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DERMATOPATIAS MAIS COMUNS INFÂNCIA

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dermatopatias mais comuns infância
GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC
DERMATITE SEBORREICA
✦ Apresentação comum em RN, com lesões eritemato-descamativas, papulosas, não-pruriginosas, em couro cabeludo, face, pescoço, axilas e áreas de fralda, podendo ocorrer desde o primeiro mês de vida.
✦ Pode ser focal ou generalizada.
✦ Pode cursar com lesões pós-inflamatórias pigmentadas.
· FASES
✦ FASE AGUDA (eritemato-exsudativa) – tratamento usar o veículo creme.
✦ FASE CRÔNICA (escamas e/ou crostas, sem eritema e/ou exsudação) – tratamento usar o veículo pomada ou óleo.
· TRATAMENTO 
✦ INICIAL: usar óleo mineral ou vegetal. Não é para retirar as “escaminhas” (porque pode dar lesão e causar infecção secundária), a gente aplica óleo mineral ou vegetal, e deixa uns 10 a 20 min, e passa o pente para ir tirando os poucos. Dermatite seborreica é uma questão de hidratação de pele muitas vezes. 
✦ Em adolescentes eu posso ter uma infecção fúngica associada, e aí eu uso o shampoo cetoconazol 2%. 
dermatite de contato
✦ Prurido intenso, eritema, microvesículas, e nos casos crônicos, liquenificação e alterações de pigmentação. 
✦ Dentro da dermatite de contem tem a dermatite das fraldas também. 
✦ OBS: Quando eu tenho um processo continuo, crônico, eu faço alteração das camadas da minha pele, eu perco a queratinização e faço a liquenificação (muda até mesmo a coloração da pele). 
· CLASSIFICAÇÃO 
✦ IRRITATIVA - injúria cutânea inespecífica resultante do contato prolongado ou repetitivo com vários agentes: saliva, sucos cítricos, espuma de banho, detergentes, materiais abrasivos, sabonetes, medicamentos, fraldas molhadas.
✦ ALÉRGICA - reação de hipersensibilidade tardia, por agentes tópicos (Neomicina, Timerosal, anti-histamínicos tópicos), roupas, sapatos, jóias, plantas...
✦ A atopia a pessoa fica para o resto da vida, é um mecanismo alergênico. No caso de dermatite de contato, é uma irritação, é só cessar o que causa a irritação. 
· TRATAMENTO 
✦ Identificação e eliminação do agente causador; 
✦ Corticosteroides (eu não posso usar corriqueiramente, tem que saber o tipo de corticoide que está se aplicando).
✦ O anti-histamínico é para as dermatites de contato alérgicas. 
· DERMATITES DE FRALDA
✦ Lesões eritematosas pápulo-vesiculares ou bolhosas, fissuras e erosões, reacionais à hiperhidratação cutânea, fricção, maceração, contato prolongado com urina e fezes.
✦ Infecção secundária bacteriana e/ou fúngica são comuns.
✦ Geralmente responde a medidas simples:
→ Manter a área das fraldas limpa e seca, através de troca de fraldas, sempre que úmidas.
→ A higiene deve ser realizada com água morna nas trocas e enxágue abundante na presença de fezes.
→ Evitar fricção e uso de lenços umedecidos.
→ Evitar uso de sabão em pó e amaciantes na lavagem das fraldas.
→ Uso de óxido de zinco na troca de fraldas, evitando sua retirada excessiva, pois a fricção pode levar a uma maior lesão cutânea, pela retirada da camada de reepitelização em formação.
→ Exposição ao sol da área acometida (favorece a cicatrização, mas cuidado para não desidratar a criança).
→ Se foi uma fralda, pode trocar a marca de fralda, ou usar de pano. 
→ Pomada corticoide não é indiciada, é indicado pomada de assadura mesmo.
dermatite atópica
✦ É um desdobramento da dermatite de contato por um fator alérgico. 
PARA O DIAGNÓSTICO:
→ ACHADOS MAIORES – prurido (principalmente ocular), envolvimento facial e de superfícies extensoras em crianças pequenas, evolução para liquenificação flexural nos adultos, história pessoal ou familiar de atopia.
→ ACHADOS MENORES – intolerância alimentar, ceratose pilar, prega infra-orbitária de Dennie- Morgan, eczema do mamilo, palidez facial, ptiríase alba.
✦ Quem tem dermatite atópica tem a pele mais ressecada do que quem não tem. Tenho lesões leves até graves pelo corpo todo. 
