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INTRODUÇÃO Necessidade instintiva em fixar próteses dentais. A falta dos dentes, as próteses removíveis são incômodas, desconfortáveis, levando a insatisfação do paciente. Desde as antiguidades faziam elementos dentais de marfim, porém vindo de um conhecimento empírico. Era dos Conhecimentos Empíricos Fim do século IX, início do século XX As grandes guerras, evoluções médicas, energia, transporte, etc. Quando o corpo recebe um trauma gera uma resposta inflamatória que vária de acordo com o trauma. Biocompatibilidade imugenicidade baixa, resposta inflamatória pequena. Bioinércia Eram instalados no alvéolo ou sob o osso, não eram biocompatíveis e nem bionertes, o trauma gerado era grande. O corpo na tentativa de reparar formava uma resposta inflamatória alta, formando tecido fibroso ao redor (tecido conjutivo frouxo). Implante ficava preso no emaranhado de tecido fibroso. Porém, com o tempo o paciente ao se alimentar gerando mais trauma sobre o implante, gerando mais tecido fibroso, mais resposta inflamatória, causando dor. Era marcada por empirismo e tentativas variadas de reabilitação com implantes. Foi de grande contribuição para a Implantodontia, mostrando os erros, o que devia ser mudado, o que devia ser descartado, e o que devia ser mantido. IMPLANTE ENDO ÓSSEO Tentativa de fixar elementos dentais que já estavam comprometidas periodontalmente. Fazia o esvaziamento da polpa e o implante passava pelo canal radicular, passando pelo ápice até atingir o osso. Na maioria das vezes dava errado, porém alguns casos o organismo respondia bem . IMPLANTES LAMINADOS Para cada região havia um tipo de lâmina. Fazia- se osteotomia no osso rompendo a cortical até chegar no osso medular, o corte era realizado no tamanho da lâmina do implante. Colocava-se o implante e ia batendo com martelo cirúrgico até entrar por completo. Com o passar do tempo, com os movimentos mastigatórios esse implante que não se adaptava muito bem, que não tinha estabilidade, começava a causar resposta inflamatória, causando reabsorções ósseas, dor, edema, necessitando da remoção. IMPLANTES JUSTA ÓSSEOS Implante entrava justo ao osso. Paciente era internado, sedado, incisão era feito do trignomolar até o outro trignomolar, retalho era aberto até a base. Molde da mandíbula (o próprio osso) com material de moldagem morno a banho maria. Protético fundia a estrutura metálica (parecida com a PPR). Encaixava estrutura no osso, e suturava, os componentes protéticos da prótese já ficavam para fora. Prótese era fixada sobre. Porém, não tinha estabilidade, começava a bascular na sua parte interna, gerando resposta inflamatória com o tempo, causando dor, edema, reabsorção óssea, necessitando de remoção cirúrgica. IMPLANTES AGULHADOS [AGULHAS DE FURKIN] Tripé [barraca de índio invertida] As bases das agulhas tinham que se encontrar, une-se por resina acrílica com a técnica da bolinha, fazendo o dente provisório por cima. Ocorria uma má adaptação da prótese, bolinha de resina acrílica ficava com uma parte subgengival causando grande irritação, bolsa periodontal, secreção purulenta. No caso desses implantes havia o risco de perfurar nervos, canais e vasos. IMPLANTES DE GARBACCIO Foi o implante que mais contribuiu, começou-se a pensar em retenção no osso, o implante continha espiras. Era rosqueado no osso com o alicate de osso. Grande estabilidade, grandes espiras. Base quadrada, componente protético ficava para fora, onde era feito o provisório sobre o componente, e a coroa também era colocada sobre o componente. IMPLANTE TRANSMANDIBULAR Osteotomia no formato do implante, encaixava- se o implante e depois suturava. Contribui trazendo o componente protético separado. P. I. Branemark – 1950 1952 – estudava reparação óssea tecidual. Acompanha a resposta histológica de fraturas ósseas. Coelho tinham as pernas quebradas, eram instaladas câmeras para acompanhar seu processo de reparação. Quando foi retirar as câmeras elas não saiam, haviam osseointegrado. As câmeras eram compostas de titânio. Descobriu a ósseo integração por acaso. Inseriu-se placas de titânio no braço dos alunos para ver como era a resposta do organismo. 1960 – Paciente com má-formação, com fenda palatina e edentado. Inseriu-se quatro implantes de titânio na mandíbula, e foi instalada uma prótese fixa sobre o implante. PROTOCOLO DE BRANEMARK Rompe-se a cortical, instala-se três ou quatro implantes, após a prótese fixa é parafusada sob os implantes. Antagonista é uma prótese total superior convencional. Por convenção também começaram a chamar as próteses fixas superiores sob implantes de PROTOCOLO. 1978 – Apresentou na Conferência de Harvard 1980 – Conceito de Osseointegração [após 30 anos de pesquisa] 1981 – Foi aceita nos EUA 1982 – Conferência de Toronto [falou sobre a técnica e deu os kits para aqueles que estavam ali, para que pudessem realizar o protocolo] 2005 – 40 Anos de osseointegração, São Paulo 2015 – 50 Anos de osseointegração, São Paulo Ele não patenteou a osseointegração, ele doou a sua pesquisa. Não houve contestação de suas pesquisas, pois ele dominava o assunto, foram 30 anos de pesquisa antes de apresentar sua teoria. Na osseointegração há uma fusão ente o implante e o osso, há uma anquilose, fenômeno nanoscópio, não se desenvolve nenhum outro tecido no seu meio. Não pode haver tecido interposto, caso haja significa que não houve osseointegração. Nobel Biocare marca de implantes pioneira na osseointegração, associada a Branemark SUCESSO osseointegração + respeito às técnicas Regras, protocolos que não podem ser alterados, nem negligenciados. OSSEOINTEGRAÇÃO Conceito (Skalak & Branemark): Pode ser definido em vários pontos de vista e com relação a várias escalas de interesse científico. Uma definição completa de osseointegração somente é possível pela soma total de todos estes pontos de vista a seguir: PONTO DE VISTA DO PACIENTE Uma fixação está osseointegrada se oferecer um suporte estável e aparentemente imóvel de uma prótese sob cargas funcionais, sem dor inflamação ou afrouxamento, ou fratura da prótese. se houver dor, inflamação, afrouxamento e/ou fraturas, considera-se que não houve osseointegração [prótese não estabiliza] Em alguns casos se devolve também o padrão estético nas próteses, mas a prioridade é ser funcional. Não se fala que o implante rejeitou, fala-se que houve a não osseointegração. PONTO DE VISTA BIÓFISICO MICROSCÓPIO Implica que na microscopia óptica e eletrônica, os componentes identificáveis do tecido em uma fina zona ao redor da superfície de fixação sejam identificados como componentes ósseos e medulares normais, que continuamente constituem uma estrutura óssea normal ao redor da fixação. Isto implica que o tecido mineralizado deve estar em contato