Buscar

MONOGRAFIA - CATIA - PEDAGOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
1 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO SÃO JUDAS TADEU. 
COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO. 
CURSO DE PEDAGOGIA. 
 
 
 
 
CATIA MOREIRA GONÇALVES 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA CONCEPÇÃO E APRENDIZAGEM DO ENSINO DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL NA MODALIDADE DE EJA. 
 
 
 
 
 
 
 
FLORIANO – PI 
 2017. 
 
 
2 
 
2 
 
 
CATIA MOREIRA GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA CONCEPÇÃO E APRENDIZAGEM DO ENSINO DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL NA MODALIDADE DE EJA. 
 
 
TCC apresentado ao Instituto Superior de Educação 
São Judas Tadeu na Coordenação de Graduação 
apresentado como requisito avaliativo final para 
conclusão do Curso de Pedagogia. 
 
Orientadora: Prof. Maria de Fátima Martins de Oliveira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLORIANO – PI 
 2017. 
 
3 
 
3 
 
CATIA MOREIRA GONÇALVES 
 
 
CONCEPÇÕES E METODOLOGIAS DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM DA 
GEOGRAFIA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA MODALIDADE DE EJA. 
 
TCC apresentado ao Instituto Superior de Educação 
São Judas Tadeu na Coordenação de Graduação 
apresentado como requisito avaliativo final para 
conclusão do Curso de Pedagogia. 
 
Orientadora: Prof. Maria de Fátima Martins de Oliveira 
 
Aprovado pela Banca Examinadora em _______/___________/2017. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 ___________________________________________________________________ 
Orientador 
 
Nome do professor (a) examinador (a). 
 
___________________________________________________________________ 
Nome do professor (a) examinador (a). 
 
 
FLORIANO – PI 
 2017 
 
 
4 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho especialmente ao meu pai, Antônio Gonçalves, que 
mesmo com as delimitações de sua doença, mim deu o apoio necessário para que 
conseguisse concluir mais uma etapa de minha vida, e se fez presente até mesmo 
quando não mais habitava este plano, mim dando força e inspirando bons fluidos 
para jamais desistir, ao meu filho Antônio Neto por sempre ter mim recebido após 
um dia exaustivo com um sorriso contagiante, sendo meu forte nos momentos de 
muitas dificuldades e exaustão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
A Deus pela minha vida, pela oportunidade de estar aqui servindo aos outros e convivendo 
com pessoas diferentes e especiais. Obrigado por mais essa vitória alcançada em minha 
vida 
 
Ao meu irmão Jesus Cristo, amigo de luz, que me ampara em momentos alegres e tristes, 
que está comigo seguindo muitas vezes por caminhos tortuosos, que me levanta e me da 
coragem de seguir em frente, me mostrando que tudo tem um sentido. 
 
Aos meus pais, pelo amor e carinho com o qual sempre me apoiaram, por ser meu porto 
seguro, pelos ensinamentos de humildade e amor ao próximo. Minha mãe pela paciência e 
ao meu pai pelos valores que jamais esquecerei, pois eles ensinaram-me a ser uma pessoa 
melhor. 
 
Aos meus irmãos, Rita, Kenis e Kelis pelos conselhos valiosos, por desejarem sempre o 
melhor para mim. Obrigado pela força e por acreditarem em mim. 
 
Ao meu esposo Ari Júnior e meu Filho Antônio Neto, pelo zelo e cuidado com o qual 
tiveram em mim ajudar neste momento de muita renúncia, estudo e dedicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
6 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Educação Ambiental é o processo que busca desenvolver 
uma população que seja consciente e preocupada com meio 
ambiente e com os problemas que lhe são associados, e que 
tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e 
compromissos para trabalhar individual e coletivamente 
na busca de soluções para os problemas existentes e para a 
prevenção dos novos.” 
(Agenda 21) 
 
 
 
7 
 
7 
 
AVALIAÇÃO DA CONCEPÇÃO E APRENDIZAGEM DO ENSINO DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL NA MODALIDADE DE EJA. 
 
RESUMO 
 
O objetivo deste estudo foi o de avaliar a concepção no contexto Educação 
Ambiental, em turmas de Educação de Jovens e Adultos - EJA- Escola Estadual de 
Ensino Fundamental e Médio Maria Moreira Pinto, Município de Vieirópolis, no 
estado da Paraíba. Elaborado a partir da coleta de dados, realizado através de um 
questionário com 19 perguntas e 50 discentes, visando mapear seus conhecimentos 
relacionados ao meio ambiente na sua escola e no município que reside. A escola 
apresenta uma população estudantil de 417 alunos na rede estadual, estes 
educandos são de várias localidades, ou seja, espaço urbano ou zona rural. Na 
condução da aprendizagem o professor tem de ser um motivador, incentivador e 
acima de tudo um orientador, pois precisa garantir que seus alunos despertem o ato 
de aprender, e o meio ambiente é um assunto fácil de abordado, discutido , quando 
se utiliza recursos e procedimentos inovadores , dando liberdade aos alunos para 
formar suas próprias ideias e relaciona-las, não esquecendo que o objetivo da ação 
educativa é preparar os alunos para a vida plena e cidadã. Servir de orientação aos 
diretores das escolas, gestores que, façam valer o que orienta os PCNs, e dê 
condições práticas, como treinamento para a realização efetiva da 
multidisciplinaridade do tema educação ambiental, envolvendo um maior número de 
aluno, orientando a preservar o meio em que vivem, e assim tornarem –s e 
multiplicadores em suas casas, juntos aos familiares, vizinhos e outras pessoas mais 
próximas do seu convívio. Percebi que alguns alunos não obtinham conhecimento e 
adquiriram no decorrer do processo, adotando medidas preventivas e cuidando de 
fazer a sua parte na conservação do meio ambiente. 
 
Palavra – chave: Ensino. EJA. Meio Ambiente. Práticas Pedagógicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
8 
 
ABSTRACT 
The objective of this study was to evaluate the conception in the context of 
Environmental Education, in Youth and Adult Education classes - EJA - Maria 
Moreira Pinto State School of Elementary and Middle School, Vieirópolis 
Municipality, state of Paraíba. Elaborated from the data collection, conducted through 
a questionnaire with 19 questions and 50 students, aiming to map their knowledge 
related to the environment in their school and the municipality that resides. The 
school has a student population of 417 students in the state network, these students 
are from various locations, that is, urban space or rural area. In the course of 
learning, the teacher has to be a motivator, an incentive and, above all, a mentor, 
since he / she needs to ensure that his / her students awaken the act of learning, and 
the environment is an easy subject to discuss, Innovative procedures, giving students 
the freedom to form their own ideas and relate them, not forgetting that the purpose 
of the educational action is to prepare students for full and citizen life. To serve as a 
guide for school principals, managers who assert what guides NCPs, and give 
practical conditions, such as training for the effective realization of the 
multidisciplinary nature of environmental education, involving a greater number of 
students, guiding to preserve the environment in Who live, and thus become 
multipliers in their homes, together with relatives, neighbors and other people closer 
to their conviviality. I realized that some students did not get knowledge and acquired 
in the course of the process, taking preventive measures and taking care to do their 
part in conserving the environment. 
 
Key - words: Teaching. EJA. Environment. Pedagogical practices. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
9 
 
SUMÁRIO 
1- 
INTRODUÇÃO 
 
11 
2- 
DESENVOLVIMENTO 
13 
 
2.1- 
 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONCEPÇÕES DENTRE UM 
PANORAMA MUNDIAL E NACIONAL. 
13 
2.1.1- 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O COMEÇO 
13 
2.1.2- 
 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL 
16 
2.1.3- 
CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL. 
21 
2.2 - 
ANÁLISE PEDAGÓGICA APLICADA A EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
23 
2.2.1- 
ASPECTO PEDAGÓGICO DAEDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS 
DIAS ATUAIS. 
23 
2.2.2 
CRISES E REFORMAS NA EDUCAÇÃO VERSUS MUDANÇAS 
24 
2.3- 
CENÁRIO E PERSPECTIVAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E 
ADULTOS. 
25 
2.4- 
MÉTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 
27 
2.4.1- 
APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO 
27 
2.4.2 
ANÁLISES DOS DADOS 
28 
2.4.3 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 
28 
 
 
10 
 
10 
 
3 - 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
48 
4- 
REFERÊNCIAS 
 
 
49 
5- 
APÊNDICE 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A inadequação do processo de ensino-aprendizagem realizado nas escolas 
no tocante aos objetivos, conteúdos e métodos, tem provocado uma consolidação 
precária de conhecimentos geográficos. O diálogo com a realidade do “além muro 
da escola” não é suficientemente discutida e problematizada, pois, resiste ainda à 
idéia da disciplina de Geografia como simples memorização. Estas são algumas das 
lacunas que envolvem o ensino das ciências Geográficas nos dias que percorrem. 
As experiências vividas em sala de aula me induziram ao entendimento que 
o espaço escolar e os conteúdos trabalhados estão distante do mundo vivido pelos 
alunos, fechando-se as experiências vivenciadas nas cidades, que também são 
formativas. “A cidade é um mundo concreto e imediato, é a expressão de um modo 
de vida, formador de sentidos, de pertinência” CAVALCANTI (1997), “um lugar onde 
as pessoas se reúnem para conviver, para aprender, para participar da vida social e 
política”, GRANEL e VILA et. al (2003). 
A Escola, o espaço apropriado para a formação ou pelo menos, tem por 
desígnio a formação de cidadãos face aos métodos e o caráter investigativo, que ao 
analisar o espaço do aluno, contribui para o conhecimento empírico, teórico e crítico 
da realidade. 
Os conteúdos, os objetivos, o papel do professor e o método de ensino 
ajudaram a construir caminhos na busca de novas dimensões para o trabalho , pois, 
como se encontra hoje pode asseverar que o aluno é penalizado com o mundo 
teórico proporcionado, portanto, na tentativa de fazer o mundo teórico transcender 
os limites da abstração para se materializar no concreto da prática do cotidiano, 
buscando unir experiências/conhecimentos dos educando com os conteúdos 
estudados nas aulas. 
O eixo de análise permeia a cidade, escola, ensino de meio ambiente e 
cidadania. Nesse contexto, algumas características são visíveis para o 
estabelecimento dessa realidade: no âmbito educacional, o Brasil dispõe de um 
sistema ineficaz e conservador calcado na prática do livro didático; na ausência de 
recursos financeiros principalmente no tocante ao material didático e na qualificação 
adequada para os professores; ensino de disciplinas compartimentadas e sem 
 
