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GE - Gestão de Carreira_01

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GUIA DE ESTUDO
UNIDADE I
Gestão de Carreira
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GUIA DE ESTUDO - UNIDADE 1
DISCIPLINA: GESTÃO DE CARREIRA
PARA INíCIO DE CONvERSA
Olá estudante!
Desejo a você boas-vindas a disciplina Gestão de Carreira! Será um prazer cola-
borar para seu aprendizado, aproveite o conteúdo e as interações propostas nessa 
disciplina. Independente da área de atuação, todos os profissionais precisam estar 
atentos à evolução de suas carreiras. Conto com sua determinação em relação ao 
estudo do nosso guia.
Preparado (a)? Acredito que sim!
ORIENTAçõES DA DISCIPLINA
Elaborei este guia de estudo utilizando uma linguagem prática e objetiva para 
facilitar seu aprendizado. Antes de iniciar a leitura do nosso guia, peço que faça 
a leitura de seu livro-texto, pois, ele irá nortear seus estudos. Caso queira buscar 
novos conhecimentos, acesse nossa Biblioteca virtual e faça pesquisas. Assista 
também, as vídeoaulas. Em alguns momentos vou indicar links para leitura com-
plementar. Ao final da nossa disciplina é primordial que você acesse o ambiente e 
responda as atividades e os fóruns avaliativos. Você tem à sua disposição o tutor 
para esclarecer quaisquer dúvidas.
Vamos começar!
PALAvRAS DO PROfESSOR
Acredito que você tenha observado como a globalização tem impactado a vida das 
pessoas, tanto no aspecto social, como no campo profissional. Com a abertura 
econômica ficou mais fácil adquirir produtos de outros países, o que forçou as 
organizações a fazerem uma adaptação nos preços em função da concorrência.
Também aconteceu, em alguns casos, uma mudança na própria produção de bens 
e serviços. A modernização tecnológica trouxe para o cotidiano, não só novos pro-
dutos, mas também, novos estilos de comunicação e até um novo estilo de vida.
 Alinhadas às inovações, foram criadas, por exemplo, os tablets, toda a família “i” 
(iPhone, iPod, iPad...), assim como, outros smartphones ou celulares com GPS, TV, 
rádio, gravador, câmera fotográfica de alta resolução, WhatsApp, etc. 
É comum ouvirmos falar das mudanças sociais, econômicas e mercadológicas, mas 
você tem observado que algumas mudanças vêm acontecendo no cenário que in-
tegra educação e mercado de trabalho? Vou citar um exemplo para sua melhor 
compreensão.
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ExEmPLO
A valorização de cursos técnicos, inclusive através de um grande investimento do governo em esco-
las e cursos técnicos. Outro exemplo que podemos mencionar é o da educação a distância, haja vista 
que estamos inseridos neste modelo, que proporciona facilidades como a flexibilidade de horário e 
não demandar o deslocamento diário, no entanto, por outro lado, requer um maior comprometimento 
do estudante.
Culturalmente, no Brasil, o aluno que conclui o ensino médio se vê diante da escolha de uma pro-
fissão, através da escolha de um curso de graduação, que a princípio, o encaminhará para a vida 
profissional.
Além de sofrer a forte pressão do vestibular, o jovem, na maioria das vezes, na faixa etária dos 16 
aos 18 anos, ainda não passou por vivências suficientes para consolidar essa decisão numa base 
sólida.
 Algumas vezes essas escolhas são influenciadas pela profissão do pai ou da mãe; quando isso acon-
tece e não existe a real identificação do jovem com a profissão é muito comum ocorrer frustração, 
pois, neste caso, a realização não é dos seus próprios sonhos. Essa situação também é comum no 
processo de sucessão familiar, quando os sucessores se frustram por atender a meta dos pais e não 
as suas próprias. 
Ainda existem alguns jovens que pautam suas decisões no “achismo”, por exemplo, eu acho que 
gosto disso e/ou eu acho que essa profissão é legal. Isso pode acontecer mesmo quando esses jo-
vens participam de algum tipo de orientação profissional, seja participando de feiras das profissões, 
ofertadas pelas escolas; ou qualquer outro tipo de orientação, baseada em um teste vocacional. 