a nanômetros, de forma que não exista material significativo interposto funcionalmente na interface. Entre o implante e o osso não pode haver um espaço maior quer 80 nanômetros, não se pode ter um espaço para que surja um tecido entre o osso implante. Essa medida em nanômetros só pode ser feita a partir da microscopia. Ao se instalar o implante a resposta inflamatória já começa de imediato, porém essa resposta inflamatória é necessária. Entre as células do processo inflamatório chegaram nessa região outras organelas como as plaquetas, elas são imprescindíveis na formação de qualquer tipo de tecido, pois dentro das plaquetas a fatores capazes de reparar qualquer tipo de tecido, no caso como uma estrutura óssea foi danificada e foi instalado o material que é biocompatível com os tecidos ósseos, depois do período inicial decicatrização que vai de 28 a 45 dias, após esse período começam a chegar nessa região células formadoras de osso. Porque o titânio é biocompatível com o tecido ósseo, essas células são os osteoblastos. Esses osteoblastos se aderem à parede do implante, a superfície do implante, e o implante é tão inerte que ele vai se espalhando, começa a surgir prolongamentos odontoblásticos os que vão da superfície do implante ao osso alveolar fazendo uma conexão, tanto nas nano e microporosidades da superfície do implante. Prolongamentos dos prolongamentos osteoblasticos, dentro das microporosidades da superfície do implante realizando assim um imbricamento sensacional a superfície. Assim os prolongamentos irão se espalhar por toda a superfície do implante, 360°. Esse processo se dá em torno de 60 dias, após esse período irá ocorrer apenas um amadurecimento desse processo. A instalação do implante se deve a um fator mecânico, a instalação propriamente dita, mas também se deve à um processo biológico. Como avaliar um paciente se ouve ó sua integração sendo que não é possível a avaliação microscópica? Se eu não percebo na imagem radiográfica nenhum tipo de imagem radiolúcida em volta da superfície do implante, e após eu submeto o implante a cargas mastigatórias e ele não possui micro movimentações, o paciente não sente dor, significa que houve a osseointegração. PONTO DE VISTA DA BIOLOGIA MACROSCÓPIA E MICROSCÓPICA E MEDICINA Aposição íntima de osso neoformado e reformado em congruência com as fixações, incluindo irregularidades de superfície, de forma que, à análise por microscopia óptica, não haja interposição de tecido conjuntivo ou fibroso e seja estabelecido uma conexão estrutural e funcional direta, capaz de suportar cargas fisiológicas normais sem deformação excessiva e sem iniciar um mecanismo de rejeição. Se não há área radiolúcida em torno do implante, se não há movimentação [paciente não sente dor]. Ao instalar o cicatrizador, ao submeter o implante à apertos, se ele mexer ou girar deve-se retirar o implante, e se houver a possibilidade realizar outro no mesmo dia. [caso as condições sejam favoráveis]. Ao instalar a prótese sob implante, submeter a cargas mastigatórias se resultar em resposta inflamatória e dor, significa que o implante não osseointegrou. PONTO DE VISTA DE LITERATURA CIENTÍFICA dicionário médico ilustrado de Dorland 28º Ed. 1994 Osseointegração Ancoragem direta de um implante pela formação de tecido ósseo ao redor do implante sem crescimento de tecido fibroso na interface osso-implante. Simplificação do conceito de osseointegração Branemark e Skalak achavam que esse conceito não era o suficiente para definir osseointegração. De acordo com eles o conceito de osseointegração vai muito mais além, pois apenas se optem certeza de que houve osseointegração após submeter o implante a cargas mastigatórias (depois de colocar para rodar). Para se levar em consideração que houve osseointegração, é preciso levar em conta quatro pontos de vista: Ponto de vista do paciente, onde ele não tem dor (técnica executada de maneira satisfatória e sem dor) Ponto de vista microscópio, onde não se perceba nenhum tipo de tecido entre o osso e o implante Ponto de vista macroscópio, as avaliações clinicas e radiográficas Ponto de vista da literatura cientifica, são os princípios que sintetizam a osseointgração. FATORES QUE INTERFEREM (POSITIVA OU NEGATIVAMENTE) NA OSSEOINTEGRAÇÃO Biocompatibilidade Design do implante Condições da superfície do implante Estado do hospedeiro Técnica cirúrgica e condições de carga aplicada no implante Biocompatibilidade quanto maior a biocompatibilidade, maior a chance de osseointegração e melhor a qualidade da osseointegração. Quanto menor a biocompatibilidade, menor a chance de osseointegração e/ou a qualidade dessa osseointegração. Quando se fala se de biocompatibilidade se fala de qualquer tipo de material, o titânio é um material biocompatível com a estrutura óssea, porem se esse implante de titânio for colocado encostado em uma estrutura mole, gengiva ou dentro da pele, vai ocorrer uma grande resposta inflamatória. Ele não é “aceito” em determinados tipos de tecidos, ele é especifico para tecido ósseo. Isso se deve pela fabricação, o implante já não é mais comercializado puro. O titânio se trata de uma liga, não é puro, porém a maior porcentagem dessa liga é de titânio +de 90%. Coloca-se esses outros metais para melhorar algumas propriedades do implante, como condução de calor, maleabilidade do implante na hora da sua confecção, melhorar a resiliência do componente protético dentro do implante. Essas propriedades variam conforme os fabricantes. Design do Implante No caso dos designs dos implantes, não há um único formato de implante que poderá ser instalado em qualquer lugar. Para cada situação é preciso um design diferente dos implantes, para cada região óssea vai haver um desenho de implante que vai melhor se adaptar aquela situação. Condições da Superfície do Implante no inicio da comercialização dos implantes eles eram maquinados, eram polidos, brilhavam, possuíam uma taxa de 91 – 92% de osseointegração. Com os anos notou-se que o osso medular onde o implante era instalado, possuía toda uma superfície porosa, então pensou-se que se fizessem implantes com a superfície porosa, assim como o osso, o organismo iria assimilar de maneira melhor do que uma superfície polida. Hoje todos os implantes possuem as superfícies tratadas promovendo micro ou nanoporosidades, por isso são opacos. Elevando a taxa de osseointegração para 99%. O Estado do Hospedeiro o hospedeiro é o paciente, quem vai receber o implante. Esse estado correlaciona tanto a avaliação local quanto a sistêmica. Local se o paciente não possui uma periodontite associada, abcesso próximo a região, se há uma condição oral adequada, se não há uma candidíase estabelecida, se não há uma herpes labial no momento da cirurgia. Se houver algum desses fatores o