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Questionário de Farmacologia Veterinária

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Questionário de Farmacologia Veterinária 
1. Os AIE são fármacos derivados do colesterol, e alguns podem ser produzidos de forma 
endógena para combater processos inflamatórios no organismo. Dessa forma são 
bastante utilizados na Veterinária, por ter grande capacidade de agir na inflamação em 
todas as suas fases. De acordo com a classe de medicamentos citada acima, assinale V 
para as alternativas verdadeiras e F para as falsas, corrigindo a (s) alternativa(s) F. 
 
 
a) A morfina é uma droga que tem uma boa ação analgésica e pode ser administrada em 
diversas espécies, e sua molécula é excretada em sua maioria através da urina 
b) A dexametazona é um potente AIE de ação curta e bastante utilizada em casos de 
imunossupressão. 
c) O Ácido acetil acetilsalicílico é bastante utilizado na veterinária por ter uma boa ação anti-
inflamatória e anti-agregador plaquetário 
d) A prednisona é um AIE de tempo de ação médio, bastante utilizado em terapias 
imunossupressoras 
e) A triacinolona é da família dos derivados do ácido carboxílico com grande ação anti-
inflamatória 
Resposta: 
a) V 
b) F – A dexametasona é um potente AIE de ação prolongada e utilizada em terapias anti-
inflamatórias ou imunossupressora crônica agudas. 
c) V 
d) F – A prednisona é um AEI de tempo de ação médio, mas é inativa, precisa se 
transformar em prednisolona. 
e) F – A triacinolona é um retardoesteróide, mais tóxica, com bom efeito anti-inflamatório 
e imunossupressor. 
 
2. Na farmacologia os fármacos em sua maioria são considerados ácidos fracos e bases 
fracas, portanto quando se apresentam em solução aquosa se apresentam parcialmente 
ionizados. Tendo conhecimento da importância da influencia do PH na absorção dos 
fármacos assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas, corrigindo a (s) 
alternativa(s) F. 
a) Um fármaco que se apresenta em uma solução com o PH com o mesmo valor do PK vai 
apresentar 50% de sua molécula não ionizada 
b) O PK representa a constante de ionização, e representa a capacidade de absorção do 
fármaco 
c) Não importa qual a classificação orgânica do fármaco, o mais importante é a sua constante 
de ionização. E quanto maior a parte ionizada melhor a absorção 
d) Um ácido fraco é melhor absorvido em solução alcalina, pois vai ter em sua maioria 
moléculas não ionizadas 
e) Uma base fraca é melhor absorvida em solução acida, pois vai ter em sua maioria 
moléculas ionizadas 
Resposta: 
a) V 
b) V 
c) F - Não importa qual a classificação orgânica do fármaco, o mais importante é a sua 
constante de ionização. E quanto maior a parte não ionizada melhor a absorção. 
d) F – Um ácido fraco é melhor absorvido em solução ácida, pois vai ter sua maioria 
moléculas ionizadas. 
e) F – Uma base fraca é melhor absorvida em solução alcalina, pois vai ter em sua maioria 
moléculas não ionizadas. 
 
3. “Compostos organofosforados (ORFs) e carbamatos fazem parte de um grupo de 
substâncias utilizadas amplamente como inseticidas, na agricultura, como anti-
helmínticos ou no controle de ectoparasitas em algumas espécies domésticas. Os ORFs 
mais frequentemente utilizados são metaminofós, dimixion, fenitrotion, fention, 
fosfomet, triclorfon, clorfenrifós, ethion, diazinon e clorpirifós. Com menor freqüência 
são utilizados os carbamatos carbaril, aldicarb, carbofuran, methomyl, popoxur, 
oxamil, pirimidicarb e. Esses produtos são rapidamente absorvidos por ingestão, 
inalação, absorção percutânea e pela conjuntiva sendo que a taxa de absorção cutânea 
é influenciada pelo solvente utilizado... O acúmulo de acetilcolina induz três tipos de 
sinais clínicos: muscarínicos, caracterizados por sudorese, sialorréia, hipermotilidade 
gastrintestinal, diarréia, tenesmo e bradicardia; nicotínicos, resultantes da ação da 
acetilcolina sobre as placas motoras e caracterizados por rigidez muscular, tremores 
paresia e paralisia e do sistema nervoso central que resultam em inquietação, ataxia, 
convulsão, depressão e coma. Os sinais clínicos de ação tardia são caracterizados por 
dificuldade locomotora que progride para paresia e paralisia. A morte ocorre por 
insuficiência cardíaca e respiratória.” 
 
(Grecco, F. B. et al. 2009) 
 
a) De acordo com o trecho do artigo citado acima descreva o mecanismo de ação da droga 
citada no texto, e cite qual a sua classificação farmacológica. 
 
