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1 ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE FAXINAL DOS GUEDES PPPRRROOOCCCEEESSSSSSOOO SSSEEELLLEEETTTIIIVVVOOO NNNººº 000000222///222000000777 PROFESSOR – Ensino Fundamental – Língua Portuguesa PROVA ESCRITA Leia com ATENÇÃO 1. Só abra este caderno após ler todas as instruções e quando for autorizado pelo(s) fiscal(is) de provas. 2. Preencha os dados de identificação. 3. Autorizado o início da prova, verifique se este caderno contém 20 (vinte) questões. Se não estiver completo, ou apresentar outras falhas, peça a substituição, antes de responder a qualquer questão da prova. 4. Todas as questões desta prova são de múltipla escolha, devendo ser assinalada apenas uma das alternativas, conforme for solicitado em cada caso. Havendo necessidade de rascunho, utilize, para tanto, o próprio caderno de provas. 5. Assinale a resposta de cada questão neste caderno, transferindo o resultado para o CARTÃO DE RESPOSTAS. 6. A prova será corrigida pelo Cartão de Respostas, este não pode apresentar rasuras, ou mais que uma alternativa assinalada em cada questão. 7. No Cartão de Respostas, com caneta de cor azul ou preta, responda cada questão, assinalando na alternativa que lhe parecer correta. A indicação pode ser com um “X” sobre a letra indicativa da alternativa, ou qualquer outra forma que seja capaz de demonstrar a vontade do candidato. A marcação no Cartão de Respostas é definitiva. 8. Não risque, não amasse, não dobre, não suje o Cartão de Respostas, pois isso poderá prejudicá-lo(a). 9. Se na correção, for verificada que mais de que uma alternativa foi assinalada em determinada questão, ou se a resposta gerar dúvidas, quanto a vontade e a intenção do(a) candidato(a), a questão será considerada como resposta errada. 10. O(s) fiscal(ais) não está(ão) autorizado(s) a emitir(em) opinião nem prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das provas. Cabe, exclusivamente, ao(a) candidato(a) interpretar e decidir. Inscrição nº _________ Identidade nº __________________________ ____________________________________________ Assinatura do Candidato Realização htpp://www.rg.srv.br 2 LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA 1. A concordância está totalmente de acordo com a norma padrão da linguagem em: A Acredito que as orientações dele, porque parecem pouco claro, não terão de serem seguidas antes de um esclarecimento maior. B Considerou digna de ser encaminhada a julgamento do avaliadores a última versão do projeto-piloto, pois, se podem existir fragilidades, elas certamente hão de ser mínimas. C Elas se consideram responsável pelo erro e julgaram legítimo as cobranças que lhe serão feitas de agora em diante. D Dado as contingências do momento, os diretores houveram por bem atender aos prazos, e promoeteram reavaliar, tanto quanto fossem, as demais exigências do contrato. E Devem fazer mais de três meses que não os vejo; tantos dias de afastamento poderiam ser entendido como descaso, mas quero dizer que lhes dedico muito afeto. 2. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. O reconhecimento ____________ trabalho é um elemento __________ integra a vida dos jovens no Brasil pouco ajuda para a compreensão das relações entre esse mundo e a configuração da identidade. Ou seja, a sociabilidade tecida pela mediação dos vínculos com o mundo do trabalho, extremamente diversificado, pleno de situações de instabilidade, tende _____________ menor força na conformação da identidade do jovem. Tanto a fluidez, a precariedade e a indefinição das relações de trabalho no Brasil, _____________ os seus possíveis efeitos na auto-imagem do trabalhador podem contribuir para o enfraquecimento do “orgulho pelo trabalho”, _____________o “orgulho do provedor”. (Marília P. Sposito, A sociabilidade juvenil e a rua: novos conflitos e ação coletiva na cidade (com adaptações) Tempo Social, 165) A que – no qual – à – com – produzindo B que o – em que – a exercer – quanto – ao produzir C do – que – em – como – produz D de que o – que – a exercer – como – produzindo E de que – o qual – à – com – produzir 3 3. Leia com atenção as frases em relação aos verbos e assinale a alternativa que contiver as frases corretamente escritas. I – Logo que obter uma resposta, aviso-te. II – Se vocês virem o diretor, entreguem este relatório, por favor. III – Os auditores interviram no caso porque era grave. IV – Espero que as peças valham mais do que você imaginou. V – Quando me opuser a sua decisão, não reaja. A I – II e III. B II e III. C III e IV. D II e IV. E II – IV e V. MATEMÁTICA 4. Uma turma de torcedores de um time de futebol quer encomendar camisetas com o emblema do time para a torcida. Contataram com um fabricante que deu o seguinte orçamento: • Arte final mais serigrafia: R$ 90,00, independente do número de camisetas. • Camiseta costurada, fio 30, de algodão: R$ 6,50 por camiseta. Quantas camisetas devem ser encomendadas com o fabricante para que o custo por camiseta seja de R$ 7,00? A 180 B 200 C 160 D 240 E 60 5. Uma banda aceitou o convite para se apresentar numa festa beneficente, mas, impôs a seguinte condição: iniciaria sua apresentação à hora combinada, desde que 50% das pessoas presentes na platéia houvessem ingressado gratuitamente. Pouco antes da hora marcada para o início do espetáculo, das 700 pessoas presentes na platéia, somente 30% haviam ingressado sem pagar. 4 A partir desse momento, permitiu-se, apenas, o ingresso gratuito de pessoas até a exigência da banda ser atendida e, então, o acesso à platéia foi fechado. Nesse período, permitiu-se o ingresso gratuito de, exatamente: A 140 pessoas B 210 pessoas C 280 pessoas D 350 pessoas E 700 pessoas CONHECIMENTOS GERAIS 6. Sobre política nacional, analise todas as alternativas que se apresenta e assinale com V para as verdadeiras e com F para as falsas. ( ) O Congresso Nacional, no Brasil, é constituído de duas Casas (dois órgãos legislativos, também chamado de sistema bicameral), ou seja o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. ( ) Na Câmara são 513 (quinhentos e treze) Deputados Federais, eleitos para um mandato de quatro anos. ( ) No Senado Federal são 81 (oitenta e um) Senadores, com mandato de oito anos, com renovação de ½ (um meio) a cada quatro anos. ( ) O número de Senadores que representam cada Estado e o Distrito Federal varia de acordo com o número de eleitores. Quanto maior o eleitorado maior é a representatividade do Estado ou do Distrito Federal, no Senado Federal. ( ) O Presidente do Senado Federal é, também, o Presidente do Congresso Nacional. Assinale a seqüência correta. A V – V – F – F – V. B V – F – F – V – V. C F – V – V – F – F. D V – F – V – F – V. E F – V – F – V – F. 5 7. Sobre o Governo e a política no Estado de Santa Catarina, analise todas as alternativas que se apresenta e assinale com V para as verdadeiras e com F para as falsas. ( ) A Representação de Santa Catarina no Congresso Nacional é de 18 (dezoito) Deputados Federais e de 3 (três) Senadores. ( ) A Assembléia Legislativa de Santa Catarina é constituída de 40 (quarenta) Deputados Estaduais, todos com mandato de quatro anos. ( ) Os Senadores que representam Santa Catarina no Senado Federal são: Ideli Salvati (PT), Neuto Fausto de Conto (PMDB) e Raimundo Colombo (DEN). ( ) Luiz Henrique da Silveira (atual Governador do Estado de Santa Catarina), Esperidião Amin (ex-Governador do Estado de Santa Catarina), são os únicos a conquistarem a reeleição através do voto popular e democrático dos catarinenses. ( ) Na recente “Reforma Administrativa”, proposta pelo Governador Luiz Henrique da Silveira e aprovada pelaAssembléia legislativa, foram criadas 36 (trinta e seis) Secretarias de Estado do Desenvolvimento Regional. Assinale a seqüência correta. A V – V – F – V – F. B V – F – V – F – V. C F – F – V – F – V. D F – V – F – V – F. E F – V – V – F – V. 8. Sobre atualidades geopolíticas, políticas, econômicas, ambientais, governamentais e históricas, todas pertinentes ao Município de Faxinal dos Guedes, analise as opções seguintes e anote com V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) O Município de Faxinal dos Guedes, emancipado pela Lei Estadual nº 348, e 21 de junho de 1958, foi desmembrado do Município de Xanxerê. (fonte: www.alesc.sc.gov.br – acessado em 17/05/2007) ( ) O resultado das eleições municipais de 2004, no Município de Faxinal dos Guedes, apontou a seguinte composição original da Câmara Municipal de Vereadores: 3 (três) Vereadores eleitos pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), 3 (três Vereadores eleitos pelo PP (Partido Progressista), 2 (dois) Vereadores eleitos pelo PFL (Partido da Frente Liberal, atual DEM – Democratas) e 2 (dois) Vereadores eleitos pelo PT (Partido dos Trabalhadores) (fonte: www.tre-sc.gov.br – acessado em 17/05/2007). ( ) A