implante já irá entrar contaminado no leito ósseo. Sistêmicas as condições sistêmicas são tão importantes quanto as locais porque, diferente de uma exodontia onde você está retirando o órgão do organismo, geralmente não vão ocorrer interferências, no implante estamos colocando um corpo no organismo, então o organismo vai ter que assimilar e reparar isso. Se o paciente possuir alguma alteração sistêmica, como uma infecção sistêmica, infecção urinária, infecção de estômago, infecções de pele, infecções fúngicas, são condições que caracterizam baixa imunidade nesse paciente, o implante vai entrar em um local infectado. Se o paciente tiver alguma insuficiência renal, ele não vai estar eliminando de maneira adequada as toxinas do organismo, o organismo vai estar “intoxicado”, se o implante for instalado, ele será instalado em um local contaminado, cheio de impurezas. Se o fígado desse paciente não consegue metabolizar de maneira adequada, tudo que o paciente ingere de drogas ele não conseguirá metabolizar, e essa droga ficará circulando na sua forma pura pelo organismo. Podendo atrapalhar a osseointegração. O paciente que possui a glicemia alterada ou descompensada vai ter alteração no seu metabolismo, principalmente na reparação tecidual como é o caso da região oral. Por isso, como conduta preconiza-se a solicitação de exames laboratoriais pré- cirúrgicos, que vão desde hemogramas até exames de urina tipo I, para identificar se há alguma alteração sistêmica neste paciente. Como se tratam de cirurgias eletivas, ou seja não são cirurgias de urgência pode ser escolhido o melhor momento para serem realizadas. Por essas e outras que é necessário levar em consideraçãoque o fator hospedeiro pode interferir positiva ou negativamente na ósseointegração Técnica Cirúrgica e Condições de Carga Aplicadas no Implante se todas as etapas forem feitas de maneira correta, porém o componente, a peça protética não for bem adaptada, se houver má oclusão com toque pré-maturo sobre a prótese, isso também poderá gerar o insucesso da osseointegração. Da mesma forma que é uma oclusão bem estabelecida bem distribuída vai interferir de maneira favorável. As cargas devem dissipar ao longo do eixo do implante. FATORES QUE INFLUENCIAM NA OSSEOINTEGRAÇÃO 1- Presença de osso vital 2- Estabilidade primária Presença de Osso Vital Ausência de infecção Quantidade óssea mínima Ausência de aquecimento ósseo Se não houver esses dois fatores principais, que é a presença de osso vital e a estabilidade primária não haverá osseointegração. É preciso estabilidade primária na hora da instalação do implante, ele precisa estar estável, não pode ficar balançando dentro do osso. Se houver estabilidade primaria mas não houver presença de osso vital, não haverá osseointegração, e vice-versa. Um grande problema, que acontece nos casos dos implantes é a quantidade de osso que o paciente possui. Para um osso ser vital ele precisa de três características: Ausência de infecção Quantidade óssea mínima Ausência de aquecimento ósseo Se durante a avaliação do hemograma do paciente, perceber-se que há uma grande elevação no número de leucócitos, significa que o paciente possui uma inflamação. Leucócitos não indicam se o paciente está ou não com infecção, isso se dá pelo exame de cultura, mas os leucócitos aumentados já representam que é uma alteração no organismo. Vai interferir na osseointegração. Uma quantidade óssea mínima, o que se deseja é que o implante fique completamente submerso na estrutura óssea. A maior parte do implante não pode ficar para fora do osso, se o implante ficar com duas á cinco espiras para fora do osso não tem problema, essa região pode ser preenchida com biomaterial. Se o paciente não tem essa estrutura óssea, então o cirurgião irá reconstruí-la. Não pode haver aquecimento do osso. O osso não grande maioria das vezes é pobre em irrigação vascular, por isso as infecções osseas são tão comuns de acontecerem, principalmente em fraturas expostas. Como chega menos sangue neste local, chega menos células inflamatórias capazes de controlar infecções. Se o osso é aquecido durante a perfuração, seja por ausência de irrigação adequada, resultará em necrose óssea, e a necrose óssea é difícil de ser combatida. Os motores atualmente fazem essa irrigação automática, para resfriar da melhor forma possível. O instrumental inadequado também pode resultar nesse aquecimento, fresa perde o poder de corte, ela acaba destruindo o osso, vai impactar mais contra o osso na tentativa de corte, e irá aquecer o osso, gerando necrose. Gera um grande trauma, e com isso resposta inflamatória no osso. Fatores que Determinantes da Estabilidade Primária Densidade e quantidade óssea Técnica cirúrgica Quando se perfura, instala o implante pretende que ele fique bem encaixado sem micro ou macromovimentações, estabilidade primária, estabilidade inicial. Quanto mais denso, mais duro o osso. A estabilidade primária está intimamente ligada a densidade e quantidade óssea. Quanto se tem um osso menos denso, perfura-se com fresas de diâmetros menores, para que quando o implante for instalado, ele entre promovendo um aberto neste osso, gerando assim uma maior estabilidade primária. A técnica cirúrgica, o passo a passo, precisa ser seguido a risca, em todas as suas etapas, para cada design de implante há uma sequência de perfuração. DENSIDADE OU QUALIDADE ÓSSEA Quanto mais medular o osso, mais mole, menos denso. Osso medular. Osso cortical pouco vascularizado, muito duro Tipo I – praticamente cortical, pouco vascularizado, muito duro Tipo II – metade cortical, metade medular, excelente para a instalação de implantes. Pois além de promover estabilidade de osso cortical, vai haver irrigação que é importante para a osseointegração. Melhor sitio de perfuração. Tipo III e IV – pouquíssima cortical e quase tudo medular. As vezes a ponto de em alguns locais sumir a cortical. No caso dos implantes, instabilidade primária baixa, osso mole. Não é uma regra, é uma média anatômica. I – Sínfise mandibular, entre os forames mentuais II – Região de pilares caninos, região de processo pterigoide da maxila [atrás da maxila] III – Incisivos superiores e mandíbula posterior [região do primeiro molar até região retromolar] IV – Região de maxila posterior (primeiro pré- molar até túber da maxila) Para ter certeza da densidade óssea, apenas através de tomografia computadorizada.. Na maxila, quando se perde os elementos dentais há uma perda mais rápida em espessura, do que em altura. Na mandíbula é o contrário, se perde mais em altura do que em largura. Maior facilidade de instalação de implantes devido a espessura. Durante as técnicas de exodontia, é muito importante buscar preservar as estruturas osseas adjacentes, para que o osso se mantenha, para