Essas ações são importantes e valorosas, mais nem sempre são suficientes para consolidar essa 
escolha.
Nesta perspectiva, é importante deixar claro que decisões desse porte, que impactam fortemente 
na realização pessoal e profissional de um ser humano, precisam ser estruturadas de forma cons-
ciente e com maturidade. Em função disso, é comum encontrarmos jovens profissionais nos cursos 
de graduação e de pós-graduação pensando em redirecionar suas carreiras e não sabendo nem por 
onde começar.
Quando o aluno não se sentir feliz com uma escolha profissional, existe sempre a possibilidade de 
redirecionar o caminho escolhido; e é isso o que se deve fazer, pois sempre é tempo de recomeçar. 
Por outro lado, se deve levar em consideração que, independentemente da profissão escolhida, a 
mudança, quase sempre, demanda muito esforço e reestruturar um caminho pode levar mais tempo 
e investimento, inclusive no networking, do que construir um caminho.
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Devemos compreender que essas escolhas e a construção da carreira, atualmente, são impactadas 
pelo cenário da sociedade do conhecimento em que vivemos, onde tudo é mais dinâmico e complexo. 
Por exemplo, hoje produzimos mais dados e informações do que somos capazes de sintetizar, e isso 
impacta diretamente no cenário corporativo, que passa a demandar um profissional com um perfil 
adequado para lidar com as mudanças decorrentes desse novo contexto. Observe que, se por um 
lado, há mais possibilidades de escolhas profissional, por outro lado, o mercado exige que o profis-
sional tenha ou desenvolva mais competências.
O grande desafio do cenário organizacional, nos dias de hoje, é aumentar o desempenho do traba-
lhador da era do conhecimento, porém, este profissional deve possuir competências diferenciadas e 
saber fazer adequadamente a gestão da sua carreira para obter um currículo atrativo para o merca-
do, aumentando assim, a sua empregabilidade.
vISÃO PANORÂmICA DA DISCIPLINA GESTÃO DE CARREIRAS
 
PALAvRAS DO PROfESSOR
Prezado (a) aluno (a), tendo em vista que pontuamos a importância da escolha de uma carreira, é 
necessário começar a refletir sobre a inserção no mercado de trabalho, através de um emprego e, 
consequentemente, a viabilização de uma carreira profissional, seja ligada a uma empresa, seja 
fruto de um projeto empreendedor, independente e autônomo. Todos esses passos, advindos das 
escolhas, precisam estar alinhados aos objetivos pessoais e profissionais para poder proporcionar a 
realização desejada. Esses são pontos que aprofundaremos mais tarde nesta disciplina.
Ainda na disciplina Gestão de Carreiras, vamos conhecer alguns conceitos relacionados ao universo 
do mercado de trabalho, que serão básicos para a boa prática profissional diante do mundo corpo-
rativo, tais como: trabalho, emprego, empregabilidade e trabalhabilidade. Nesta disciplina, teremos 
a oportunidade de refletir sobre a diferença de ter um emprego e ter empregabilidade, a partir da 
compreensão de como funcionam os processos de entrada no mercado e também os processos de 
manutenção da empregabilidade para construção de uma carreira.
você observou que comecei o nosso estudo contextualizando o cenário organizacional?
Em seguida, vamos aprender como aconteceu a evolução dos conceitos e das teorias sobre carreira. 
Caminharemos juntos pelos elementos que norteiam a adequada construção de um bom currículo; 
até porque, o currículo é o seu cartão de visitas.
Em breve, mergulharemos nas abordagens específicas da gestão de carreira e da questão da empre-
gabilidade, desde que você seja o gestor de sua carreira e, não deve delegar essa responsabilidade 
à organização.