12 
 
12 
 
articulação com a educação formal que introduz conceitos de cidadania, ética e 
moral, direitos humanos, educação ambiental e outros. 
Nessa perspectiva, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) elaborou 
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) cujo objetivo é auxiliar os professores 
de ensino médio e fundamental a trabalhar de forma integrada e interdisciplinar os 
conteúdos das disciplinas, com as realidades cotidianas do alunado. 
Haddad (1997) relata que há uma carência de espaço de reflexão sobre a 
EJA, tanto nos cursos de magistério, quanto nas faculdades de educação e na pós-
graduação. Embora já exista movimento dentro de alguns programas, a maioria das 
faculdades de educação não percebe a EJA dentro do seu próprio currículo. 
Portanto, se faz engajar a Universidade à experiência como campo de investigação 
e fazê-la parceira indispensável na tarefa educacional e de pesquisa na formação de 
profissionais nesta área. 
A educação ambiental articulada com as práticas sociais, no contexto atual de 
degradação crescente dos ecossistemas envolve uma necessária produção de 
conhecimentos por parte dos educadores, envolvendo um conjunto crescente destes 
atores sociais, potencializando o engajamento e a aplicação da interdisciplinaridade. 
Visando interpretar as inter-relações do meio social e do meio natural, no intuito de 
buscar alternativas sustentáveis para o desenvolvimento socioambiental (JACOBI, 
2003). 
De acordo com Leff (2001) não é possível resolver os problemas sociais e 
ambientais da humanidade ou mitigar os efeitos dessa degradação gerados pelo 
sistema de racionalidade vigente baseado no modelo econômico de 
desenvolvimento vigente. Tem-se intensificado nos últimos anos uma preocupação 
crescente da sociedade com os problemas ambientais.O presente trabalho 
caracteriza-se na avaliação do conhecimento dentro do contexto educação 
Ambiental entre alunos da modalidade Educação de Jovens e Adulto no Município 
de Vieirópolis no semi - árido Paraibano. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
13 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 A EDUCAÇÃO AMBINTAL: CONCEPÇÕES DENTRE UM PANORAMA 
MUNDIAL E NACIONAL. 
 
 
2..1.1 - Educação Ambiental: O começo 
 
As questões ambientais começaram surgir pelos idos da década de 60 e 70, 
com as manifestações contra a contaminação do ar em Londres e Nova York, com a 
intoxicação por mercúrio no episódio conhecido como o da Baía de Minamata no 
Japão em 1953, onde ocasionou a morte de pássaros e a redução de vida aquática 
por contaminação DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) e outros pesticidas, mais de 
300 pessoas morreram devido à ingestão de peixe contaminado com mercúrio. Este 
episódio teve ampla divulgação, apontando para a irracionalidade do modelo 
capitalista, fazendo com que vários países desenvolvidos temessem a 
contaminação, visto que, poria em risco o futuro das sociedades mundial. 
Inicialmente é interessante discutirmos e fazermos uma analogia breve 
sobre a ocupação do homem no espaço geográfico, ou seja, a partir de sua 
evolução ele criou novas necessidades, utilizando-se cada vez mais de recursos 
disponíveis na natureza, transformando a paisagem e conseqüentemente 
determinando problemas ambientais que até a atualidade são agravantes. 
Por volta de 10.000 anos atrás, correspondendo a 90% do tempo de 
evolução da humanidade, entre os períodos Paleolíticos – da pedra lascada – e 
Neolíticos – da pedra polida, o homem era nômade, ou seja. As atividades 
econômicas surgiram, inicialmente, com a coleta de frutos, raízes, ramos, madeiras 
e outras. Também, há cerca de 700.000 anos atrás, o homem já usava o fogo, 
provocando queimadas e destruição da vegetação primitiva. Os agrupamentos 
humanos organizavam-se em cavernas e posteriormente, em cabanas de palha e 
madeira, cercadas por paliçadas. (KADE, 1975). 
Logo após, “o homem passa a ter uma vivência seminômade, praticando 
atividades de domesticação de animais de pastoreio, para obtenção de carne, leite, 
 
14 
 
14 
 
peles e também para tração”. (KADE 1975). A forma de vida passa a ser sedentária, 
com a introdução da agricultura, em atividades de seleção de sementes de plantas 
nutritivas e toleráveis, a policultura de milho, mandioca, feijão e outros. 
Neste período seminômade os cultivos substituem as florestas e campos 
naturais, reduzindo a biodiversidade das espécies e já causando extensos 
processos erosivos, de poluição das águas por biocidas e fertilizantes, eliminação de 
espécies vegetais e animais nativos e proliferação de pragas devido à prática 
constante de monocultura. 
Já na alta Idade Média, desenvolvem-se vilas, cidades, em oposição ao feudo 
de base rural. O comércio de produtos primários e manufaturados básicos, como 
roupas e objetos de uso doméstico, desenvolvem-se com os burgueses, que 
prosperam. Os problemas sanitários urbanos são graves, pois os povoados 
apresentam alta densidade demográfica, com a característica de cidade fechada 
para defesa (formação de paliçadas, território): não apresentavam rede de água, 
apenas fontes nas praças; nem mesmo esgotos e os lixos eram deixados às portas 
das casas.“É um período que se caracteriza por grandes pestes, que dizimavam a 
população urbana, como o exemplo da peste bubônica transmitida por ratos, que 
devastou a Europa”. (FORRATINI, 1992.p.32). 
 Daí, podemos definir que ao longo da formação das civilizações com a 
natureza, que no decorrer deste processo ocorreu interferência no ecossistema, e 
hoje tem proporcionado uma forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Nos 
dias atuais é comum à contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a 
devastação das florestas, além de muitas outras formas de agressão ao meio 
ambiente. 
Nesse contexto a Educação Ambiental nasce do movimento ecológico, que 
surgiu tardiamente em todo o mundo a partir de 1962, após publicação do livro 
“Primavera Silenciosa”, da jornalista Rachel Carson. Nessa obra, a autora discute 
acerca de questões do meio ambiente no mundo, abordando problemas 
relacionados à qualidade de vida da população, prejudicada pela crescente perda de 
qualidade ambiental, fruto da exploração predatória dos recursos naturais, devido 
aos interesses do capital. 
Diante deste alerta vários movimentos ambientalistas surgem, com uma 
preocupação inicial de proteção dos recursos naturais, contra a exploração abusiva 
 
15 
 
15 
 
e destruidora, nos aspectos éticos ou estéticos. O desenvolvimento do 
conhecimento científico apontava, no entanto, para a emergente globalização dos 
problemas ambientais. As mobilizações ambientais passam a dar enfoque a violação 
dos princípios ecológicos, que colocam em jogo a possibilidade de sobrevivência à 
longo prazo de toda a humanidade. 
Envolvidos por este cenário, os cientistas dos países desenvolvidos se 
reúnem em Roma (1968) tendo como pauta a discussão do consumo e as reservas 
de recursos naturais não-renováveis, e o crescimento populacional ate meados do 
século XXI, conhecido como “Clube de Roma”, conclui sobre a necessidade urgente 
de buscar meios para a conservação dos recursos naturais, controlar o crescimento 
da população, investir numa mudança radical na mentalidade consumo e procriação. 
Neste período pela primeira vez a problemática ambiental foi colocada a nível 
mundial. 
Como conseqüência desta reunião, a ONU (Organização das Nações 
Unidas) organiza em Estocolmo (1972), a primeira conferencia mundial do meio 
ambiente que ressalta a necessidade de envolver o cidadão na solução dos 
problemas ambientais e estabelece uma serie de princípios norteadores para um 
programa internacional. A educação ambiental passa a ser vista como elemento 
auxiliar no combate da crise ambiental. A UNESCO juntamente com a ONU ficou 
responsável pela divulgação e realização desta nova perspectiva educativa, com a 
missão de realizar vários seminários regionais em todos os continentes, procurando 
estabelecer os fundamentos filosóficos e pedagógicos da educação ambiental, tendo 
como principal objetivo a proteção do meio ambiente. 
Em 1975 realiza-se em Belgrado a primeira reunião de especialistas em 
educação e áreas afins (Encontro Internacional de Educação Ambiental), no intuito 
de definir os objetivos, conteúdo e métodos, e orientação para um programa 
internacional de educação ambiental. E formulada a carta de Belgrado que alerta 
sobre as conseqüências do crescimento tecnológico e econômico sem limites. A 
educação ambiental é citada como um dos meios de se combater com maior 
eficiência e velocidade a crise ambiental do mundo. 
O primeiro Congresso Internacional de Educação Ambiental ocorreu em 
1977, em Tbilisi (Geórgia – antiga URSS), foram apresentados os primeiros 
trabalhos ainda proposto aos governantes definirem objetivos e estratégias a nível 
 
16 
 
16 
 
mundial e foi acrescentado aos princípios básicos da carta de Belgrado que a 
educação ambiental deve ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos 
problemas ambientais e desenvolver o censo critico e as habilidades necessárias 
para a resolução dos problemas, utilizar diferentes ambientes e métodos educativos 
para a aquisição de conhecimentos sem esquecer a necessidade de realização de 
atividades praticas e valorização das experiências pessoais. 
O segundo Congresso Internacional sobre a Educação e Formação 
Relativas ao Meio Ambiente ocorreu no ano de 1987, em Moscou, onde é colocada 
a necessidade de formação de recursos humanos nas áreas formais e não formais 
da educação ambiental na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos 
os níveis de ensino. 
Nos anos de 1984 e 1988 realizam-se o Primeiro Encontro Paulista de 
Educação Ambiental conhecido também como O Primeiro Encontro Nacional de 
Educação Ambiental, onde se reúne pela primeira vez àqueles que praticavam e 
pesquisavam sobre a educação ambiental. 
A primeira Conferencia realizada no Brasil foi em 1992 foi Estado do Rio de 
Janeiro, abordando a temática dos problemas ambientais global e o 
desenvolvimento sustentável, nesta conferência foi idealizada a Carta Brasileira de 
Educação Ambiental elaborada pela coordenação de educação ambiental do MEC, 
onde é avaliado o processo de educação ambiental no Brasil e se estabelecem as 
recomendações para capacitação de recursos humanos. É também neste momento 
aprovado o programa nacional de educação ambiental (PRONEA) que prevê a 
idealização de ações no âmbito da educação formal e não-formal e varias 
organizações estaduais de meio ambiente e ONG’s para implantar programas de 
educação ambiental onde cada município com suas respectivas secretarias de meio 
ambiente devem desenvolver atividade em prol da conservação ambiental. 
 
