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Da Fundação de Roma à Monarquia 
1. Descreva os aspectos geográficos da Península Itálica e a sua ocupação humana.
 Os Rios Pó, Arno e Tibre atravessam o território, marcado também ao Norte pelos Alpes e, no sentido Norte-Sul, pelos Alpeninos. As ilhas da Córsega, Sicília e Sardenha são vizinhas no Mediterrâneo, que, assim como os Mares Tirreno e Adriático, banham a Península. Em comparação com a Grécia, seu litoral não apresenta tão bons portos, seu solo é mais fértil, e as comunicações internas mais fáceis. Fora ocupada (principalmente) por gauleses, etruscos, latinos, sabinos e gregos ao sul.
 2. Explique as duas narrativas de fundação de Roma: a histórica e a lendária.
 Lendária: Rômulo e Remo, descendentes do troiano Enéias, de Vênus e Marte, foram abandonados, amamentados por uma loba e criados por pastores. Recuperaram o trono de Alba Longa para seu avô e, após discussão entre os irmãos, a cidade fora fundada no Monte Palatino.
 Histórica: Um povoado latino de pastores se instala na região do Lácio. Possivelmente, sabinos e outros povos foram incorporados. Posteriormente foram conquistados pelos etruscos, que lhes trouxeram a urbanização e organização política mais clara. Quando de sua expulsão, Roma já era uma cidade-Estado consolidada. 
3. Caracterize as instituições políticas da monarquia romana. 
Rei: Chefe militar, sumo sacerdote, juiz supremo, chefe do executivo. 
Senado: Conselho de anciãos patrícios, com poder de veto sobre o Rei. 
Assembleias (Cúrias): Cidadãos em idade militar, que ratificavam as leis do Senado. 
Nesse momento, as instâncias políticas todas eram restritas à participação patrícia. Além disso, aos reis atribuíam-se funções diversas, o que poderia resultar em concentração de poderes.
A República Romana
 4. Explique como se deu a passagem da Monarquia para a República em Roma, em 509 aC.
 Os patrícios reagiram ao controle dos reis etruscos, que haviam fechado o senado. Diz-se também que a causa do conflito diria respeito à aproximação dos reis etruscos da plebe. Protegendo seu espaço político privilegiado, fundaram o regime republicano, controlado justamente pelo Senado. 
5. Caracterize as instituições políticas e as camadas sociais da República Romana. 
A RES PUBLICA organizava-se de modo a preservar o bem comum, evitando a concentração de poderes nas mãos de poucas pessoas. 
Instituições Políticas 
Senado: Conselho de anciãos patrícios com cargo vitalício. Cuidavam dos assuntos religiosos, das leis e da justiça; 
Assembleia Centuriata: Assembleia popular; escolhiam os magistrados 
Magistraturas: cargos específicos que tratavam de assuntos diversos. Repartem-se, assim, as responsabilidades que anteriormente pertenciam aos reis. Eram anuais, em geral ocupadas por dois magistrados, e, antes das conquistas plebeias, restritas aos patrícios. Eram a chave do equilíbrio de poderes da RES PUBLICA. Ex: cônsules, pretores, censores, edil, ditador. 
Camadas Sociais
 Patrícios: únicos com direitos políticos (o que se altera com as lutas sociais), latifundiários; descendentes dos primeiros habitantes de Roma.
 Clientes: dependentes dos patrícios; Plebeus: livres. Comerciantes, pequenos agricultores, artesãos; 
Escravos: prisioneiros de guerra, dívidas (até lei Poetélia); Ordem Equestre: artesão e comerciantes enriquecidos com as expansões no Mediterrâneo.
6. Descreva as disputas sociais entre patrícios e plebeus durante o período republicano, indicando: suas causas, como foram essas lutas, as conquistas da plebe (detalhe-as). 
Causas: a plebe romana se via excluída dos cargos públicos, convivendo também com uma organização social e jurídica que não a beneficiava. Em outras palavras, buscavam a extensão da sua condição de cidadãos, especialmente porque, por outro lado, já participavam das guerras como legionários. Assim, passaram a disputar melhorias para a sua condição, a partir do século V aC. 
- Tribunos da Plebe (493aC): dois magistrados plebeus, com poder de veto sobre o Senado. A presença plebeia no exército e sua importância econômica possibilitaram a eficácia da Retirada ao Monte Sagrado. 
