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Lesão Medular
A medula espinhal se estende desde o bulbo (tronco encefálico até o nível da segunda vértebra lombar (L2), abaixo deste nível, encontra-se a cauda equina, conjunto de nervo periféricos.
A lesão medular pode ocorrer por diversas causas, entre elas a traumática, que chamamos de trauma raquimedular (TRM), que tem como principal motivo a fratura ou deslocamento vertebral.
Acomete mais pacientes do sexo masculino, devido a acidentes automobilísticos, mergulho e ferimentos por arma de fogo. 
 
Manifestações clínicas:
Pode ser dividida pelo grau da lesão, sendo completa, quando atinge todos os tratos medulares, ou incompleta quando atinge alguns pontos específicos da medula, com capacidade de neuroplasticidade medular:
· Completa: ausência total de função sensorial e motora.
· Incompleta: preservação parcial da função sensorial ou motora.
Pelo nível da lesão, que pode ser classificada em tetraplegia ou paraplegia:
· Tetraplegia: Acontece quando a lesão é de T1 p/cima, com perda da função motora e sensitiva nos segmentos cervicais, com disfunções em MMSS, tronco, MMII e órgãos pélvicos.
· Paraplegia: Acontece quando a lesão é de T1 p/baixo, com perda da função motora e sensitiva nos segmento torácicos, lombares e sacrais, gerando disfunção no tronco, MMII e órgãos pélvicos.
	
	
	 
	
	
	 Na lesão completa, a plegia é a perda motora e a anestesia é a perda sensitiva. Na lesão incompleta, a paresia é a diminuição da FM; hipoestesia que é a diminuição da sensação; hiperestesia que é o aumento da sensação e parestesia, o famoso formigamento.
	 
	
	
	
	
	
	 
	
	
	
	
	
	 
	
	
	
	
	
A fase de choque medular é conhecida como a fase aguda da lesão medular, onde a medula se encontra em processo inflamatório, comprometendo as vias sensoriais e motoras. Trazendo devidas repercussões:
· Anestesia superficial e profunda (ausência da sensibilidade);
· Paralisia motora completa e hipotonia flácida;
· Arreflexia superficial e profunda (perda dos reflexos tendinosos);
· Arreflexia vesical;
· Atonia intestinal;
· Ausência da ereção e ejaculação (nos homens);
· Amenorreia (ausência da menstruação nas mulheres).
 
A fase de retorno da atividade caracteriza-se após toda essa fase de choque medular:
	 
	
	
	
	
	
	 
	
	
	
	 
	
	
	
	 
	
	
	
	
	
	 
	
	 LESÕES COMPLETAS
	
	
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Além das lesões traumáticas, podemos encontrar pacientes com síndromes medulares:
 
Síndrome do cordão Central: acomete a região central da medula, comumente na região cervical, devido à retenção do líquor ou à hiperextensão acentuada, traz repercussões nos MMSS (atrofia e fraqueza). 
Síndrome do cordão Anterior: causada por flexão excessiva que acomete os dois terços anteriores da medula, comprometimento dos tratos corticoespinhal e espinotâlamico, inclui perda da função motora, sensação de dor e temperatura.
Síndrome de Brown-Sequard: acomete metade da medula (hemissecção), com lesão nos tratos corticoespinhal, espinotâlamico e grácil e cuneiforme, repercute com perda da função motora e propriocepção (ipsilateral) e perda da sensibilidade dolorosa e térmica (contralateral).
Síndrome do cordão Posterior: acomete os tratos grácil e cuneiforme, trazendo repercussão na perda de propriocepção e sensação de vibração.
Síndrome do Cone Medular: é ocasionado por lesões na medula sacral (T12 - L1), gerando incontinência fecal e vesical, alteração sexual, com reflexo bulbo-cavernoso ausente e anestesia em cela.
Síndrome da Cauda Equina: envolve os nervos lombossacrais, o indivíduo cursa com sinais de lesão de NMI, hipotonia, hiporreflexia, hipoestesia e comprometimento vesical.
 
O quadro clínico desse paciente, vai cursar com os devidos sintomas:
· Motor: pode cursar com alterações motoras devido a secção das vias motoras.
· Sensorial: pode cursar com alterações sensitivas devido a secção das vias sensitivas.
· Reflexo: se o determinado músculo não recebe inervação apropriada, o reflexo estará ausente. 
· Respiratório: a inervação dos músculos respiratórios que envolvem a respiração estarão ausentes.
· Controle de bexiga/intestino: desequilíbrio dos controles dos esfíncteres internos e externos para o controle autônomo e voluntário;
· Função sexual.
 
Possíveis complicações:
· Cardiopulmonares: pode levar a pneumonias, TVP, embolia pulmonar e hipotensão postural;
· Dor: muitas vezes articular ou compressão do tecido;
· Emocional: comprometimento emocional devido à lidar com essa nova mudança em muitas funções da vida;
· Hipotensão postural: é consequência de vasodilatação abaixo do nível da lesão medular, consequente de represamento de sangue nos membros inferiores, além da ausência ou diminuição dos reflexos vasomotores posturais. A elevação brusca do decúbito, provoca a queda da PA sistólica e diastólica, manifestando tontura, escurecimento da visão e síncope;
· Úlceras por pressão: ocorre em diversas regiões com proeminências ósseas e pequenas camadas de gordura e muscular, causando escaras e feridas devido o lesado medular ficar em uma posição por muito tempo;
· Contraturas: desequilíbrio muscular, causando uma imobilização prolongada, o que pode gerar uma contratura articular;
· Osteoporose: desmineralização óssea, devido à perda muscular ativa;
· Ossificação heterotópica: acontece ao redor da articulação, os sintomas são perda repentina da ADM, edema e calor local. É a formação de osso em tecidos moles, em locais onde normalmente não existem sendo comum em quadril e joelho;
· Disreflexia autônoma: caracterizada pelo aumento abrupto da PA, por estímulos nociceptivos caudais à lesão, com o quadro clínico: hipertensão brusca, cefaleia súbita, sudorese e taquipneia.

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