 
2.1.2 Educação Ambiental no Brasil. 
 
 
No Brasil, a Educação Ambiental foi confundida muitas vezes como Ecologia 
e outras ciências, portanto iniciando de forma incorreta, produzia-se trabalhos, livros, 
 
17 
 
17 
 
temas e conceitos a partir de uma visão unilateral ou da Ecologia, que definia a 
Educação Ambiental como sendo apenas a preservação da fauna e da flora, 
colocando o homem e a sua condição de vida distante desta problemática, eram 
escassos logo no início discussões (cursos, simpósio e treinamentos) sobre a 
Educação Ambiental. 
Somente na Constituição Brasileira de 1988 no Art. 225, 
 
“ Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as, 
presentes e futuras gerações”. 
 
Surgem inovações que apesar de muitos esforços continua no papel, pois 
dizer que cabe ao Poder Público promover a educação ambiental em todos os níveis 
de ensino e afirmar que a conscientização pública para a preservação do meio 
ambiente segunda a nossa constituição é fácil, o difícil é a vontade política ao longo 
dos anos, em fazer valer o que foi discutido por tantos políticos. Até o momento 
pouco se tem feito pela definição de uma política em prol da Educação Ambiental e 
o professor continua na escola muitas vezes sem qualquer orientação para trabalhar 
a referida temática. 
Podemos perceber que o processo de adoção, assimilação e 
conscientização ambiental é lento, mesmo reconhecendo os esforços das 
autoridades, e entendendo que eles devem se engajar ainda mais, como toda a 
sociedade mundial, para que a vontade política desperte em nossos representantes 
a necessidade de um plano ativo para propiciar condições e qualidade de vida no 
nosso planeta Terra. 
A Lei Federal nº 9.795 afirma que a presença do ensino formal da Educação 
Ambiental no Brasil, deveria abranger amplamente os currículos das instituições 
educacionais de ensino públicos e privados englobando: educação infantil, ensino 
fundamental, ensino médio, educação superior, educação especial, educação 
profissional e educação de jovens e adultos. Tudo isso com uma ressalva bastante 
importante que, não deverá ser implantada como disciplina nos currículos e sim, 
como temastransversais. 
O que costumamos perceber é que raramente os projetos de Educação 
Ambiental, estão inseridos no projeto educativo da escola, caracterizam-se por 
 
18 
 
18 
 
serem projetos extracurriculares, nos quais a transversalidade nas disciplinas, 
quando acontece, é centralizada em um tema especifico com atuação exata, onde 
muitas vezes essas iniciativas tornam-se transitórios e esporádicos. O MEC- 
Ministério da Educação antes mesmo da lei PNEA, definiu meio ambiente como 
tema transversal nos PCN. Sabemos que nem o reconhecimento da necessidade 
nem o da obrigatoriedade da lei é suficiente para garantir na escola uma Educação 
Ambiental de qualidade. 
Na escola a prática da Educação Ambiental busca assegurar um ensino-
aprendizagem que torna os estudantes aptos a compreenderem o conceito do meio 
ambiente e seus processos e a dinâmica articulada com um projeto educativo da 
escola. Atualmente a escola buscar formar cidadãos conforme a referencias dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) publicados pelo MEC e da Lei de 
Diretrizes e Bases (LDB) da educação nacional. Buscam formar indivíduos que 
tenha uma visão critica da atual realidade e que compreendam e acima de tudo se 
preocupem com o destino coletivo e saibam se posicionar diante dos desafios do 
mundo. 
No Brasil a escola é o meio mais viável para contribuir com a formação do 
homem consciente, para isso, é necessário que, mais do que informações e 
conceitos a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, 
como o ensino e aprendizagem de habilidades e procedimentos, comportamentos 
ambientalmente corretos, serão aprendidos na pratica do dia-dia na escola com 
gestos de solidariedade, plantar uma arvore, hábitos de higiene pessoal e dos 
diversos ambientes. Desenvolvendo uma atitude educativa voltada para a formação 
ambiental, a escola está capacitando o aluno para viver melhor no meio em que 
habita. 
Os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais, sugere que a Educação 
Ambiental deve expedir os educando a reflexão sobre os problemas que 
comprometem a vida, na sua comunidade, no seu país e a do planeta, essa 
cogitação deve proporcionar oportunidades para que o aluno possa rever valores e 
mudar de comportamento concernente a sua realidade local e global. Mesmo diante 
de tais orientações, fundamentadas no catastrofismo, holismo ou arcaísmos, não 
tem causado resultados eficientes, em adjacência de educação e atitude. 
 
19 
 
19 
 
Embora a Educação Ambiental seja proposta como um tema transversal, é 
bem comum percebermos no cotidiano escolar transvertida como unidade da 
disciplina de ciências/biologia, em virtude da sua ligação com ecologia, que propõe 
conhecimento cientifico, no entanto, não discute valore e seus impactos sobre 
modos e comportamentos, sendo assim uma abordagem forçada ou superficial, 
privilegiando eventos pontuais como comemoração do dia da árvore, semana do 
meio ambiente, ao invés de um trabalho planejado, de modo que o tema meio 
ambiente permeie todo o currículo escolar. 
Pádua (1988.p.41), comenta que “a história do Brasil, com seus grandes 
ciclos cana -de- açúcar, ouro diamante, café...”, oferece oportunidades 
incomensuráveis de explorar os aspectos éticos das relações entre natureza e 
sociedade, entretanto, está é uma abordagem quase sempre desconhecida, não só 
pelos professores de história, mas pelos profissionais da educação, incluindo 
coordenadores pedagógicos, autores de livros didáticos, dentre outros profissionais. 
Essa sugestão torna-se desafiadora à medida que se questiona a formação 
dos educadores, principalmente perpetro uma proeminência aos professores de 
educação de Jovens e Adultos, que muitas vezes não são capacitados para 
trabalhar nesta modalidade e muito menos está temática: “... ao se introduzir a 
educação ambiental no ensino formal passa pelos caminhos da transversalização de 
temas no ambiente escolar, tradicionalmente organizado pelo quadro disciplinar.” 
(OLIVA, 1987). 
 As iniciativas sobre o que será aplicado e discutido estão sob o cargo das 
áreas e disciplinas e que a escola deve criar condições para que a comunidade se 
insira numa outra e mais elevada realidade, confrontando idéias e valores, 
ocasionando assim a autonomia do educando. Na formação e organização dos 
conhecimentos adquiridos, do inter-relacionamento entre práticas culturais e 
ambientais, produzindo narrativas biorregionais, que certamente tornar-se-ão 
instrumentos fundamentais no desenvolvimento de relações sócio-ambientais mais 
pacíficas. 
A relação entre educação, escola e meio ambiente tem repetido as relações 
historicamente manifestadas entre sociedade, ciência e o ambiente global, 
antigamente ciência era predominantemente fundamentado pela ética 
 
20 
 
20 
 
antropocêntrica, utilizando e conceituando o ambiente unicamente como fonte de 
recurso natural, disponível para o homem. 
No Brasil, inúmeras vezes o professor procedia, de forma obrigatória, que os 
alunos decorassem os nomes dos rios afluentes da Amazonas, destacando os 
recursos naturais como minérios, madeira e demais produtos da região que seriam 
utilizados pelo homem, na outra face do mesmo racionalismo cartesiano, muitos 
professores de ciências naturais persistiam em agregar o conceito de natureza aos 
ecossistemas naturais intocados, atribuindo uma obliqüidade naturalista ao currículo 
escolar, isso impede a advertência e análise dos fatores de transformação ou de 
degradação gerados pelo avanço das civilizações. 
Nesse contexto podemos perceber que as visitas escolares são sempre 
direcionadas a ambientes como florestas, matas, enquanto os lugares que foram 
transformados, muito próximo da realidade do aluno são ignorados, por exemplo, o 
professor ao trabalhar geografia física, aborda o clima, relevo, vegetação e 
hidrografia como partes do mundo natural, chegando até identificar ecossistemas ou 
biomas, porém desvinculado da das relações sociais. 
Atrelada aos atuais episódios mundiais sobre ecologia, advindas a partir da 
década de 70, veio à reestruturação do conceito de ambiente, confirmando as 
relações recíprocas entre natureza e sociedade. Tais avanços têm gerado 
alterações e mudanças nos livros didáticos, de modo que, a palavra ecologia e meio 
ambiente começaram a surgir com mais freqüências nos livros textos, não obstante 
repetidamente adjuntos explicita ou implicitamente aos padrões culturais reforçando 
a ética antropocêntrica. 
A universidade tem sido o local, a instituição, o abrigo, o celeiro, onde o 
saber é semeado, plantado, cuidado e expandido. É por meio dela que o saber pode 
transcender as paredes invisíveis construídas para segurar o povo de sua alforria da 
alienação para a construção de seu saber, do saber fazer e do saber ser. Mas para 
tanto, é preciso haver uma articulação em torno das questões que envolvem a 
universidade e a sociedade na qual está inserida, sugerindo, que posições de 
neutralidade não a impeçam de cumprir a sua missão: a de construir e disseminar 
conhecimentos e de educar para a vida, unindo a sabedoria da reflexão e audácia 
da ação sobre a reflexão. (SILVIA ESTER ORRÚ 2002). 
 