- Leis das 12 Tábuas (450 aC): as Leis romanas foram redigidas, tornando-as expostas e fixas.
Em 462 a.C, o tribuno da plebe Terentílio Arsa propôs que se criassem us quinqueuiri - magistratura formada por cinco membros, com o encargo de elaborarem um código para a plebe. Mas os patrícios perceberam que, com isso, haveria a completa separação entre a plebe, que já tinha dirigentes (tribunos) e assembleia própria (concilia prebis) e o patriciado, formando-se um Estado dentro do outro. Daí terem eles concordado não com tal proposta, mas com a criação da magistratura constituída de dez membros a qual elaboraria um código aplicável a todos os romanos, quer pebleus, quer patrícios.
Em 454 a.C segue para a Grécia uma embaixada, composta de três membros, para estudar a legislação de Sólon. Quadno de seu retorno, em 452 a.C são eleitos os decênviros, que, durante o ano de 451 a.C., elaboraram um código em 10 tábuas, mas como o trabalho estava incompleto, elege-se novo decenvirato (Patrícios e Plebeus) e redigiram mais duas tábuas, 12 tábuas no total.
· Tábua I
A primeira tábua estabelece regras de direito processual, descrevendo como deverá ser o procedimento de chamamento do réu a um processo e o início de um julgamento. Demonstra claramente que é dever do réu responder quando chamado em juízo, porém, se não o fazer cabe ao autor levá-lo, mesmo que seja usando suas próprias mãos ou a força. Si in ius vocat, ito. Ni it, antestamino. Igitur em capito. “Se alguém for convocado para comparecer ao juízo deverá ir. Caso não comparecer o autor deverá apresentar testemunhas a essa recusa do réu e logo em seguida deverá prendê-lo”. Se o réu tentar fugir ou pretender não comparecer ao julgamento o autor poderá prendê-lo (lançar mão sobre o citado). Se por velhice ou doença o réu estiver impossibilitado de andar, o autor deverá lhe fornecer a condução, na época um cavalo (iumentum). Se o réu recusar o cavalo o autor deverá providenciar um carro, mas sem a obrigação de ser coberto. A conciliação estava presente no direito romano desde esta época, observando a praticidade dos acordos para resolver os conflitos. A regra era a de que se as partes fizerem um acordo deveriam anunciar a todos e o processo estaria encerrado. Caso não houvesse nenhum acordo, o pretor deveria escutar as partes no comitio ou no fórum, antes do meio dia com ambas as partes presentes. Depois do meio dia se apenas uma das partes estivesse presente o pretor deveria se pronunciar, geralmente em favor do presente (um instituto similar ao da revelia). Se ambos estiverem presentes, por do sol seria o termo final da audiência e o início do julgamento.
· Tábua II
A segunda tábua tem a pretensão de continuar os ditames da primeira, estipulando regras de direito processual. Contudo, não se encontra tão completa em decorrência das perdas ao longo dos séculos. . . . morbus sonticus . . . aut status dies cum hoste . . . quid horum fuit unum iudici arbitrove reove, eo dies diffensus esto. A primeira parte do texto está incompleta, estudiosos dizem que determinava às partes o depósito de certa quantia, denominada sacramentum. Na segunda parte vemos que se o juiz, ou árbitro ou uma das partes se achar acometido de moléstia grave, o julgamento deverá ser adiado. Cui testimonium defuerit, is tertiis diebus ob portum obvagulatum ito. Aquele que precisar de alguma testemunha, deverá ir a sua porta e o chamar em alta voz para comparecer ao terceiro dia. Na segunda tábua também estão incluídos as regras acerca dos furtos e roubos. Estabelecem que a coisa furtada nunca poderá ser adquirida por usucapião e ainda que se alguém intentar uma ação por furto não manifesto, que o ladrão seja condenado no dobro. Dizem alguns que nessa tábua estaria escrito a regra de que se alguém cometer furto à noite e for morto em flagrante, o que matou não será punido.