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Faremos reflexões sobre o quanto é importante ter uma postura adequada diante do processo de 
recrutamento e seleção, assim como, veremos a necessidade de o candidato estar preparado não 
só para o processo de Recrutamento e Seleção, mas, para seguir em frente no mundo do trabalho.
Observaremos qual é o papel da organização e qual é o do funcionário no planejamento de carreira. 
Entenderemos a diferença entre valorização profissional e remuneração. Investigaremos um modelo 
de planejamentode carreira. E ao final daremos uma breve olhada nos novos paradigmas na gestão 
de pessoas que impactam na gestão de carreira.
vEjA O víDEO
Neste momento peço que pare a leitura do nosso guia e assista ao vídeo: Como começar uma carrei-
ra com duração de aproximadamente 13 minutos.
Link: Clique aqui.
Neste vídeo, o consultor e professor de comunicação e marketing Mário Persona (1995), que também 
é escritor. Caso você queria adquirir novos conhecimentos, vale a pena conferir algumas obras deste 
autor: Receitas de Grandes Negócios, Gestão de mudanças em Tempos de Oportunidades e Dia de 
Mudança. Lembre-se, conhecimento nunca é demais! 
Alguns pontos que você deve ter especial atenção no vídeo, são:
1. Apenas a formação acadêmica não qualifica a pessoa para o mercado;
2. Necessidade de ter um caráter idôneo;
3. Ser humilde e não soberbo;
4. Sempre que possível fazer estágio enquanto ainda estiver estudando;
5. Ser prudente e não se deve deixar o sucesso prematuro subir à cabeça;
6. Ter clareza que sucesso é um conceito subjetivo, mas pode ser conceituado como o 
atingimento de metas;
7. A importância da disciplina e dos limites durante a adolescência para a construção 
do caráter;
8. A necessidade de quebrar paradigmas, isso é as certezas da vida;
9. Ter foco, mas não perder de vista o cenário;
10. A carreira é composta de fases;
11. O jovem hoje tem mais oportunidades, mas precisa aprender a ser flexível e a ter 
resiliência;
12. Nunca trate mal aos outros quando você estiver subindo, você pode precisar dessas 
pessoas quando estiver descendo.
Espero que você tenha achado o vídeo interessante e tenha aprendido com as dicas do escritor 
Mario Persona. O próximo item vai estar ligado diretamente ao livro-texto. Você deve ler os itens 
2.1 e 2.2 (capítulo 2 do livro-texto), antes de ir adiante.
https://www.youtube.com/watch?v=tKQ_l1b23N8
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EmPREGO, EmPREGABILIDADE E CARREIRA. 
No início do capítulo 2 do seu livro-texto, você deve ter lido o item 2.1 que aborda o fim dos em-
pregos formais. Vou resgatar alguns pontos para deixar ainda mais clara sua compreensão. No 
item 2.1 o autor ressalta a automação, a informatização e abertura dos mercados internacionais 
que favorecem a diminuição do emprego formal e aumento do desemprego estrutural.
Vamos rever esses dois conceitos que estão no seu material: 
Empregos formais – são aqueles nos quais há um vínculo empregatício entre a organização e o 
funcionário e, tanto os deveres, como os direitos das duas partes, são garantidos por leis, por con-
tratos, etc.
Por outro lado, o desemprego estrutural é a eliminação de cargos e funções nas organizações, decor-
rentes, muitas vezes ,da automação, isto é, do uso de máquinas, em função de diminuição de custos 
e aumento da lucratividade organizacional. Para facilitar sua compreensão, fique atento ao exemplo 
do desemprego estrutural!
ExEmPLO
Observe que em vários lugares a atividade do cobrador de ônibus está sendo extinta pois os veículos 
tradicionais estão sendo substituídos por outros que possuem uma máquina leitora de cartão, locali-
zada próximo ao motorista. Quando um passageiro não tem o cartão e vai pagar a dinheiro, paga ao 
motorista mesmo. Um exemplo interessante acontece em algumas cidades, tanto da Europa, como 
da América do Norte. Em Nova York, nos Estados Unidos, para entrar nos ônibus, os passageiros 
precisam levar o valor exato, para que não seja necessário passar o troco, o que poderia atrasar a 
viagem. 