21 
 
21 
 
Contudo, sabemos que no Brasil as universidades estão cada vez mais se 
distanciando da sua real missão, de instruir e capacitar o professor, que passa a ser 
um indispensável articulador e mediador na construção do conhecimento. O Curso 
superior em ciências exatas, por exemplo, não prepara o professor para a tarefa de 
ensinar, planejar, organizar, avaliar e ministrar uma aula contextualizada, até mesmo 
os livros didáticos muitas não ajuda. 
Assim, a formação do professor é a condição essencial para inserir as 
questões práticas da educação ambiental no ensino formal. É necessario trabalhar 
com corpo docente com a organização de cursos interdisciplinar de educação 
ambiental. A formalização deve ser uma preocupaçãodos secretários de Educação 
e do meio Ambiente de cada município, com o aval da Secretária do Estado. 
Percebe-se, portanto que a educação ambiental no Brasil, desde o 
surgimento vêem sendo considerada como um tema transversal, trabalhado de 
maneiras variadas no entanto longe de atingir a sua principal função de contribuir 
para a formação de seres consciente, aptos para decidirem e atuarem na realidade 
sócio-ambiental, comprometido com a vida, com o bem estar de cada um e da 
sociedade local e global. Para isso é necessário mais que informações e conceitos, 
a universidades, a escola deve se engajar numa corrente que proponha trabalhar 
com o ensino e aprendizagem de habilidades e procedimentos na formação de 
valores. Esse é um grande desafio da educação ambiental no Brasil. 
 
 
2.1.3 Conceitos e Princípios Básicos da Educação Ambiental. 
 
 
Uma das maiores dificuldades tem sido chegar a um consenso quanto ao 
conceito exato referente à educação ambiental. Na Conferência de Tbilisi, à 
definição proposta foi: a educação ambiental como “uma dimensão que deveria ser 
dada ao conteúdo e prática educacional, buscando a resolução dos problemas do 
meio ambiente, via enfoque interdisciplinares, e de uma ativa e responsável 
participação de cada individuo e da coletividade como um todo”. Abordam a 
educação ambiental como uma solução para as diversas preocupações referentes 
 
 
22 
 
22 
 
aos danos ambientais existentes e visa contar com atitudes compartilhas entre todos 
os seres humanos. 
Segundo REIGOTA (1998) a educação ambiental, 
 
 “deve ser entendida como educação política, no sentido de que ela 
reivindica e prepara os cidadãos para exigir justiça social, cidadania social, 
nacional e planetária, alto gestão e ética nas relações sociais e com a 
natureza.” 
 
 Neste contexto, portanto, o autor afirma que a educação ambiental deve 
incentivar o individuo a participar ativamente das resoluções dos problemas 
existentes no meio ao qual está inserido. 
Diante de todas as reflexões sobre educação ambiental muitos professores 
ainda estão bitolados a educação ambiental como um conjunto de atividades 
relacionadas exclusivamente a ecologia, e não como “uma filosofia de condução da 
pratica da educação, que contribua para o alcance da cidadania 
plena”(RUTKOWSKI, 1985). 
Conforme KOFF (2010) “ensinar educação ambiental é principalmente 
ensinar o respeito à vida e ao que com ela está relacionado”. 
 Estabelece a interdependência entre o ambiente natural e o sócio – cultural, 
levando em conta aspectos fundamentais para uma ação holística, ético, ecológico, 
político, econômico, estético, social, moral e tecnológico, não está restrita apenas a 
prática pedagógica voltada apenas à transmissão de conhecimentos sobre ecologia, 
mas trata de uma educação que visa não só a utilização racional dos recursos 
naturais, mas a participação dos indivíduos nas discussões e decisões sobre a 
questão ambiental. 
Os princípios básicos declarados na Conferência de Tbilisi (UNESCO & 
UNEP, 1980) que norteiam a educação ambiental são vários e de grande 
importância para a proteção ambiental, o primeiro que iremos fazer referencia é o 
ambiente precisa ser conhecido como um todo desde os aspectos sociais, 
biológicos políticos, econômicos cientifico, onde o aluno deve conhecer o ambiente e 
atuar sobre ele . 
O segundo princípio afirma que a educação ambiental deve acontecer dentro 
e fora da escola e que o educando além de conhecer, necessita estender suas 
ações ao entorno em todos os níveis de ensino, de forma disciplinar abrangendo 
 
 
23 
 
23 
 
todas as áreas de conhecimento, pessoas ou grupos sociais na prevenção e busca 
de soluções para os problemas ambientais que o globo terrestre apresenta. 
E por ultimo surge o terceiro que argumenta a necessidade de criar modelos 
de conhecimentos e responsabilidades ética nos indivíduos, grupo e socicomo um 
todo, em direção ao meio ambiente, pensa-se desse modo que a escola, no que diz 
respeito à questão ambiental, deva trilhar caminhos em que a criticidade seja o fio 
condutor para a ação educativa. Portanto, os/as educadores/as precisam 
fundamentar suas práticas e vivências no reconhecimento da realidade social, 
econômica, política e cultural de seus/as educando/a. 
Sabe-se que a questão ambiental requer mudanças de valores, atitudes e 
principalmente diálogo. Sem dúvida, tais elementos serão alcançados mediante 
princípios educativos que evidenciem inquietações, inovações e enfrentamento por 
parte de todos os atores sociais envolvidos no processo educativo. 
 
 
2.2 - ANÁLISE PEDAGÓGICA APLICADA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
2.2.1- Aspecto Pedagógico da Educação Ambiental nos dias atuais. 
 
O aspecto pedagógico nesta modalidade de EJA se apresenta como uma 
alternativa valiosa para resolver os problemas de educação, e proporcionar ao 
educando uma aprendizagem significativa, que permita que eles venham a melhor 
compreender o mundo, e para isso nada melhor do quem um sistema educativo 
orientado para ambientes educativos flexíveis e funcionais , onde os jovens e os 
adultos possam entrar em contato com conceitos e idéias relevantes para seu 
presente e seu futuro. 
“As instituições atuais estão impregnadas de concepções anacrônicas e 
fragmentadas tanto em relação ao mundo quanto em relação ao lugar do homem 
neste mundo.” (MUÑOZ,1995) . A educação deverá liberta-se da fragmentação 
imposta pelo paradigma positivista e sua racionalidade instrumental e econômica, 
bem como de seus estreitos pontos de vista, atualizar-se em relação ao 
conhecimento produzidos pelos mais importantes cientistas, artistas humanistas de 
 
 
24 
 
24 
 
nossa época e unir forças com outras instituições sociais visando à construção de 
um mundo mais humano e sustentável. 
Os problemas da educação não são os mesmos para todas as pessoas, ou 
seja, não afetam da mesma forma os diferentes membros da sociedade e nem de 
todos que costumam reclamar. As forças sociais e econômicas influentes que 
opõem as mudanças na educação são muito poderosas e, o que é ainda mais grave 
está incorporado em nós mesmo, “desde o momento em que somos formados numa 
escola preparada para reproduzir e aceitar passivamente a ordem social 
estabelecida.” (FREIRE, 1970). 
 
2.2.2 Crises e Reformas na Educação versus Mudanças. 
 
A maioria dos países de nosso continente tem iniciado processos de reforma, 
de maior ou menor extensão, em seus sistemas educacionais. Comenta-se com 
freqüência de crises no sistema educacional desde década de 70, no entanto, 
verifica-se um desajuste entre as expectativas sociais depositadas na educação e as 
respostas que elas têm sido dadas pelos distintos sistemas educacionais. 
A sociedade juntamente com seus responsáveis políticos, seus agentes 
educacionais e os próprios usuários do sistema educacional, não acredita que as 
reformas introduzidas ao longo da segunda metade do século XX, em função da 
crise estabelecida, tenham conseguido alcançar os objetivos desejados de melhoria 
qualitativa e quantitativa da educação. 
A situação atual é caracterizada como elemento de exclusão das camadas 
mais necessitadas da educação publica que exige a implantação de dimensões 
educativas novas, melhores e mais democráticas. E tem como um desafio 
disseminar um desenvolvimento sustentável, que deve ser construído, mas que é 
continuamente afetado por novas variáveis emergentes, constituindo um horizonte 
dificilmente atingível, ideologicamente complexo e de elucidação desafiadora. 
“O debate sobre a escola e sobre as modalidades de formação fora dela 
gera preocupações em relação a sua capacidade de incorporar a 
aceleração das transformações científico - tecnológicas e as exigências de 
um mercado internacional cada vez mais globalizado” (MEDINA 1994). 
 
 
25 
 
25 
 
 
A vertiginosa rapidez das transformações sociais da época contemporânea,mudanças econômicas, tecnológicas, produtivas, situa-se num horizonte inevitável e, 
sem dúvida, necessitado de freqüentes adaptações e atualizações educacionais. 
Num mundo de transformações, com outras necessidades, a educação e a formação 
adquirem uma dimensão mais complexa do que aquela que tem tido 
tradicionalmente, transcendendo, inclusive o período vital a que ate agora 
circunscrevia, estendendo-se a setores aos quais não chegava anteriormente, 
convertendo-se, enfim, em educação permanente e continuada. 
Essas considerações são elementos necessários para estabelecer e entender 
a introdução da Educação Ambiental na educação, num contexto geral de 
transformações e de expectativas futuras. A incorporação da Educação ambiental 
na escola só será possível se o sistema for capaz de adaptarem-se as suas 
necessidades, e ela, por vez, conseguir obrigá-lo a uma profunda mudança que 
restabeleça os fins, os conteúdos e as metodologias de ensino. 
A educação Ambiental permitirá pelos seus pressupostos básicos, uma nova 
interação criadora que redefina o tipo de pessoas que queremos formar e os 
cenários futuros que desejamos construir para a humanidade, em função do 
desenvolvimento de uma nova racionalidade ambiental. Torna-se necessária a 
formação de indivíduos que possam responder aos desafios colocados pelo estilo de 
desenvolvimento dominante, a partir da construção de um novo estilo harmônico 
entre a sociedade e a natureza e que ao mesmo tempo sejam capazes de superar a 
racionalidade meramente instrumental e economista, que deu origem as crises 
ambientais e sociais que hoje nos preocupam. 
 