O mecanismo de ação dos organofosforados se dá principalmente pela inibição enzimática. Os 
principais alvos de sua atuação tóxica entre as enzimas esterases são a acetilcolinesterase (AChE), 
nas sinapses químicas e nas membranas dos eritrócitos, e a butirilcolinesterase (BChE) no plasma. 
A inibição da AChE leva ao acúmulo da acetilcolina (ACh) nas terminações nervosas, já que esta 
é responsável por hidrolisar a ACh produzindo colina e acetato. A ACh é responsável por estimular 
receptores pós-sinápticos, devendo se desligar do receptor ao fim do estímulo para liberá-lo para 
estímulos futuros e evitar respostas repetitivas e descontroladas após um único estímulo. Quando 
ocorre a intoxicação, os centros esterásicos da AChE são inibidos por uma ligação covalente do 
agrotóxico organofosforado nas enzimas colinesterases, e sua ação é cessada. Nesses casos, há 
acúmulo de ACh, gerando hiperestimulação colinérgica e aparecimento dos sinais e sintomas 
desencadeados por interações com os receptores nicotínicos, muscarínicos e do sistema nervoso 
central. A ligação entre o organofosforado e as colinesterases é um processo que demora de 24 a 
48 horas para ocorrer e, durante esse intervalo, o tratamento através de um antídoto ainda é eficaz. 
Como a ligação é estável, sem o tratamento específico há fosforilação da enzima, causando seu 
envelhecimento por perda de grupamento alquila. Depois disso a enzima afetada não se regenera 
mais. Quando o processo estiver completo a enzima não poderá mais ser reativada e a recuperação 
da atividade enzimática poderá levar semanas para ocorrer. Os agrotóxicos organofosforados são 
ésteres, amidas ou derivados tiol dos ácidos de fósforo, contendo várias combinações de carbono, 
hidrogênio, oxigênio, fósforo, enxofre e nitrogênio. Compostos orgânicos altamente lipossolúveis 
e biodegradáveis, eles são rapidamente hidrolisados tanto nos meios biológicos quanto no 
ambiente, se distribuindo de forma rápida pelos tecidos orgânicos e ultrapassando as barreiras 
placentárias e hematoencefálicas. 
b) Comumente no tratamento dessa intoxicação é usado um fármaco chamado atropina. Dê a 
classificação farmacológica do fármaco e EXPLIQUE como se dá a ação do fármaco nesses 
casos. 
A atropina é um agente antimuscarínico, uma vez que antagoniza as ações semelhantes à 
muscarina da acetilcolina e outros ésteres de colina. A atropina inibe as ações muscarínicas da 
acetilcolina nas estruturas inervadas pelos nervos colinérgicos pós-ganglionares e nos 
músculos lisos que respondem à acetilcolina endógena, mas não são tão inervados. Como com 
outros agentes antimuscarínicos, a principal ação da atropina é um antagonismo competitivo 
ou superável, que pode ser superada aumentando a concentração de acetilcolina nos locais 
receptores do orgão efetor (por exemplo, usando agentes anticolinesterásicos que inibem a 
destruição enzimática da acetilcolina). Os receptores antagonizados pela atropina são as 
estruturas periféricas que são estimuladas ou inibidas pela muscarina (isto é, glândulas 
exócrinas e músculo liso e cardíaco). As respostas à estimulação nervosa colinérgica pós-
ganglionar também podem ser inibidas pela atropina, mas isso ocorre com menos facilidade 
do que com respostas a ésteres de colina injetados (exógenos). A inibição parassimpática 
induzida pela atropina pode ser precedida por uma fase transitória da estimulação, 
especialmente no coração, onde pequenas doses primeiro retardam a frequência antes que a 
taquicardia característica se desenvolva devido à paralisia do controlevagal. A atropina exerce 
um efeito mais potente e prolongado no coração, intestino e músculo brônquico do que a 
escopolamina, mas sua ação na íris, corpo ciliar e certas glândulas secretoras é mais fraca do 
que a da escopolamina. Diferentemente da última, a atropina em doses clínicas não deprime o 
sistema nervoso central, mas pode estimular a medula e os centros cerebrais superiores. 
Embora uma excitação vagal leve ocorra, a frequência respiratória aumentada e (às vezes) a 
profundidade aumentada da respiração produzida pela atropina são mais provavelmente o 
resultado da dilatação bronquiolar. Consequentemente, a atropina é um estimulante 
respiratório não confiável e doses grandes ou repetidas podem deprimir a respiração. 
 
