Técnicas de necropsia em aves

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NECROPSIA EM AVES
NECROPSIA
IMPORTÂNCIA
A necropsia, autópsia ou exame cadavérico é um
procedimento médico que consiste em examinar
um cadáver para avaliar qualquer doença,
ferimento ou lesão que possa estar presente e
sugerir uma causa morte. É geralmente realizada
por um médico especializado, chamado de legista
ou patologista em um local apropriado
denominado necrotério ou sala de necropsia. O
termo mais apropriado para os procedimentos
com o cadáver é denominado necropsia. O termo
autopsia é designado, por muitos como exame
cadavérico de si próprio ou de indivíduo de
mesma espécie. Na medicina veterinária o termo
consagrado é necropsia que se refere ao exame
cadavérico de um individuo morto, de uma
espécie diferente.(PINTO, 2019)
Usualmente a necrópsia na avicultura industrial é feita
como forma de monitorar regularmente os animais, isso
é importante para controle e prevenção, evitando que
doenças sejam introduzidas no plantel. Além disso, a
necrópsia é relevante para diagnóstico de lesões, que
muitas vezes são inconclusivas apenas com histórico,
sinais clínicos e exame físico dos animais. Isso é de
extrema importância para a granja, pois assim, podem
entrar com um programa efetivo de biosseguridade a fim
de, evitar novas recorrências de doenças e trazer melhor
qualidade de vida para os animais de produção.
Qual a importância e como garantir a biosseguridade
na avicultura.
NOVEMBRO DE 2020 | BELO HORIZONTE|CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA |PROF. MARCELA TRIGINELLI
NECROPSIA EM AVES
ETAPAS ANTE MORTEM
 No exame ante-morten é imprescindível a obtenção de informações referentes ao início
e evolução da doença além de outros dados como o número de aves acometidas,
mortalidade, tipo de ração ofertada, água, esquema de vacinação e uso de
medicamentos. Na maioria das vezes as aves são transportadas em caixas para 
 laboratório, sendo necessário não descartar as caixas, pois nelas podem conter
excrementos que podem ser úteis para o exame parasitológico. As características
observadas nas aves são a capacidade de mobilidade, para obtenção de alterações
neurológicas;o exame da crista e barbela, observando se há alteração de cor e presença
de lesões indicando anemias e hemorragias; observar olhos, cavidade oral e nasal com
objetivo de analisar presença de exsudato,lesões conjuntivite, coloração da íris, reflexo e
contorno pupilar, sinusite; na cloaca se há inflamação ou diarreia; nos jarretes e pés
examinar qualquer evidência de edema, artrite e examinar os pés para evidência de
anomalias, e crescimento de unha. Esses achados encontrados facilitam o diagnóstico
devido alguns sinais clínicos serem específicos. Como exemplo, o edema, inflamação ou
exsudato caseoso na barbela é indicativo de cólera aviária; a deformidade da íris,
cegueira ou inflamação do folículo da pena é sugestivo de Doença de Marek.
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ETAPAS PÓS MORTEM
Para realização do exame pós mortem é
necessário a utilização de luvas, máscara
para quê não ocorra contaminação se o
animal estiver com alguma doença. Após a
morte do animal deve se molhar toda a
região ventral para controlar o esbojar das
penas durante o procedimento podendo ser
com Água e detergente
NECROPSIA EM AVES
PRIMEIRO PASSO
 É feito um corte no lado medial da coxa é estendido
inserido o polegar rasgando a pele para frente e com o
auxílio de uma tesoura junta-se esses dois cortes.
Articulação coxo-femoral é desarticulada forçando a
sobrecoxa lateralmente realizando o procedimento no
outro membro permitindo que a ave fique estendida
sobre seu dorso em uma posição mais firme. A pele é
retirada da musculatura do peito e o corte estendido
ao longo do pescoço da ave com o auxílio de uma
tesoura o tecido cutâneo do pescoço é cortado até a
mandíbula inferior, a pele é rebatida para os lados
fazendo com que assim a traqueia, esôfago, nervo
vago, timo fiquem expostos para serem examinadas.
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ÓRGÃOS IN SITU
Retirar a quilha e os músculos peitorais por inteiro,
você deve poder ver agora os órgãos internos,
desde a cavidade oral até o reto. Neste ponto, antes
de remover qualquer órgão, todas as vísceras
internas devem ser examinadas in situ para
observar a coloração, posição e tamanho de todos
os órgãos e verificar a presença de aderências.
Examinar os sacos aéreos, observando sua
espessura ou turvação.
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RETIRAR ÓRGÃOS
Baço tem formato esférico e está localizado do lado
esquerdo da ave, próximo à junção do proventrículo com
a moela. Puxando proventrículo lateralmente, o baço
deverá aparecer. Encontrar a junção do esôfago com o
proventrículo, cortar e puxar para fora todo o trato
digestivo até a cloaca. O trato digestivo, o urinário e o
reprodutivo se reúnem na cloaca. Localizada sobre a
cloaca, a bursa de Fabricius é um órgão de formato
sacular, de coloração creme clara. A bursa de Fabricius
contem folículos linfoides e pode ser facilmente
encontrada em aves jovens. Uma vez alcançada a
maturidade sexual, ela sofre uma involução e por isso
torna-se menor à medida que aumenta a idade da ave.
Cortar o final do intestino grosso, mas deixar a bursa na
ave. Os rins estão posicionados na parede dorsal da
carcaça. Têm três porções: polo cranial, médio e caudal.
O trato reprodutivo fica por cima e na extremidade
cranial dos rins. Puxar o coração e os pulmões. Os
pulmões estão fortemente aderidos à parede dorsal da
carcaça da ave e, por isso, poderá ser necessário
separar cuidadosamente os pulmões das costelas, para
poder retirá-los. Remover o crânio em fragmentos,
começando a incisão pelo foramen magnum, remover a
calota craniana que recobre os hemisférios cerebrais e o
cerebelo. Retirar o cérebro com cuidado, uma vez que
este órgão é bastante macio.
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NECROPSIA EM AVES
COLHEITA DE
AMOSTRAS
Geralmente esta ordem é: tecido linfoide, cérebro,
pulmões, coração, rins, trato reprodutivo, fígado, trato
intestinal. Os tecidos devem ser coletados em
duplicidade, a metade sendo colocada em formol a
10% para a histopatologia e a outra metade mantida
como tecidos sem fixação, que serão usados para
cultura bacteriana, isolamento viral, testes de
anticorpos fluorescentes, toxicologia. Rotular os
tecidos que foram coletados frescos,
para que o laboratório que realizará os testes possa
determinar qual é cada tecido.
EXAMINAR ÓRGÃOS
Observar qualquer anomalia em cada um (cor,
consistência, distribuição e tamanho). Examinar tanto
a superfície capsular como a do corte. Fazer vários
cortes em cada órgão.
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REFERÊNCIAS
PINTO, ALDAIR JUNIO WOYAMES. APOSTILA DE PATOLOGIA VETERINÁRIA. Minas Gerais, 2019.
Inata Produtos Biológicos, 2019. Disponível em: <https://blog.inata.com.br/biosseguridade-na-
avicultura/>. Acesso em: 12 de nov. de 2020.
Manual de necropsia ZOETIS
AMIRA SARAH, ERICK ABRANTES, MARINA MACEDO, GABRIELA DAINEZ E WENDY VIEIRA