 
2.3 CENÁRIO E PERSPECTIVAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E 
ADULTOS 
 
 
É a partir de 2004 na afirmação de Paiva (2006) que o governo brasileiro 
investe no alargamento político de EJA, entendendo que um programa de 
alfabetização é muito limitado para garantir o direito constitucional. Complementa a 
 
26 
 
26 
 
pesquisadora que: [...] a continuidade de estudos é meta inalienável da EJA, 
também se pôs, como desafio, a garantia do ensino médio por via da mesma 
modalidade. 
Nessa mesma direção Moura (2006) citando Ireland et al (2004) aponta para 
uma política pública para a EJA de forma humanizadora da educação, não se 
restringido a “tempos próprios” e faixas etárias, mas que se faz ao longo da vida, de 
acordo com a Declaração de Hamburgo de 1997. Essa ampliação conceitual implica 
reconhecer que esse é um campo complexo, que envolve diversas dimensões que 
não podem ser limitada apenas ao ensino, mas à educação. 
A EJA tem uma amplitude de sujeitos, pois envolvem aqueles que ficam a 
margem do sistema, com atributos sempre acentuados em conseqüência de fatores 
adicionais como raça/etnia, cor, gêneros entre outros. Negros, quilombolas, 
mulheres, indígenas, camponeses, ribeirinhos, pescadores, jovens, idosos, 
subempregados, desempregados, trabalhadores informais. 
É nesse cenário de lutas e embates pedagógicos que a Educação de Jovens 
e Adultos, aponta para outra institucionalidade. 
“A perspectiva de uma educação ao longo e ao longo da vida, que significa 
continuidade de estudos até o nível superior a um público portador de 
escolaridade interrompida, fator limitador de chances de melhor inserção na 
vida social e no mundo do trabalho|” (MACHADO, 2006). 
 
 MOURA (2006), cabendo inicialmente à Rede Federal de Educação 
Profissional e Tecnológica, ser o local privilegiado para o oferecimento da 
modalidade EJA integrada à educação profissional. Isso ocorre face algumas 
instituições da Rede em referência já terem experiências nesse âmbito com jovens e 
adultos, ampliando-se posteriormente também para os estados e municípios. 
. Para MACHADO (2006), a EJA ganha significação nesse contexto atual de 
mudanças paradigmáticas e de busca da universalização da educação básica. E de 
É crescente a necessidade de demanda social por políticas públicas, nessa 
modalidade de ensino e em outras áreas. As políticas públicas que almejamos 
devem resultar em um corpo teórico bem estabelecido. E que respeitem as 
dimensões sociais, econômicas, culturais, cognitivas e afetivas desse jovem e 
adulto, em situação de aprendizagem escolar. 
 
27 
 
27 
 
ampliação de oportunidades de qualificação profissional e de perspectivas de 
continuidade de estudos em nível superior a um público portador de escolaridade 
interrompida, fator limitador das chances de melhor inserção social e no mundo do 
trabalho. 
2.4 – MÉTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA 
 
O presente estudo teve inicio com uma pesquisa bibliográfica que para 
completar os assuntos pertinentes às características e processos presentes na área 
relacionada com o estudo, foram elaborados com base nas informações organizadas 
para a distinção ambiental, completadas por informações históricas de diversos 
acontecimentos globais quanto aos danos ao meio ambiente, às informações sobre 
as características do meio físico e social foram selecionadas em seguida 
organizadas para compor o embasamento teórico. 
Inicialmente foram pesquisadas e coletadas referências de literatura sobre a 
ocupação no meio ambiente, degradação ambiental, leis ambientais e educação 
ambiental, que fundamentaram teoricamente a pesquisa. 
A escola apresenta uma população estudantil de 417 alunos na rede 
estadual, onde estes educando são de várias localidades, ou seja, tanto do meio 
urbano como rural. 
A proposta de intervenção ambiental foi pactuada com os alunos das turmas 
do ciclo II e Ciclo III, na modalidade de EJA da Escola Estadual de Ensino 
Fundamental e Médio Maria Moreira Pinto, num total de 50 alunos sendo definido 
como universo de pesquisa os 100% do percentual dos educandos. 
Após terem sido definidas a base da amostragem desta pesquisa foi 
elaborada o questionário de entrevista, com variáveis estruturais e funcionais 
organizadas de modo ordenado, com perguntas fechadas, o que possibilitou, por 
meio do cruzamento de dados, a análise de diversos aspectos, da Educação 
Ambiental formal recebida pelos alunos. 
 
2.4.1 - APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO 
 
28 
 
28 
 
O questionário (em apêndice) foi aplicado diretamente pelo pesquisador ao 
pesquisando, observando sempre que possível, a ausência de conhecimento e a 
fragilidade dos educando quanto à interpretação dos quesitos indagados no 
questionário. 
Todos os alunos que participaram foram de forma voluntária, saíram do 
ambiente de sala de aula e, em outra sala, elaboraram as respostas individualmente, 
foi permitida a eles, a oportunidade de perguntar sobre as questões que não lhe 
pareceram claras, havendo tempo suficiente para responder aos questionários. 
 
2.4.2 - ANÁLISE DOS DADOS 
 
Os dados foram organizados e sistematizados por meio de tabulação, sendo 
os resultados apresentados de forma sintetizada, por meio de figuras. 
Para a análise e interpretação das informações obtidos nas diversas 
questões, foi feito uma intercepção para se obter um diagnostico mais seguro. 
Antes de se realizar a pesquisa descritiva foi feita uma pesquisa sobre a 
política da Educação Ambiental nos níveis de ensino, enfatizando o seu 
desenvolvimento na escola inserida nesta pesquisa e a atual política educacional 
com relação ao meio ambiente. 
 
2.5- RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Através dos dados obtidos por meio de um questionário com perguntas 
combinando alternativas dicotômicas, com respostas múltiplas, alternativas 
hierarquizadas objetivando conhecer melhor a opinião dos alunos pesquisados 
sobre assuntos pertinentes ao meio ambiente, avaliando o processo de ensino e 
aprendizagem e os problemas ambientais presenciados pelos alunos. 
 
29 
 
29 
 
 
Figura 1- Participantes com base no sexo. 
 
 Como forma de avaliar o conhecimento cotidiano sobre a temática ambiental 
com 50 alunos, da EJA na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Maria 
Moreira Pinto, demonstra na figura 1 que,os maiores frequentadores dessa 
modalidade de ensino é composto por pessoa do sexo feminino, evidenciando mais 
uma vez que as mulheres vem cada vez buscando o seu espaço, também na 
educação. Dados contrário foram encontrados com estudantes da Educação de 
Jovens e Adultos da Cidade de Cachoeira dos Índios – PB, onde 53% dos alunos 
são do sexo masculino que frequentam essa modalidade de ensino (BARROS & 
SILVA, 2009). 
Muitos relatos foram contados em uma roda de conversa realizada com os 
alunos, no intuito de conhecer um pouco da história de cada um indíviduo , a maioria 
detalhou o porque de não terem tido a oportunidade e/ou condições de concluirem 
os estudos, em especial as mulheres que em suma maioria casaram-se cedo e 
tiveram que abandonar a escola para cuidarem da casa e dos filhos, os homens 
argumentaram a necessidade de trabalhar e manter a família. 
Se cada período da vida é suscetível de se identificar com uma serie de 
papéis, atividades e relações não cabem dúvida de que a entrada no mundo do 
trabalho e a formação de uma unidade familiar própria são identificadas como 
papéis, atividades e relações da maior importância a partir do final da adolescência. 
A forma como esses dois fenômenos ocorrem e as expectativas sociais em torno 
Série1; Masculino; 
21 
Série1; Feminino; 
29 
N
ú
m
er
o
s 
d
e 
p
ar
ti
ci
p
an
te
 
 
30 
 
30 
 
deles são claramente dependentes em relação a fatores históricos, culturais e 
sociais. (PALACIOS,1995). 
 
 
 
 
Figura 2- Participantes por faixa etária. 
 