economia de Faxinal dos Guedes é diversificada. A hegemonia da economia agropecuária vem sendo modificada desde meados da década 6 passada, principalmente, pela indústria do papel, após a instalação da empresa Avelino Bragagnolo S/A (ABRASA) (Fonte: www.faxinal.sc.gov.br ‘com adaptações’, acessado em 17/05/2007). ( ) O Município de Faxinal dos Guedes está na área da ação administrativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Xanxerê e é associado à Associação dos Municípios do alto Irani – AMAI, ambas com sede na cidade de Xanxerê (SC). ( ) Localizado na região oeste do Estado de Santa Catarina, com área territorial de 540 km² e população superior aos doze mil habitantes, o Município de Faxinal dos Guedes tem limites com os Municípios de Ouro Verde, Abelardo Luz, Irani, Ipumirim, Xavantina, Vargeão, Ponte serrada e Xanxerê (fontes: www.amaisc.org.br e www.faxinal.sc.gov.br – acessados em 17/05/2007). Assinale a seqüência correta. A F – V – F – V – V. B F - V – V – F – V. C V – V – F – V – F. D V – F – V – F – F. E V – F – V – V – F. 9. Sobre atualidades políticas, econômicas, ambientais, governamentais, esportivas, de segurança pública e outras, todas pertinentes ao Brasil, analise as opções seguintes e anote com V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) O Brasil sediará, na cidade do Rio de Janeiro, no período de 13 a 29 de julho de 2007, a XV (vigésima quinta) edição dos jogos sul-americanos. O evento deverá reunir mais de 5.000 (cinco mil) atletas, de 42 (quarenta e dois) países, em 28 (vinte e oito) modalidades. (www.rio2007.0rg.br – acessado em 17/05/2007) ( ) A cotação do Dólar (moeda norte-americana), no último dia 16 de maio atingiu o valor de R$ 1,954. Trata-se da cotação mais baixa desde 22 de outubro de 2002. Esta Cotação, segundo o Diário Catarinense, evidencia a agonia dos exportadores catarinenses. (fonte: Diário Catarinense,edição nº 7.697, de 17 de maio de 2007, pg. 4 e 5) ( ) A elevação dos oceanos, as secas e as enchentes provocadas pelo aquecimento global podem detonar conflitos armados nas próximas décadas, afirmaram especialistas na segunda-feira (16), véspera do primeiro debate do Conselho de segurança da organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas. (www.g1.globo.com/Noticias/Ciencias/0,,MUL22543-5603,00.html – acessado em 19/04/2007) ( ) A empresa catarinense Celulose Irani, unidade industrial instalada no Município de Vargem Bonita, é exemplo mundial, destacado na rede britânica (de comunicação) BBC, pela prática e adoção de formas de combate do aquecimento global. A Celulose Irani é a primeira empresa do setor (papel e celulose) do Brasil e a segunda do mundo a ter créditos de carbono emitidos 7 pelos critérios do protocolo de Kioto. (fonte: Diário Catarinense, edição nº 7.669, de 19/04/2007 – pg. 21) ( ) O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em implantação pelo Governo Federal, é um conjunto de medidas destinado a gerar mais emprego e renda, onerar e incentivar o investimento privado, aumentar o investimento público e aperfeiçoar a política fiscal. O Programa será executado no período de 2007 a 2015. Em Santa Catarina os principais investimentos são destinados às áreas de infra-estrutura. No setor de transportes (em Santa Catarina), destacam-se as obras de conclusão da duplicação da BR-101 e de duplicação da BR 470, no trecho entre a cidade de Blumenau à BR-101. (fonte: www.brasil.gov.br/pac/) Assinale a seqüência correta. A V – F – V – F – V. B F – V – V – V – F. C F – V – F – V – V. D V – V – F – V – F. E V – F – V – V – F. 10. No quadro abaixo, são relacionadas nominalmente algumas autoridades. Ou são Ministros de Estado do Governo Federal, ou são Secretários de Estado do Governo de Santa Catarina. Faça a correlação da coluna da esquerda com a coluna da direita, segundo o cargo/função que é exercido por cada uma das autoridades mencionadas e assinale a seqüência correspondente: Identificação das Autoridades Cargo/função que exerce 1. José Gomes Temporão ( ) Secretário de Estado da Saúde 2. Jean Kuhlmann ( ) Secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Social 3. Guido Mantega ( ) Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 4. Sergio Rodrigues Alves ( ) Secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável 5. Patrus Ananias ( ) Ministro de Estado da Fazenda 6. Antonio Ceron ( ) Ministro de Estado da Educação 7. Fernando Haddad ( ) Ministro de Estado da Saúde 8. Luiz Eduardo Dado Cherem ( ) Secretário de Estado da Fazenda Assinale a seqüência correta: A 8 – 6 – 5 – 2 – 3 – 7 – 1 – 4. B 8 – 5 – 6 – 2 – 7 – 3 – 1 – 4. C 4 – 6 – 5 – 1 – 7 – 3 – 8 – 2. D 6 – 7 – 4 – 1 – 3 – 8 – 5 – 2. E 6 – 4 – 5 – 1 – 3 – 8 – 7 – 2. 8 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS TEXTO 1 No Brasil, tornaram-se comuns publicações de “besteiras da juventude”, colhidas nas redações de vestibular. Unem-se professores e jornalistas na crítica fácil à expressão, ou desespressão (mistura de desespero com expressão), de uma geração calada – que, mesmo quando parece falar nessas redações, continua calada. Não pretendo começar por aí. Estes bestialógicos visam mostrar como a juventude articula mal o pensamento – mas mostrar à própria juventude, para cada um dos seus elementos rir nervosamente de si mesmo, qual hiena inconsciente. Estes bestialógicos, então, funcionam de cortina para encobrir outros agentes da desexpressão: a escola, os professores, a família, o Estado. A escola, que fragmentou o conhecimento em disciplinas estanques, fragmentando assim as frases e o raciocínio dos seus alunos. Os professores, mal pagos e pior estimulados, mal sabendo eles mesmos redigir um plano de curso, pondo-se como exemplos tristemente adequados de uma fala truncada. A família, que lê nada e escreve nada de nada, e depois reclama cinicamente da juventude “que não lê”. O Estado, que encosta a educação no canto das verbas, censura as poucas palavras que escapolem das universidades e dos artistas e depois faz ironias covardes sobre a geração da gíria. (...) Aprendemos a falar na vida. Assim como a calar. Quem cala, não consente. Quem cala, ou está se guardando ou se submetendo. A segunda opção é a mais comum: quem cala se submeteu. Entretanto, existem variações barulhentas da submissão calada, onde o que se fala é o nada. Uma destas variações parece ser a redação escolar. Se aprendemos a falar e a calar na vida, muitos aprendemos a escrever em uma redução da vida, chamada “sala de aula”. Uma redução tão reduzida que às vezes transmite comportamentos culturaisde séculos atrás. Séculos atrás, os artistas pintavam para um mecenas, os padres redigiam seus estudos teológicos para um papa. Hoje, os escritores procuram público, procuram chegar suas idéias e suas imagens a muitas pessoas, quanto mais melhor. Na escola, entretanto, escrevemos para um leitor só, o professor, que por sua vez não nos responde, não nos escreve de volta, mas nos enquadra (assim como o mecenas pagava ou não pagava ao “seu” artista). A tendência lógica é que se escreva apenas o que nos porá no quadro e na nota menos desagradável. Assim, o ato de escrever perde o seu caráter primário e fundamental, o de auto-afirmação, para adquirir o sentido inverso: autonegação. Aluno e professor sentem os efeitos dessas estruturas: o aluno, quando “tem” de escrever e não sabe como começar; na realidade, ele não sabe como começar, como fazer o meio e como terminar. O professor, no momento da correção. Quase sempre, um trabalho feito de madrugada, ou no dia de descanso, de graça, sem nenhuma graça. Um trabalho acriativo, extremamente cansativo, que o despotencializa. Que o desumaniza. Eu sou professor desse negócio. E sempre me debati com uma constatação clara: minha própria experiência do escrever não reconhece nenhuma origem na memorização de regras, na decomposição analítica de textos clássicos ou modernos, ou nos atuais exercícios de sintaxe transformacional. Reconheço, sim, como origem do meu prazer e da minha necessidade de escrever, primeiro, o próprio prazer descoberto no pensar; segundo, o direito de escolher as minhas leituras, as minhas influências e os meus modelos (direito conquistado fora das escolas); terceiro, o desejo. Desejo de modificar o mundo à imagem e semelhança das minhas melhores palavras. Gustavo Bernardo. In: FARACO, C.A. e TEZZA, C. Prática de texto. 13ª.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. Adaptado. 9 11. Segundo o autor do texto 1, a redação escolar: A tem-se configurado como uma das variações barulhentas da submissão calada. B tem servido para mostrar aos jovens como eles podem articular melhor o pensamento. C carece de aprofundamento no que tange à memorização de regras de sintaxe. D incorre no erro de não se basear na leitura dos textos clássicos ou modernos. E revela claramente os reais agentes da desexpressão: a escola, os professores, a família e o Estado. 