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Apostila Teoria e Pratica da Redacao Juridica 2012 (2)

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CURSO DE DIREITO
REDAÇÃO FORENSE
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
MATERIAL DE APOIO
Profa. KATIA ARAUJO
2012
Parte 1: Estruturação do parecer jurídico
Parte 2: A ementa do parecer: explicação e exercícios
Parte 3: Elementos da narrativa forense
Parte 4: Peças processuais para análise
Parte 5: A fundamentação do parecer jurídico
Parte 6: Casos e exercícios para parecer
Parte 7: Petições iniciais para análise
PARECER JURÍDICO
É a expressão de um juízo, um opinamento.
 É o nome da peça escrita na qual o sujeito argumentador deverá fundamentar a sua tese = ponto de vista
 Contém pronunciamento ou opinião sobre questão submetida a órgão consultivo, com a finalidade de esclarecer dúvidas ou indagações para servir à emanação ou ato conclusivo vinculado ao assunto.
 É um ponto de vista técnico.
 É opinativo e sugestivo.
- O parecerista: . expõe o fato 
 . analisa 
 . dimensiona 
 . sugere uma possível solução 
. não julga.
Obs.: O Juiz dará VOTO ou SENTENÇA, não faz Parecer.
ESTRUTURA DO PARECER
- Cabeçalho
- Título centralizado (PARECER)
- EMENTA – forma reduzida de apresentação do opinamento ou do julgado.
Apresentação formal dos fatos, sem questioná-los, dos nexos causais, dos juízos principais que nortearam todo o processo. É o que se cogita dentro do processo.
A Ementa pode ser constituída por frases nominais, localizando-se à direita, tendo o máximo de 8 linhas. 
- RELATÓRIO – apresentação dos antecedentes, de forma exaustiva, completa, objetiva.
- FUNDAMENTAÇÃO – é a parte argumentativa do parecer. Nesta o parecerista explicita os argumentos (provas, fatos) que sustentam o seu ponto de vista (tese ou conclusão). Além disso, pode fazer uso, nesta parte, de recursos polifônicos para tentar enriquecer a sua argumentação.
- CONCLUSÃO – corresponde o ponto de vista (tese) do parecerista, é a apresentação de uma solução/sugestão, que pode ser una ou múltipla.
PARECER
Pula 2 linhas
I – EMENTA
Pula 1 linha 
	
	
	
	
	
	
	
	
Pula 2 linhas 
II – RELATÓRIO
Pula 1 linha 
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 É o relatório.
Pula 2 linhas 
III – FUNDAMENTAÇÃO 
Pula 1 linha 
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Pula 2 linhas 
IV – CONCLUSÃO 
Pula 1 linha 
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 É o parecer.
Pula 2 linhas 
 Data
 Assinatura 
SÍNDICO DE EDIFÍCIO É ACUSADO DE RACISMO
 
 O síndico de um edifício residencial no Recreio dos Bandeirantes, Jamyr Adelino Machado, está sendo acusado de racismo por tentar impedir a circulação de um morador negro nas dependências do prédio. A moradora Maria da Penha Santos recebeu uma carta do administrador com a determinação de que seu filho de criação, Júlio César Ribeiro, de 24 anos, teria a circulação no prédio limitada à lixeira e à caixa de correio. Ela ficou indignada e resolveu procurar a 16a. DP (Barra da Tijuca), que começou a investigar o caso.
 Júlio, que mora há um ano no prédio, contou que até já discutiu com o síndico.
 - É muito humilhante. É muito triste tudo isso. Não queria estar vivendo essa situação – disse o rapaz. 
 Maria da Penha também não se conforma com o caso e não tem dúvidas de que se trata de racismo.
 - Isso é evidente. Não concordo com isso.
 O delegado adjunto, Alan Luxardo, que está cuidando do caso, vai intimar o síndico a depor. Jamyr terá que explicar o motivo da carta.
 - Um síndico não pode impedir um morador de entrar num prédio – disse o delegado, observando que o caso está sendo investigado como suspeita de racismo. 
 (O Globo, 14/06/2001)
PARECER
EMENTA
Morador negro impedido pelo síndico de circulação pelas dependências de edifício residencial. Preconceito racial. Violação do direito de ir e vir. Ofensa à dignidade. Parecer favorável a condenação por injúria.
I - RELATÓRIO 
 Jamyr Adelino Machado, síndico de um edifício residencial no Recreio dos Bandeirantes, é acusado de racismo por ter tentado impedir a livre circulação, no referido edifício, de Júlio César Ribeiro, 24 anos. 
 Maria da Penha Santos, mãe de criação da vítima, recebeu uma carta do administrador, determinando que o rapaz somente poderia dirigir-se à lixeira e à caixa do correio.
 Morador do prédio há um ano, Júlio César Ribeiro declarou já ter inclusive discutido com o síndico e sentir-se humilhado com toda aquela situação.
 O delegado adjunto da 16a. DP (Barra da Tijuca), Alan Luxardo investigou o caso.
 É o relatório. 
II – FUNDAMENTAÇÃO 
 Atitudes de discriminação e desrespeito às diferenças e direitos das chamadas minorias são constantes em nossa sociedade. Infelizmente o alto desenvolvimento tecnológico alcançado pelo homem destoa do atraso e da intolerância nas relações sociais. Ante a nossa perplexidade, negros são freqüentemente discriminados, ferindo-se, constantemente, os ideais democráticos no preâmbulo da Constituição Brasileira:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte
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