Na figura 2 , apresenta a faixa etária dos alunos entre 21 a 44 anos variou, 
predominando na faixa eatria de 39 a 44 anos, seguindo de 21 a 26 anos, e por fim 
de 33 a 38 anos, evidenciando uma mudança na consciência em busca do 
conhecimento independentemente da idade. Barros et. al (2009) constou-se em 
pesquisa que os educando apresentam uma média de idade de 21 anos e que 
53,3% dos alunos são do sexo masculino. Enquanto que Freitas et al., (2009) 
verificaram em um estudo com a modalidade de jovens e adultos que a idade entre 
os alunos eram proporcional 50% para casa sexo. 
Segundo dados distribuídos pelo MEC no final do ano de 2012, a taxa de 
analfabetismo diminuiu de 16,0% (1994) para 13,3% (1999). Graças ao esforço 
realizado no ensino fundamental a taxa de analfabetismo diminuiu de 7,5% para 
4,0% no grupo de 15 a 19 anos e de 8,0% para 5,9% no grupo de 20 a 24 anos, no 
mesmo período. Analisando a série histórica da taxa de analfabetismo, percebe-se 
que o Brasil não consegue reduzi-la no mesmo ritmo da década passada, já em 
Série1; 15 a 20 
anos; 7 
Série1; 21 a 26 
anos; 11 
Série1; 27 a 32 
anos; 5 
Série1; 33 a 38 
anos; 10 
Série1; 39 a 44 
anos; 13 
Série1; 45 a 50 
anos; 4 
N
ú
m
er
o
 d
e 
p
ar
ti
ci
p
an
te
s 
 
 
 
31 
 
31 
 
1992 a 1999, a redução foi de 3,9 pontos percentuais, enquanto que no período de 
2001 a 2008, o recuo foi de 2,5 pontos percentuais, de 12,3% para 9,8%. 
Os jovens e adultos não nos remete apenas uma questão de especificidade 
etária, mas primordialmente, a uma questão cultural. Visto que estes dados 
apresentados apenas vêem confirmar a real disparidade social quanto ao direito que 
foi negada a estas pessoas excluídas, decorrente de um conjunto de problemas de 
ordem sociais tais como: falta de moradia, alimentação, transporte, escola, emprego, 
saúde, dentre outros. Á medida que ocorre um desando no percentual educacional, 
surge a existência de políticas públicas e sociais na redução destes fatores que 
contribuem para a existência de analfabeto funcional. 
Com relação a origem dos alunos (figura 3) podemos observar que 54% 
vieram da Zona Rural e o restante 46% da Zona Urbana. Provavelmente este fato 
ainda é comum em cidade do interior que apresenta sua população bem maior na 
Zona Rural, visto que a fonte de renda da população é baseada predominantemente 
da agricultura. 
 
 Figura 3 - Percentual de participantes da pesquisa da Zona Rural. 
 
A desigualdade entre os níveis de escolaridade dos indivíduos que vivem no 
campo e dos que vivem nas cidades está claramente demonstradas nas pesquisas 
populacionais e educacionais. Dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios) de 2006 mostram que 1.641.940 jovens do campo (26.16%), não 
concluíram o primeiro segmento do ensino fundamental e 3.878.757 (61,80%) não 
Série1; Zona 
Rural; 27; 54% 
Série1; Zona 
Urbana; 23; 46% 
Zona Rural Zona Urbana
A 
 
32 
 
32 
 
concluiram a segunda etapa do ensino fundamental. Enquanto que para os jovens 
das cidades, uma média de 18% e 30%, respectivamente, não concluiram os dois 
segmentos ensino fundamental. 
Essa realidade aponta para a necessidade de adoção de políticas públicas 
que revertam a situação da educação oferecida aos individuos em idade escolar, a 
fim de se impedir que esse quadro se perpetue , e que ao mesmo tempo, resgatem 
a divida histórica da sociedade brasileira para com os jovens e adultos que vivem no 
campo e não tiveram a oportunidade de frequentar a escola. 
È preciso , ainda, superar a dicotomia histórica entre a Educação Regular 
como predominante ao jovem do espaço urbarno e a Educação Popular (EJA- 
Educação de Jovens e Adultos dominante do público do meio rural, na figura 4 
mostra que 54% são alunos da Zona Rural , assim como também estão cursando o 
ciclo II e apenas 46% da Zona Urbana frequentam o ciclo III. A maioria dos alunos 
da sede da cidade que cursavam a EJA, evadiram-se, não estão cursando mais 
nenhuma modalidade de ensino, já que neste período motivados pela necessidade 
vão para outras regiões vender crediário (aparelhos de suporte para 
eletrodosmésticos). 
 
 Figura 4 - Percentual de participantes da pesquisa com base no nível escolar. 
 
Na figura 5, Inquiridos sobre as disciplinas que abordam temas relacionados 
ao meio ambiente, 70% responderam que estudam temas interligados a 
conservação do meio ambiente na disciplina de geografia, 8% em ciências e história 
e 6 % em matemática e português, percebemos portanto, , a distância que existe 
Série1; 6º e 7º 
ano; 23; 46% 
Série1; 8º e 9º 
ano; 27; 54% 
Ciclo III 
46% 
Ciclo II 
54% 
 
 
33 
 
33 
 
quanto a uma prática pedagogica transversal, interdiciplinar e multidiciplinar, numa 
visão sitêmica e integrada, inserida nas diversas áreas do conhecimento e com 
adoção dos princípios da educação integral, pois é necessário o engajamento de 
todas as disciplinas neste processo de construção do pensamento ecologico , visto 
que, a lei citada anteriormente assegura no se artigo 4°, inciso III: “ o pluralismo de 
idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter,multi e 
transdisciplinaridade.” 
 
 Figura 5 – Disciplinas relacionadas com meio ambiente. 
Os professores convivem com uma situação muito delicada, ter que trabalhar 
com alunos jovens e adultos, com diferentes necessidades de aprendizagem e 
expectativas, bem como níveis socioculturais dos mais diversos e não excluir 
nenhum deles, tentando desenvolver um trabalho que atenda às suas 
particularidades, tendo que lidar com um conflito gerado pelo curriculo prescrito e 
pelo que é posto em prática em sala de aula 
A proposta curricular deve ultrapassar as relações do tempo e do espaço, 
possibiltando uma comunicação em rede , um diálogo que se abre na perspectiva 
de romper com fronteiras do conhecimento. Desafia as amarras acadêmicas e 
propõe uma nova abertura capaz de trazer uma dimensão mais ampla. Todo ato de 
liberdade implica num ato de invenção, de política e de arte, com incidência do 
conhecimento humano. (FREIRE, 1970). 
6% 6% 
70% 
8% 8% 
2% 
 Disciplinas 
 
V
al
o
re
s 
em
 p
er
ce
n
tu
ai
s 
 
34 
 
34 
 
Na pratica a Educação Ambiental só ocorre de forma coletiva, sendo preciso 
investir tempo, trocar experiênciase propor diálogos com todos da comunidade 
escolar para consolidá-la e gerar espaços educadores sustentáveis e ambientais. 
 
 
 
Figura 6 - Concepções dos alunos a cerca do conceito do meio ambiente 
Os alunos questionados sobre o conceito e a definição do meio ambiente 
(figura 6), evidencia que 26 compreendem o meio ambiente como um conjunto dos 
recursos naturais, 18 afirmaram que o meio ambiente é todos os lugares que os 
seres vivos habitam e apenas 6 alegaram que o meio ambiente corresponde ao 
meio físico, biológico, sócio – cultural e sua relação com os modelos de 
desenvolvimento adotados pelo homem. 
Podemos perceber a deficiência dos educados sobre a real definição do meio 
ambiente. Segundo a Lei Federal de nº 6.938/81, que dispõe sobre a política 
nacional do Meio Ambiente, apresenta no artigo 3º. Inciso I, a definição precisa do 
“meio ambiente, conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem 
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas 
formas”. 
Não se trata de somente ensinar sobre a natureza, mas de educar “para” e 
“com a natureza”, para entender e agir corretamente ante os grandes problemas das 
Conjunto dos recursos naturais
O lugar onde todos os seres vivos
habitam
Corresponde ao meio fisíco,
biológico, sócio - cultural e sua
relação com os modelos de
desenvolvimento adotado pelo
homem.
26 
18 
6 
 
35 
 
35 
 
relações do homem com o ambiente; deve acontecer uma contenda sobre o papel 
do ser humano na biosfera para a compreensão das complexas relações entre a 
sociedade e a natureza e dos processos históricos que condicionam os modelos de 
desenvolvimento adotados pelos diferentes grupos sociais. 
 
 
 Figura 7 – Percepção dos alunos sobre a função da Educação Ambiental 
Na figura 7, indagados a respeito da função da Educação Ambiental (E.A), 15 
dos alunos acreditam que a missão da (E.A) é orientar sobre a conservação do meio 
ambiente, 25 alunos diz que a (E.A) deve ensinar a não jogar lixo no chão e adotar 
atitudes práticas de reciclagem, somente 10 referiram a (E.A) com a habilidade para 
a formação de cidadãos consciente, aptos para decidirem e atuarem na realidade 
sócio - ambiental, de modo, comprometido com a vida e o meio social, portanto, fica 
claro, a falta de informação acerca da incumbência da Educação Ambiental. 
A Educação Ambiental é um processo que afeta a totalidade da pessoa, na 
etapa da educação formal, e que deveria continuar na educação permanente. Possui 
uma forte inclinação para a formação de atitudes e competências, definidas desde o 
seminário de Belgrado, em 1975, como conhecimento, atitudes, aptidões, 
capacidade de avaliação e de ação critica no mundo. 
A Educação Ambiental deve ser trabalhada de forma prazerosa, ainda que 
difícil de ser desenvolvida, pois requerem atitudes concretas, como as mudanças de 
comportamento pessoal e comunitário, tendo em vista que para atingir o bem 
Orientar sobre a conservação
ambiental
Ensinar a não jogar lixo no
chão e adotar atitudes
práticas de reciclagem
Capacitar para a formação de
cidadãos conscientes e
comprometidos com a vida e
o meio sócial
15 
25 
10 
 
36 
 
36 
 
comum devem-se somar atitudes individuais. As dificuldades são grandes quando se 
quer verdadeiramente trabalhar a (E.A), mas precisam ser superadas, pois segundo 
Dias, 2003, “sabemos que a maioria dos nossos problemas ambientais tem raízes 
em fatores sócio - econômicos, políticos e culturais, e que não podem ser previstos 
ou resolvidos por meios puramente tecnológicos.” Daí a grande importância da 
inserção da Educação Ambiental nas escolas, a fim de conscientizar os educado e 
auxiliá-los a se tornarem cidadãos ecologicamente corretos. 
 