12. Segundo o texto 1, o fato de os jovens produzirem textos cheios de “besteiras da juventude” é conseqüência: A da postura “calada” que a geração atual adotou, fruto do baixíssimo nível de leitura dos textos clássicos e modernos. B de uma conjugação de diversos fatores, que não envolvem apenas os professores e a escola, mas também o Estado e a família. C da fragmentação das frases e do raciocínio, característica da atual juventude, por manter-se avessa aos exercícios de sintaxe. D do nível dos professores, que, sendo peritos na elaboração de textos, não conseguem repassar essa habilidade aos alunos. E das decisões tomadas pelo Estado, que priorizam apenas a educação pública, deixando em segundo plano a questão salarial dos professores. 13. De acordo com o texto 1, o trabalho de produção textual realizado pela escola produz alguns efeitos em alunos e professores. Sobre esses efeitos, o texto afirma que: A tanto para alunos quanto para professores, os efeitos maléficos serão sentidos mais tarde, fora da escola, quando eles precisarem atuar socialmente. B o principal efeito sobre os alunos é o de frustrá-los, quando recebem a nota baixa; isso os desestimula a produzir outros textos. C os efeitos sobre os professores são positivos, pois os obrigam a, constantemente, repensar sua prática e encontrar novos caminhos para a avaliação. D o principal efeito sobre os professores é o de obrigá-los a reconhecer que, eles mesmos, não sabem escrever. E o principal efeito sobre os alunos é o de “travá-los” no momento de redigir um texto; eles não sabem como fazê-lo. 10 14. O texto 1 refere-se aos “agentes da desexpressão”. Sobre a criação desse termo sublinhado, no texto, é correto afirmar que: A ele foi criado por composição; o autor aglutinou duas palavras preexistentes para dar-lhes um novo significado. B o termo é um neologismo criado pela tradução, para a língua portuguesa, de uma palavra estrangeira. C o autor acrescentou, a um radical, um prefixo e um sufixo; por isso, o termo exemplifica uma derivação parassintética. D o termo foi criado por derivação, pelo acréscimo de um prefixo que indica ‘ação contrária’, ‘negação’ a uma outra palavra já utilizada no texto. E o termo é híbrido, formado pela junção de elementos de línguas diferentes: um deles indica ‘ausência de’; o outro indica ‘excesso de pressão’. TEXTO 2 A importância e o valor dos usos da linguagem são determinados historicamente segundo as demandas sociais de cada momento. Atualmente, exigem-se níveis de leitura e de escrita diferentes dos que satisfizeram as demandas sociais até há bem pouco tempo - e tudo indica que essa exigência tende a ser crescente. A necessidade de atender a essa demanda obriga à revisão substantiva dos métodos de ensino e à constituição de práticas que possibilitem ao aluno ampliar sua competência discursiva na interlocução. Nessa perspectiva, não é possível tomar como unidades básicas do processo de ensino as que decorrem de uma análise de estratos - letras/fonemas, sílabas, palavras, sintagmas, frases - que, descontextualizados, são normalmente tomados como exemplos de estudo gramatical e pouco têm a ver com a competência discursiva. Dentro desse marco, a unidade básica do ensino só pode ser o texto. Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 23. 15. “A unidade básica do ensino só pode ser o texto.” – Essa afirmação implica que o professor deve: A substituir o ensino das categorias gramaticais pelo de produção textual. B ensinar os alunos a refletirem sobre a língua em funcionamento. C publicar textos, para ser um professor mais competente. D tomar como modelos os textos da literatura clássica. E abolir de suas aulas todo o estudo de gramática normativa. 11 16. Um dos princípios para o ensino de língua portuguesa, expresso no texto 2, é o de que: A tomar o texto como unidade de ensino nas aulas de língua materna supõe questionar a validade de exercícios de gramática que não consideram as situações de interação entre sujeitos. B a adoção de variadas alternativas metodológicas por parte do professor é suficiente para que o aluno desenvolva competências da área de linguagem. C com a crescente cobrança por leitura e escrita nas escolas, é preciso trabalhar com textos mais longos, de modo que se possa fazer uma análise dos elementos gramaticais em vários níveis. D a formação para a competência discursiva não implica, necessariamente, o trabalho com práticas lingüísticas socialmente relevantes, como a leitura e a escrita de textos. E como o ensino de leitura e escrita está circunscrito às habilidades básicas de decifração do código lingüístico, não exige métodos e práticas historicamente determinados. TEXTO 3 No processo de produção de textos escritos, espera-se que o aluno: - redija diferentes tipos de textos, estruturando-os de maneira a garantir: I – a relevância das partes e dos tópicos em relação ao tema e propósitos do texto; II – a continuidade temática; III – a explicitação de informações contextuais ou de premissas indispensáveis à interpretação;IV – a explicitação de relações entre expressões mediante recursos lingüísticos apropriados (retomadas, anáforas, conectivos), que possibilitem a recuperação da referência por parte do destinatário; - realize escolhas de elementos lexicais, sintáticos, figurativos e ilustrativos, ajustando-as às circunstâncias, formalidade e propósitos da interação; - utilize com propriedade e desenvoltura os padrões da escrita em função das exigências do gênero e das condições de produção; - analise e revise o próprio texto em função dos objetivos estabelecidos, da intenção comunicativa e do leitor a que se destina, redigindo tantas quantas forem as versões necessárias para considerar o texto produzido bem escrito. Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998, p.51-52. 17. O texto 3 apresenta algumas orientações dos PCN’s para a produção escrita. A respeito dessas orientações, analise as afirmações a seguir. 1. É princípio dos PCN’s que a elaboração de um texto escrito deve supor a construção de uma rede de referências que permita a interligação adequada das partes do texto, a manutenção de uma linha temática e a clareza, entre outros aspectos. 2. Os PCN’s defendem que o uso da norma padrão, no texto elaborado pelo aluno, prescinde de uma análise sobre a adequação desse texto à situação comunicativa na qual ele irá circular. 12 3. O processo de revisão textual contempla as etapas de produção, já que tem em vista os interlocutores e os propósitos do texto, norteadores de todos os momentos da produção. 4. A escola deverá possibilitar que o aluno seja capaz de analisar sua própria produção, quanto à pertinência da seleção de elementos lingüísticos e da busca de “sintonia” com os possíveis destinatários, entre outras questões relevantes. Estão corretas: A 1, 3 e 4, apenas. B 1, 2, 3 e 4. C 2 e 4, apenas. D 1 e 2, apenas. E 1, 2 e 4, apenas. TEXTO 4 A modalidade oral da língua tem estado fora dos programas de ensino da escola. Acredita-se que esse fato se deva à visão equivocada de que, como o aluno se expressa fluentemente na esfera do oral, não é necessário focalizar esse uso. Outro fator que parece influenciar na decisão dos professores de não trabalhar com as práticas orais é a crença de que a escrita tem status superior à fala. Novo equívoco que acompanha o fazer pedagógico na área. De fato, nas sociedades letradas, a escrita possui um valor inestimável, entretanto a oralidade segue ao lado do desenvolvimento da escrita. Sabe-se, por outro lado, que, em situações que exigem um certo grau de formalidade, nossos jovens têm grandes dificuldades no desempenho oral. Mesmo nas ocasiões de apresentação de trabalhos em sala de aula, é comum que os alunos se sintam embaraçados e “embaralhados” com o que têm a dizer. Portanto, os exercícios de oralidade não devem se ausentar das atividades escolares, especialmente quando se dirigem para o desempenho lingüístico em contextos mais formais, já que, na esfera do cotidiano, os alunos já dominam essa forma de expressão. Na escola, portanto, é necessário que os alunos, cientes de que as situações de interação verbal se diferenciam também pelo grau de formalidade que exigem, aprendam a usar a modalidade oral da língua de acordo com o assunto tratado, com os papéis dos interlocutores e com a intenção comunicativa. Para isso, é importante que o professor proponha atividades de produção e interpretação de variados tipos de textos orais, de observação e análise de seus diferentes usos e de reflexão sobre os recursos que a língua apresenta para isso. Marcuschi, Luiz Antônio. Critérios para ensino de língua com vistas a uma avaliação da redação de vestibular. Texto mimeografado, 2002. Adaptado. 