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REALIDADE INSTITUCIONAL DAS PRÁTICAS SOCIAIS TEMA: DESAFIOS DA PSICOLOGIA NA ASSISTÊNCIA SOCIAL leitura obrigatória TOROSSIAN; XAVIER. Contar e brincar entre a dor e o prazer: Intervenção e política no campo da Assistência Social. In O psicólogo e as políticas públicas de assistência social. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 205-227. leitura complementar BENELLI, SJ. O atendimento socioassistencial para crianças e adolescentes: perspectivas contemporâneas [online]. São Paulo: Editora UNESP, 2016, 342 p. ISBN 978-85-6833-475-1. Disponivel em: doi: 10.7476/9788568334751. Também disponível em ePUB: http://books.scielo.org/id/yzs9w/epub/benelli-9788568334751.epub. Contexto, história, recurso Historicamente marcada pelo paradigma da carência, jeito de nomear a população em situação de miséria ou pobreza. Hoje, fatores contextuais, estudo de processos (de exclusão) e relações sociais, para além da questão socioeconômica. Vulnerabilidade: quebra de vínculos; falta de acesso a trabalho, lazer, violência e uso de drogas. Tarefa do trabalhador social: trabalhar e investigar o movimento entre o cenário social e os sujeitos (subjetividades) que nele circulam. VULNERABILIDADE SOCIAL Brasil: 500 anos de exclusão, 300 de escravismo. Passagem das diretrizes da política da Assistência Social para o trabalho cotidiano. CENÁRIO Lei, diretrizes e estatutos precisam ganhar vida e consistência no dia a dia da experiência (p. 207). O Conto • Forma organizada com começo, meio e fim, tema, desenvolvimento e desfecho. • Narrativa curta e de impacto. • Seu impacto pode ser realizado pela leitura em voz alta [tal como na poesia]. • Composição entre letras, imagens e percepções. https://youtu.be/Hd2-a5sDLFw 1 - Mini-Conto: Ana Luísa Lacombe - "A pedra no caminho O CONTO INFANTIL • Risco de intenção pedagógica e higienista. • Potência de expressão, elaboração e transformação. LEITURA E NARRATIVA • Processo de reconhecimento, transgressão, reinvenção. • Falar e ir além do que está escrito: improvisar, imaginar. • Contar histórias: voz, ritmo, entonação, imaginação. • Efeito sobre quem ouve, mas também sobre quem conta, revivendo experiências, afetos, sensações. • Produzir um “encantamento” (memórias da fala materna...) https://youtu.be/Hd2-a5sDLFw https://youtu.be/Hd2-a5sDLFw OFICINAS DE CONTOS COM CRIANÇAS EM VULNERABILIDADE SOCIAL • Oficina com crianças em processo de subjetivação em situação de alta vulnerabilidade. • Oficinas são estratégias de intervenção na infância vulnerável procurando “produzir desvios” sobre o processo de vulnerabilização. • Estratégia: leitura de um conto escolhido pelas crianças e pelos oficineiros. Outros momentos de expressão (desenhos, pinturas, invenção de outras histórias etc.) • Estratégia de intervenção no campo da Assistência Social. • Trabalhar com os técnicos e usuários simultaneamente. Integração, interação: encontro. • Música, musicalidade (voz) • Caminho [processo]: passagem do real ao imaginário e vice-versa • Ritual: “Era uma vez...” • Proteção: reviver a experiência pelo faz de conta. Falar de algo vivido/sofrido com alguém com quem se tem vínculo. • Através da arte e do lúdico, em cenário coletivo, enfrentar e atravessar movimentos e “processos paralisantes”. Processos paralisantes: aqueles que implicam o sofrimento do outro – e do trabalhador – para os quais o trabalho cotidiano exige mais do que apenas “conhecimento” e “técnica”, e no qual todos precisam ser cuidados • A OFICINA é oportunidade de promover saúde, aprendizagem, assistência e cuidado. • Brincadeira: paradigma da ALEGRIA (X paradigma da angústia”). Preconceito midiático sobre o prazer e a alegria como frívolos e “não profundos”. CENAS Chapeuzinho Vermelho...e o Lobo! Um grupo de crianças escuta a história de Chapeuzinho Vermelho. Um dos meninos, sempre o mesmo, grita e bate nos colegas. Ele está ali, está no grupo, e as crianças começam a se irritar e bater nele. Quando chega no ápice do lobo aparecer para engolir a Chapeuzinho, uma das oficineiras diz: “Olha ai o Lobo”. O menino então continua com o que vinha fazendo, gritando e batendo, mas agora na pele do lobo. Esforça-se para encenar um lobo bem mal. Está na história, encena com os outros. Produz com as crianças e os oficineiros outra relação, mediada pelo conto. Termina a história, todos brincam juntos. Os gritos e as brigas continuam e fazem parte da brincadeira. Os gritos e os tapas dispersam-se entre todos, não se fixam mais num só. Enfim, são crianças. Bater e gritar faz parte da infância, por mais que a gente deseje crianças quietas e atentas (desejamos?). E neste cenário, tudo passou para o plano do brincar (p. 223) É possível transportar a relação violência para o plano do BRINCAR, para o plano do faz de conta. A brincadeira de violência será diferente da ação violenta Mais uma CENA: Quem é o Patinho Feio? A história é do patinho feito, eles gostam desta história. Eles a escolhem para ser contada. Gritam ao ponto de ninguém escutar ninguém. Passamos então, da leitura à dramatização da história. A vozes vão diminuindo de volume os olhos começam a se dirigir na nossa direção. Desenham enquanto prestam atenção à história. Quando o patinho do conto vai em busca de outros patinhos com quem quer compartilhar sua vida, ele – na nossa pele – se aproxima das crianças e pergunta: “Posso brincar com você?” Uns o acolhem, fazem-lhe um lugar para sentar e desenhar, outros o maltratam, “sai daqui, patinho horroroso, vai buscar a sua turma, feio, sai daqui”. Brinca-se de violência. (p. 224) para saber mais LUCRI, Jamille Julia; SEI, Maíra Bonafé. Oficina de contação de histórias e atividades expressivas com crianças em serviço-escola de Psicologia. Psicólogo inFormação, v. 23, n. 1. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/PINFOR/article/view/9435. Acesso em 05 out. 2020. SILVA, Márcia Onísia da; GARCIA, Márcia Maria Aparecida Severino; SILVA, Rita de Cássia da. Contação de Histórias Infantis: promovendo a imaginação e o lúdico. Revista ELO - Diálogos em Extensão, v.2, n.1., p.51-74,, 2013. Disponível em: https://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/13401/10- 10-1-PB.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em 05 out. 2020. GROSKOPF, F. A hora da história: oficina de contação de histórias para trabalhar temas em saúde com crianças. Saúde e meio ambiente: revista interdisciplinar, v. 6, n. 3, p. 4-5, 20 dez. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.24302/sma.v6i3.1667. Acesso em 05 out. 2020. https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/PINFOR/article/view/9435 https://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/13401/10-10-1-PB.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/13401/10-10-1-PB.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://doi.org/10.24302/sma.v6i3.1667
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