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Direito Constitucional II
Rio, 03/08/2011
Finalidade da Constituição:
Organizar o estado 
Limitar o poder ou definir os fins do estado
Delimitar os direitos fundamentais
Foco do curso: Realização da organização do estado, administração e prestação da jurisdição, todos poderes do estado limitados obviamente pelos direitos fundamentais.
- Mutação Constitucional: alteração da constituição por mudança na interpretação de suas normas.
Caso Plessy x Ferguson:
A constituição apesar de garantir a todos os cidadãos norte-americanos igual proteção da lei, condenou Plessy. Somente na década de 1950 é que a Suprema Corte declarou tal regra de segregação, inconstitucional. A escrita da constituição não se alterou, mas sim sua interpretação. Dessa forma podemos entender uma constituição a partir de sua interpretação e não a partir da letra fria da lei.
A suprema Corte à época defendeu a tese do “equal but separated”.
O Sistema de freios e contrapesos que rege o direito – caso da licença maternidade no caso das mães adotantes.
Interpretação Tópica como forma de alterar a jurisprudência a partir de casos modelos que vem alterando a interpretação do direito positivo.
Razoabilidade como forma de analisar as minúcias de cada caso.
A separação de poderes lato sensu é estrutural, de forma que podemos diferenciá-los organicamente. Esta expressão deve ser entendida desta maneira. 
Quando passamos a um olhar mais funcional dos três poderes, vislumbramos que os três poderes se inter relacionam, e mais se inter regulam. 
Portanto a separação dos poderes é estrutural, mas não funcional.
O professor chamou atenção para o caráter patológico da separação dos poderes no Brasil. Qual seja uma tendência pertinente de agigantamento do poder executivo perante os outros.
Rio, 08/08/201
Falemos das funções: legislativa, executiva e juduciária
Legislar:
E quando o poder público por certo ato introduz em nosso ordenamento jurídico normas abstratas e genéricas. 
É muito importante perceber que não somente o poder legislativo exerce tal função, mas também o executivo e o judiciário.
Como exemplo para o executivo: a medida provisória. Ou ainda os decretos (art.4º, IV da CRFB) que regulam atuação da administração pública, seja ela federal, estadual ou ainda municipal.
Lembrando que os regulamentos apesar de estarem abaixo hierarquicamente das leis, são atos também de conteúdos abstratos e genéricos (assim como a lei).
E quanto ao poder judiciário? Podemos afirmar que ele também exerce a função legislativa através das súmulas vinculantes (Emenda 45) (art. 103 b da CRFB). Ou ainda como legislador negativo, legislador positivo (mandado Injunção ou caso dos 28 %). 
A sentença normativa emitida pela justiça do trabalho no caso de dissídio coletivo também é um outro exemplo de atuação do judiciário com função legislativa.
Cuidado com a lei de efeitos concretos, que é lei, apenas em sua forma, mas não em seu conteúdo. EX: artigo da constituição sobre o colégio Pedro II.
Kelsen acreditava que existiam apenas duas funções: a de criar leis e a de aplicá-las. O poder legislativo seria o criador e o executivo e o judiciário, os aplicadores. Essa tese é interessante, mas completamente descartada hoje em dia. Nos servindo simplesmente para nos mostrar a aproximação entre a função de administrar e a função de prestar a jurisdição.
De fato as duas funções aplicam o direito, entretanto podemos diferenciá-las:
Prestação da Jurisdição:
O juiz, de fato, é um aplicador do direito. Mas sua atuação depende da provocação pela parte conforme o principio da Inércia da Jurisdição.
Administração:
A atuação da atividade administrativa, em regra, não depende da provocação.
Esse primeiro critério é um critério frágil, uma vez que existem exceções.
Podemos dizer que a litigiosidade no caso da prestação da jurisdição é o grande aspecto marcante de tal função.
No caso da administração pública, não há que se falar em litigiosidade.