18. Podemos dizer que o principal objetivo do texto 4 é: A defender a necessidade do trabalho com a modalidade oral nas escolas. B criticar a escola, por não trabalhar adequadamente a modalidade oral da língua. C comprovar, por meio de dados objetivos, a dificuldade que têm os alunos no desempenho oral. D propor atividades que podem ser utilizadas em sala de aula para trabalhar a língua falada E aprofundar a discussão sobre as diferenças entre as modalidades oral e escrita da língua. 13 19. Segundo o texto 4, a ausência de um trabalho consistente com a modalidade oral da língua, nas escolas, deve-se: 1. à deficiência do professor, em comparação com a expressão fluente do aluno, na esfera do oral. 2. à percepção, por parte da escola, de que essa modalidade não precisa ser trabalhada, uma vez que os alunos já a dominam. 3. à supervalorização que se dá à modalidade escrita, cujo domínio é cada vez mais exigido em nossa sociedade letrada. 4. à impotência da escola para fazer os jovens superarem as grandes dificuldades que apresentam no desempenho oral. Estão corretas: A 1, 2 e 4, apenas. B 1 e 3, apenas. C 2 e 3, apenas. D 1, 3 e 4, apenas. E 2 e 4, apenas. 20. O texto 4 sugere, para o trabalho com a oralidade em sala de aula, que: A o professor prepare exercícios que focalizem a esfera do cotidiano, na qual os alunos apresentam grandes dificuldades. B os exercícios que visam estimular a oralidade partam de contextos informais, já que, nesses contextos, os alunos se sentem mais à vontade. C os exercícios de treino da modalidade oral sejam feitos pela imitação de modelos exemplares nos quais os interlocutores mantêm um alto grau de formalidade. D as atividades que objetivam treinar a modalidade falada contemplem a diversidade de usos dos textos orais, seus variados tipos e os recursos lingüísticos utilizados pelo falante. E o professor introduza o trabalho com a modalidade oral somente após os alunos terem consciência de que as situações de interação verbal se diferenciam pelo grau de formalidade que exigem. __________________________________________ Assinatura do(a) Candidato(a) __________________________________________ Assinatura do(a) Fiscal de Provas ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE FAXINAL DOS GUEDES Processo Seletivo nº 002/2007 PROVA ESCRITA PROFESSOR – Ensino Fundamental – Língua Portuguesa GABARITO OFICIAL QUESTÕES ALTERNATIVA 01 B 02 D 03 E 04 A 05 C 06 A 07 E 08 E 09 B 10 A 11 A 12 B 13 E 14 D 15 B 16 A 17 A 18 A 19 C 20 D Página: 1 PROFESSOR DE PORTUGUÊS LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO 01- Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) Este caderno com o enunciado das 40 (quarenta) questões objetivas divididas nas seguintes sessões: LÍNGUA PORTUGUESA CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Questões Pontos Questões Pontos Questões Pontos 1 a 10 2,0 11 a 20 2,0 21 a 40 2,5 b) Uma (1) Folha de Respostas, destinada às respostas das questões objetivas formuladas nas provas, a ser entregue ao fiscal no final. 02- Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem na confirmação de inscrição. Caso contrário, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03- Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio da Folha de Respostas, preferivelmente à caneta esferográfica de tinta na cor preta ou azul. 04- Tenha muito cuidado com a Folha de Respostas para não a DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. A folha somente poderá ser substituída caso esteja danificada em suas margens superior ou inferior – BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 05- Na prova, as questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima do enunciado 06- Na folha de respostas, as mesmas estão identificadas pelo mesmo número e as alternativas estãoidentificadas acima da questão de cada bloco de respostas. 07- Para cada uma das questões objetivas são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA. A marcação de nenhuma ou de mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS SEJA A CORRETA. 08- Na Folha de Respostas, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo TODO O ESPAÇO compreendido pelo retângulo pertinente à alternativa, usando caneta esferográfica de tinta preta ou azul, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcação completamente, procurando deixar menos “espaços em branco” possível dentro do retângulo, sem invadir os limites dos retângulos ao lado. 09 – SERÁ ELIMINADO do Concurso o candidato que: a) Se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas, relógios e/ou aparelhos de calcular, bem como rádios gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) Se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questões e a Folha de Respostas. 10- Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar sua Folha de Respostas. Os rascunhos e as marcações assinaladas no Caderno de Questões NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11- Quando terminar, entregue ao fiscal o Caderno de Questões e a Folha de Respostas, e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 12- O TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVA PARA TODOS OS CARGOS É DE 4 (QUATRO) HORAS. Página: 2 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Página: 3 PROFESSOR DE PORTUGUÊS TEXTO 1 Uma Galinha Clarice Lispector Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio. Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado. Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre. Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma. Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos: — Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem! Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão: Página: 4 PROFESSOR DE PORTUGUÊS nge sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se bra os estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena or ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a exp quando deu à luz ou bicando milho — era ma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos. o extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco — Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”. — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida! — Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros. Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta lo lem va: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto. Mas quando tod c agem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado. Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, u Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos. Text por Ítalo Moriconi, figura na publicação “ TE neta e uma das fontes de proteína mais baratas. Além de sua carn am-se pela Europa e os navegadores polinésios levaram estes animais nas suas viagens de colonização do Oceano Pacífico incluindo a Ilha m o homem permitiu o cruzamento destinado à criação de diversas raç es. São também uma fonte de doenças virais. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. rg/wiki/Galinha XTO 2 Galinha e galo são os nomes dados, respectivamente, à fêmea e ao macho da espécie Gallus gallus domesticus de aves galiformes e fasianídeas. Os juvenis são chamados de frango ou pinto. Estas aves possuem bico pequeno, crista carnuda e asas curtas e largas. A galinha tem uma enorme importância parao Homem pois é o animal doméstico mais difundido e abundante do pla e, as galinhas fornecem ovos. Segundo dados de 2003, há cerca de 24 bilhões de galinhas no mundo. Em alguns países da África moderna, 90% dos lares criam galinhas. As galinhas são aves onívoras mas têm preferência por sementes e pequenos invertebrados. Há vários anos as galinhas são fonte de alimento. As primeiras referências a galinhas domesticadas surgem em cerâmicas coríntias datadas do século VII a.C.. A introdução desta ave como animal doméstico surgiu provavelmente na Ásia, de onde é nativa a espécie Galo Banquiva (Gallus gallus). Apesar de os romanos terem desenvolvido a primeira raça diferenciada de galinhas, os registros antigos mostram a presença de aves selvagens asiáticas na China desde 1400 a.C. Da Grécia Antiga as galinhas espalhar da Páscoa. A proximidade ancestral co as, adaptadas às diferentes necessidad http://pt.wikipedia.o Página: 5 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Língua Portuguesa ♦ 01_________ ♦ Questão a porque não passava de nove horas da anhã.”