possibilitar posteriormente a instalação dos implantes sem necessitar de reconstruções. Se o paciente tiver condições, recomenda-se instalar o implante no mesmo momento da exodontia, se as condições forem favoráveis. Pois o implante vai manter o estimulo dentro do osso, impedindo essa reabsorção óssea CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS ÓSSEAS: •Atrofia óssea após perdas dentárias; •Utilização de próteses móveis; •Tècnicas de extrações dentárias (Ex: Manobra de Chompret); •Traumas dento-alveolares; •Patologias por doença periodontal, infecções periapicais e patologias ósseas (ex: ameloblastoma). DESINGS, SUPERFÍCIES E PLATAFORMAS PROTÉTICAS MACROTOPOGRAFIA DOS IMPLANTES INFLUÊNCIA DA MACROTOPOGRAFIA DOS IMPLANTES NA OSSEOINTEGRAÇÃO “ O processo cirúrgico do implante dental requer fixação inicial e ausência de movimento durante as fases iniciais de desenvolvimento da interface osso/implante. O projeto do implante é de importância fundamental para realizar esta primeira etapa.” “ (...) também podem afetar o início do período de cargas sobre um implante. (...) implantes cilíndricos de superfície lisa não respondem favoravelmente a carga oclusal. Por outro lado, implantes parafusados de superfície lisa tem sucesso com carga precoce, especialmente em ossos favoráveis.” O formato do implante lembra muito o formato da raiz dental, formato cônico, esse formato se deve a estabilidade, conforme ele vai entrando, ele vai rosqueando com o torque, e vai ganhando aperto. Para cada tipo de implante um tipo de rosca, um tipo de espira. O espaço entre cada espira chama-se passo de rosca, isso também dita a estabilidade do implante. Para cada tipo de osso vai ser indicado uma macrotopografia diferente do implante, melhora a longevidade do implante. [é um dos fatores que vai interferir na estabilidade e longevidade dos implantes]. Afirmam que a macrotopografia [formato dos implantes] vai interferir de acordo com a densidade do osso, osso menos denso, implantes com espiras mais agressivas, e vice versa A carga imediata vai depender de acordo com a estabilidade primaria, quando ele entra com torque estável, firme, é possível de se realizar a carga imediata [instalação da parte protética no mesmo dia] Formato do implante interfere diretamente na estabilidade da sua instalação, e essa estabilidade que dita quando a prótese vai ser colocada sobre esse implante PROJETO (DESIGN) DOS IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS Cilindro praticamente não se usa Conico Cônico – com espiras mais agressivas Cilindro com ápice cônico [hibrido] ápice afunila,mais usado, se adapta em quase todas situações Empresas procuram melhorar o ápice dos implantes, pois são eles que darão estabilidade ao implante. Conexão protética – plataforma protética serve para componente protético encaixar Cilíndrico [hexágono externo] Cônico [hexágono interno] Cônico e cilíndrico com ápice cônico [cone morse] – cone superposto ao outro – um cone encaixado no outro- conexão mais segura em questão de fraturas e afrouxamento] MICROTOPOGRAFIA Implante era maquinado, liso, polido, com o passar dos anos percebeu-se que quanto mais próximo das texturas do osso medular [poroso] menor seria a resposta inflamatória, mais próxima seria sua aproximação da textura óssea. Sua osseointegração seria melhor. Implante polido formava um osso de qualidade, mas, em sua maioria, na região apical, podendo com o tempo, com mastigação, ir causando uma reabsorção. Implante texturizado forma osso de qualidade em torno de todo o implante FISIOLOGIA DA OSSEOINTEGRAÇÃO “( ...)Primeiro, ocorre a ocorre a osteocondução, (...) recrutamento e migração de células osteogênicas(...). (...) Em segundo lugar, ocorre a nova formação óssea, que resulta na formação de uma matriz mineralizada, seguida de um processo de remodelação óssea. Esse fenômeno pode ser influenciado pela microtopografia da superfície.” “ No entanto,(...) a condição de superfície de um implante não é o único requisito para garantir a ancoragem dos implantes a longo prazo.” CONDIÇÕES PARA ANCORAGE DE IMPLANTES A LONGO PRAZO Material do implante Tipo de osso Técnica cirúrgica Qualidade da superfície Projeto do Implante Condições de carga sobre o implante Quanto melhor a texturização do implante, melhor será a qualidade do osso que se formará em torno dele. Quanto melhor a qualidade do implante, mais receptível ele será ao implante. O tratamento da superfície [microtopografia] do implante vai influenciar sim na osseointegração. BIC (Bone /Implant Contact) “ O período inicial de cicatrização de um implante é a fase do processo de osseointegração que é principalmente afetada pela condição de superfície do implante. Como regra geral, superfícies rugosas aumentam a porcentagem de contato osso/ implante (BIC), durante o processo de cicatrização óssea inicial.” “ A superfície rugosa de um implante melhora a cicatrização sem cargas também pode ajudar a suportar a carga oclusal inicial de uma interface de implante.” BIC [bone/implant contact] contato do implante com o osso. Usado para verificar se o tratamento da superfície do implante está causando melhoras na cicatrização óssea.. ALTERAÇÃO DAS SUPERFICIES Criar irregularidades de altura, distâncias entre ondulações e dimensões espaciais. SUPERFICIES ISOTRÓPICAS Jateadas Plasma spray Ataque ácido Anodizadas (oxidadas) Hidroxiapatita Zircônia Isotrópico Adjetivo • 1. que possui propriedades físicas que são independentes da direção (diz-se de um meio); isótropo. • 2. diz-se de um corpo cujas propriedades físicas são constantes, independentemente da direção cristalográfica considerada Dispersão, de uma superfície sobre a outra independente da direção e gravidade [ex ponta do rolo de papel toalha na agua] O implante recebe tratamento de superfície que faz com o sangue ao entrar em contato com o mesmo, seja aderido e “suba” pela superfície do implante, seja conduzido ao longo do mesmo. SUPERFICIE ANISOTRÓPICAS Usinadas [maquinas ou lisas] Qual a intenção de alterar a superfície do implante? Criar irregularidade homogêneas, praticamente do mesmo tamanho e mesmas distâncias. Forma de tratamento pode ser por subtração ou adição Superfícies Jateadas Tem o objetivo de aumentar a irregularidade da superfície do implante, utilizando agentes tais como o Óxido de Alumínio (Al²O²) também conhecido como Alumina e TiO². Porém, procedimentos de jateamento deixam partículas residuais na superfície do implante, podendo interferir na cicatrização óssea Forma de tratamento por subtração, jato por pressão com microesferas que criam irregularidades na superfície do implante. Primeiro tipo de tratamento que foi utilizado Desvantagem, deixa sujidades, resíduos, na superfície do implante, que podem se soltar no organismo que podem gerar