que se deve dar ás palavras do art. 4% 
§ 10 da Lei de 3 de Dezembro de 1841—em q <e cum-
prão os seus Regimentos—, e não foi outro o sentido d i 
Aviso do Io de Setembro de 1849. Nem d'ahi se pode 
deduzir que elles Gquem privados de formar culpa nos 
crimes individuaes, pois essa attribuição lhes resulta do 
g 1* do citado artigo, que o Av. do 1° de Setembro de 
1849 não mencionou, porque limitou-se a explicar o sen-
tido do § 4°, e não do 1°.—Av. de 31 de Maio de 1851. 
(115) O que sendo juiz municipal supplente aceitar o 
cargo de promotor renuncia aquelle.—Av. de 13 de Junho 
de 1861. 
No mesmo sentido quanto a acceitar, sendo subdele-
gado. — Av. de 31 de Outubro do mesmo anuo. 
Diz o Aviso do 1° de Agosto de 1843 que o chefe de 
policia é superior do promotor, mas não deve usar para 
com elle de expressões imperativas, ainda quando em 
negocio de soa restricta obrigação. 1 E nullo todo o 
processado perante o jury, quando, embora apenas nos 
preparatórios do conselho, intervém como promotor 
quem tiver praticado actos- de juiz na 
176 
extensão, população e affluencia de negó-
cios de sua competência não fôr um só 
bastante para dar-lhes fácil e prompta 
expedição (116). ,'; 
Art. 214. Quando a respeito de uma 
comarca se verificarem taes circumstan-
cias, o presidente da provincia as levará, 
por meio de uma exposição circumstan-
ciada, ao conhecimento do governo, que 
decidirá. 
Art. 215. Quando houver dous promo-
tores, os presidentes nas províncias podè-
ráõ marcar-lhes districtos, nos quaes exer-
cerás as suas attribuições, sem que, todavia, 
fique cada um inhibido de denunciar os 
formação da culpa.—A.cc. do Snp. Trib. de Justiça de 28 
de Setembro de 1859, recorrente Beato Francisco de Ma-
cedo e recorrida a Justiça. 
(116) O promotor publico não tem obrigação de residir 
em um ponto determinado da comarca; pode, porém, o 
governo, quando as circumstanciãs o exigirem, delermi-
nar-lhe que resida temporariamente em um ponto que 
mais convenha â" mcllior administração da Justiça e ma-
nutenção da ordem publica.—A.v. de 7 de Julho de 1848. 
Vide nota 90. 
177 
«rimes e promover a prisão dos criminosos 
que possão existir no outro districto, quan-[do 
cheguem ao seu conhecimento, quer dando de 
tudo noticia ao outro promotor, quer 
dirigindo-se directamente ás autoridades 
competentes. 
Art. 216. Para exercer o cargo de promotor 
serão com preferencia escolhidos bacharéis 
formados; e quando os não haja idóneos para 
os lugares, serão nomeados indivíduos que 
tenhão as qualidades requeridas pela Lei de 3 
de Dezembro de 1841 para ser jurado, a 
necessária intelligencia, instrucção e bom 
procedimento, preferindo-se aquelles que no 
desempenho dos deveres de outros cargos 
públicos já tiverem dado provas de que 
possuem essas qualidades. 
Art. 217. Os promotores serão nomeados 
pelo Imperador no município da corte, e pelos 
presidentes nas províncias, por tempo 
indefinido; e servíráõ emquanto 
c. r. n 19 
178 
convier a sua conservação ao serviço pu-
blico, sendo no caso contrario indistincta-
mente demittidos pelo Imperador ou pelo» 
presidentes das províncias nas mesmas 
províncias. 
Art. 218. Na falta ou impedimento dos 
promotores, os juizes de direito nomearáõ 
quem interinamente os
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