· Tábua III
Essa tábua é considerada pelos historiadores uma das mais completas e reconstituída com maiorfidelidade. Trata da execução dos devedores que confessaram a dívida. Aeris confessi rebusque iure iudicatis XXX dies iusti sunto. “Aquele que confessar divida perante o juiz, ou for condenado, terá trinta dias para pagar”. Esgotados os trinta dias e não tendo pago, deveria ser agarrado pelo autor e levado à presença do juiz. Se não pagasse e ninguém se apresentasse como fiador, o devedor era levado pelo seu credor e amarrado pelo pescoço e pés com cadeias com peso máximo de 15 libras; ou menos, se assim o quisesse o credor. O devedor preso viveria as custas do credor. Tertiis nundinis partis secanto. Si plus minusve secuerunt, se fraude esto. Esta é uma das regras mais marcantes das tábuas, permitindo que se parta o corpo do devedor em tantos pedaços quantos forem os seus credores. “Depois do terceiro dia de feira, será permitido dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quanto forem os credores, não importando cortar mais ou menos; se os credores preferirem poderão vender o devedor a um estrangeiro”. Adversus hostem aeterna auctoritas esto. Determina que contra um inimigo o direito de propriedade é válido para sempre. Tal norma é decorrência das guerras travadas contra outros povos. Se um inimigo tivesse o domínio de determinada terra essa ainda pertenceria a seu antigo dono, que poderia reavê-la por meio da força.
· Tábua IV
Nessa tábua está registrado o pátrio poder. De modo direto vemos que o pai tinha, sobre a sua esposa e seus filhos o direito de vida, morte e de liberdade. Porém o pátrio poder não era ilimitado pois se o pai vendesse o filho por mais de três vezes perderia o direito paterno. Si pater filium ter venum duit, filius a patre liber esto. Cito necatus insignis ad deformitatem puer esto. “Se uma criança nascer com alguma deformidade deveria ser morta”. As crianças deformadas não eram capazes de serem soldados romanos ou mesmo agricultores e, portanto, seriam um risco a sociedade. Essa norma teve como base o direito dos espartanos na Grécia, sociedade tipicamente militar.
· Tábua V
A quinta tábua dita as regras acerca do direito hereditário e da tutela. Os institutos são muito similares aos que encontramos atualmente em nosso direito civil. “Se o pai de família morrer intestado, não deixando herdeiro seu, que o agnado mais próximo seja o herdeiro.” Estabelece que se alguém morrer sem deixar testamento, indicando um herdeiro seu impúbere, o agnado mais próximo seria o seu tutor. Interessante observar que as dividas ativas e passivas (do de cujus) eram divididas entre os herdeiros, segundo o quinhão de cada um. Si furiosus escit, adgnatum gentiliumque in eo pecuniaque eius potestas esto. Se alguém tornar-se louco ou pródigo e não tiver tutor, que a sua pessoa e seus bens sejam confiados à curatela dos agnados e, se não houver agnados, à dos gentis.
· Tábua VI
De domínio et possessione (da propriedade e da posse)
Nessa tábua estão as regras relacionadas à propriedade e a posse. A palavra de um homem era muito importante nos contratos, conforme a regra Cum nexum faciet mancipiumque, uti lingua nuncupassit, ita ius esto. “Quando alguém faz um juramento, contrato ou venda, anunciando isso oralmente em público, deverá cumprir sua promessa”. Encontramos nesse documento a regra de que se os frutos caírem sobre o terreno vizinho, o proprietário da arvore terá o direito de colher esses frutos.
· Tábua VII
A sétima tábua parece ser uma continuação da anterior, tratando dos edifícios e das terras. Alguns estudiosos entendem que essas regras pertencem a oitava tábua e não a sétima tábua. Viam muniunto ni sam delapidassint, qua volet iumento agito. Essa regra pressupõe que toda a propriedade deve ter uma estrada, porém se tal estrada for desmanchada poderá trafegar-se por qualquer parte das terras de alguém. “Se alguém destruir algo de alguém será obrigado pelo juiz a reconstruir ou restituir tal coisa”. Trata-se de regra histórica para o direito civil, em especial na parte da responsabilidade civil.
· Tábua VIII
Considerada talvez a tábua mais importante, trata dos crimes e condutas ilícitas no direito romano. O sistema penal da lei das doze tábuas era muito avançado para a época. A maioria das penas descritas são espécies de compensações pecuniárias pelos danos causados. Por exemplo temos a pena da “injúria feita a outrem” que é o valor de vinte e cinco as. Porém se a injúria for pública e difamatória será aplicada a pena capital (pena de morte).