uma resposta inflamatória mais intensa Jateadas e ataque acido Jateamento com ZrO² (Dióxido de Zircônio) ou AlO² produz uma macrotextura de superfície Ataque ácido com HCL (ácido clorídrico) ou H²SO4 (ácido sulfúrico) produz uma microtextura final A superfície, menos acidentada, demonstrou lacunas e orifícios uniformes Alguns autores sugeriram, para este tipo de superfície, em sítios ósseos favoráveis (I a III), carga em 6 semanas É o tratamento de superfície mais utilizado atualmente Hoje em dia faz-se o jateamento com um ataque acido Após o jateamento, mergulha-se em ácido, o que faz uma limpeza deixando uma textura mais homogênea e sem resíduos, proporciona irregularidade mais homogênea Tratamento por subtração mais utilizado Superfícies anodizadas [oxidadas] São preparadas aplicando uma voltagem sobre os implantes imersos em um eletrólito (condutor elétrico) A superfície apresenta microporos com diâmetros variáveis e demonstra ausência de citotoxicidade A vantagem é modificar a superfície sem depósitos de grãos ou particulas Subtração Mergulha esse implante em corrente elétrica x por tempo x, essa corrente vai causando um desgaste no implante nao ficam resíduos, nem de titânio, nem de acido Plasma Spray de Titânio Tratamento por adição Na maioria das vezes faz-se o tratamento por subtração, em seguida é aplicado plasma spray em torno de toda a superfície do implante Quando vai inserir esse implante com esse tratamento de superfície em osso muito duro, elas começam a se soltar, o que pode causar até uma resposta inflamatória. São recomendados para ossos com densidades menores, osso mais moles, auxilia em casos que não teriam uma estabilidade primária tão alta. Superfícies com HÁ [hidroxiapatita] Semelhante ao revestimento com PPT Vantagens: Aumento da área de superfície Aumento da rugosidade para a estabilidade inicial Interface osso implante mais forte Cicatrização da inteface óssea mais rápida Cicatrização aumentada entre osso e HÁ Menor corrosão de metais Desvantagens: Lascas, fissuras ou esfoliação durante a instalação Aumento na retenção de placa, quando acima do nível ósseo Aumento de infecção e criação de nichos Complicação de tratamento de implantes perdidos Aumento de custos Zircônia Implantes São biocompatíveis, bioinertes e radiopacos Apresentam uma alta resistência a corrosão, flexão e fratura Existem relatos que apresenta BIC semelhante aos implantes de titânio Podem ser utilizados tanto para produção do corpo do implante quanto para revestimento Porém, após carga, os índices de BIC variaram Muitas vantagens, porém muitas desvantagens Muitos testes, mas nenhuma empresa chegou a lançar no mercado. Osso tipo I e II apresentam maior resistência e contato ósseos. Portanto, maior risco de lascar o material. Nestes casos, o projeto do implante é mais relevante do que a superfície. Nestes casos, jateamento e ataque ácidos, associados a um bom projeto do implante e comprimentos (10 a 11mm) Nos ossos tipo III e IV, o tratamento de superfície é de extrema importância, pois aumenta a fixação inicial, contato e resistência da interface osso/implante, além do projeto do implante. Porém, nunca deixar o corpo do implante acima do nível ósseo para que o revestimento não se torne um problema. Ossos tipo 3 e 4 é importante tratamento de superfície por adiçãovão compensar a baixa estabilidade primaria desse implante. Macrotopografica ossos menos densos, design mais agressivos, espiras mais agressivas Mais densos menos agressivos senão implante não desce e não volta Melhor- cilíndrico de extremidade cônica Distância entre implante e osso medida cai na prova PLANEJAMENTO CIRURGICO E PROTÉTICO NA IMPLANTODONTIA FORMAS DE PLANEJAMENTO Convencional Radiografias panarâmicas Modelo de estudo Digital Tomografias computadorizadas Prototipagem Cirurgias Virtuais CONVENCIONAL •Análise e mensuração do rx panorâmico •Gabarito cirúrgico no rx panorâmico •Confecção de modelos de estudo •Cirurgia no modelo de estudo ANÁLISE E MENSURAÇÃO DO RX PANORÂMICO Observar proporções e distorções evidentes Proporção aceitável de magnificação: 20 a 25 %. [lembrar que há essa taxa de distorção] Uso de templates ou réguas para planejamento, para confecção de gabarito cirúrgico no rx panorâmico. Confecção de modelos de estudo afim de planejamentos. Cirurgia no modelo de estudo (implantes próprios para modelos de estudo de latão, para se planejar onde e como serão esses implantes) Possível de reproduzir da mesma forma no paciente. TOMOGRAFIA Permite planejamento tomografia por meio de imagens 3D, planejamento virtual por softwares, possível de imprimir o protótipo feito no software. E possível de planejar de acordo com marca, modelo, tamanho dos implantes. CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DOS MATERIAIS PARA RECONSTRUÇÕES ÓSSEAS EM IMPLANTODONTIA Quando no planejamento nos deparamos com não ter um dos elementos imprescindíveis, que é o osso vital, tanto em qualidade quanto em quantidade. O implante vai ser ancorado no osso, e quando não há osso suficiente para essa ancoração é preciso criar esse osso. PRINCIPAIS CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS ÓSSEAS Exodontias por via não alveolar ou muito traumáticas Presença de núcleo intrarradicular e prótese em função durante um determinado tempo sobre uma raiz fraturada Infecções periodontais e/ou endodônticas Doença periodontal crônica Apicectomias Cistos e tumores Traumatismos dento alveolares Implantes fracassados Múltiplas cirurgias fracassadas Procedimentos ortodônticos malsucedidos Parafunção Preparo muito subgengival Próteses removíveis Preparos protéticos que invadem o espaço biológico Quando se torna necessário realizar a enxertia no paciente, ele pode se originar de quatro maneiras: Enxertos autógenos – do indivíduo para ele mesmo, autotransplante Enxertos alógenos (homógenos) – de humano para humano, banco de ossos Enxertos xenógenos (heterógenos) – de espécies diferentes, em sua maioria bovinos Enxertos aloplásticos – materiais exclusivamente sintéticos, sem origem orgânica PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DOS SUBSTÍTUTOS ÓSSEOS Osteogênese – é caracterizada pela neoformação óssea, a partir de células viáveis transferidas juntas ao enxerto. Osteoindução – processo no qual a osteogênese é induzida, havendo a neoformação óssea por meio de células mesenquimais imaturas ou a partir da diferenciação de células osteoprogenitoras. Osteocondução – processo pelo qual ocorre o crescimento por reabsorção e aposição, a partir do osso circundante. Ocorre na presença de osso ou células mesenquimais diferenciadas. O melhor indiscutivelmente é o enxerto autógeno. É o padrão ouro. Eles todas as características necessárias para um substituto ósseo, por exemplo a osteogênese, o “pedaço” ósseo