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Atualmente para se tornar um bom gestor na área da educação, o futuro educador deve estar preparado para diversas situações que poderão ocorrer em seu ambiente de trabalho. E o Estágio Supervisionado em gestão escolar, além de propiciar um reconhecimento da realidade escolar, também propiciou uma análise crítica e reflexiva tanto da escola como da formação do nosso ser educador. O trabalho desenvolvido através do plano emergencial possibilitou além da visão reflexiva e crítica, agregou inúmeros saberes significativos para idealizar uma nova concepção do profissional educativo sobre a realidade na qual atuará. Este relatório de conclusão das atividades realizadas no plano emergencial tem o intuito de explicitar as contribuições que a mesma traz para minha formação como futuro educador atuante na gestão escolar. Assim sendo, foi possível desenvolver habilidades de pesquisadores, compreendendo, problematizando e intervindo diante de situações que foram observadas através dos textos, vídeos e artigos acadêmicos. Dessa maneira fomos idealizando a imagem de futuro gestor que podemos ser, procurando alcançar a compreensão dos limites e as possibilidades da gestão escolar, compreendendo o ambiente organizacional da instituição e os espaços de atuação do pedagogo na gestão escolar. Do mesmo modo que indagamos sobre a importância da realização do Estágio em Gestão Educacional, como espaço interdisciplinar, associando saberes de diferentes disciplinas que compõem a matriz curricular no contexto do trabalho docente e da escola. Ressaltando que, o mesmo proporciona a diversidade de conhecimentos e aprendizagens referentes à nossa futura atuação profissional. I. Atividades – Breve relato das produções (Resumo) No início do estágio do plano emergencial, foi proposta a atividade de leitura, análise e a produção de texto sobre os desafios da inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, onde ainda nos deparamos frente a inúmeros desafios e possibilidades; em sua atuação nas escolas o professor precisa ter preparo e conhecimentos específicos para trabalhar de forma imparcial a educação inclusiva em nosso país. Quando analisamos a problemática da inclusão de estudantes portadores de necessidades especiais, notamos que neste percurso é um grande desafio a seguir, pois encontrar escolas na rede regular de ensino capacitadas e habilitadas para receber esses alunos ainda é uma tarefa bem distante da nossa realidade. É importante fazer valer os direitos a uma inclusão participativa, instruindo a sociedade para ser mais justa e igualitária. De acordo com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), é princípio da educação a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, sendo assim é dever do Estado garantir o atendimento especializado e gratuito aos educandos com deficiência, preferencialmente na rede regular. Portanto, é um dever da gestão escolar fazer garantir o cumprimento desta lei, para assegurar com recursos educativos esse tipo de atendimento. Na segunda atividade proposta, um estudo de caso, foi elaborado um texto delineando possíveis caminhos no ensino remoto, aliados à cultura digital e uso das TDICs (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação), no período da pandemia. Assim, no ano de 2020 toma-se conhecimento o início de uma pandemia que se propagou no mundo inteiro através de uma doença chamada de novo coronavírus (covid-19). Após confirmar alguns casos, passamos a vivenciar uma realidade caótica sem precedentes, sob medidas sanitárias e o isolamento social como forma de conter a disseminação em massa do vírus. As escolas suspenderam suas aulas temporariamente, mudando sua forma de educar por meio de modalidades alternativas, onde a educação passa por grandes transformações. Considerando o momento atual, o setor da educação teve impacto diretamente, pois, sem condições sanitárias para os alunos e professores estarem nas escolas, o ensino passa a ser remoto, as escolas passam a aderir o uso de tecnologias digitais, adaptando seus conteúdos no formato online. Com a necessidade de criar uma alternativa, e a implementação do ensino remoto, muitos professores que não tinham experiência e nem preparo técnico diante desta modalidade, tiveram que se habituar mesmo que em pouco tempo. No mesmo contexto, alunos também tiveram que se adaptar repentinamente à situação, na Rede Pública, Estados e Municípios tiveram que adaptar aulas virtuais e via transmissão de TV aberta. As famílias tiveram papel essencial e de suma importância, pois além de motivar seus filhos em casa auxiliavam nas tarefas complementares enviadas pelos professores, assim foi a parceria entre escola e família no processo de melhor desempenho dos alunos. No entanto, houve uma problemática nessa modalidade, onde alguns alunos não tiveram acesso a internet, e assim não puderam acompanhar as aulas, abrindo caminhos extensos para outro fator que é a desigualdade, a falta de base educacional e o nível socioeconômico que são apenas a ponta desse iceberg. É importante ressaltar os benefícios da inclusão digital, aliadas no processo de aprendizagem para as diferentes culturas, saberes locais e de vários lugares do planeta, conhecimento esse que se pode compartilhar e multiplicar facilmente. A tecnologia conduziu a novos métodos e benefícios muito proveitosos, com aplicativos educacionais, ferramentas que foram desenvolvidas para facilitar e inovar em sala de aula ou numa aula à distância. Dessa maneira, no campo da educação a tecnologia é uma ferramenta poderosa a favor do ensino, contribuindo no aprendizado e no desenvolvimento cognitivo dos discentes. A terceira atividade proposta teve por base alguns textos sobre o processo de avaliação durante o período de ensino remoto, ainda no contexto da pandemia, as instituições de ensino tiveram que se adaptar com o ensino a distância e repensar em muitas práticas pedagógicas. Trazendo novos desafios para além da nova forma de lecionar, a avaliação remota da aprendizagem, que está sendo um dos maiores desafios para muitos educadores e gestores escolares. Diante desse desafio os profissionais buscaram produzir materiais, gravar e editar vídeos-aula, organizar trilhas de aprendizagem e fazer vídeo conferências com os alunos, dentre outras, das muitas atividades desenvolvidas durante a quarentena. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB): no ensino remoto, a checagem de rendimento escolar também deve ser fruto de uma avaliação contínua e cumulativa da performance dos estudantes. Todavia, vale ressaltar que não devemos apenas nos ater aos processos avaliativos pautados apenas na atribuição de notas, é importante que o professor faça à avaliação das tarefas que são entregues aos alunos, as atividades feitas em casa, por exemplo, da mesma forma que sempre o avaliou em classe, e se possível fazer uma videoconferência após a realização de cada tarefa para que os alunos compartilhem o que estudaram, e para que o professor possa utilizar como instrumento avaliativo e documentado. Para tanto, tivemos muitas oportunidades para o enfrentamento da crise pandêmica, alguns desenvolvedores de aplicativos para a educação com inúmeras ferramentas ricas em conteúdos didáticos, beneficiaram professores com recursos para se fazer uma melhor avaliação durante as aulas online e alunos, com aulas mais dinâmicas e instantâneas. Visto que, o ensino remoto ampliou a diversidade de conhecimentos através das modalidades alternativas, permitindo ao professor observar a interação dos alunos online com o uso de tecnologias digitais; que na minha percepção contribuíram significativamente e qualitativamente na educação. Levando sempre em consideração as especificidades dos alunos e as condições de acesso, ampliando assim habilidades diversas dos saberes. Por fim, a quarta e última atividade, onde levei a diante minha reflexão através de um texto com foco nagestão democrática. Assim, com a gestão democrática que tem por finalidade a participação social, o conjunto dessas ações trouxe uma nova forma de atuação chamada projeto político pedagógico (PPP), literalmente um guia para as ações desenvolvidas na escola, representando o que chamamos de liderança flutuante na escola, a parceria da gestão e o corpo docente. Um documento que define toda a diretriz de uma escola, com métodos e metas, com a finalidade de se atingir os objetivos propostos. A gestão escolar precisa ser democrática e participativa, onde é possível tornar o diálogo e a participação abertamente, na busca do sujeito crítico, pensador, analítico e atuante na sociedade. O estagiário também entra nessa concepção, tendo por finalidade indagar sobre o contexto escolar a partir da visão do gestor, vinculando a importância do papel da gestão: a organização do trabalho pedagógico escolar, a política educacional, o planejamento, a execução e avaliação das propostas pedagógicas, propiciando ao estagiário o contato com a instituição e a atuação do gestor escolar. Considerações Finais O estágio supervisionado na área de gestão escolar no curso de pedagogia tem como objetivo o aluno aprender, experimentar, e contribuir, junto à equipe gestora, para a identificação de controvérsias existentes na escola, fortalecendo a confiança e a participação na escola. O estagiário em sua reflexão e inquietação pode instigar importantes debates e perspectivas diante da gestão escolar, apontando quais concepções e práticas do cotidiano escolar estão entrelaçadas à democratização na escola. Tendo em vista que, a relevância do estágio supervisionado, segundo Pimenta (1994, p. 121), deve ser visto como “atividade teórica instrumentalizadora da práxis do futuro professor”. Nesse sentido, a compreensão que emerge é que o estágio supervisionado deve superar os modelos tecnicistas e mecânicos de formação e se transformar num momento de se pensar a condição do professor, na perspectiva de aprendiz na formação e formulação de uma práxis mais ética e ajustada ao contexto em que reside (LIMA, 2004). Portanto, uma formação pedagógica entrelaçada aos valores e anseios democráticos, que disponha de profissionais capazes de cooperar para o desenvolvimento dos sujeitos e da sociedade como um todo. Todas as atividades desenvolvidas tiveram suma importância para o enriquecimento da aprendizagem na perspectiva enquanto futuro educador, tal formação contempla a diversidade cultural e social, em sua pluralidade, investigando, acompanhando e intervindo em algumas situações. Logo, em seu processo de formação, o professor adquire relações de vínculo e compromisso com a educação, e diante das dificuldades e desafios possa estar preparado para seu enfrentamento, e estrategicamente dialogar e refletir acerca das circunstâncias, como bom mediador. As reflexões presentes neste trabalho trouxeram em sua dinâmica do aprendizado, conhecimentos e aprofundamentos teóricos importantes para minha formação docente. Em cada tema apresentado, aos conteúdos desenvolvidos, foram relevantes, na medida em que o estágio é fundamental para a construção da identidade docente, e de uma prática docente reflexiva, considerando que a EAD é uma modalidade que se expande e requer uma análise profunda para que possa realmente contribuir para a formação de tais profissionais. Referências Bibliográficas BALMANT, Ocimara. Gestão democrática. Entrevista com Vitor Paro, professor da Faculdade de Educação da USP. Publicado em Nova Escola GESTÃO ESCOLAR, Edição 18, 01 de Fevereiro | 2012. 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Disponível em<https://novaescola.org.br/conteudo/19751/ensino-remoto-como-ficam-as-devolutivas-e-f eedbacks-aos-alunos>Acesso em:11/10/2021. https://novaescola.org.br/conteudo/19751/ensino-remoto-como-ficam-as-devolutivas-e-feedbacks-aos-alunos https://novaescola.org.br/conteudo/19751/ensino-remoto-como-ficam-as-devolutivas-e-feedbacks-aos-alunos
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