“O ladrão confesso (preso em flagrante) sendo homem livre será vergastado por aquele a quem roubou; se é um escravo, será vergastado e precipitado da Rocha Tarpeia; mas sendo impúbere, será apenas vergastado ao critério do magistrado e condenado a reparar o dano”. Vemos que a noção da reparação também é algo observado pelos legisladores na elaboração das leis: “Pelo prejuízo causado por um cavalo, deve-se reparar o dano ou abandonar o animal” ou ainda “Se o prejuízo é causado por acidente, que seja reparado”. Sofria a pena de morte aqueles que cometessem homicídio, ajuntamento noturno de caráter sedicioso e aquele que prender alguém por palavras de encantamento ou lhe der venenos.
· Tábua IX
A nona tábua estabelece algumas regras que tem características públicas. Privilegia ne irroganto. Os privilégios não poderão ser ignorados nos cumprimentos das leis. Tal regra era ditada especialmente à classe dos patrícios que possuíam muitos direitos frente aos plebeus. Conubia plebi cum patribus sanxerunt. Essa regra diz que não é permitido o casamento entre os plebeus e os patrícios. Alguns estudiosos romanos entendem que essa regra fazia parte da Tábua XI e não da IX. (Que será revogada pela Lei de Canuleia 444 a.C., que permitirá o casamento entre Plebeus e os Patrícios)
Interessante é a regra acerca da corrupção dos juízes: “Se um juiz ou um árbitro indicado pelo magistrado receber dinheiro para julgar a favor de uma das partes em prejuízo de outrem, que seja morto.”
· Tábua X
Uma das poucas diferenças da Lei das Doze Tábuas com relação ao direito grego da época está concentrada nessa tábua. A décima tábua traz regras com relação aos funerais e o respeito aos mortos. Estabelecia a regra do Hominem mortuum in urbe ne sepelito neve urito. “Nenhum morto será incinerado ou queimado dentro da cidade”. Qui coronam parit ipse pecuniave eius honoris virtutisve ergo arduitur ei... Quando um homem ganhar uma coroa ou seu escravo para ele...O texto está incompleto e o seu entendimento foi prejudicado por isso. Alguns estudiosos entendem que a tradução para esse caso seria a proibição do uso de coroas e turíbulos nos funerais. Neve aurum addito. at cui auro dentes iuncti escunt. Ast in cum illo sepeliet uretve, se fraude esto. Tal regra proibia colocar ouro em uma pira de funeral. Mas, se os dentes do morto estivessem nele, ninguém seria punido por isto. Tal regra servia para evitar possíveis saques ou furtos aos mortos.
· Tábua XI
Não é permitido o casamento entre patrícios e plebeus. (Foi revogada pela Lei Canuleia, que permitia o casamento entre a Plebe e os Patrícios)
· Tábua XII
Os escravos eram considerados como incapazes para todos os atos, porque eram considerados como objetos, portanto, a Lei escrevia a regra: Si servo furtum faxit noxiamve noxit. “Se um escravo comete um roubo ou um outro delito prejudicial, será movida contra o seu dono uma ação indireta, isto é, uma ação noxal”. Si vindiciam falsam tulit, si velit is ... tor arbitros tris dato, eorum arbitrio ... fructus duplione damnum decidito. Se alguém simular posse provisória em seu favor, o magistrado deverá nomear três árbitros para a causa e, em face da evidência, condenará o simulador a restituir os frutos em duplo.
 - Lei Canuleia (445 aC): autorizou o casamento entre patrícios e plebeus. Igualdade civil. 
- Leis Licínias (367 aC): Representantes plebeus nas magistraturas, um cônsul plebeu, divisão das terras conquistadas (ager publicus).
 - Lei Poetélia (326 aC): Fim da escravidão por dívidas.