· TRATAMENTO
– Profilaxia ambiental – evitar gatilhos... poeira, tapetes em casa, cortinas e etc. 
– Evitar irritantes – saponáceos, abrasivos, cloro, alérgenos alimentares e inalatórios (ácaros, fungos, polens, epitélios de animais)
– Usar roupas leves (algodão), isentas de alvejantes e amaciantes.
– Banhos 2x/dia, 15-20min com água fria ou morna, secando a pele logo após sem fricção (apenas 1 banho com sabonete... o sabonete tira a camada de gordura. Se eu uso muito sabonete, eu tiro a proteção contra ressecamento). 
– Manter a pele sempre lubrificada e hidratada, mesmo nas fases consideradas assintomáticas.
– Anti-histamínicos (Hidroxizina, Cetirizina, Difenidramina) por 3 a 6 meses. 
– Corticoides – não é recomendado rotineiramente, só nos casos que não tem jeito mesmo. Pode ser oral ou tópico, depende. 
– Tratar infecções associadas: antimicóticos (geralmente cetoconazol porque a maioria das vezes é infecção fúngica) 
disidrose
✦ Lesões vesiculosas, de conteúdo claro tornando-se mais turvo com a evolução das lesões, muito pruriginosas, isoladas ou confluentes, limitadas aos pés e mãos.
✦ Não tem cura, tem que viver o resto da vida. 
✦ Não tem explicação exata para o evento desencadeador. 
· TRATAMENTO 
✦ Banhos de imersão 2-3x por dia – permanganato de K + amido + água (vai diminuir o processo inflamatório e o prurido). 
✦ Medicação secativa tópica – pasta d’água ou óxido de Zn + álcool. 
✦ Hidrocortisona 1% (em último caso, só quando não tem jeito mesmo). 
✦ Psicoterapia (o paciente precisa saber conviver com essa patologia... a criança tende a sofrer bullying). 
estrófulo (prurigo estrófulo)
✦ Erupção pápulo-eritematosa pruriginosa, a famosa alergia a picada de inseto (muriçoca, formiga, o cão a quatro rçrç’). 
· TRATAMENTO 
✦ Medidas preventivas – repelentes de barreira (evitar as picadas). 
✦ Banhos de imersão em permanganato de K + amido + água (quando tem picada, pode fazer esse banho que é um calmante, principalmente para o prurido). 
✦ Anti-histamínicos. 
✦ Corticoide de baixa potência (só em casos intensos)
✦ Tratar infecções (por conta da lesão de continuidade, pode ter infecção secundária... na maioria das vezes é bacteriana). 
urticária
✦ Placas e pápulas eritematosas de tamanho e forma variáveis, geralmente pruriginosas, desaparecem à digitopressão fugaz e podem vir acompanhadas de angioedema (em lábios, ou periorbitário ou até mesmo edema de glote). Em alguns casos, pode persistir por dias ou semanas apesar do tratamento adequado.
· TRATAMENTO
✦ Identificação e eliminação do agente causal.
✦ Anti-histamínicos VO geralmente sedantes – para alívio das lesões e do prurido.
✦ Adrenalina SC 0,3mL-0,5mL – para casos de urticária severa e angioedema.
✦ Corticosteroides VO (Prednisona, Prednisolona, Dexametasona, Hidrocortisona) – para casos refratários (é indicação formal aqui). 
· COMO EVITAR
✦ Cuidado com o uso de anti-inflamatórios não hormonaisAINES, antibióticos, leite de vaca, clara de ovo, chocolate, infecções virais, estreptococcias.
Ptiríase alba (dartro volante/eczemátide)
✦ Lesões arredondadas, bordos imprecisos, descamativas, em face, região cervical, tórax superior e membros, geralmente em crianças com xerodermia (pele seca) e sinais de atopia. Evolução lenta, frequentemente com recidivas. O retorno à pigmentação pode levar de semanas a meses.
· DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
✦ Lesões iniciais de hanseníase (faço o teste de sensibilidade para diferenciar). 
✦ Ptiríase versicolor (infecção fúngica).
✦ Tinea corporis (infecção fúngica). 
· TRATAMENTO
✦ Controle ambiental dos possíveis fatores alergênicos.
✦ Hidratação da pele com creme de uréia.
celulite
✦ É uma infecção do subcutâneo. Lesão eritematosa, elevada, dolorosa, bordos mal delimitados, porta de entrada (traumatismo, picada de inseto, outros). 
· TRATAMENTO 
✦ Repouso no leito com elevação do membro acometido.
✦ Higienização da porta de entrada. 
✦ Antibiótico: VO x EV. 