OBS: Jurisdição Voluntária é segundo Humberto Theodoro Júnior a administração judicial .No fundo é jurisdição na sua forma, mas não no seu conteúdo.
Em suma a função jurisdicional é a aplicação do direito, em regra dependente de provocação mediante litigiosidade e substitutividade.
A função administrativa é aplicação do direito, nem sempre dependente de provocação, diante de situação não litigiosa e pública por natureza.
Devemos lembrar ainda que o poder legislativo tem função jurisdicional quando realiza as chamadas CPIs por exemplo.
O poder judiciário também tem função administrativa quando por exemplo concede férias a magistrados, ou ainda convocando candidatos para concursos públicos. Ou ainda a atividade de fiscalização eleitoral da justiça (eleitoral).
O poder legislativo também exerce função jurisdicional como no caso do julgamento do presidente por crime de responsabilidade o Congresso Nacional pode declarar o impeachment do presidente.
O poder executivo também exerce função jurisdicional. EX: quando contestamos uma multa enviada pelo DETRAN.
Feita toda essa explicação podemos falar que existem nos 3 poderes funções preponderantes / residualidade, como naturalmente observaríamos. Alguns autores falam em tipicidade. O professor não concorda com tal denominação porque justamente considera típico de um poder exercer as três funções.
Rio, 10/08/2011
RESUMO:
A divisão dos poderes é muito mais estrutural do que funcional.
Formas de Governo: monarquia e república
A diferença essencial entre essas duas formas é o modo de escolha do chefe de estado. Na monarquia temos hereditariedade e permanência vitalícia. Na república temos a temporariedade e escolha do presidente através de eleições.
O Principio Republicano – idéia de que todos os agentes públicos podem ser responsabilizados por seus atos.
Forma de Estado: Federação ou Estado Unitário
A diferença entra tais formas esta justamente na atribuição constitucional das competências. Na verdade é isto que temos na federação, onde as competências são repartidas entre os entes federativos, que são autônomos.
Sistema de Governo:
Presidencialismo: Podemos notar nesse regime uma maior independência entre o poder legislativo e o executivo. Já sabemos que o presidente acumula as funções de chefe de estado e chefe de governo (definição de políticas públicas). Podemos dizer que o presidencialismo facilita bastante a independência dos poderes, mas não a sua harmonização.
Parlamentarismo: neste sistema temos a chefia do estado e a chefia do governo exercido por diferentes pessoas. O chefe de estado é o presidente ou ainda o monarca. O chefe de governo é o primeiro ministro. Este escolhido pelo parlamento. Neste sistema, quando o primeiro ministro realiza uma manobra política desastrada, ocorre o chamado voto de confiança ou moção de confiança, através do qual o parlamento decide sobre a permanência ou não do primeiro ministro no cargo.
Dizem os Ingleses que o parlamentarismo conta os segundos e os minutos da política. Quanto mais tempo um primeiro ministro estiver no poder mais o parlamento se sentirá a vontade para votar a desconfiança do Primeiro Ministro. 
O professor acredita que laboratorialmente falando o parlamentarismo é uma estrutura mais elevada, de forma que permite uma maior harmonização dos poderes.
No parlamentarismo, o gabinete, isto é os ministros são escolhidos também pelo parlamento. No presidencialismo que escolhe seu gabinete é o próprio presidente. Ou seja, vemos que o presidencialismo privilegia posturas monocráticas e o parlamentarismo, posturas colegiadas.
Vale ressaltar que existem vestígios do parlamentarismo no próprio presidencialismo brasileiro. O que pode ser verificado, por exemplo quando o Presidente tem o dever de ouvir colegiados diante da necessidade arquitetar soluções para uma crise.
Regime Político:
No caso do sistema e forma de governo podemos depreendê-los com relatividade a partir dos textos constitucionais de seus respectivos países. Nenhuma constituição se auto declara autoritária, configurando o que Luis Roberto Barroso chama de Hipocrisia Constitucional. 
Para
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