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Electromagnetismo e Óptica Relatório nº3 - MAGNETOSTÁTICA - Campo Magnético das Bobines de Helmholtz Docente: José A. R. Pacheco de Carvalho Grupo: 2 Autores: David Ludovino nº26675; Dinarte Quintal nº27231; Filipe Andrade nº26518; José Félix nº26490. Covilhã, 23 de Maio de 2012 2 Índice Objectivos e Introdução Teórica_________________________________3 Material____________________________________________________6 Metodologia Experimental____________________________________10 Resultados_________________________________________________13 Análise e Discussão de Resultados______________________________15 Conclusões finais____________________________________________16 Bibliografia_________________________________________________17 3 Objectivos e Introdução teórica A realização do relatório tem como objectivo principal, a familiarização com os conceitos concetualizados no decorrer das aulas teóricas, e a verificação experimental das suas propriedades e aplicações. Ou seja, relativamente às Bobinas de Helmholtz medir o campo magnético por estas gerado, e verificar as suas proriedades associadas. Vamos agora fazer algumas considerações teóricas: Campo Magnético Numa Espira Circular Foi Helmholtz que idealizou a colocação de duas bobinas circulares planas separadas por uma distância igual ao seu raio, cada uma contendo N espiras com corrente a fluir nas duas no mesmo sentido, com o qual conseguiu produzir campos uniformes de baixa intensidade num volume relativamente grande. Em laboratório, a corrente que flui pelas espiras é DC, ou seja, é corrente contínua. A partir da Lei de Bio Savart, podemos calcular o campo magnético produzido por uma espira circular percorrida pela corrente I, sendo a fórmula: (1) 4 Onde μ0 é a permeabilidade do vácuo, , é o vector a partir de elemento condutor , ao ponto de medida do campo , e é perpendicular a ambos os vectores ρ e dl, como mostra a figura 1. Figura 1 – Esquema de uma espira circular percorrida por uma corrente I. Como o vector é perpendicular aos vectores e , e ainda perpendicular ao plano da figura enquanto os outros dois vectores estão no plano, a equação (1) pode ser reescrita como: Sendo z a distância do centro da espira ao ponto onde estamos a calcular o campo. Conforme mostra a figura 1, pode ser dividido em duas componentes, uma radial e dada por , e a outra axial, . Para qualquer elemento , que se escolher na espira a componente do campo terá sempre a mesma direcção, portanto, podem ser somadas, já as componentes , se anulam aos pares. Sendo assim o campo na direcção radial é nulo: O campo ao longo da direcção z (axial) é dado por: (2) (3) (4) 5 Temos assim que, o campo magnético de uma bobina circular de N espiras é então obtido multiplicando o número de espiras pela equação (4). Assim o campo ao longo do eixo das duas bobinas idênticas que se encontram a uma distância a do seu centro (bobinas) é: Sendo e . Quando z = 0, o campo magnético tem um valor máximo para a < R e mínimo para a > R. A dependência de B com a posição ao longo do eixo axial das bobinas é virtualmente uniforme para o intervalo - < z < . Na figura 2, apresenta-se o campo quando a = R, a < R e a > R, ao longo do eixo das duas bobinas. Figura 2 – B(z) em função do parâmetro a. (5) 6 Material Bobinas De Helmholtz As bobinas de Helmholtz, consistem em duas bobinas circulares, planas, cada uma contendo N espiras com correntes fluindo no mesmo sentido. A separação entre estas bobinas é igual ao raio R comum a ambas. A corrente eléctrica de alimentação das bobinas pode ser contínua (CC) ou alternada (CA), as aplicações da bobina de Helmholtz são várias; por exemplo: determinação das componentes vertical e horizontal do campo magnético terrestre, anulação em determinado volume do campo magnético terrestre, calibração de medidores de campo magnético de baixa frequência, estudo dos efeitos de campos magnéticos em componentes ou equipamentos electrónicos, medidas de susceptibilidade magnética, calibração de equipamentos de navegação, estudo de efeitos biomagnéticos ajuste de tubos de raios catódicos, estudo da performance de tubos de foto multiplicadoras em campos magnéticos, medidas de magneto resistência e desmagnetização de pequenas peças de materiais termomagnéticos usados na ciência de