✦ Quando indico internação? é quando a lesão está da cabeça para cima... periobitário, face e tal, e aí eu faço antibiótico endovenoso. Interna por conta do cérebro, no caso da cabeça, pode fazer uma infecção de continuidade. Além disso, celulite em articulação também interna por conta daartrite séptica.
erisipela
✦ Lesão endurada, eritematosa, muito dolorosa, bordos nítidos, febre alta, cefaléia, adenopatia satélite, preferencialmente 
MMII e face. É uma lesão mais profunda e dolorosa que a celulite. 
✦ Na lesão da erisipela eu posso ter formação de bolhas e não devemos pocar.
· TRATAMENTO 
✦ Penicilina benzatina.
✦ Orientações (para evitar).
✦ Repouso no leito com membro elevado. 
✦ Higiene. 
foliculite
✦ É a famosa infecção do pêlo (fez uma depilação, no caso de adolescente, e o pêlo não nasceu direito... pode fazer foliculite). 
✦ Lesões pápulo-pustulosas, centralizadas por pêlo de crescimento comprometido, sobre base eritematosa, resolução sem deixar cicatrizes. Acometimento preferencial de face, couro cabeludo, e extremidades. Tendência à cronicidade e recorrência.
· TRATAMENTO
✦ Limpeza com água +sabão.
✦ Cefalexina (ATB).
✦ Considerar descolonização estafilocócica com Mupirocina (é uma pomada... passar em regiões onde tem muita sudorese, vai aplicar em narinas, cotovelo, axilas, entre as coxas, e a face posterior de joelhos, são locais de maior colonização dessas bactérias). Quando devo fazer? Se você teve um novo episodio de foliculite, aí desconoloniza. 
furunculose
✦ Nódulo duro, eritematoso, doloroso, perifolicular → aumento progressivo → flutuação → drenagem de secreção purulenta → alívio imediato da dor. 
✦ Resolução deixa cicatriz.
· TRATAMENTO
✦ Compressas mornas para facilita a drenagem espontânea.
✦ Usar antibióticos em: antraz, sintomas sistêmicos, celulite, áreas de atrito, lesão > ou = 3cm. OBS: abcesso único não precisa usar antibiótico. 
✦ Considerar descolonização estafilocócica nos casos recorrentes.
impetigo
✦ É uma infecção bactéria (S. pyonges). 
✦ Máculas eritematosas → vesículas finas ou bolhas circundadas por eritema → pústulas friáveis → crostas espessas facilmente removíveis. Lesões pouco dolorosas, ocasionalmente pruriginosas, linfonodomegalia regional (90%), ausência de sintomas gerais, leucocitose neutrofílica (50%).
· DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
✦ Faz diagnóstico diferencial com outras doenças que provocam a formação de vesículas: Varicela, herpes simples, prurigo estrófulo.
· TRATAMENTO
✦ Higiene das lesões com água e sabão e secar bem. 
✦ Manter as unhas curtas.
✦ Banhos ou compressas com permanganato de potássio ou água de alibour.
✦ Orientar cortar as unhas e evitar manipulação das lesões. 
✦ Considerar descolonização estafilocócica.
· COMPLICAÇÕES
✦ GNDA, celulite, artrite séptica, osteomielite.
escabiose
✦ Causado por parasita/ácaro. 
✦ Transmissão por contato. 
✦ Lesões vésico-papulosas, prurido intenso paroxístico predominantemente noturno. Localização: interdigitais, punhos, cotovelos, axilas, periumbilical, nádegas, palmo-plantar.
· TRATAMENTO
✦ Orientações
→ Identificação e tratamento dos contactantes, mesmo sem prurido.
→ Lavar e expor diariamente roupas pessoais, de cama e banho. Não é necessário fervê-las!
→ Se houver infecção secundária, tratar antes de aplicar escabicidas.
→ A maioria dos escabicidas causa dermatite por irritante primário, por isso, devem ser aplicados por 3 dias consecutivos, repetidos após 7 dias, à noite após o banho, retirando o produto pela manhã.
✦ Medicamentoso: utilizar um dos medicamentos abaixo...
→ Benzoato de benzila 25%.
→ Monossulfiram solução 25%.
→ Permetrina solução 25% - ideal para eczematização, peles sensíveis e lactentes.
→ Ivermectina.
✦ OBS: eu só uso ivermectina para crianças com mais de 15kg. A ideia é OU você usa ivermectina OU usa esses outros medicamentos. 
✦ Pasta d’água com enxofre 10%.
larva migrans cutânea
✦ Comum em criança que costuma brincar com terra. 
