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Comportamento Sexual

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
STEFANIE GABRIELLE DOS SANTOS OLIVEIRA 
 
 
 
COMPORTAMENTO SEXUAL 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU/SE 
2020 
INTRODUÇÃO 
O comportamento sexual humano não é somente influenciado pela dimensão 
biológica, ele também é resultado de uma complexa interação entre os fatores sociais, 
culturais e psicológicos do indivíduo. Carmita Abdo, psiquiatra, e João Afif Abdo, 
urologista, comentam no Café Filosófico sobre a construção histórica da sexualidade 
e as diferentes expressões do desejo sexual feminino e masculino, assim como das 
dificuldades que podem se impor à vida sexual de homens e mulheres. Com base nos 
seguintes vídeos: “Comportamento Sexual: o que ficou no passado? – Carmita Abdo” 
e “Desejo Sexual Masculino e Feminino – Carmita Abdo e João Afif Abdo” será feita 
uma explanação acerca da sexualidade humana e os fatores que podem influenciá-
la, tanto em sua expressão quanto na sua satisfação/insatisfação. 
A SEXUALIDADE ATRAVÉS DAS LENTES DA HISTÓRIA 
A sexualidade é uma parte importante da vida de uma pessoa e é um dos 
pilares da qualidade de vida. A Organização Mundial da Saúde (2006) define 
sexualidade como um aspecto central ao longo da vida e que não abrange apenas o 
sexo, mas os papéis de gênero, orientação sexual, prazer, erotismo, intimidade e 
reprodução. Esta definição da OMS ressalta ainda as múltiplas influências que a 
sexualidade recebe da interação entre aspectos fisiológicos, culturais, psicológicos e 
sociais. Entretanto, pensando nas formas de se conceituar a sexualidade ao longo da 
história nem sempre ela foi vista da forma ampla que é vista hoje. 
Segundo Bromberg “em toda a história da humanidade, os conceitos de 
comportamento sexual adequado variaram bastante” (1990, p.17), o que significa 
dizer que o componente cultural e social acaba por ditar e influenciar o comportamento 
sexual das pessoas. 
Os discursos acerca da sexualidade foram se transformando ao longo da 
história. Cavalcanti (1990), em seu artigo intitulado “Sexualidade Humana: uma 
perspectiva histórica”, afirma que nos primeiros tempos da humanidade o ser humano 
não associava o sexo à gravidez, esta era vista como algo mágico, um presente dos 
deuses. O ato sexual nesta época tinha finalidade de redução de tensão e era 
semelhante ao coito dos outros animais. Na civilização grega havia a separação entre 
o sexo ligado ao prazer e o sexo para procriação, o papel sexual das esposas nestas 
sociedades era de procriação, já o sexo ligado ao prazer acontecia com as “heteras” 
– mulheres que prestavam serviços sexuais. A vinculação entre a sexualidade e 
reprodução ocorreu depois, com o advento do cristianismo. A Igreja só admitia o sexo 
com a finalidade de reprodução, pois assim o ato estaria de acordo com a natureza 
por preservar a espécie. Esta concepção vigorou por muitos anos e ainda é possível 
encontrar resquícios dela em alguns discursos. 
Carmita Abdo comenta em um dos vídeos que o sexo só foi desvinculado da 
reprodução a partir do advento da pílula anticoncepcional, nos anos 60, antes disso 
era a finalidade de reprodução da espécie a motivação principal do comportamento 
sexual. Outro fato marcante que “revolucionou” as formas de se pensar e discutir a 
sexualidade foi a epidemia de HIV, nos anos 80, o que tornou importante uma 
discussão mais aberta acerca desta dimensão importante. Atualmente, há mais 
liberdade para tratar do tema, mas muita coisa ainda precisa ser modificada, 
principalmente em relação às minorias e os movimentos sociais vêm fazendo 
reivindicações válidas acerca disto. 
MOTIVAÇÕES DO COMPORTAMENTO SEXUAL 
O comportamento sexual tem várias motivações. Dentre elas, a motivação 
cultural/social que foi discutida no tópico anterior. Pensemos, agora, nas motivações 
biológica e psicológica que se manifestam de forma diferente em homens e mulheres 
e é tema do segundo vídeo que embasa este texto – “Desejo Sexual Masculino e 
Feminino (João Afif Abdo e Carmita Abdo)”. 
O componente biológico diz respeito às alterações fisiológicas pelas quais o 
ser humano passa. O sistema nervoso tem um importante papel na recepção dos 