Figura 8- Compreensão dos alunos sobre os Impactos Ambientais 
Averiguados sobre o que eles compreendem a respeito de Impactos 
Ambientais (I.A.) (figura 8), os educandos mostraram pouco conhecimento, 28% 
retratou os (I.A.) como sendo tudo o que interfere no meio ambiente, 50% afirmou 
que os (I.A.) é a poluição dos rios, lagos e mares, enquanto apenas 18% descreveu 
que os Impactos Ambientais é qualquer mudança no meio ambiente, que seja 
desfavorável ao equilibrio ecológico resultantes da atividades relizadas pelo homem 
ao meio natural. 
Diante do exposto, é evidente a ncessidade da transformação social e politica 
e que essa, se converta em mudança, principalmente de pensamentos. E para esta 
transformação, a educação é o primeiro passo na busca de conciencia mais 
holística. A falta de educação, e em especial a ambiental, surge como um defeito 
grande entre aqueles que tem o papel de intervir nos ambientes naturais, em maior e 
menor intensidade. A insuficiência de conhecimento ou de interesse é evidente não 
só nos centros urbanos, mas também no meio rural, o desmatamento, as 
Tudo o que interfere no
meio ambiente
Poluição dos
rios,lagos,mares.
Qualquer mudança no
meio ambiente, que seja
desfavorável ao equilíbrio
ecológico.
28 
50 
18 
 
37 
 
37 
 
queimadas, o lixo doméstico e os dejetos de animais são jogados nos rios ou ficam 
ao ar livre, demonstram algumas atitudes errôneas que precisam ser repensadas. 
Para orientar as ações humanas no seu meio natural e social, a educação 
ambiental, é uma alternativa, pois, simboliza a busca de um novo pensamento na 
área rural e na cidade, na tentativa de fazer com que, os agentes envolvidos 
percebam a visão da totalidade e não no mero papel individual dentro de sua cadeia 
social. Todos fazem parte desse grande sistema e compete aos seus integrantes a 
busca por uma convivência mais equilibrada. 
Devassados sobre a importância da reciclagem, 6% dos alunos 
compreendem que reciclagem não contribui com a redução dos probelmas 
ambientais, 86% confirmam que tem importância sim, e nos proporciona um planeta 
saudavel e 8% diz que a acuidade da reciclagem é derramar mercúrio na água 
(figura 9). É muito real a importância da reciclagem nos dias atuais, e estes 
resultados confirmam que ainda existe pessoas leigas a respeito da importância da 
reciclagem. 
 
 Figura 9 – Importância da reciclagem no contexto atual . 
Sobre o que significa os três Rs, na figura 10 demonstra que 50% dos 
discentes expressa que os três Rs é reduzir, reutilizar e reaproveitar, 20% exprime 
que constitui reduzir, revisar e reciclar e 30% conhece realmente a definição dos três 
Rs que é reduzir, reutilizar e reciclar. 
6% 
86% 
8% 
V
al
o
re
s 
 e
m
 p
er
ce
n
tu
ai
s 
 
 
38 
 
38 
 
Num espaço educador não bastará a simples colocação no pátio de lixeiras 
com as cores universais da reciclagem. Também não são suficientes as práticas 
pedagógicas relacionadas a pesquisas, que priveligiam mais os processos 
cognitivos, sem entrar no campo afetivo, que leva o comprometimento real das 
pessoas em direção à sensibilização, compreenção , responsabilidade e 
competências para exercer a sua cidadania. 
 
Figura 10 – A importância do método dos três Rs. 
Se os discentes compreender que um copo descartável vem de uma matéria 
– prima que precisou de milênios para se formar, e se consumiu energia para ser 
fábricado, bastando poucos tempos de usos para ser logo descartado, logo sendo 
transpotado (com custos pagos pela sociedade), e depejado num lugar, onde 
permancerá por milhares de anos, enquanto se decompõe, e que essa 
decomposição acarreta um grande prejuízo aos seres vivos, inclusive a nossa 
sáude, cria-se assim um comprometimento, que proporciona uma nova forma de 
agir. 
O mundo mudou e o lixo gerado por ele também. A sociedade atual assumiu 
características diferenciadas das sociedades antepassadas. A compreensão do 
espaço e do tempo e demais outros fenômenos promovidos pelo processo de 
globalização vêm provocando a expansão de um consumo desenfreado e, 
conseqüentemente, de uma produção cada vez maior e mais rápida e aquiloque é 
Série1; Reduzir, 
Reutilizar e 
Reaproveitar; ; 25; 
50% 
Série1; Reduzir, 
Reutilizar e 
Reciclar; 15; 30% 
Série1; Reduzir, 
Revisar e Reciclar; 
10; 20% 
Reduzir, Reutilizar e
Reaproveitar;
Reduzir, Reutilizar e
Reciclar
Reduzir, Revisar e
Reciclar
 
39 
 
39 
 
adquirido logo são descartado, isso significa que o aglomerado de lixo está cada vez 
mais aumentando diante da sociedade moderna caracterizada como consumista. 
A população mundial cresceu. Hoje somos mais de seis bilhões de pessoas 
habitando a Terra. Tal fato tem relação direta com uma série de conseqüências e 
fatores, entre eles a quantidade de lixo gerada pela população mundial e a qualidade 
de vida dessa mesma população. A quantidade de lixo produzido atualmente por 
toda humanidade é de aproximadamente 3,5 milhões de toneladas ao ano (apenas 
de lixo domiciliar). No Brasil, a média total da produção de lixo é de 240 mil 
toneladas diárias. Acredita-se que cada brasileiro produza, em média, de 0,5 a 1 
quilo de lixo por dia, variando tal número de acordo com o poder aquisitivo de uma 
dada localidade. (MUNIZ, 1999). 
Com o objetivo de analisar como está sendo trabalhado em sala de aula 
assuntos pertinentes a educação ambiente, perguntou-se aos educando (figura 11), 
sobre as causas da contaminação dos lenções freáticos, 44% dos alunos citaram 
ser a poluição do ar, 32% mencionaram a poluição sonora e 24% referiram como 
razão a poluição do solo. Conseqüentemente percebemos que os alunos também 
demonstram pouco conhecimento sobre as causas da contaminção do lenções 
freáticos. A geração descontrolada e a disposição inadequada de resíduos sólidos 
têm gerado sérios problemas de degradação do meio ambiente. Os prejuízos mais 
graves ocorrem em função da contaminação do solo e dos lençóis freáticos pelos 
líquidos percolados (chorume). 
 
Figura 11 –Índice de contaminação do lençol freático. 
Série1; Poluição 
no ar; 12; 24% 
Série1; Poluição 
Sonora; 16; 32% 
Série1; Poluição 
do solo; 22; 44% 
 
40 
 
40 
 
A poluição dos lençóis freáticos é grave, aumenta dia-dia e começa a 
preocupar, pois a despoluição de um lençol freático leva mais de 300 anos. Além 
das atividades do homem, poluindo o meio ambiente, principalmente as terras e as 
águas, afetando as águas subterrâneas, com a presença de teores de elementos 
químicos, nocivos, oriundos de rochas armazenadas ou dos aqüíferos. O professor 
Aldo da Cunha Rebouças, do Centro de Pesquisas em Águas Subterrâneas, 
CEPAS, da USP, descobriu que e elevado flúor contido nas águas do Nordeste do 
Paraná e na região paulista de Águas da Prata, produz uma doença chamada 
fluorose, que provoca a destruição dos dentes em crianças e adultos, ao invés de 
protegê-los. 
Esse assunto deveria ser mais debatido, visto que a água para consumo é 
proveniente de águas subterrâneas, conhecida como o “olho d’ água”, nas 
proximidades da Serra das Araras, também conhecida como Serra Branca, não 
ocorre nenhuma campanha de conscientização e preservação para a manutenção 
desta fonte de primordial importância para todos os habitantes desta localidade. 
 Abordados sobre a probabilidade de aumento da desertificação, na figura 12, 
56% dos discentes afirmaram que ocorre em virtude do mau trato do solo e aumento 
do chorume em hospitais, e 22% tanto asseveraram que seria devido ao aumento 
populacional e mortalidade infantil, motivo este que não contribui, como também o 
mesmo percentual de alunos asseguraram que ocorre devido ao desmatamento e 
imprudência no trato do solo. Por conseguinte, entendemos que os alunos não estão 
sendo orientados sobre as causas e consequências da desertificação 
 
22% 
56% 
22% V
al
o
re
s 
em
 p
er
ce
n
tu
ai
s 
 
41 
 
41 
 
Figura 12 – Processo de desertificação 
 A desertificação é um fenômeno em que um determinado solo é transformado 
em deserto, através da ação humana ou processo natural. No processo de 
desertificação a vegetação se reduz ou acaba totalmente, o solo perde suas 
propriedades, tornando-se infértil (perda da capacidade produtiva). 
Nas últimas décadas vem ocorrendo um significativo aumento do processo de 
desertificação no mundo. No Brasil, a desertificação vem aumentando, atingindo 
várias regiões. Nordeste (região do sertão), Pampas Gaúchos, Cerrado do Tocantins 
e o norte do Mato-Grosso e Minas Gerais estas são áreas do território brasileiro 
afetadas atualmente pela desertificação. A desertificação gera vários problemas e 
prejuízos para o ser humano. Com a formação de áreas áridas, a temperatura 
aumenta e o nível de umidade do ar diminui, dificultando a vida do ser humano 
nestas regiões. Com o solo infértil, o desenvolvimento da agricultura também é 
prejudicado, diminuindo a produção de alimentos e aumentando a fome e a pobreza. 
O meio ambiente também é prejudicado com este processo. A formação de desertos 
elimina a vida de milhares de espécies de animais e vegetais, pois modifica 
radicalmente o ecossistema da região afetada. 
E este problema não está muito distante, nas zonas rurais, da referida cidade 
devido às queimadas está ocorrendo um processo de erosão intenso, podendo 
futuramente torna-se desertos, devido ao mau uso do solo para o cultivo agrícola e a 
ausência de informação e conscientização dos agricultores. 
Averiguados a respeito de desenvolvimento sustentável, figura 13, observa-se 
que 28 dos alunos expõem o desenvolvimento sustentável como à capacidade de 
expandir-se no meio esquecendo o futuro, 10 deles demonstram como incapacidade 
de interagir com o meio e sustentar o futuro e 12 são conhecedores do que significa 
realmente o desenvolvimento sustentável, que é habilidade de interagir com o meio 
no presente contribuindo com o futuro. 
 