naves espaciais. Na área de ensino de física ela é usada principalmente em experimentos para a determinação da carga específica do electrão. Se as correntes nas bobinas tiverem sentidos opostos, os campos magnéticos gerados por elas terão sentidos opostos. Esta configuração gera um gradiente de campo que é utilizado para o cálculo da força sobre uma Figura 3 -Bobinas de Helmholtz 7 amostra material, fato este normalmente usado em balanças de suscetibilidade. Amperímetro Como a corrente elétrica passa através dos condutores e dispositivos ligados a eles, para aferir a corrente que passa por alguma região de algum circuito, deve-se colocar o amperímetro em série com esta, sendo necessário abrir o circuito no local que se quer medir. Para isso o amperímetro deve ter sua resistência interna muito pequena, a menor possível. Se sua resistência interna for muito pequena, comparada às resistências do circuito, consideramos o amperímetro como sendo ideal. Assim, para as medições serem precisas, é esperado que o amperímetro tenha uma resistência muito pequena comparada às do circuito, (Amperímetro Ideal → Resistência interna nula). Os amperímetros podem medir correntes contínuas ou alternadas. Dependendo da qualidade do aparelho, pode possuir várias escalas que permitem o seu ajuste para medidas com a máxima precisão possível. Na medição de corrente contínua, deve-se ligar o instrumento com o pólo positivo no ponto de entrada da corrente convencional, para que a deflexão do ponteiro seja para a direita. Figura 5 – Circutos. Figura 4 – Amperímetro. http://pt.wikipedia.org/wiki/Circuito http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_cont%C3%ADnua http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_alternada 8 Teslímetro (Teslameter) É um medidor de campo magnético que permite a medida da densidade de fluxo magnético que atravessa uma determinada região. Os medidores de campo magnético apresentam vantagens quando se deseja medir os campos magnéticos na superfície de ímãs ou em dispositivos magnéticos. Destacam-se como principais medidas que podem ser feitas com medidores de campo magnético (gaussímetro): medida de campos na superfície de ímanes permanentes, de solenoides, electroímanes e medida de magnetizações residuais em peças mecânicas. Para efectuar a medida da densidade de fluxo utiliza-se do sensor de efeito Hall. Este dispositivo é um sensor integrado que oferece uma saída em volts proporcional à densidade de fluxo magnético aplicada. A grande vantagem do sensor Hall como elemento de medida do campo magnético é a capacidade de medir tanto campos contínuos (DC) como alternados em um único instrumento. Figura 6 – Teslímetro. http://www.allegromicro.com/datafile/3515.pdf http://www.allegromicro.com/datafile/3515.pdf 9 Fonte de tensão Uma fonte de tensão é uma fonte de força eletromotriz que estabelece uma diferença de potencial aos seus terminais independentemente da resistência do circuito que alimenta, isto é, independentemente da corrente que debita. Nessa conformidade, uma fonte de tensão ideal não tem resistência interna (Rint=0). As fontes reais apresentam sempre alguma resistência interna ainda que muito pequena. Fonte de tensão contínua: A tensão fornecida é constante.Exemplos: pilhas, fontes electrónicas em que a ddp é obtida a partir da rectificação e alisamento de uma ddp alterna. Fonte de tensão alterna: A tensão fornecida varia no tempo. Estas fontes de tensão também são chamadas geradores de sinais. Exemplo: os dínamos ou a tensão fornecida pela EDP. Figura 7 – Fonte de Tensão. 10 Metodologia Experimental Bobines de Helmholtz e o Campo Magnético Montagem com as Bobinas de Helmholtz O gerador de corrente fornece a corrente, que passa pelo amperímetro A e percorre as bobines de Helmholtz, criando o campo magnético B. A corrente convencional circula no sentido de rotação do savca rolhas e o campo magnético aponta no sentido de progressão daquele. A sonda magnética é colocada inicialmente no centro das bobines e ligada a um medidor de campo magnético chamado teslímetro. O teslímetro mede campos DC e AC. Em DC o campo pode ser positivo ou negativo, consoante o sentido da corrente nas bobines, face à sonda (Figura 8). Figura 8 – Montagem com as bobines de Helmholtz. 