4. "Pênfigo é uma doença auto-imune descrita em humanos e em várias espécies de 
animais domésticos. Em humanos existem cerca de oito variedades de pênfigo, contudo 
em cavalos só foram descritas três variedades: pênfigo foliáceo, pênfigo paraneoplásico 
e pênfigo vulgar. As duas últimas são raras em equinos, enquanto que a primeira é a 
dermatopatia auto-imune mais comum em cavalos nos Estados Unidos, corresponde a 
1,89% dos casos de doenças cutâneas, atendidas na Universidade de Cornell. Existem 
descrições dessa enfermidade em cavalos nos Estados Unidos, Europa e Austrália. O 
pênfigo foliáceo (PF) em equinos se caracteriza clinicamente por lesões erosadas ou 
crostosas, anulares com ou sem a presença de “colarinho” epidérmico, alopecia e 
variado grau de exsudação e descamação. Edema abdominal ventral, dor e prurido 
podem estar presentes. Manifestações sistêmicas como depressão, letargia, hiporexia, 
perda de peso e febre estão presentes em 50% dos casos descritos. Equinos com PF 
apresentam anticorpos contra as moléculas de adesão na superfície dos ceratinócitos, 
levando à perda da coesão intracelular e acantólise. Ceratinócitos acantolíticos podem 
ser observados nos exames citológico e histológico das lesões pustulares ou crostosas.O 
diagnóstico de PF é obtido por meio da história clínica, achados clínicos e histológicos. 
A identificação dos anticorpos por imunofluorescência direta pode colaborar com o 
diagnóstico, mas não é recomendado o uso da imunofluorescência indireta para o 
diagnóstico de PF em equino. O uso inicial de dexametasona (0,1mg/kg/pv, uma vez 
ao dia) no tratamento deste animal foi baseado nos relatos de diversos autores. 
Geralmente, a melhora clínica após o início do tratamento com dexametasona ocorre 
em poucos dias. Contudo, o tempo de tratamento é muito variado e alguns cavalos 
necessitam de uso contínuo da dose de manutenção para evitar recidiva. Em geral, 
animais mais jovens respondem melhor à terapia e têm menos casos de recorrências, 
quando comparados aos animais mais velhos". 
 
(J. P. Oliveira Filho 2007). 
 
a) De acordo com o texto acima, descreva o mecanismo de ação do fármaco mencionado 
dando ênfase no que o torna importante para o tratamento da doença citada no texto. 
 
A Dexametasona faz parte da família dos glicocorticoides, sendo classificado como um 
anti-inflamatório esteroidal (AIEs). Eles têm uma ação anti-inflamatória devido a inibição da 
Fosfolipase A2, resultando na inibição de toda a cascata do ácido aracdônico, impedindo a 
formação da prostaglandina, tromboxano e dos leucotrienos. Além disso, eles também agem 
reduzindo a migração e adesão leucocitária, reduzindo assim a liberação de citocinas no local da 
inflamação, levando a uma atividade imunossupressora. Os glicocorticoides vão ter, além da ação 
inflamatória, ação metabólica. Podem agir na diminuição da absorção do cálcio, aumentando a 
atividade osteoblastica. Ainda sobre reações metabólicas, eles vão estimular a gliconeogênese e 
glicogênese hepática, causando um quadro de hiperglicemia, e também vão realizar a lipólise e 
inibição dos ácidos de cadeia longa. O pênfigo é uma doença autoimune, o tratamento de escolha 
para as doenças autoimunes é uso de glicocorticoides associado ou não a azatioprina, dependendo 
da gravidade e da evolução dos sinais clínicos, sendo prescritos também antibióticos sistêmicos e 
tratamentos tópicos sempre que necessários. A Desamexona oferece essa ação de glicocorticoides, 
sua utilização farmacológica é para terapias anti-inflamatórias e imunossupressivas agudas. 
Indicada em testes de supressão adrenal. Os glicocorticóides interagem com a superfamília dos 
receptores nucleares. Esses agentes farmacológicos conseguem atravessar a membrana celular 
livremente, graças a sua característica lipossolúvel. No interior celular, a molécula se liga ao seu 
receptor no núcleo, forma-se então um complexo funcional, com exposição de um domínio de 
ligação com o ácido desoxirribonucleico (DNA). Este complexo (receptor-esteróide/DNA) 
interfere na transcrição de RNA mensageiros, tanto estimulando quanto inibindo, interferindo 
portanto, na produção de proteínas. É conhecido que parte dos efeitos dos glicocorticóides é devido 
a uma atuação inibitória com um ativador de transcrição de DNA. Este ativador, um heterodímero 
conhecido como AP-1, está envolvido na indução de vários genes como: do ácido araquidônico e, 
por consequência, da cicloxigenase; da colagenase; da interleucina 2 e dos receptores da 
interleucina 2. Os glicocorticóides são utilizados na terapia do pênfigo pelo seu efeito 
imunomodulador. A imunidade celular é afetada pois os glicocorticóides interferem na 
apresentação dos antígenos aos receptores de membrana dos monócitos fagocitários. Doses 
farmacológicas de glicocorticóides promovem linfopenia nas espécies domésticas. Essa linfopenia 
deve-se a redistribuição dos linfócitos, contidos no compartimento intravascular, para os 
compartimentos extracelulares como linfonodos, baço, medula óssea e ducto torácico. 
Linfocitólise ocorre apenas em células linfoides de linhagem neoplásica. A redução dos linfócitos 
no compartimento intravascular promove uma diminuição da atuação dessas células no processo 
imunológico e inflamatório. A modulação imunológica dos glicocorticóides também ocorre de 
maneira indireta. As células B sofrem um processo de ativação, promovendo sua proliferação em 
resposta a produção de fatores de crescimento produzidos pelos linfócitos T, como a interleucina-
4, os glicocorticóides inibem acentuadamente a produção desses fatores.

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