✦ Lesão eritemato-papulosa encimada por vesícula, pruriginosa, localizada em áreas expostas, túnel sinuoso levemente saliente com conteúdo seroso, podendo haver vesículas, bolhas, infecção secundária e eczematização, extremidade papulosa onde se localiza a larva.
· TRATAMENTO
✦ Tende a desaparecer espontaneamente em 4-6 sem (mas se não fizer nada, pode causar infecção secundária, pois é muito pruriginoso e acaba fazendo infecção por isso). 
✦ Casos leves – Tiabendazol pomada 2x/dia 5d, com aplicação prévia de gelo (isso vai paralisar o parasita).
✦ Casos de infestação maciça com lesões numerosas – Tiabendazol em jejum ou albendazol ou ivermectina (com mais de 15kg). 
pediculose
✦ Piolhos fixados com seus ovos na base dos cabelos, prurido intenso, cabelos sem brilho e ressecados, infecção secundária e adenopatia satélite.
· TRATAMENTO
✦ Orientações
→ Tratar os contactantes.
→ Colocar os travesseiros e almofadas ao sol ou usar ferro quente.
→ Não prender os cabelos úmidos, seca-los ao sol ou com secador.
→ Retirar as lêndeas – método mecânico: pente fino.
→ Método químico: vinagre morno ou água com sal, na proporção de 2 colheres de sopa: 1xícara. 
✦ Passa o shampoo, deixa um tempo pra agir, e quando for enxaguar faz uma mistura de condicionador e vinagre (o vinagre descola o parasita do fio). Eu lavo com shampoo, deixo um tempo, enxaguo, depois passo condicionador com vinagre e depois passa o pente. 
✦ Eliminar as formas adultas - Loções (benzoato de benzila 25% diluído em 2 partes de água ou Permetrina 25% ou Monossulfiram 25% diluído em 2 partes de água) por 10-15 min, durante 3 dias seguidos, repetidos após 7 dias (porque você elimina os adultos e não os ovos... você repete na tentativa de matar aqueles ovos que eclodiram depois).
ptiríase versicolor
✦ É uma infecção fúngica. 
✦ Máculas hipocrômicas, superfície descamativa furfurácea (descamação em pozinho), início perifolicular, tendência à coalescência, preferencialmente áreas seborreicas, bordos precisos, frequentemente localizada em áreas de implantação dos cabelos.
✦ A descamação fica mais evidente ao se passar a unha na lesão (sinal da unha) ou realizar estiramento da pele lesional (sinal de Zileri).
· TRATAMENTO
✦ Higiene adequada.
✦ Evitar sudorese excessiva.
✦ Shampoo de sulfeto de selênio 2,5% OU piritionato de Zn 2% OU solução de hipossulfito de sódio 20-40% na pele e couro cabeludo 2x/dia 20 min antes do banho por até 2 meses após a cura clínica.
tinea captis
✦ É uma infecção fúngica.
✦ Forma clássica – áreas de alopécia arredondadas, com descamação central e cabelos tonsurados. Diagnóstico diferencial com alopécia areata (couro cabeludo liso e brilhante sem alteração de cabelos) e tricotilomania (formas variáveis com cabelos de tamanhos diferentes).
✦ Forma inflamatória (kerion celsi) – eritema, pústulas e até abscessos na área de tonsura. Diagnóstico diferencial com foliculite ou abscesso de couro cabeludo.
✦ Forma descamativa – descamação generalizada sem tonsura.
· TRATAMENTO 
✦ Griseofulvina 
✦ Cetoconazol ou fluconazol ou itraconazol. Qualquer um desses antifúngicos em forma de shampoo. 
tinea corporis
✦ É uma infecção fúngica.
✦ Lesões arredondadas únicas ou múltiplas, de limites nítidos e circinados, sinais inflamatórios, descamação central e crescimento centrífugo.
· DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
✦ Pitiríase alba, granuloma anular, hanseníase, psoríase.
· TRATAMENTO 
✦ Imidazólicos tópicos. 
✦ Terbinafina.
candidíase cutâneo-mucosa
✦ Lesão úmida, de limites circinados, eritema intenso, lesões satélites próximas ao limite.
· FATORES DE RISCO
✦ Oclusão na área das fraldas, síndrome de Down, DM, ATB de amplo espectro prolongado, diarreia.
· TRATAMENTO
1º) Nistatina creme 7 dias.
2º) Clotrimazol creme 7 dias.
3º) Imidazólicos solução.