11 Procedimento experimental O procedimento experimental conta de duas partes. a) Na primeira, fixa-se a sonda no centro geométrico das bobines de Helmholtz z=0. Depois aplica-se sobre as bobinas uma corrente I variável sequencialmente 0A, 0.2A, 0.4A, 0.6A, 0.8A, 1A e no teslímetro mede-se o campo magnético B. Coloque os valores medidos numa tabela e trace depois o gráfico correspondente. b) Na segunda, fixa-se a corrente I=1A. Depois, iniciando a sonda da posição z=0 (centro das bobinas), varia-se sequencialmente a sua posição P sobre uma régua graduada. Primeiro para a direita (0 até no máximo +50cm) e depois para a esquerda (de 0 até no máximo - 50cm) e no teslímetro mede-se o campo magnético B correspondente. Coloque os valores medidos numa tabela e trace depois o gráfico correspondente. Z B teórico B medido Z B teórico B medido 0 cm 0 cm 0,5 cm -0,5 cm 1,5 cm -1,5 cm 5,5 cm -5,5 cm 6 cm -6 cm 7 cm -7 cm 8 cm -8 cm 10 cm -10 cm 12 cm -12 cm 14 cm -14 cm 16 cm -16 cm 18 cm -18 cm 20 cm -20 cm 25 cm -25 cm 30 cm -30 cm 12 Figura 9 – Tabela e gráfico do campo magnético B em função de z. Por fim, verifique a simetria do campo magnético em relação ao centro das bobines de Helmholtz, com base na análise das tabelas com valores, e do gráfico obtido das mesmas. 13 Resultados a) I B teórico B medido 0 0 mT 0 mT 0.2 0,84 mT 0,84 mT 0.4 1,68 mT 1,66 mT 0.6 2,52 mT 2,5 mT 0.8 3,36 mT 3,31 mT 1 4,2 mT 4,15 mT 14 b) Z B teórico(mT) B medido(mT) Z B teórico(mT) B medido(mT) 0 cm 4,11 4,15 0 cm 4,11 4,15 0,5 cm 4,11 4,15 -0,5 cm 4,11 4,12 1,5 cm 4,10 4,14 -1,5 cm 4,10 4,09 5,5 cm 3,22 3,26 -5,5 cm 3,22 2,99 6 cm 3,00 3,03 -6 cm 3,00 2,77 7 cm 2,55 2,56 -7 cm 2,55 2,26 8 cm 2,11 2,13 -8 cm 2,11 1,85 10 cm 1,41 1,41 -10 cm 1,41 1,22 12 cm 0,94 0,94 -12 cm 0,94 0,79 14 cm 0,64 0,64 -14 cm 0,64 0,54 16 cm 0,45 0,45 -16 cm 0,45 0,38 18 cm 0,32 0,33 -18 cm 0,32 0,28 20 cm 0,24 0,25 -20 cm 0,24 0,20 25 cm 0,12 0,15 -25 cm 0,12 0,10 30 cm 0,07 0,10 -/- -/- -/- 15 Análise e Discussão dos Resultados Em relação à primeira parte da atividade experimental, conclui-se que o campo magnético gerado pelas bobinas de Helmholtz é directamente proporcional à corrente que lhe é aplicada. Ou, por outras palavras, a corrente para uma posição fixa (z = o por exemplo), o campo magnético é proporcional à corrente. Sendo comprovada pela existência de uma boa proximidade entre os valores teóricos e os valores práticos. Relativamente à segunda parte do trabalho prático, conclui-se que quando z = 0 cm, existe um eixo de simetria, de tal forma que há um intervalo no qual o valor do campo magnético é constante, e que corresponde ao interior da Bobina de Helmholtz. Fora da bobina, o campo magnético diminui exponencialmente, simetricamente para ambos os lados como já referido, em relação a z = 0. Nos valores obtidos verifica-se a existência de uma concordançia razoável entre os valores experimemntais e teóricos, podendo o desfazamento existente ser justificado pela existência de equipamentos metálicos no laboratório, imprecisão do equipamento e também por erro de medição. 16 Conclusões De uma forma geral verificaram-se as mais diversas propriedades dos campos magnéticos, apenas através da medição do campo da bobine de Helmholtz, sendo que tal já era esperado uma vez que este tipos de bobines é usado na investigação nomeadamente em estudos biomagnéticos, determinação de cargas expecificas de electrões, caliberações, medição de campos magnéticos AC/DC. 17 Bibliografia http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v25_40.pdf http://caemm.zxq.net/f329/F329%20- %20Relat%C3%B3rio%20Bobinas%20de%20Helmholtz%202.pdf http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=3bsc&cod=_ pardebobinasdehelmholtzs http://fisica.ufpr.br/viana/fisicab/aulas2/a_25.htm Apontamentos das Aulas, J. A. R. Pacheco de Carvalho, UBI, 2010/2011 http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v25_40.pdf http://caemm.zxq.net/f329/F329%20-%20Relat%C3%B3rio%20Bobinas%20de%20Helmholtz%202.pdf http://caemm.zxq.net/f329/F329%20-%20Relat%C3%B3rio%20Bobinas%20de%20Helmholtz%202.pdf http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=3bsc&cod=_pardebobinasdehelmholtzs http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=3bsc&cod=_pardebobinasdehelmholtzs http://fisica.ufpr.br/viana/fisicab/aulas2/a_25.htm
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