7. A respeito das expansões romanas no período republicano, responda o seguinte: 
a. O que foramas Guerras Púnicas e quais as suas causas? Foram conflitos entre Roma e Cartago, resultados do choque de interesses sobre o comércio do Mediterrâneo. Houve enfrentamentos em três situações, tendo Roma saído vitoriosa em todas.
 b. Quais as consequências sociais, econômicas e políticas da conquista do Mediterrâneo para Roma? A partir da Segunda Guerra Púnica, Roma assumia uma postura imperialista sobre o Mediterrâneo, tornando-se, assim, o centro de uma grande rede comercial, sendo ela mesma uma cidade baseada no comércio. Construía-se, nesse processo, o MARE NOSTRUM. A riqueza acumulada pelo Estado Romano tornava-se cada vez maior. Houve consequência sociais importantes nesse processo. Em primeiro lugar, o aumento do número de escravos, que passavam assim a ser a nova mão de obra básica. Em segundo lugar, os pequenos proprietários sofreram com a destruição de suas terras durante seu serviço no exército, com a concorrência com as grandes propriedades escravistas (que tomava, agora, o espaço da pequena propriedade do cidadão-guerreiro), com a produção nas colônias. A perda de suas terras, a vida como proletários nas cidades passou a ser destino comum a eles. Mesmo assim, Roma tornava-se o centro de um vasto território e fortalecia-se militarmente. Além disso, passou a conviver com sérias disputas sociais, fossem motivadas por Tribunos da Plebe, fossem pela Ordem Equestre, que buscava maiores espaços políticos. 
c. O que era a Ordem Equestre (também chamados de cavaleiros, ou homens novos)? Nova elite de enriquecidos com o comércio e artesanato possibilitados pelas conquista. Disputam espaços políticos com os patrícios (Ordem Senatorial) d. Quais os impactos das expansões na vida dos plebeus romanos? Perda de suas terras, muitos passam a viver nas cidades em condições totalmente deploráveis.
8. Explique o que foi a crise da República Romana, indicando algumas causas. 
As expansões geraram também graves consequências e instabilidades para Roma. O excesso de escravos estimulava uma série de revoltas (ex. Espártaco); plebeus perdiam suas terras e viviam em terrível situação nas cidades; a Ordem Equestre disputava espaços políticos com a Ordem Senatorial; 4 grandes generais fortaleciam-se, tomando o controle das instituições políticas de Roma (ex. Mário, Sila, os triunviratos)
9. Tibério e Caio Graco propuseram reformas sociais durante a crise da república. Explique quais propostas eram essas e o contexto em que foram criadas. 
Diante dos problemas sofridos pela plebe (tanto nas cidades, quanto no campo), os irmãos Graco (tribunos da plebe) propuseram algumas mudanças para a sociedade: 
Tibério (133 aC): Reforma agrária. Cada propriedade teria um limite. O excedente seria arrendado pelo Estado e distribuído entre a população que necessitasse. Foi assassinato juntamente com partidários seus. 
Caio (123 aC): propôs a Lei Frumentária. O trigo seria distribuído aos mais pobres por preços mais baixos. Suicidou-se, diante das pressões.
10.Explique o que foram as ditaduras de Mário e Sila, indicando que interesses sociais e políticos cada um representava. Por que indicavam sinais de crise na República?
 O general Mário elegeu-se cônsul por seis vezes seguidas. Implementou reformas populares, como a profissionalização do exército. Sila tornou-se ditador vitalício após a morte de Mário, e implementou reformas voltadas à aristocracia e perseguiu os partidários de Mário. As magistraturas ocupadas por eles mostravam o desequilíbrio das instituições republicanas, anunciando o caminho à pessoalização do poder em Roma. 
11.Explique o que foram os triunviratos, relacionando-os com a crise da República Romana. Os triunviratos foram manifestação da crise da república romana, visto que fortes generais passaram a exercer o controle da República, com maior autoridade do que o Senado. O primeiro triunvirato (60 aC) fora composto por Júlio César, Pompeu e Crasso. Este morrera em batalha na Pérsia, enquanto Pompeu recebera do Senado o cargo de Cônsul único, destituindo César do comando dos exércitos da Gália, mas acabou derrotado por este. O popular César governara como ditador, recebendo, além disso, as seguintes atribuições: tribuno da plebe, imperator vitalício, podia anunciar guerra e paz, servir-se das finanças das províncias, utilizar o traje de triunfo permanentemente. Morreu numa conspiração do Senado (seu opositor), sendo então divinizado.. O Segundo triunvirato foi formado por Otávio, Marco Antônio e Lépido, que fora afastado da disputa. Otávio vence Marco Antônio em 31 aC, abrindo caminho para a formação do Império.