4º) Antifúngicos sistêmicos não absorvíveis, nos casos mais graves: Cetoconazol por 15 dias.
miliária
· CLASSIFICAÇÃO 
✦ Cristalina (Sudamina): pequenas lesões vesiculares, de conteúdo claro, superficiais, sem reação inflamatória, em grande extensão corporal, autolimitadas. Geralmente ocorre em neonatos e lactentes, em condições de calor excessivo, umidade e febre.
✦ Rubra (brotoeja): pequenas lesões papulo-eritematosas, pruriginosas, geralmente em áreas de oclusão ou flexurais.
· TRATAMENTO
✦ Resfriamento da pele.
✦ Manter a pele seca.
✦ Banhos de amido de milho (Maisena) com moderação.
✦ Evitar ingesta hídricaexcessiva.
✦ Evitar exposição solar demasiada, uso excessivo de roupas e sabonetes.
✦ Pasta dágua várias vezes ao dia ou Calamina loção cremosa 1-2%.
✦ Loção de Mentol 1% OU Glicerina 4% OU Ácido salicílico 5% para casos graves.
✦ Avaliar presença de infecção fúngica concomitante e infecção bacteriana.
molusco contagioso
✦ Apesar do nome, não é tão fácil o contagio. 
✦ Pápulas arredondadas, peroladas, firmes, com umbilicação central, sem sinais inflamatórios ao redor, distribuídas por toda a pele, exceto couro cabeludo e regiões palmo-plantares. Maior extensão e severidade em imunodeprimidos.
✦ Fenômeno de Koebner – disposição linear das lesões. 
· TRATAMENTO
✦ Exérese das lesões por meio químico (ácidos em colódio, pasta ou adesivo).
✦ Laserterapia.
✦ Crioterapia.
✦ Cimetidina 40mg/Kg/dia por 60 dias, nos casos disseminados.
· COMO EVITAR
✦ O contágio se dá por contato direto, fômites, auto-inoculação. A contagiosidade é baixa.
verrugas
✦ Verruga vulgar – pápulas da cor da pele ou róseas, de consistência firme, únicas ou múltiplas, limites precisos, superfície espessa, ceratótica e irregular, que podem coalescer, com localização preferencial em área extensora dos membros, dorso de mãos e pés e periungueais.
✦ Verruga plana – pápulas de coloração variada (rósea a marrom), discretamente elevadas e ceratóticas, com distribuição em confete, de localização preferencial em face, dorso de mãos e pés e joelhos, freqüentemente distribuídas ao longo de uma linha de trauma cutâneo.
✦ Verruga plantar – placa ceratótica umbilicada, com halo hiperceratótico e pontos escurecidos no centro, muito dolorosa à deambulação sobretudo pela manhã.
· TRATAMENTO
✦ Ácido salicílico ou lático em colódio, pasta ou adesivo, apenas sobre a verruga, cobrindo com esparadrapo, em dias alternados.
✦ Ácido nítrico saturado, em aplicações semanais pelo médico.
✦ Eletrocoagulação – avaliar em casos severos.
✦ Eventualmente pode ocorrer cura espontânea, cerca de 2 anos após.
varicela
✦ Começa com uma pápula, evolui para vesícula e por ultimo bolha. 
✦ Lesão em vesícula é fase de transmissão. Crostosa não tem mais transmissão. 
✦ Pródromos – mais comuns em escolares e adolescentes – febre geralmente baixa (guarda estreita relação com o exantema), anorexia, cefaleia, dor abdominal.
✦ Exantema acentuadamente pruriginoso, com pleomorfismo regional (máculas, pápulas, vesículas, pústulas, crostas) poupando regiões palmo-plantares, mais intenso nos casos secundários. Pode haver enantema e vesículas nas mucosas oral e genital.
· COMPLICAÇÕES
✦ Infecção bacteriana secundária – persistência da febre sem o surgimento de novas lesões ou retomada do quadro febril.
✦ Pneumonia intersticial – mais comum em neonatos e imunodeprimidos. Dor torácica, dispnéia, infiltrado intersticial, nódulos bilaterais.
✦ Encefalite.
· TRATAMENTO
✦ Antitérmicos, preferencialmente Paracetamol. Exceto AAS, pelo risco de Síndrome de Reye.
✦ OBS: Álcool canforado é usado para diminuir o prurido, mas nas lesões ulcerosas a criança pode ir no céu e voltar de dor. Por isso, não é recomendado rotineiramente. 
· PREVENÇÃO 
✦ Evitar a disseminação. 
✦ Vacina. 
✦ Antivirais (aciclovir) / imunoglobulinas.

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