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Aluna Carla Geovana Surdi Bertelli RA 0063046 T7 – 2° Período Medicina 21/10/2021 Tics 09 – Tireoidectomia 1 - O que orientar a um paciente candidato a uma tireoidectomia total? Quais os riscos que podem ocorrer nesta cirurgia? Em primeiro lugar, é preciso entender que a tireoidectomia é um procedimento cirúrgico indicado para pessoas com problemas irreversíveis no funcionamento da tireoide, ou seja, é a retirada total (tireoidectomia) ou parcial (hemitireoidectomia) da tireoide, dependendo de cada caso. Casos benignos e malignos podem ser predisposições para a remoção da tireoide, como por exemplo: nódulos na tireoide, hipertireoidismo, bócio obstrutivo, câncer da tireoide e linfoma. Para realizar a cirurgia, é necessário que o paciente esteja em jejum por 8 horas e deve-se avaliar se o paciente faz uso de medicamentos anticoagulantes, como AAS para suspender o uso destas medicações alguns dias antes do procedimento. Após a cirurgia, durante a recuperação do paciente, é preciso pontuar as seguintes orientações: ✓ Reposição de cálcio – ele é prescrito para evitar ou tratar sintomas desagradáveis de hipocalcemia. ✓ Reposição Hormonal – é preciso orientar sobre a necessidade da reposição de hormônios tireoidianos que são necessários para o bom funcionamento corporal e a regulação do metabolismo, visto que não vai mais ter a tireoide para suprir essas necessidades. ✓ Utilização de um Dreno logo após a cirurgia – devido ao lugar da operação produzir uma secreção sanguinolenta, faz-se necessário o uso de um mecanismo de aspiração a vácuo. É preciso deixar o paciente ciente das possíveis complicações da cirurgia, como: ✓ Seromas ou hematomas; ✓ Rouquidão ou mudança na voz; ✓ Paresia das cordas vocais; ✓ Lesão no nervo laríngeo recorrente; ✓ Fístula de Chyle; ✓ Lesão traqueal ou esofágica; ✓ Disfagia. Além disso, outras possíveis complicações de risco podem ser: ✓ Hipocalcemia – ocorre devido ao hipoparatireoidismo, visto que as glândulas paratireoides são anatomicamente relacionadas e posicionadas na glândula tireoide. Após a retirada da tireoide pode haver uma diminuição temporária ou até definitiva dessas glândulas, fazendo com que caiam os níveis de cálcio no sangue. ✓ Síndrome de Horner – síndrome neurológica causada pela interrupção da via simpática na porção da cabeça, pescoço e olhos. É um evento mais raro de acontecer em procedimentos de tireoidectomia. ✓ Atrofia ou remoção cirúrgica inadvertida de todas as glândulas da paratireoide – a retirada dessas glândulas acarreta a tetania, uma síndrome neurológica grave caracterizada por espasmos musculares e cãibras. Pode levar a morte pouco tempo após a retirada das paratireoides. REFERÊNCIAS L., M.K.; F., D.A.; R., A.A.M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Rio de J aneiro: Grupo GEN, 2018. Capuzzo R., O que você precisa saber sobre tireoide? Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, disponível em: https://www.sbccp.org.br/arquivos/informacoes_sobre_tireoide.pdf CAMPOS, Niklas Söderberg et al. Fatores de risco de paratireoidectomia acidental em tireoidectomia. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 78, n. 1, p. 57-61, 2012
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