estímulos sensoriais e na preparação do corpo para o ato sexual. A testosterona é um 
hormônio importante na regulação do desejo, tanto masculino quanto feminino, no 
entanto, diferente dos homens as mulheres possuem um desejo que é muito mais 
influenciado pelos fatores externos, inclusive o desempenho do parceiro. Um ponto 
importante na questão hormonal, e que diferencia o desejo sexual masculino e 
feminino, são as alterações hormonais que a mulher passa ao longo da vida. Enquanto 
os homens perdem muito pouco de sua produção hormonal ao longo dos anos, a 
mulher passa pela menopausa – período em que deixa de produzir hormônios – o que 
afeta a sua lubrificação e, consequentemente o seu desejo sexual. 
O componente psicológico diz respeito ao humor, à autoestima, à 
subjetividade daquele indivíduo, o sentimento de valorização, a afetividade, as 
preferências e a capacidade de confiar no parceiro(a) e em si mesmo. A ansiedade, 
depressão, entre outros problemas psicológicos e a cobrança excessiva pelo 
desempenho sexual trazem prejuízos ao funcionamento sexual. 
É fato que a saúde física, mental e até mesmo a financeira influenciam a 
chamada saúde sexual. 
DISFUNÇÕES SEXUAIS 
Disfunção sexual é a incapacidade de se ter uma relação sexual satisfatória 
para ambas as partes envolvidas. Se caracteriza por uma dificuldade em uma ou mais 
de uma das seguintes fases sexuais: excitação e orgasmo. As causas para uma 
disfunção sexual podem ser orgânicas, tais como doenças crônicas e uso de 
fármacos, ou psicológicas como ansiedade e traumas sexuais. 
João Afif Abdo comenta que as disfunções sexuais masculinas mais comuns 
são a disfunção erétil, incapacidade permanente de se ter ou manter uma ereção, e a 
ejaculação precoce, problema no qual o homem ejacula logo após o início da relação 
sexual. O tratamento para estes distúrbios inclui uma modificação nos hábitos do 
indivíduo, psicoterapia, reposição de hormônios e, no caso da disfunção erétil, o uso 
de remédios como o Viagra. Pode haver uma variação no método escolhido já que a 
escolha depende das causas do distúrbio. 
A disfunção sexual feminina pode estar relacionada à excitação, por exemplo 
a ausência ou redução da lubrificação e falta de motivação para iniciar o ato sexual. 
Pode ser uma disfunção relacionada ao orgasmo, chamada de anorgasmia – ausência 
ou diminuição da intensidade do orgasmo – e pode ainda ser uma disfunção na qual 
ocorre dor durante o ato, tais como dispareunia e vaginismo. Carmita Abdo comenta 
que a cobrança pelo corpo perfeito, a vontade de estar impecável durante o ato traz 
muitas preocupações e ansiedade o que afeta o desejo sexual feminino. O tratamento 
para as disfunções femininas tem algumas etapas iguais ao tratamento das disfunções 
masculinas, como mudanças de hábitos de vida, tratamento ou controle de doenças 
orgânicas e psicoterapia. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As formas de se pensar e falar sobre sexualidade mudam ao longo da história 
e ao longo da vida do indivíduo. O componente cultural traz suas influências ao 
normatizar o que é o comportamento sexual desejado, mas as dimensões biológica e 
psicológica são importantes para se entender a expressão do comportamento sexual 
de homens e mulheres. As diferenças entre os sexos não são apenas relacionadas às 
características físicas, mas também na forma como o desejo aparece e se expressa. 
A maioria dos homens mantêm um desejo sexual constante ao longo da vida, 
enquanto as mulheres passam por flutuações hormonais que afetam o seu desejo. 
Pensar, refletir e discutir sobre sexualidade é importante para saber lidar com 
as dificuldades que podem aparecer no processo e para romper com os preconceitos 
sociais.REFERÊNCIAS 
BROMBERG, Roberto Sérgio. Educação, Sexualidade e História. Revista Brasileira 
de Sexualidade Humana, São Paulo, v. 1, n. 1, 1990. 
CAVALCANTI, Mabel. Sexualidade Humana: uma perspectiva histórica. Revista 
Brasileira de Sexualidade Humana, São Paulo, v.1, n.1, 1990. 
ABDO, Carmita. Comportamento Sexual: o que ficou no passado?. Youtube. 
Disponível em: <https://youtu.be/mi8hCnxkTwk> 
ABDO, João Afif; ABDO, Carmita. Desejo Sexual Masculino e Feminino. Youtube. 
Disponível em: <https://youtu.be/GqX4rtvyFfQ>

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