O Império Romano
12.A respeito do governo de Otávio, descreva os poderes por ele acumulados e suas realizações à frente do comando de Roma. 
Mesmo mantida a estrutura republicana, Otávio recebera do Senado uma série de cargos políticos, que demarcavam já o surgimento de um governo imperial: príncipe (primeiro cidadão), imperador (já não mais chefe dos exércitos, mas líder supremo), tribuno da plebe, sumo pontífice, Augusto (divino, em 27 aC). À frente do governo, Augusto expandira as fronteiras do Império, aplicara a política do pão e circo, criara uma guarda particular, embelezou a cidade de Roma, controlando suas revoltas e crises internas. Cuidou das províncias e das fronteiras, estabilizando a situação de crise anterior. 
14. Descreva o período chamado de pax romana.
 Durante o Alto Império, Roma experimentava uma estabilidade muito grande: as lutas políticas e sócias foram contidas, as conquistas cessavam, os povos conquistados conviviam em harmonia com o 5 Império, o comércio se desenvolvia com prosperidade pelo Mediterrâneo. A esta altura, as províncias já não eram mais tratadas simplesmente como territórios a serem explorados, mas como parte integrante do Império.
15. Descreva em linhas gerais o período do Alto Império. 
Foi um período de prosperidade, em que as fronteiras do Império chegaram aos seus limites mais amplos., o que coincidiu com o fim das guerras de expansão. Desfrutando das riquezas do MARE NOSTRUM, Roma tornou-se política e economicamente estável. Os povos conquistados viviam em relativa harmonia com o Império (em 212, o Edito de Caracala concedeu cidadania Romana a todos os habitantes das províncias), a plebe via-se estabilizada com o pão e circo, etc.
16.Sobre o Cristianismo, responda o que se segue:
 a. Descreva seu surgimento e difusão inicial. Nascido durante o governo de Augusto, Jesus Cristo iniciou sua pregação por volta de seus 30 anos. Após ser morto e crucificado pelas autoridades romanas, seus apóstolos continuam sua pregação entre judeus e, posteriormente, entre outros setores sociais. Na década de 70 dC, a religião já era cultuada por diferentes camadas sociais. Mesmo assim, é notável seu impacto inicial entre os mais humildes, devido à força de sua mensagem de paz, da instalação do Reino de Deus, da salvação – ou seja, a superação das dificuldades da vida terrena. 
b. Por que o cristianismo era tão fortemente perseguido pelo Império Romano? Aspectos religiosos e políticos os explicam. A princípio, os cristãos reuniam-se em assembleias (Eclésia=Igreja) secretas e eram tomados por bruxos e feiticeiros. Além disso, sua crença monoteísta não só desafiava a crença nas divindades romanas, mas, especialmente, na divindade do Imperador.
c. Cite exemplos de perseguições ao Cristianismo promovidas por imperados. Os cristãos, pelos aspectos de sua crença, não desfrutaram da liberdade religiosa de outros povos dominados. Crucificações públicas, execuções em jogos de arenas eram bastante comuns e apreciadas. Nero os perseguiu de forma sistemática ainda no primeiro século da era Cristã. Diocleciano promoveu a última perseguição oficial aos cristãos, num momento em que a religião já havia atraído grande parte do mundo romano. 
d. Descreva sua trajetória até a oficialização do culto, citando as medidas de imperadores mais importantes nesse processo. Da perseguição inicial, como se disse, cristianismo caminhou rapidamente à oficialização. Nero e Diocleciano o perseguiu. Constantino,com o Edito de Milão (313 dC) concede liberdade de culto aos cristãos, enquanto Teodósio emite o Edito de Tessalônica (382 dC) tornou-a religião oficial do Império.
17.Caracterize, em linhas gerais, o Baixo Império Romano.
 Período instável, marcado pelo declínio do Império. O fim das expansões foi marcante nesse processo, ao reduzir o fornecimento de escravos. Disso resultou forte crise econômica, a ruralização da economia, o avanço do colonato. A isso se somam as invasões bárbaras e a ascensão do Cristianismo. 