. (linha 1 – TEXTO 1) ser substituído, sem que ________ “Ainda viv m O termo em negrito pode aja alteração de sentido, por: h A) enquanto B) para que C) pois D) portanto E) todavia Questão 02_ igurada é bastante utilizada em textos tindo-lhes estilo, expressividade. No , de Clarice Lispector, há a redominância da linguagem figurada. Das aquela que apresenta a inante no conto? E) s Questão 03_________ A linguagem f ranliterários ga onto Uma Galinhac p alternativas abaixo, qual gura de linguagem predomfi A) alusão B) gradação C) metáfora D) metonímia ínquise A partir da leitura e comparação dos textos é possível concluir que: os textos tratam, ambos, do mesmo objeto, a galinha, porém cada um possui uma abordagem específica; um A) C) cada texto apresenta seu ponto de vista a respeito do objeto de que tratam. No primeiro ela é spécie de animal, já no segundo, enquanto um ser que luta pela em, descrevem e narram situações referentes a esse é narrativo e o outro é descritivo B) os textos tratam de objetos diferentes, pois no primeiro a galinha é personificada, já no segundo ela é descrita descrita como uma e sobrevivência D) os textos apresentam do mesmo modo o objeto em discussão, no caso a galinha, pois ambos expõ animal E) os textos não tratam do mesmo objeto, no caso a galinha, pois cada um possui uma maneira própria de expressar o tema que abordam Questão 04_________ Leia o trecho a seguir: “em pulos cautelosos alcançou esta, hesitante e trêmula, escolhia tro rumo.”. (linhas 10-11 – TEXTO 1) as línguas não encontramos acentos sse, porém, não é o caso da língua ortuguesa, em que podemos encontrar facilmente alavras acentuadas por motivos diversos. ssinale a opção que apresenta, respectivamente o telhado onde com urgência ou Em determinad ortográficos. E p p A , uas palavras acentuadas pela mesma razão que são centuadas as palavras no trecho destacadas: ) barítono; pé ) pólvora; área ) trôpego; insípido ) órfã; tórax d a A B C D) você; gênio E Página: 6 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Questão 05_________ Segundo Evanildo Bechara, “em português a oncordância consiste em se adaptar a palavra úmero e pessoa da palavra eterminada.”. rida, pode-se dizer ue há ERRO de concordância nominal na seguinte ) A língua e a literatura portuguesa são riquíssimas. C) aribe são rios brasileiros. E) V sagens anexos à carta. c determinante ao gênero, n d A partir da concepção acima refe q alternativa: A B) João diz que uma e outra viga se sustentam bem. O Amazonas e o Capib D) Esses são os carros mais belos possíveis. ão os documentos e as pas Questão 06_________ cria EXTO 2) ual das alternativas abaixo mantém o mesmo ntido expresso no trecho acima destacado? ) Em 90% dos países da África moderna, alguns lares criam galinhas. ) Galinhas são criadas em 90% dos lares em alguns países da África moderna. 90% dos lares, algumas galinhas são criadas. s países da África moderna, 90% das galinhas criam lares. uestão 07_________ “Em alguns países da África moderna, 90% dos lares m galinhas.” (linha 6 – T Q se A B C) Na África moderna, em D) 90% das galinhas dos lares criam em alguns países da África moderna. E) Em algun Q falamos devemos estar tentos à regência; principalmente no caso de sermos A: ) Todo padre deve ser misericordioso para com os is. balho será intercalado entre os turnos da . e vincular aos seus negócios. uestão 08_________ Quando escrevemos ou a educadores. Dentre as cinco alternativas abaixo, assinale a qual apresente regência INCORRET A) O corpo humano é composto de vários sistemas. B) Jorge, correndo, deparou-se no muro. C seus fié D) Nosso tra manhã e da tarde E) Não irei m Q o trecho “Inconsciente da vida que lhe fora ntregue, a galinha passou a morar com a família.”, a alavra em destaque passou por um processo orfológico. (linha 38 – TEXTO 1) as palavras abaixo, assinale aquela que é formada elo mesmo processo da palavra em negrito: ) externo N e p m D p A) apática B C) impropriamente D) incrível E) intimidade Página: 7 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Questão 09_________ Qual dos verbos a seguir, na segunda pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito do modo dicativo, é conjugado da mesma forma que o verbo o: “Parecia calma.”(linha 1 – TEXTO 1 )? ) vender ) ver uestão 10_________ in do seguinte trech A) partilhar B) partir C) ser D E Q reencha as lacunas corretamente: ui ______ Paris ______ trabalho. No primeiro dia, ela manhã, aproveitei para conhecer ______ Torre iffel. ______ dez horas da manhã fui ______uma ja de perfumes onde comprei várias fragâncias. ) a; a; a; às; a ) a; a; a; as; à ) a; à; a; às; a ) à; a; a às; à ) à; à; a; às; a P F p E lo A B C D E Página: 8 PROFESSOR DE PORTUGUÊS ♦ Conhecimentos Pedagógicos ♦ Questão 11_________ ENEM tem sido um fator importante para o istério da Educação avaliar os desempenhos dos “...O in lunos da escola pública e privada de todo país, servindo políticas educacionais no petências do ENEM é a base ela Matriz de abaixo: ientíficos construir ecimentos científicos disponíveis em situações variadas, para construir argumentação acadêmica ) relacionar informações e conceitos, em diferentes contextos, e conhecimentos culturais disponíveis, para construir argumentação coletiva ) pesquisar dados e conhecimentos científicos disponíveis em situações abstratas, para construir M a também na orientação das rasil. (...) a Matriz de ComB do que será avaliado no Exame, estruturado para avaliar as cinco competências.” (Equipe Brasil Escola.com) MA das cinco Marque a opção que contempla U ompetências a serem avaliadas pc Competências do ENEM, entre as alternativas A) relacionar dados e conhecimentos c ara disponíveis em situações variadas, p argumentação acadêmica ) pesquisar informações e conhB C D argumentação coletiva E) relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente Questão 12_________ Deacordo com o educador Cipriano Luckesi, no caso da aprendizagem, o erro não deve ser visto como fonte de castigo, devendo ser um suporte para a autocompreensão. Assim sendo, o erro, aqui, é visto como: A) momento terminal do processo educativo B) algo estático do processo educativo mico, comC) algo dinâ o caminho para o avanço D) algo apropriado para um acerto de contas E) exigência burocrática periódica 3_________ Questão 1 lama por uma educação de qualidade, que peração dos problemas sociais vivenciados a profissão do magistério deve começar ão do professor. Tomar os rando a afirmativa acima pectos importantes da formação do o professor deve adquirir os mentos científicos indispensáveis para o específico. a atividade de ensinar deve superar os níveis do senso comum, tornando-se uma A sociedade c sucontemple a na atualidade. ção d“A revaloriza pelos cuidados com a formaç magistério como mcursos de omentos efetivos de reflexão sobre a educação é condição para a superação da atividade meramente burocrática em que mergulham muitos desses cursos. Afinal, não basta ser químico para ser um bom professor de química nem "ter jeito para lidar com crianças" para dar aulas no pré-primário... devem ter uma compreensão sistematizada da educação, a fim de que o trabalho pedagógico se desenvolva para além do senso comum e se torne realmente uma atividade intencional.” (ARANHA, 1989, p.152). as proposições, consideAnalise acerca dos as professor: alificação: I –..Qu conheci ensino de um conteúdo II – Formação pedagógica: atividade sistematizada. III – Formação ética e política: o professor deve educar a partir de valores e tendo em vista um mundo melhor. Está (ão) correta (s) proposição (ões): A) I apenas B) I, II e III C) III apenas D) II apenas E) II e III apenas Questão 14_________ O supervisor pedagógico do Ensino Médio de uma escola estadual, no início do período letivo, ao reler o PPP para elaborar o planejamento participativo com os docentes da escola, lembrou-os de que vivemos numa cultura total- mente icônica. om base no exposto na atual LC ei 9.394/96, é possível tituirá, como componente curricular rsos níveis da educação básica, de desenvolvimento cultural dos alunos, O): ) dança folclórica ) artes afirmar que “se cons obrigatório, nos dive forma a promover o o ensino de...” (CARNEIR A) informática B) artesanato C D E) recreação Página: 9 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Questão 15_________ Ao se reunirem na Escola X para elaborarem o Projeto Político-Pedagógico, a equipe técnico-pedagógica pediu para que todos os presentes refletissem sobre o seu significado para a comunidade escolar. Segundo Vasconcelos, “do ponto de vista conceitual, há ecessidade de se precisar o próprio conceito de Projeto ões, omo por exemplo, achar que Projeto é o mesmo que ro anos Ent Projeto Político-Pedagógico como sendo suporte formal, legal e jurídico para aquilo que a equipe ) o plano de aula n Político-Pedagógico, pois, embora se tenha avançado bastante neste campo, ainda persistem algumas confus c regimento, ou ainda confundir Projeto com o me agrupamento dos planos de ensino ou dos vários pl setoriais da escola.” endendo-se o o plano global da instituição, o que deve estar dando pedagógica se propõe a realizar? A) o plano de curso B C) os centros de interesse D) o regimento E) o planejamento educacional Questão 16_________ Ao afirmar que ensinar é uma especificidade humana, Paulo Freire mostra que “(...) a arrogância