já está repleto de células ósseas prontas. É o único dos substitutos ósseos que tem a característica da osteogênese, que vai levar as células já “prontas” para a região deficiente de osso. A osteoindução também é outra característica exclusiva do enxerto autógeno. Além de levar as células prontas, elas vão ter uma capacidade sinalizadora para atrair e induzir a chegada de células mesenquimais imaturas, indiferenciadas, para que elas consigam se desenvolver de uma forma mais rápida e uma qualidade muito maior de células ósseas. Essas células além de prontas vão induzir uma chegada de células ósseas de maneira muito mais rápida e de maior qualidade. A osteocondução também está presente no osso autógeno. A parte cortical do osso praticamente não tem vasos sanguíneos, a parte medular sim, tem muito vaso sanguíneo e com isso muitas células. O osso cortical tem a capacidade de conduzir, forma um arcabouço, um formato e vai manter esse formato até que o novo osso se forme neste formato. A osteocondução está presente no osso autógeno e é a única característica que está presente nos outros ossos de origem não autógena. Os outros materiais homogêneos, xenógenos e aloplásticos, vai ser colocado no formato e por serem compatíveis vai se manter no local, e aos poucos vão chegando células ósseas que vão ocupando espaço, mantendo o formato do biomaterial que foi colocado, aos poucos o organismo começa a reabsorve o biomaterial e o novo osso será formado com base no formato do biomaterial. A U TO G ÉN O S O U TR O S Enxertos autógenos são os únicos que possuem as três características osteogênico, osteoindutor e osteocondutor – padrão ouro de reconstrução óssea. AUTÓGENOS VANTAGENS Transporte de células vivas Sem reação imunológica (é imunologicamente compatível, vem da mesma pessoa, causando menor inflamação) Menor grau de inflamação Menor chance de infecção (pela qualidade do material o risco de infecção é zero) Reparo mais rápido AUTÓGENOS DESVANTAGENS Aumenta morbidade (aumenta o trauma, maior tempo de recuperação) Maior perda sanguínea (devido ao maior tempo de cirurgia) Duas áreas cirúrgicas Aumenta tempo de cirurgia Quantidade limitada ÁREAS DE EXTRAÇÃO PARA ENXERTO AUTOGÉNO Extra orais Crista do ilíaco Calota craniana Arco costal [já não muito utilizado] Tíbia Fíbula Intra orais Túber da maxila Mento Ramo ascendente da mandíbula Ângulo da mandíbula Processo coronóide Palato ENXERTO HOMÓGENO (BANCO DE OSSOS) É o enxerto de tecido ósseo retirado de um doador da mesma espécie do receptor. OSTEOCONDUTOR Muito pouco material é obtido de cadáver. Na verdade, se tratam de indivíduos A.S.A. 6 que ocorreu morte cerebral e os órgãos e tecidos foram doados. Grande parte é obtido de pessoas vivas. Geralmente não se opta mais por reconstruções por exemplo da cabeça do fêmur. Usa-se mais próteses, e o elemento ósseo é doado, esse fragmento é processo e descontaminado, retirando toda a parte orgânica. Tem-se a opção de mantê-lo molhado, congelado, ou seco em altas temperaturas ficando somente o pó. Congelado fresco [FDBA] – remove-se a parte orgânica. Liofilizado [DFDBA] – “seco” O maior problema é que não se tem muitos bancos de ossos, acabando inviabilizando o processo. A solicitação era feita com cadastro do profissional e do paciente Não é mais tão usual, devido a grandes casos de infecção, gerando reabsorção do próprio enxerto. HOMÓGENO VANTAGENS Reduz o tempo cirúrgico [apenas uma área cirúrgica] Equipe menor Volume – achava-se que poderia usar qualquer quantidade Menor morbidade Menor perda sanguínea HOMÓGENO DESVANTAGENS Transmissão de doenças – alterações de temperatura propiciava meio de cultura, resultando em infecções Imunogênico – por não ser da mesma carga genética Resistência do paciente – pacientes não aceitavam Qualidade do osso – osso não era escolhido Em cavidades como seio maxilar, alvéolo, defeito cístico, só se usa osso particulado. Os blocos são quando quer ganharaltura e/ou espessura. ENXERTO HETERÓGENO (XENÓGENO) É o enxerto de tecido ósseo retirado de um doador de espécie diferente do receptor O mais utilizado para reconstruções ósseas é de origem bovina. OSTEOCONDUTOR As vantagens e desvantagens são as mesmas em homegênos, heterógenos e aloplásticos. O mais usado é de origem bovina, porém tem- se de outras origens. Há fios de sutura de origem do intestino caprino. Membranas de colágeno desenvolvida a partir do pericárdio [camada mais externa do coração] suíno. Esponjas de colágeno de origem equina. O mais utilizado para reconstruções ósseas é o de origem bovina. Os animais que são usados são criados especificamente para isso. HETERÓGENO VANTAGENS Não necessita de sitio doador Quantidade ilimitada [obtém-se quantidade ilimitada] HETERÓGENO DESVANTAGENS Imunogênico (acelerando a sua reabsorção pelo organismo) ENXERTO ALOPLÁSTICO É o enxerto de material sintético Ex: hidroapatita, cerâmicas bioativas OSTEOCONDUTOR Totalmente sintético, não tem matéria orgânica envolvida, não precisa de doador. ENXERTOS ÓSSEOS COM ÁREAS DOADORAS INTRA ORAIS ENXERTOS AUTÓGENOS Coágulo ósseo Osso cortical com medula osteogênica Mento (mais usada) Tuberosidade Região retro-molar (ramo ascendente) (mais usada) Coagulo que se forma dentro do alvéolo é chamado de coagulo ósseo, ele tem todo o potencial proliferativo para formar outro osso dentro do alvéolo. Independente da origem, sempre tem que haver sangue, coágulos ósseos para que ocorra a reparação tecidual. Quando se realiza a remoção de tecidos autógenos, sempre se quer que haja as duas estruturas ósseas, a parte cortical e a parte medular. A cortical é a parte mais dura do osso, pouco vascularizada, já a parte medular é a parte mais “macia” do osso, a parte mais vascularizada, onde tem-se o potencial osteogênico, vai estar repleto de células potencialmente formadoras de tecido ósseo. Sempre deve haver os dois. Além do mento, da região do ramo ascendente da mandíbula e ângulo da mandíbula, as outras áreas fornecem uma quantidade óssea muito pequena. Hoje com o avanço dos biomateriais consegue-se substituir essa quantidade pequena por materiais não autógenos, já que essas outras áreas autógenas fornecem pouco material ósseo. Diminuindo assim também a morbidade, já que não seria necessária a aberta de outro local cirúrgico para a remoção de tecido ósseo. As áreas que fornecem maior material ósseo, nas quais os custos e benefícios são favoráveis é na região mentual e na região do ramo ascendente da mandíbula. As outras áreas são pouco acessadas, a não ser que a área cirúrgica seja próxima a essas outras áreas. Biomateriais de origem não autógena sempre vão gerar uma resposta inflamatória um pouco maior do que os de origem autógena. Quando se utiliza biomateriais de origem não autógena deve-se respeitar o limite de 