18. Descreva a crise do século III, em seus aspectos econômico, social e político, mencionando ainda suas causas. 
O fim das expansões levou à redução do fornecimento de escravos, o que se refletiu no declínio da produção e da atividade comercial. A economia entrou em declínio, os preços se elevavam, a moeda se desvalorizava. A elite romana mudava-se para suas grandes propriedades no campo (as villae), onde passavam a trabalhar os colonos (presos à terra, dividindo os rendimentos de seu trabalho com o proprietário). As dificuldades econômicas levaram à dificuldade de manutenção das tropas nas fronteiras, que se tornavam mais e mais frágeis à entrada dos invasores bárbaros.
19. Descreva as ações de Diocleciano, Constantino e Teodósio à frente do Império Romano. 
Diocleciano (284-305): Tetrarquia (Império dividido em quatro setores administrativos), Edito Máximo (congelamento dos preços dos produtos essenciais), perseguição aos cristãos. 
Constantino (306- 337): Edito de Milão (313, liberdade de culto aos cristãos), Lei do Colonato (obrigava o colono a fixar-se nas terras), funda Constantinopla, transformada em capital do Império. 
Teodósio (378-395): Edito de Tessalônica (382, Cristianismo se tornou a religião oficial do Império), divisão em Império Romano do Ocidente e do Oriente
20.Explique quais foram as causas internas e externas para a queda do Império Romano.
 A crise do escravismo fragilizou a economia romana, dificultando a capacidade de recuperação dos romanos diante das ondas de migrações bárbaras. Pouco a pouco as províncias do Império eram conquistadas por povos germânicos, cujas invasões se tornavam mais e mais frequentes e ameaçadoras. Em 476, Odoacro, rei dos Hérulos, depõe Rômulo Augusto, último Imperador Romano Ocidental.
21. FONTES 
 (Realeza/República: sécs. VIII a.C.- II a.C.):
O costume (mos, primeiro, os costumes das clãs e tribos; depois, os costumes da Cidade de Roma).
A Lei: 
i) Leges, leis produzidas pelos magistrados e aprovadas pelos Comitia;
 ii) Plebiscitos, leis aprovadas nos Consilia Plebis (só depois da Lex Hortensia, de 287a.c., é que adquirem validade universal);
 iii) A Lei das XII Tábuas (cerca de 450 a.C.), primeira compilação de leis romanas.
(República/Império: sécs. II a.C.-III d.C.)
O costume mantém-se sempre como fonte do direito civil.
A Lei:
· Leges: são a única forma de legislação nos fins da República; com o declínio dos Comitia, a partir do séc. I. d.C., as leges tendem a desaparecer;
· Senatus consulta: legislação que ganha importância durante os dois primeiros séculos do Império, após o reconhecimento da capacidade legislativa do Senado pelo Imperador Adriano (117-138);
· Constituições imperiais: éditos deliberados em Conselho imperial, aos quais o Senado reconhece força de lei a partir do ano 13 d.C..
Éditos dos magistrados: decisões dos magistrados encarregados da jurisdição (pretores, edis, governadores das províncias), que se transformaram em regras do direito;
· Éditos dos pretores deram origem, a partir da Lex aebutia de formulis, ao direito pretoriano, distinto do direito civil (leis e costumes);
· Direito pretoriano preencheu as lacunas do direito civil e criou novas regras de direito;
· por ordem de Adriano foi redigido o Édito Perpétuo (125-138 d.C.), uma compilação dos éditos anuais dos pretores.
· Jurisprudência (doutrina): consultas jurídicas (responsa) dos jurisconsultos romanos, consideradas fonte do direito a partir de Adriano.
(Baixo Império: sécs. IV-VI d.C.)
· Os Senatus consultos cedem lugar às Orationes principis;
· Desaparecem as assembleias e, com elas, as leges;
· A autoridade das opiniões dos jurisconsultos passa a estar dependente do reconhecimento do imperador;
· As Constituições imperiais ganham maior importância na hierarquia das fontes do direito e surgem as primeiras Codificações:
· a) Codex Gregorianus (291) e Codex Hermogenianus (295) (resultando de iniciativas privadas);
· b) Codex Theodosiano (foi redigido no Oriente por ordem do Imperador Teodósio II e publicado em 438);
· c) Corpus Iuris Civilis: no contexto do Império Romano do Oriente, o Imperador Justiniano ordena a compilação de todas as fontes antigas de direito romano e a sua harmonização com o direito do seu tempo. Este código constituiu a base do direito no Império Bizantino e um dos principais fundamentos do Direito Comum no Ocidente medieval.

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