farisaica, malvada, com que julga os outros e a indulgência macia com que se julga ou com que julga os seus. A arrogância que nega (...) a humildade, não é virtude dos que ofendem nem tampouco dos que se regozijam com sua humilha- ção.” Considerando-se o clima de respeito que nasce na relaçã docente/discente, Freire afirma que “Ensinar exige”: egurança, co o C) D) uestão 17_________ A) s mpetência profissional e generosidade B) segurança, formação profissional e autoritarismo conhecimento científico, competência profissional e autoridade segurança, formação profissional e transmissão de conhecimento E) domínio pedagógico, transmissão de conhecimento e igualdade Q ara Libâneo, “... ao considerar os objetivos gerais e suas ho docente em sala de aula, o conhecer os objetivos estabelecidos no sistema escolar oficial, seja no que se refere à is educativos, seja quanto às prescrições de urricular e programas básicos das matérias.” ma vez que o trabalho escolar está vinculado a diretrizes acionais, estaduais e municipais de ensino, esse onhecimento se faz necessário, pois precisamos saber ue concepções de homem e sociedade os caracterizam, ma vez que expressam os interesses dominantes dos que ontrolam os órgãos públicos. om base na afirmativa acima, indique os níveis de brangência que devem ser considerados no momento em açados: P implicações para o trabal professor deve âmbito do valores e idea organização c U n c q u c C a que os objetivos gerais são tr I – O sistema escolar, que expressa as finalidades educa- tivas de acordo com ideais e valores dominantes na sociedade. II – A escola, que estabelece princípios e diretrizes de orientação do trabalho escolar com base num plano pedagógico-didático que represente o consenso do corpo docente em relação à filosofia da educação e à prática escolar. III – O professor, que concretiza no ensino da matéria a sua própria visão de educação e de sociedade. IV – O aluno, que absorve, na aquisição da matéria, os conhecimentos culturais necessários para a sua inserção no mercado de trabalho. Está (ão) correto (s) apenas: I, II e IV A) B) II, III e IV I e III C) D) I, III e IV , II e III E) I Página: 10 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Questão 18_________ Na escola onde trabalha Luiza, muitos professores ivergem sobre o que é projeto. Ad creditam, como nos diz plano claro com a orientação da rotina para a Assim ma ação m período de tempo determinado, ra criar algo que não existia antes período de tempo determinado, geralmente o que não existia antes er período de tempo, geralmente para dar asas ao que já existia antes ) dentro de um período de tempo indeterminado, para ia antes erminado, para concretizar o combinado no planejamento prévio Gandin, que o projeto deverá ser muito mais simples, “estando às considerações que o embasam já contidas no do qual brotou a decisão do projeto. Precisa ser tão e tão simples que qualquer pessoa possa coordenar sua execução”. Para Gandin, “O projeto é a máxima aproximação - junto - entre a elaboração (pensar) e a execução (agir): constam nele apenas as especificações ação”. sendo, o autor conceitua projeto como u desencadeada: A) dentro de u geralmente pa B) sem um para criar alg C) em qualqu D concretizar o que já exist ) dentro de um período de tempo indetE Questão 19_________ Para desenvolver o fazer docente em sala de aula, o Está (ão) correta (s): professor precisa traçar uma conjunto de relações interativas necessárias para facilitar a a nto de partida o próprio planejamento. influência da concepção construtivista na ações educativas na aula”, Zaballa as funções docentes, ao se fazer o e cuidar de: I – Planejar a atuação do suficientemente flexível às necessidades dos alun ensino / aprendizagem. II – Contar com as contribuiçõ alunos, tanto no início da r sentido no que estão fazendo o que devem fazer, sintam que que é interessante fazê-lo. prendizagem, que tem como po Em “(...) a estruturação das inter nos aponta que entre mento, deve-splaneja cente de uma maneira para permitir a adequação osem todo o processo de es e os conhecimentos dos s atividades como durante sua realização. aIII – Ajudá-los a encontr mpara que conheça podem fazê-lo e A) II e III apenas B) I e III apenas C) I, II e III D) I e II apenas E) III apenas Questão 20_________ Em Luckesi, quanto à ação educativa, com os seus pel do educador deve refletir “... a sponsabilidade de dar a direção ao ensino e ao educando o participar do processo, o de aprender e se desenvolver, rmando-se tanto como sujeito ativo de sua história essoal quanto como da história humana.” omo o docente está “num nível mais elevado de esenvolvimento das suas capacidades e por deter um atamar cultural mais elevado, deverá ocupar o lugar de stimulador do avanço do educando.” no contexto social definido que a relação ducador/educando realiza o (s): ) projetos de Educação de Jovens e Adultos ) processo educativo ) projetos e atividades pedagógicas livres ) projeto da didática magna ) projetos de vida determinantes, o pa re a fo p C d p e É e A B C D E Página: 11 PROFESSOR DE PORTUGUÊS ♦ Conhecimentos Específicos ♦ ...E assim vedes, meu Irmão, que as verdades que vos foram dadas no Grau de Neófito, e aquelas que vos foram dadas no Grau de Adepto Menor, são, ainda que opostas, a mesma verdade. DO RITUAL DO GRAU DE MESTRE DO ÁTRIO NA ORDEM TEMPLÁRIA DE PORTUGAL a da. o o, e intuito tem, ompe o caminho fadado. , se be udo pe cabeç rgue a A Princ TEXTO I IQUE EROS E PS Fernando Pessoa Conta a lenda que dormi Uma Princesa encantada A quem só despertaria Um Infante, que viria straDe além do muro da e Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errad Por o que à Princesa vem. A Princesa Adormecida, Se espera, dormindo espera. ida, Sonha em morte a sua v E orna-lhe a fronte esquecida, era. Verde, uma grinalda de h Longe o Infante, esforçad Sem saber qu R Ele dela é ignorado. Ela para ele é ninguém. as cada um cumpre o Destino — M Ela dormindo encantada, Ele buscando-a sem tino Pelo processo divino Que faz existir a estrada. curo E m que seja obs T la estrada fora, E falso, ele vem seguro, E, vencendo estrada e muro, Chega onde em sono ela mora. E, inda tonto do que houvera, À a, em maresia, mão, e encontra hera, E E vê que ele mesmo era esa que dormia. Página: 12 PROFESSOR DE PORTUGUÊS TEXT : i o que é, mas não me agrada a sua evolução. sses desfrutes. o çá-la por uma as. á uma rosa? Que lhe parece? . E que , um rinoceronte. vo achar ruim, eu atenciosa? Que sentido erótico tem isso? ― Tem muito. Principalmente se é rosa. Ora, não tente negar o significado das ofertas florais entre os O II AQUELE CASAL Carlos Drummond de Andrade Aquele casal, o marido me honra com suas confidências a Elsa anda um pouco estranha. Não se ― Ultimamente, ― Como assim? ntes, de mau gosto, ela que era tão discreta no vestir. ― Deu para usar estampados berra ― É a moda. ― Pode ser o que você quiser, porém minha mulher jamais se permitiu e sfrute em seguir o figurino. ― Deixe Dona Elsa ser elegante. Não há de ― Se fosse só o figurino. São as maneiras, os gestos. as maneiras, os gestos? ― Que é que tem ― A Elsa parece uma menina de quinze anos. Ficou com os movimentos mais leves, um ar desembaraçad o tinha, e que não vai bem com uma senhora casada. que ela nã ― Posso dar opinião? As senhoras casadas não perdem a condição feminina, e podem até real graça experiente. Fixou-me, suspeitoso: ― Que é que está insinuando? ― Nada. A mulher casada desabrochou, não é mais um projeto, pode revelar melhor o encanto natural da personalidade. ― Pois fique com suas teorias, que eu não quero saber de minha mulher revelar seu encanto a ninguém. rdão, eu... ― Pe ― Já sei. Estava querendo desculpar a Elsa. ― Desculpar de quê? m fazendo. ― De tudo que ela ve ― Eu ignoro tudo, e adivinho que não há nada senão... ― Senão o quê? ― Aquilo que o dicionário chama de ente de razão, uma fantasia completamente destituída de razão. ão que estou maluco? ― Acha ent ― Acho que está sonhando cois ― E a flor que ela trouxe ontem para casa é sonho? Me diga: é sonho? ― Que é que tem trazer uma flor pra casa? ― Veio do oculista e trouxe uma rosa. Acha direito? ― Por que não? ― Eu apertei, ela me disse que foi o oculista que deu a ela. Estava num vaso, ela achou bonita, ele deu. ― E daí? senhora casada vai ao oculista e o oculista lhe d ― Então a ― Que ele é gentil, apenas. tórios de oftalmologia ― Pois eu não vou nessa de gentileza de oculista. Não há rosas nos consul houvesse. Tem propósito uma coisa dessas? Ela acabou chorando, dizendo que eu sou um bruto eu não deEngraçado. Minha mulher vem com uma rosa para casa, uma rosa dada por um homem, e tenho que achar muito natural. ― Desde quando é proibido uma senhora ganhar flor de uma pessoa Página: 13 PROFESSOR DE PORTUGUÊS sexos. O oculista não podia dar essa flor, nem ela podia