5cm3 – limite, é o máximo que usa de biomaterial de origem não autógena. Quando se necessita de maiores quantidades, acessa-se áreas intra-orais porém respeitando o limite do que se pode retirar de cada área. Ex: mento 5,0cc Ramo da mandíbula ou área retromolar 5,0 a 10cc (no caso de 10cc é 5cc de cada lado, porem isso geralmente não ocorre) Tuberosidade da maxila 2,0cc Quando se trabalha com extensas áreas de reabilitação pode-se recorrer ao uso de materiais de origem não autógenas associados a materiais de origem autógena. Ex: 5,0cc de enxerto não autógeno (origem bovina) + 5,0cc de material autógeno (intra-oral) Caso seja necessária uma quantidade ainda maior, então faz-se uso de áreas doadoras extra- orais. Não se tem um material “milagroso” deve-se respeitar o limite de cada material, caso contrário o próprio enxerto será reabsorvido. Enxerto de origem autógena irá resultar em um aspecto natural na formação óssea, esse mesmo aspecto natural não ocorre com materiais não autógenos. O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) se constitui em um composto autógeno, que proporciona uma alta concentração de plaquetas em um volume mínimo de plasma. A introdução do PRP na recuperação de tecidos está fundamentada na aceleração da cicatrização por meio dos fatores de crescimento presentes nas plaquetas. A aplicação do PRP na clínica odontológica tem trazido resultados promissores, incluindo desde a redução do sangramento até a cicatrização mais rápida com melhor regeneração tecidual. Entretanto, mais estudos são necessários a fim de confirmar a eficácia do PRP em longo prazo. Se no planejamento for necessário de mais de 10cc de osso, a associação de autógeno e não autógeno não vai ser o suficiente, deve-se lembrar de respeitar os limites dos biomaterais. Por exemplo, no caso de uma reabilitação óssea completa da maxila. Quando é necessário mais de 10cc de enxertia será necessário o acesso de áreas extra orais O acesso a áreas extra orais são realizadas a nível hospitalar. A área mais usada é a vertente externa da crista do osso ilíaco. Equipe multidisciplinar, cirurgião buco-maxilo e/ou implantodontia, ortopedista, anestesista. Tubérculo de ... (osso da canela) já não é mais tão utilizado, não fornece boas quantidades ósseas como as outras opções. A calota craniana, próximo a sutura interparietal, é realizada um acesso na região parietal, realiza- se uma osteotomia, e vai-se retirando os bloquinhos ósseos. De todos os acessos extra orais o que doí menos, que tem um pós- operatório melhor é o da calota craniana, paciente sente apenas uma leve dor de cabeça. Porém, as pessoas acabam optando menos por essa opção, devido ao receio, ao pré-conceito relacionado ao procedimento. Deve-se explicar bem para o paciente que o acesso será somente na cortical externa, e um pouco do osso medular, não terá acesso ao encéfalo e as meninges. Quando se realizasse a retiradas das áreas doadoras, naquela região não ficará defeitos ósseos, serão formados coágulos sanguíneos, que vai preencher as cavidades formadas, preservando a arquitetura óssea, após 60 dias haverá uma regeneração óssea no local. Com os avanços dos implantes diminui-se significativamente a necessidade de utilizar essas técnicas extra orais. No caso do osso ilíaco, mantem-se as vertentes externas e internas, e retira-se uma porção do meio, da região central, entre as vertentes que foram preservadas vai ser formado o coágulo ósseo no meio, preservando assim a arquitetura óssea. Nestas cirurgias deve-se trabalhar com uma equipe multiprofissional, onde o ortopedista saiba lidar com a situação, e saiba de todos os riscos cirúrgicos, pois bem próximo a região que será operada, encontra-se o peritônio e logo as vísceras. Qualquer acidente pode resultar em uma perfuração do peritônio, e de alguma alça intestinal, pode resultar em sepse e até na morte do paciente. SEQUÊNCIA CIRÚRGICA PARA INSTALAÇÃO DE IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS Na implantodontia é muito importante o planejamento prévio, e que seja seguido todo esse planejamento, passo a passo, como se fosse um protocolo. Instrumental e equipamento são imprescindíveis. Kit cirúrgico para instalação de implantes Contra ângulo redutor para perfuração e instalação de implantes Motor cirúrgico para perfuração e instalação de implantes Se não houver algum desses itens, deve-se abortar a cirurgia. Kit cirúrgico Utilizado para a fresagem (perfuração), conferência de posicionamento do implante e instalação do mesmo. Possui o layout conforme a empresa que o fabrica, todos tem a mesma função, que é de organizar os instrumentais para que se consiga perfurar e instalar o implante da maneira mais segura e intuitiva possível, seguindo uma sequência lógica. Na inicialdo kit tem-se a fresa lança e a fresa 2.0. A fresa lança é única e inclusivamente utilizada para realizar a perfuração inicial, romper a cortical óssea. (Como se fosse a broca de acesso.). A fresa é usada somente para romper a cortical somente, tanto é que a mesma não possui nem marcação, utiliza-se apenas a ponta da lança, a cortical (parte mais dura) vai ser rompida, caindo no osso medular (parte mais macia), após atingir a cortical para-se com a lança. Em seguida, há a fresa helicoidal 2.0mm, é a primeira fresa que marca o comprimento da perfuração Ela é helicoidal pois tem o princípio de durante a perfuração as raspas de osso vão sendo jogadas para fora da perfuração. Todas as fresas de perfuração são helicoidais, independente da empresa. Há duas medidas em relação aos implantes DIAMÊTRO E o comprimento, que se refere ao eixo vertical do implante. Essas medidas são parecidas de empresa para empresa, mas algumas empresas as vezes personalizam isso. Nas fresas há marcações a laser, essas marcações geralmente são assim, ou podem mudar de kit para kit, de fabricante para fabricante. 