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Sobre a morte e o morrer - Psicologia resumo

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Psicologia 
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Sobre a morte e o morrer 
Morte: 
• (Etm. do latim: mors.mortis) 
• Óbito ou falecimento; 
cessação completa da vida, da existência 
• “É o tempo que a pessoa já cumpriu aqui na terra e vai viver 
em outro espaço, outro lugar diferente desta aqui, humana”. 
(Lua) 
• “A morte para mim é um fenômeno natural que hoje é 
muito discutida né, entre as religiões.” (Sol) 
• “A morte é um momento de transição, eu acredito que 
depois tem um lugar especial guardado para cada um.” 
(Estrela). 
CONCEITOS DE MORTE 
Morrer é o cessar irreversível: 
1. da função de todos órgãos, tecidos e células; 
2. do fluxo de todos os fluídos do corpo incluindo o sangue e o 
ar; 
3. do funcionamento do coração e do pulmão; 
4. do funcionamento espontâneo do coração e do pulmão; 
5. do funcionamento de todo o cérebro, incluindo o tronco 
cerebral; 
6. do funcionamento completo do neocórtex; 
7. do funcionamento de todo o cérebro 
8. da capacidade corporal de ser consciente. 
 
HISTÓRICO 
• Na Grécia antiga, acreditava-se que os médicos tinham o 
poder da cura delegado pelos deuses 
• A tecnologia passa a ser capaz de realizar qualquer coisa: 
prolongar a vida, aumentar o bem-estar da população e, 
porque não, evitar a morte. 
• O fim da vida passa a ser um acidente não admissível e todos 
os meios devem ser utilizados para, ao menos, retardá-lo. 
 
SÉCULO XXI 
• A morte no século XXI é vista como tabu; por outro lado, o 
grande desenvolvimento de várias ciências permitiu a cura de 
várias doenças e um prolongamento da vida. 
• A morte, assim como a doença e o sofrimento, são partes 
integrantes da condição humana. 
• Quando a morte se anuncia na nossa vida ou na vida dos 
seres da nossa intimidade através duma doença incurável, ou 
nas premissas de uma sentença irreversível, ficamos 
demasiados abalados por tudo àquilo que acontece para nos 
entregarmos a considerações gerais sobre a morte. 
 
 
 
VIDA X MORTE 
Esta atitude de tentar preservar a vida a todo custo é 
responsável por um dos maiores temores do ser humano na 
atualidade. 
 •Que é o de ter a sua vida mantida à custa de muito 
sofrimento, solitário numa UTI, ou quarto de hospital, tendo 
por companhia apenas tubos e máquinas. 
 
NATURALIDADE DA MORTE 
 “(...) Torna-se, por isso, fundamental recuperar o sentido da 
naturalidade da morte, voltar a encará-la como um processo 
inerente à condição Humana e deixar de a pensar como um 
acidente ou um acontecimento que podia ser evitado (...)” 
Susana Pacheco (2002) 
 
 
 
Freud (1914) vem nos falar que a morte de um ente querido 
nos revolta pois, este ser leva consigo uma parte do nosso 
próprio eu amado. 
E na contemporaneidade vivemos uma exigência de 
imortalidade: que nada mais é que um produto dos nossos 
desejos. 
(Morte & Luto no Contexto Hospitalar). 
 
 
 As cinco fases do luto 
ou da perspectiva da morte 
Fase I - Negação 
• Negação seria uma defesa psíquica que faz com que o 
indivíduo acaba negando o problema, tenta encontrar algum 
jeito de não entrar em contato com a realidade seja da morte 
de um ente querido ou da perda de emprego. É comum a 
pessoa também não querer falar sobre o assunto. 
 
Fase II - Raiva 
• Nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente 
injustiçada e não se conforma por estar passando por isso. 
 
 
 
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Fase III – Barganha 
• Essa é fase que o indivíduo começa a negociar, começando 
com si mesmo, acaba querendo dizer que será uma pessoa 
melhor se sair daquela situação, faz promessas a Deus. É como 
o discurso “Vou ser uma pessoa melhor, serei mais gentil e 
simpático com as pessoas, irei ter uma vida saudável.” 
 
Fase IV - Depressão 
• Já nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se 
isolando, melancólica e se sentindo impotente diante da 
situação. 
 
Fase V – Aceitação 
• É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e 
consegue enxergar a realidade como realmente é, ficando 
pronto pra enfrentar a perda ou a morte. 
 
Quando falar da morte? 
Desde o início da intervenção, e não apenas na fase terminal. 
Falar da morte com a pessoa e com a sua família 
Características da intervenção: 
• Acompanhar a pessoa e a sua família, demonstrando 
disponibilidade e abertura. 
• Validar os esforços de todos os envolvidos. 
 
“Dentro dessa humanidade no atendimento ao doente 
terminal, Kübler-Ross (1997) nos fala da importância do 
acolhimento ao doente por parte da equipe, da importância 
da verdade. 
O que se questiona não é o dizer ou não a verdade, mas sim 
como contar essa verdade, aproximando-se da dor do 
paciente, colocandose no lugar dele para entender seu 
sofrimento.” 
 
Avaliações prévias: 
• Funcionamento da família 
• Situações de doença e lutos anteriores 
• Contexto e significado da doença 
• Como a família compreende a morte 
 
Estratégias: 
Avaliar Necessidades; 
Detectar Sinais de Sofrimento; Encontrar respostas para essas 
Necessidades e Sinais de Sofrimento; 
Promover a Comunicação; 
Ajudar a Família a tratar o Doente como Pessoa Viva, e não 
como se já tivesse morrido; 
Estar presente sempre que necessário e possível; 
Reforçar o Apoio à Família durante a fase terminal 
Prestar Apoio quando da Morte. 
 
Questões para discutir: 
•O processo de morte, desde o ponto de vista de cuidados, de 
um idoso é diferente do de uma criança, adolescente ou 
adulto? 
 •Quais os deveres associados ao paciente que está 
morrendo? 
• Como lidar com um paciente que solicita que a sua vida não 
seja mantida?

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