42 
 
42 
 
 
Figura 13- Entendimento dos alunos sobre desenvolvimento sustentável 
Estamos frente a uma crise generalizada e global não somente econômica 
ecológica ou social, é uma crise do próprio sentindo da vida e de nossa 
sobrevivência como espécie, é um conflito na nossa forma de pensar e agirmos no 
mundo. Sobreviveremos a ela à medida que, possamos construir uma nova 
racionalidade ambiental que possibilite responder aos desafios presentes. 
Segundo Bezerra e Bursztyn (2000), em um trabalho preparatório para a 
Agenda 21 brasileira, o desenvolvimento sustentável é um processo de 
aprendizagem social de longo prazo, balizado por políticas publicas orientadas por 
um plano nacional de desenvolvimento inter-regionalizado e intra - regionalmente 
endógeno. As políticas de desenvolvimento são processos de políticas publicas de 
Estados nacionais. Os estilos de desenvolvimento estão sustentados por políticas de 
estado, que por sua vez, respaldam padrões de articulação muito determinados dos 
diversos segmentos sociais e econômicos com os recursos disponíveis na natureza. 
A preocupação com o desenvolvimento sustentável representa a possibilidade 
de garantir mudanças sociopolíticas que não comprometam os sistemas ecológicos 
e sociais que sustentam as comunidades, nos dias atuais, está apreensão exige 
uma reflexão cada vez menos linear, e isto se produz na inter-relação dos saberes e 
das práticas coletivas que designam identidades e valores comuns, ações solidárias, 
diante da reapropriação da natureza, numa perspectiva que privilegia o diálogo entre 
saberes, que acontece com maior facilidade no espaço educacional. 
Habilidade de 
interagir com o 
meio no presente 
contribuindo com 
o futuro; 1; 12 
capacidade de 
expandir-se no 
meio esquecendo 
o futuro ; 1; 28 
Incapacidade de 
interagir com o 
meio e sustentar o 
futuro; 1; 10 
Habilidade de interagir com o meio no presente contribuindo com o futuro
capacidade de expandir-se no meio esquecendo o futuro
Incapacidade de interagir com o meio e sustentar o futuro
 
43 
 
43 
 
 
Figura 14– Ausência de projeto e atividades sobre educação ambiental na escola (A) e dadosreferêntes a 
campanha de sensibilização e exposição da temática educação ambiental envolvendo a comunidade (B). 
Ao ser investigado (figura 14 A) sobre a participação da escola em projetos e 
atividades ambientais, 43 dos alunos responderam que não havia projetos voltados 
para a Educação Ambiental e quando indagado sobre o desenvolvimento de 
campanhas de sensibilização (figura 14 B) envolvendo a comunidade sobre os 
diversos problemas ambientais, 40 alunos confirmaram a falta de campanha desda 
natureza. Vivemos em uma época que sabemos ser preciso mudar muita coisa na 
educação, a escola deve ser estimuladora da inteligência , o processo de 
investigação científica necessita ser ensinado nas salas de aula.Portanto, é neste 
espaço que os indivíduos precisam relacionar a educação com a vida, seu meio, sua 
comunidade , visto que muitas mudanças no campo econômico e ambiental 
precisam ser feitas. 
Segundo Mayer (1998), nos anos 50-60 o meio ambiente era utilizado com 
expediente pedagógico que possibilitava o envolvimento ativo dos alunos. Já nos 
anos 70, com o reconhecimento da importância da ecologia, a educação ambiental 
passou a ser ensinada junto com as outras ciências naturais. Mais tarde, no final dos 
anos 70, com o descobrimento dos riscos ambientais, com os desastres ecológicos, 
noções sobre a importância dos recursos naturais e os prejuízos causados pela 
poluição foram introduzidas nos livros didáticos. 
 A Educação ambiental deve ser capaz de motivar propostas adequadas, 
baseadas em valores e condutas sociais ambientalmente favoráveis para um mundo 
Série1; 
Sim ; 10 
Série1; 
Não; 40 (A
) 
(B) 
 
44 
 
44 
 
em rápida evolução. E para que isso suceda com êxito, devemos ter em mente que 
os projetos educacionais podem mostrar uma nova saída, em busca de valores que 
melhor se adapte na luta pela sobrevivência da espécie humana e melhorem a 
gestão dos recursos naturais. 
Quando os alunos foram ponderados sobre exposições relacionadas com a 
temática ambiental ou se existe algum espaço dedicado a esta temática 12% 
disseram que havia e 88% expuseram que não (figura 15). Educação Ambiental 
compreende atividades educativas, que têm como objetivo proporcionar informações 
e formações sobre o meio ambiente. 
 
Figura 15 - Exposição referente a temática ambiental. 
Para Mayer (1998), a premissa desse primeiro processo educativo é que os 
problemas ambientais são causados por uma falta de “conhecimentos” e que a 
solução reside, portanto, na “informação”. Se conhecêssemos os problemas não nos 
comportaríamos de forma inadequada. 
A Educação Ambiental deve tomar o meio físico como recurso didático, como 
elemento para investigar, descobrir o mundo através da observação, tendo como 
finalidade ajudar os indivíduos a tomar consciência do entorno global e entender que 
todos os aspectos – sociais culturais e ambientais- estão interligados, e é na escola 
que temos oportunidade de capacitar os educando para serem agentes 
multiplicadores diante da problemática local-global, como participes dos processos 
de idealizações e tomadas de decisões na execução de projetos direcionados para a 
coletividade homem – natureza - sociedade. 
12% 
88% 
V
al
o
re
s 
 e
m
 p
er
ce
n
tu
ai
s 
 
45 
 
45 
 
 Com o intuito de identificar a compreensão dos alunos a cerca dos problemas 
ambientais locais (figura 16), foi perguntado aos educando se existem problemas 
ambientais, 70% dos discentes responderam que sim e 30% responderam que não. 
Perguntamos logo em seguida quais os principais problemas observados por eles no 
município de Vieirópolis – PB, 100% responderam que o principal problema que 
interfere na vida cotidiana das pessoas deste município é a presença dos lixões em 
terrenos baldio, citaram ainda outros problemas (tabela no apêndice), tais como 
poluição de rios, queimadas, desmatamentos, ausência de saneamento básico. 
 
 
Figura 16 – Demonstra problema Ambiental detectado no Municipio de Vieirópolis pelos 
participantes da pesquisa. 
 
 
 Os problemas ambientais ganharam mais notoriedade e passaram a ser 
interpretados de forma global e não apenas isolados. Segundo Lewontin, (1983) os 
organismos e o meio ambiente não estão determinados em separados. O meio 
ambiente não é uma estrutura imposta sobre os seres viventes desde o exterior, 
mas é criação destes seres. O meio ambiente não é um processo autônomo, mas 
um reflexo da biologia da espécie. Assim como não existem organismos sem meio 
ambiente, não há meio ambiente sem organismos. 
 Nestas formulações, o meio ambiente não é mais uma instância que 
estabelece as condições limite das soluções evolutivas possíveis para uma espécie, 
mas uma construção resultante de complexos processos evolutivos, como a 
70% 
30% 
V
al
o
re
s 
 e
m
 p
er
ce
n
tu
ai
s 
 
46 
 
46 
 
necessidade de se compreender e reconhecer as inter-relações dinâmicas pelas 
quais se define, evolui e se transformam os sistemas ambientais; e distinguir o papel 
da educação neste procedimento de mudanças de hábitos e conscientização. 
Segundo Brunner (1990), “os seres humanos nascem predispostos a aprender...”. 
No que diz respeito ao ato educativo essa predisposição passa por um processo 
educacional que visa à formação de cidadãos conscientes do seu exercício pleno de 
cidadania, para garantir a sua integração e participação na construção de uma 
sociedade justa. 
 Sobre a problemática local deve-se promover uma educação voltada para o 
conhecimento da base socioambiental, onde a escola precisa necessariamente 
passar por uma mudança de perspectiva, em que os conteúdos das disciplinas 
tradicionais deixem de serem encarados como o único fim da educação, eles 
deverão converter-se num meio para a construção da cidadania e de uma sociedade 
mais justa. 
Esses conteúdos tradicionais só farão sentido se estiverem integrados em um 
projeto educacional que almeje o estabelecimento de relações interpessoais, sociais 
e éticas, de respeito às outras pessoas, à diversidade cultural e étnica e ao ambiente 
natural e social, inserindo-se ao mesmo tempo num projeto a médio e longo prazo, 
de desenvolvimento sustentável, que vise à melhoria do ambiente natural e social. 
Ao questionarmos aos alunos se existe algum orgão no município que se 
preocupa e busca soluções para os problemas ambientais existente no município de 
Veirópolis, 82% expuseram que não e 18% disseram que sim (figura 17).Percebe-
se com os resultados obtidos a ausência de métodos eficazes para a conservação 
ambiental e a falta de conscientização da comunidade, quanto à importância de 
fazerem parte desse processo, a falta de políticas públicas diligentes na fiscalização 
e proteção ambiental, inclusive para o apoio de organizações não governamentais 
(ONGs) que trabalham com as causas ambientais e acima de tudo a deficiência de 
práticas de educação continuada. 
 
47 
 
47 
 
 
Figura 17 – Refere-se a existência de orgãos públicos preocupados em solucionar os 
problemas ambienteais no município. 
A constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, estabelece em 
seu artigo 225: Todos têm direito ao meio ambiente equilibrado, bem de uso comum 
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras 
gerações”. (BRASIL, 2004). Complementa ainda este documento como função do 
poder público: “promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente. 
Para que possamos viver em um ambiente equilibrado devem-se acontecer 
políticas públicas comprometidas com a questão ambiental na sua dimensão social, 
política, econômica, cultural e ecológica. O sistema educacional deve acontecer 
como processo de sensibilização transformação, fortalecimento dos organismos de

Outros materiais