7mm / 8,5mm / 10mm / depois tem uma marca grossa que seu inicio corresponde a 11,5mm e o final 13mm / 15mm / 18mm [a maioria para no 15mm] Geralmente não há implantes de milímetro por milímetro, exemplo 10, 11, 12, 13mm. Geralmente as empresas preconizam escalas crescentes que aumentam de 1mm à 1,5mm. A perfuração deve ser conforme as medidas do planejamento, por exemplo, se foi selecionado um implante de 11,5mm de comprimento, a perfuração deve ser feita até 11,5mm. Deve-se montar e respeitar um planejamento prévio, visando não comprometer nenhuma estrutura importante, como seio maxilar. Canal mandibular. A fresa 2.0mm é de extrema importância pois é ela que vai proporcionar as primeiras referencias com relação a esta perfuração. Ela também vai ditar a distância entre um implante e outro o implante e um dente adjacente. (Como se fosse a Lima #10 na endo, proporcionando as primeiras medidas) essa fresa vai ditar até onde vai o implante, também vai direcionar o implante. Depois da perfuração com a fresa 2.0mm vai ser alargando a perfuração conforme o diâmetro do implante que foi planejado. As medidas de diâmetros também variam de empresa para empresa, mas as comuns são 4.0, 4.1, 4.3, 5mm. Isso em diâmetro, a largura do implante. Sempre vai parar a perfuração com a fresa 0,2 à 0,5mm diâmetro aquém do diâmetro do implante. Exemplo: 2,9mm é a medida do implante, logo a perfuração vai seguir a seguinte sequência -> lança, fresa 2,0, e fresa 2,6, parando 3mm aquém do diâmetro do implante. Por que ao se instalar um implante de 4,3mm não se pode fazer diretamente uma perfuração com a lança 4,1mm? Pois, por maior que seja a irrigação sempre vai haver formação de calor, neste atrito entre a fresa e o osso. Se a perfuração se iniciar com uma fresa de maior diâmetro o atrito vai ser maior, gerando em maior produção de calor e com isso podendo levar a necrose. E também se for iniciada com a fresa de maior diâmetro, qualquer possibilidade ou necessidade de correção se torna inviabilizável. Quando se inicia pela lança e fresa 2,0mm usa-se um indicador de posição que vai indicar a posição que o implante ficará e se a mesma é ou não satisfatória, ou se necessita de correção. Quando a perfuração é iniciada pelas fresas de menores diâmetros essa correção se torna possível. Indicadores de direção ou paralelizadores: Responsáveis por verificarem a perfuração no sentido mesio distal e vestibulo lingual. Medir equidistância entre os implantes. Mede equidistâncias entre o implante e os dentes adjacentes. (A parte mais fina têm o mesmo diâmetro da fresa 2,0mm. Logo o melhor é essa sequência de escalonamento das fresas. A grande maioria das empresas pede para que as fresas sejam trocadas a cada 30 perfurações. Pois a partir disso ela já não vai mais estar cortando o osso, e sim queimando o osso, destruindo o osso. Instrumento cortante é igual lamina de barbear, perde o corte, precisa ser trocado. Cada fresa possui sua numeração na haste, com diâmetro marcado pelo círculo, e o comprimento. É preciso manter as organizações das fresas, do kit, para que se mantenha o raciocínio intuitivo durante a cirurgia, para que não ocorram perfurações erradas, podendo perfurar um diâmetro maior do que o planejado para o procedimento. Devemos sempre chegar as medidas das fresas. Os outros instrumentais alguns têm seu nome escrito na haste e outros não. Todos vem escrito onde vai cada instrumental em seu devido lugar no kit. Monta Implantes ou Chaves de instalação: Utilizadas para a instalação dos implantes na perfuração É utilizado para encaixar dentro do implante e leva-lo até a perfuração e rosquea-lo, fazendo a instalação do implante. Não se pega no implante com materiais que não sejam de titânio, pois vai alterar a superfície eletromagnética do implante. As chaves são de titânio. Torquímetro: Utilizados para inserir o implante na perfuração, dando um torque (força) maior para a instalação e mensurando em Newtons (Medida de Força) essa força. No dedo não se consegue aplicar mais de 20 newtons de força. O torquímetro vai potencializar sua força. A área quadrada se encaixa na ‘cabeça quadrada’ da chave. Na haste do torquimetro vêm marcações relacionadas ao torque 30N, 45N, 60N, 80N e infinito (símbolo do infinito). Devido a esse instrumental sabe-se com qual torque o implante travou. Boa estabilidade primária entre 30N e no máximo geralmente 60N. Se houver força excessiva, vai acabar gerando um esquentamento, e podendo causar necrose. Ao invés de se instalar com a mão pode se instalar com o motor, programando o torque que será aplicado. Indicador de profundidade ou profundímetro: Utilizado para checar a Perfuração em profundidade. igual uma sonda periodontal. Ela possui marcações que seguem as mesmas marcações e numerações de diâmetro das fresas. Usada para confirmar se está na profundidade correta. Os kits cirúrgicos vêm com gabarito referente as marcações das fresas. As caixas organizadoras dos kits são autoclavaveis, resistentes, independente se for plástico ou metal. Em alguns kits há o dispositivo de segurança para fresa, como se fosse o stop na lança, a perfuração só vai até a medida pré-estabelecida. Chaves Digitais: Utilizadas para inserir/remover o tapa implantes e inserir/remover os cicatrizadores. Tapa implante é a peça que vai parafusada na conexão do implante após a instalação do implante. Deve-se ter cuidado para não apertar demais, por pode espanar, e vai ficar rodando em falso, no cicatrizador também. Redução de velocidade/controle de torque: São equipamentos preparados para reduzir a velocidade e suportar o torque (força) tanto para perfuração quanto para a instalação dos implantes. No contra-ângulo convencional o torque é fixo. Não se pode liga-lo no motor elétrico para implantes, vai acabar estouro o contra. No contra-ângulo elétricos há a possibilidade é possível alterar a velocidade de rotação e o torque. Com o contra-ângulo consegue-se fazer tudo, perfurar, instalar o implante, instalar os componentes. Por que não são feitas perfurações no motor a ar (equipo da cadeira)? Primeiramente não iria haver torque suficiente, e segundo na implantodontia trabalha-se em planos profundos, a nível de osso medular, pode haver escape de ar, causando uma embolia gasosa no paciente, e o êmbolo pode acabar parando em qualquer lugar. Quando se trabalha em planos mais profundos usa-se motores elétricos, até mesmo em cirurgias da oral menor. Motores elétricos cirúrgicos: Utilizados para perfuração e instalaçãode implantes. Possuem programação de velocidade, torque e irrigação. No motor há uma bomba, responsável pela irrigação, que pode ser feita com soro ou agua destilada. Há possibilidades de controle de velocidade, controle de torque, irrigação, redução do contra ângulo ou da peça reta cirúrgica. No motor elétrico consegue-se fazer muita coisa, como cirurgias buco-maxilo, implantes, perio [montasse o contra ângulo correto e faz-se profilaxia], dentistica [remoção de tecido cariado], preparo de prótese e restauração. Há motores elétricos que vem para substituir os a ar, e com a vantagem de não fazer barulho. O motor também tem memorias, as quais podem ser deixadas pré-programadas, conforme cada osso por exemplo, e são alteradas no pedal. Alguns possuem fibra ótica e contam com iluminação no campo de trabalho. Mesa cirúrgica A sequência na implantodontia não é de tanta relevância, o que importa é que os instrumentais estejam agrupados por função para otimizar o tempo cirúrgico. Perde-se muito tempo procurando instrumental [paciente sangrando, anestesia passando]. É importante que a mesa cirúrgica termine da mesma forma que iniciou.
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