aceitar. O pior é que não deve ter sido o oculista. ― Quem foi, então? ― Sei lá. Numa cidade do tamanho do Rio, posso saber quem deu uma rosa a minha mulher? ― Vai ver que ela comprou na loja de flores da esquina e disse aquilo só para fazer charminho. ― Ela nunca fez isso. Se fez agora, foi para preparar terreno, quando chegar aqui uma corbelha de antúrios e hibiscos. ― Não diga uma coisa dessas. ― Digo o que penso. Estou inteiramente lúcido, só me conduzo pelo raciocínio. Repare no encadeamento: os vestidos modernos; os modos (só vendo a maneira dela sentar no sofá); a rosa, que ela foi correndo levar para a mesinha de cabeceira do quarto. Cada uma dessas coisas é um indício; reunidas, são a evidência. ― Permita que eu discorde. ― Discorda sem argumentos. A Elsa não é mais a Elsa. Demora mais tempo no espelho. Fica olhando um ponto no espaço, abstrata. Depois, sorri. Estou decidido. ― A quê? ― Vou segui-la daqui por diante. Contrato um detetive. E logo que tenha a prova, me desquito. ― Não vai ter prova nenhuma, juro. Ponho a mão no fogo por Dona Elsa. ― Pensei que você fosse meu amigo. Fiz mal em me abrir. Vamos mudar de assunto, que ela vem chegando. Mas repare só que olhos de Capitu que ela tem, eu nunca havia reparado nisso! Esquecia-me de dizer que meu amigo tem 82 anos, e Dona Elsa, 79. Página: 14 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Questão 21_________ As idéias presentes em um texto literário podem sentar tanto uma coerência interna (ao texto) quanto lar uma mundividência ("visão de apre reve mundo") própria. imp cultura, da tradição e, enfim, da história das idéias. escr oco rtextualidade. m qual das alternativas abaixo há um comentário a relação de intertextualidade apresentado (Texto I)? dmitindo que o Infante, ou Eros, C) d D) E) deiro, se torna um amor do mundo, que impõe Para tanto, o texto pode dialogar, mais explícita ou mais licitamente, com elementos variados do universo da Quando o texto dialoga com um outro texto — fixado pela ita e/ ou pela tradição oral —, é correto dizer que rre o fenômeno da inte E PERTINENTE quanto a um que se pode flagrar no texto A) endossa a visão de mundo que pode ser expressa por esta conhecida máxima: "Caminhante, se não há caminho, o caminho se faz ao andar", pois que o texto se solidariza com a idéia de que não há caminho predestinado, nem caminho certo ou errado, mas só os que são abertos pela persistência e pela forçade vontade B) retoma a tradição das histórias que envolvem o amor romântico, a representa o elemento masculino e que a Princesa, ou Psique, representa o elemento feminino, valendo-se dessas metáforas como uma nova forma de cantar, ou louvar, o amor entre um homem e uma mulher como o lugar privilegiado para a plena realização do potencial humano ialoga com a mitologia greco-romana, propondo que, na contemporaneidade, os deuses estão mortos, ou adormecidos, e as pessoas só podem se descobrir através do encontro com o outro, com a aceitação de sua diversidade e diferença, cultivando a consciência de que, humanamente, somos todos iguais dialoga com narrativas como a de A Bela Adormecida, em que há um conflito entre dois pólos: o mal (a Bruxa, o feitiço) e o bem, o qual é o amor (entre o Príncipe e a Bela) que a tudo redime; em Eros e Psique não há um "final feliz", mas a perspectiva de que os pólos em questão — como o Infante e a Princesa, a busca e a espera, o exterior ("tudo pela estrada fora") e o interior, o desconhecimento e a descoberta — são, ainda que opostos, pólos de uma mesma unidade recupera e, por assim dizer, atualiza a história de Romeu e Julieta, de Shakespeare, pois novamente o encontro, ou o amor verda impossível em face circunstâncias e limitações familiares, sociais, culturais, religiosas e outras; nesse cenário, então, apenas a união dos amantes em um único e definitivo destino pode significar uma vitória do amor, ainda que uma trágica vitória Questão 22_________ À luz da compreensão do Texto I como um todo, é CORRETO dizer que nele está patente: A) o esforço consciente e lúcido do Infante, buscando alcançar o seu intento B) a passividade confiante da Princesa, pois que conhecia de antemão a persistência de quem a despertaria C) a idéia de que o espírito humano, ou a alma (Psique) não pode nunca ser descortinada pelo desejo ou pela força da iniciativa humana (Eros) rna, distinta da consciência do da Princesa, que faz haver scolher o bem (para que D) a ação de uma força exte Infante e da consciência uma certa estrada E) o poder de sedução tanto do mal quanto do bem, diante dos quais o Infante deve e encontre a Princesa) Questão 23_________ A compreensão e a interpretação de um texto podem ser aprofundadas quando este é correlacionado com o universo teórico, familiar ao profissional da área de Letras, que busca iluminar os fenômenos lingüísticos e literários em geral. Assim, compreendendo o texto e pensando em aspectos como o da Tipologia textual, o dos Tipos de discurso e o da Estrutura e organização textual, por exemplo, pode-se dizer, CORRETAMENTE, que o autor do Texto I: A) empresta, ao poema, um caráter descritivo, através da ordenação de elementos visuais que pertencem à jornada do Infante até o encontro com a Princesa Adormecida B) emprega o discurso indireto, pois o narrador incorpora, ao seu próprio falar, as afirmações dos personagens, ou o que estes teriam dito; por tal razão, não há e do texto ser descritivo, narrativo ou dissertativo dito, é incompatível com a qual, quanto ao substituída pelo antológico "era ado em textos que assim se cionais travessões indicativos de falas dos personagens, nem o sinal de dois-pontos, nem verbos como dizer, acrescentar, perguntar, responder etc. C) apresenta um poema com forte caráter narrativo, com a ocorrência de personagens, enredo e desfecho, como já ficava sugerido pela expressão inicial: "conta a lenda"... D) elabora propriamente um poema — do ponto de vista formal, um texto em versos —, o qual pertence à lírica, o que intrinsecamente descarta a possibilidad E) apresenta uma pseudonarrativa, porque o texto narrativo, propriamente expressão inicial "conta a lenda", a sentido, poderia ser uma vez", empreg denunciam como fic Página: 15 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Questão 24_________ "...E assim vedes, meu Irmão Neóf , que as verdades que vos ito, e aquelas que vos foram Menor, são, ainda que opostas, a esma verdade." ) Vedes que os dois conjuntos de verdades são a mesma C) mesma verdade. E) V Qu foram dadas no Grau de dadas no Grau de Adepto m Em qual das alternativas a seguir encontra-se uma reescrita do trecho destacado (a epígrafe do poema Eros e Psique) que guarda o núcleo de sentido do original, expresso apenas através de uma oração principal e uma subordinada com função de termo integrante? A) Vedes os dois conjuntos de verdades que vos foram dados. B verdade. Vedes que os dois conjuntos de verdades que vos foram dadas são a D) Os dois conjuntos de verdades que vos foram dados são a mesma verdade. edes que os conjuntos de verdades vos foram dados em Graus distintos. estão 25_________ "...E verdades que vos dad mes onsiderando que a flexão verbal, entre outras ropriedades, pode revelar (pelas desinências número- essoais) quem fala, com quem se fala e de quem se fala, ual das alternativas abaixo indica CORRETAMENTE a essoa, o tempo e o modo da forma verbal grifada e aduz ma compreensão também CORRETA do emprego de tal rma verbal em conjunto com o chamamento ou mbém grifada no enunciado do imperativo afirmativo, ral de modéstia dirigido a alguém são "meu Irmão" plural do imperativo afirmativo, lural de majestade dirigido a alguém invocado através da expressão "meu Irmão" o presente do subjuntivo, com emprego de uma fórmula de cortesia dirigida a Com especial atenção aos grifos, releia a epígrafe do poema Eros e Psique (Texto I): assim vedes, meu Irmão, que as foram dadas no Grau de Neófito, e aquelas que vos foram as no Grau de Adepto Menor, são, ainda que opostas, a ma verdade." C p p q p u fo invocação "meu Irmão" (ta cima)? a A) segunda pessoa do plural com emprego do plu invocado através da expres B) segunda pessoa do com emprego do p C) segunda pessoa do plural do presente do indicativo, com emprego de um vós de cerimônia dirigido a alguém invocado através da expressão "meu Irmão" D) segunda pessoa do plural do presente do indicativo, com emprego do plural de modéstia dirigido a alguém invocado através da expressão "meu Irmão" E) segunda pessoa do plural d alguém invocado através da expressão "meu Irmão" Questão 26________ (...) Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errado o que à Princesa vem. Por ..) , rgue a mão, e encontra hera, ia" gando-se a este por meio da preposição a, como ocorre em "A mãe foi de encontro ao desejo do filho" ) "à Princesa" é complemento nominal de "caminho", D) !" (. E, inda tonto do que houvera À cabeça, em maresia, E E vê que ele mesmo era A Princesa que dormia. Nas estrofes destacadas ocorrem dois acentos graves. Considere que, nas alternativas abaixo, está implícito que o acento grave é indicador da contração da preposição a com o artigo definido a; que o artigo a antecede palavra feminina; que o objeto indireto e o complemento nominal são termos preposicionados. Posto isso, em qual das alternativas abaixo há a justificativa CORRETA para um dos acentos graves acima destacados? A) "à Princesa" é objeto indireto do verbo "ir", ligando-se a este por meio da preposição a, como ocorre em "Vamos à pra B) "à cabeça" é objeto indireto do verbo "encontrar", li C ligando-se a esta palavra por meio da preposição a; a palavra "caminho" é substituída, na oração, pelo pronome relativo "que" "à cabeça" complementa o sentido do verbo “erguer”, ligando-se a este por meio da preposição a, como ocorre em "erga as mãos ao alto E) "à Princesa" é objeto direto preposicionado (preposição a) pela razão de estar anteposto ao verbo, no caso, o verbo "ir", como ocorre em "Ao mar, o rio vai" Página: 16 PROFESSORDE PORTUGUÊS Questão 27_________ inda tonto do que houvera, abeça, em maresia, ue a mão, e encontra hera, ê que ele mesmo era rincesa qu "E, À c Erg E v P e dormia." I ocorre, como se vê, a rima ntre as palavras "hera" (designação comum a diversas e sentido próprio e figurado, os que mo sela e cela Qu A Na última estrofe do Texto e plantas trepadeiras) e "era" (flexão do verbo ser). Recorde-se de que no âmbito da Semântica vigoram conceitos como os d definem as figuras de linguagem e os de sinonímia, antonímia, homonímia e paronímia, entre outros. s paA respeito da lavras "hera" e "era" (a respeito de uma delas ou de ambas) e/ou a respeito de sua ocorrência no poema é CORRETO dizer que: A) a palavra "hera" ocorre como uma metáfora, pois está empregada no lugar de "uma grinalda de hera" B) as palavras "hera" e "era" constituem um exemplo de homonímia perfeita, co C) em função do caráter ficcional do texto, a palavra hera está empregada, necessariamente, em sentido figurado D) as palavras "hera" e "era" são parônimas, como eminente e iminente E) a palavra "hera" designa a folhagem que compõe a grinalda que, como descobre o Infante, orna-lhe, afinal, a própria fronte estão 28_________ No texto poemático, além do verso, da rima e do número mados conjuntamente, s entre as vogais e/ u semi osto is TAMENTE, do Texto I, necessário que se os leia ora com certas icação D) tônicas) e consoantes (que E) a Qu regular ou não de sílabas em cada verso — que são fenômenos bastante característicos e perceptíveis —, podem ocorrer outros fenômenos fonéticos como, especificamente, a sinérese, a diérese, a elisão, a crase e a ectlipse. Recorde-se de que esses cinco fenômenos envolvem a junção (a ditongação de um hiato, ou a fusão de dois ou mais sons pertencentes a duas palavras consecutivas, por exemplo) ou a separação (a dissolução de um ditongo em hiato, por exemplo) de fonemas vocálicos e/ ou semivocálicos. Por essa razão (e em conformidade, por exemplo, com Evanildo Bechara), sses mesmos fenômenos serão chae nesta questão, de "junções ou separaçõe o vogais". so, pode-se dizer, CORREP que: A) para que se mantenha a regularidade métrica dos versos é junções, ora com separações entre vogais e/ou semivogais; tais junções e separações são estranhas ao falar comum e, no poema, obedecem apenas à métrica e às exigências da versif B) não é possível considerar que o poema se construa em versos estritamente regulares quanto ao número de sílabas, pois, mesmo que sejam buscadas específicas junções e separações das vogais e das semivogais, os versos não resultam todos isométricos C) consoante o grande número de palavras paroxítonas, tanto em português, quanto, por decorrência, no poema, neste ocorrem, naturalmente, versos esdrúxulos a distribuição das rimas de finais de versos, em cada estrofe, é abaab, e o poeta acolhe rimas toantes (que envolvem apenas as vogais envolvem a totalidade dos fonemas a partir da vogal tônica) pontuação (gráfica) serve grandemente à sintaxe, por exemplo, indicando a ordem inversa; os versos são todos heptassilábicos se se levar em conta certas junções e separações entre vogais e/ ou semivogais que, salvo por ajudarem a compor um ritmo regular, são da mesma natureza das que existem na fala comum estão 29_________ fevereiro próximo passado, um jornal popular desta de estampou, como legenda de uma fotografia, o inte enunciado: vana estava em liberdade condicional por falsificação ocumentos." Em cida segu "Jeo de d onsidere, como premissa verdadeira, que alguém pode ão de documentos", mas que por essa razão. Em sa proposta, seja gramaticalmente, seja ondenada por falsificação de documentos estava em liberdade condicional E) e condicional estava C ser condenado por "falsificaç inguém pode "estar em liberdade" n face disso, qual das alternativas abaixo apresenta uma reescrita do trecho citado que está INCORRETA, seja em elação à premisr pelo fato de ser ambígua? A) Jeovana, que estava em liberdade condicional, fora condenada por falsificação de documentos B) Jeovana, c C) Jeovana, que fora condenada por falsificação de documentos, estava em liberdade condicional D) A condenada por falsificação de documentos, Jeovana, estava em liberdade condicional A condenada Jeovana, que o foi por falsificação de documentos, em liberdad Página: 17 PROFESSOR DE PORTUGUÊS Questão 30_________ mbigüidade, quando vício de linguagem, pode ser A a poli mb ulo de ou de um texto — o que smo que uma confusão de gnificados imprecisos e meramente possíveis. Tal uma ntidos construída nos versos a seguir traz um que esta B) s de mim esse cale-se!”, fica acrescentada, ao texto, a possibilidade de conter uma súplica para ais versos vieram a público em tempos de censura e restrição, no Brasil, também, a sugestão de um "de sangue", mas um vas", ou produzido a partir de uvas, como definida como o duplo, ou múltiplo sentido, decorrente da má construção do enunciado. Assim, distingue-se da ssemia de uma palavra ou de uma expressão. Em um ito mais amplo, pode-se falar também do acúmâ significados de um enunciado não é absolutamente o me si multiplicidade de sentidos tanto pode ser evitada quanto buscada na constituição de um texto. Posto isso, leia os seguintes versos da canção intitulada Cálice, de Gilberto Gil e Chico Buarque de Hollanda: Pai, afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue Para que não falte, eventualmente, a informação, fique arecidescl o que o enunciado destacado guarda relação de intertextualidade com a passagem do Novo Testamento em que Jesus pede, ao Pai, para que, se sível, não lhe seja impos posto o Martírio, que está simbolizado por "cálice", dizendo (segundo a tradição em língua portuguesa): "Meu Pai, se possível, afasta de mim esse cálice". Quanto à diversidade de se cima destacados, qual das alternativasa comentário INCORRETO? polissemia da palavra "cálice" permite A) a participe do texto significando, também, cale-se (a ordem, ou súplica, transmitida a alguém, para que se cale) e se escutar e se compreender o primeiro verso como "Pai, afasta que a ordem de calar não seja transmitida (pelo Pai, ou por outrem) ao suplicante; favorece tal compreensão o fato de que t da liberdade de expressão C) identificam-se as expressões "cálice de vinho", "vinho tinto" e "tinto de sangue", que, consideradas em sua autonomia, são de uso corrente com os respectivos sentidos de: certa quantidade de vinho servida em um cálice; o vinho que é de cor mais avermelhada e/ ou mais escura, distinto do vinho branco e do rosado; e tingido, ou manchado de sangue (um pano, por exemplo) D) o entrelaçamento das expressões "vinho tinto" e "tinto de sangue" cria a possibilidade de que tal vinho esteja tingido de sangue, ou seja, de que nele se tenha derramado um tanto de sangue que o tingiu E) não se pode descartar, "vinho" não apenas tingido "vinho (tinto) de sangue", ou seja, produzido a partir do sangue, como há o vinho, branco ou tinto, que é "vinho de u se pode falar também, por exemplo, em um vinho de maçã Questão 31_________ “Esquecia-me de dizer que meu amigo tem 82 anos, e e, com ação ao ) deixa claro que Dona Elsa não poderia estar enganando o marido, o que dá um toque de humor ao texto ) sugere que o ciúme e a desconfiança podem pertencer mais à maneira de ser, ou talvez à natureza humana, do que a alguma faixa etária em que porventura seja Dona Elsa é ainda jovial, ou imaturo, apesar da idade avançada, pois argumenta Qu Dona Elsa, 79.” À luz da compreensão do Texto II, como um todo, pode-se compreender, necessária e CORRETAMENTE, qu essa informação final, ou ao fornecer tal inform final, o autor: A B mais comum o adultério C) mostra
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