Observe, caro (a) estudante, que, ao mesmo tempo em que várias funções operacionais estão sendo 
substituídas através da automação, aumenta a necessidade de mão de obra especializada. As em-
presas buscam essa mão de obra diferenciada para aumentar a sua competitividade no mercado, e 
esse profissional se diferencia pela qualificação. Para chegar nesse nível de qualificação o profis-
sional deve planejar e administrar sua carreira.
Trabalho, emprego, carreira e empregabilidade.
a) Evolução do conceito de trabalho
Você conhece a seguinte frase: “ O trabalho dignifica o homem”? Essa é uma famosa frase de Ben-
jamin Franklin, que nasceu em Boston em 1706 e morreu na Filadélfia em 1790. Ele foi abolicionis-
ta, cientista, diplomata, inventor e um dos líderes da Revolução Americana. 
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vISITE A PáGINA
Se você tiver interesse em saber mais sobre Benjamin Franklin, acesse o LINK.
Você já parou para refletir sobre essa frase? Concorda com ela? Será que o sentido da palavra 
trabalho foi sempre esse; de que é através do trabalho que o ser humano pode criar, estruturar e 
transformar sua realidade?
Na verdade, ocorreu uma mudança importante, não só no significado da palavra, como também na 
relação do homem com o seu próprio trabalho. Originariamente, a palavra trabalho estava associada 
a sofrimento desde que etimologicamente a palavra trabalho vem do vocábulo latino “Tripaliu”, que 
era um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu). As pessoas, normalmente agriculto-
res, que não podiam pagar os impostos eram torturadas e precisavam se esforçar cada vez mais para 
poder contribuir com a cota estipulada na próxima cobrança. Observe a imagem a seguir.
Fonte: LINK
Com o passar do tempo, o significado da palavra trabalho foi se alargando e envolvendo as ativida-
des físicas produtivas dos trabalhadores. Essas atividades, a princípio, estavam ligadas ao esforço 
físico, o que acarretava em certo sofrimento.
Neste sentido, nós podemos observar que houve também uma mudança substancial na forma em 
que o homem percebe e interage com o seu trabalho. Se antes o trabalho era visto apenas como 
uma forma de sobrevivência, atualmente, a perspectiva é que a pessoa se desenvolva e se realize 
plenamente em sua vida profissional. Dessa forma, é natural que seja cada vez mais frequente a 
preocupação com a qualificação profissional e com a gestão de carreira, que passam a ser determi-
nantes no processo de empregabilidade.
http://www.explicatorium.com/Benjamin-Franklin.php
http://www.jurisway.org.br/uPLOADS/upl_img/DAnnY0016.jpg
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GUARDE ESSA IDEIA
Em seu material, você aprendeu que trabalho é um conjunto de atividades representadas por esfor-
ços realizados por pessoas, que possuem como objetivo o atingimento de metas de caráter econô-
mico. O autor do seu livro-texto ressalta que a pessoa pode conseguir satisfação pessoal através do 
trabalho que executa. 
É importante entender, que o trabalho não se origina necessariamente de um vínculo empregatício 
com a organização na qual a pessoa seja subordinada e esteja encaixada no organograma de uma 
empresa. Desta forma, uma pessoa pode ser artista, por exemplo, um pintor de quadros e tirar seu 
sustento financeiro da venda de seus quadros. Neste caso, a pessoa tem trabalho, mas não é obri-
gatoriamente funcionário de uma empresa.
Para favorecer a produtividade e a harmonia no clima organizacional é importante que cada pessoa 
entenda e reconheça a importância e o impacto do seu trabalho no contexto da organização. Diver-
sas vezes, o trabalho de um funcionário depende do trabalho de outro funcionário, por exemplo, o 
orçamentista de uma gráfica, só pode fazer um orçamento adequado, se os vendedores entregarem 
a solicitação do cliente com muita clareza e todos os detalhes, como: tamanho, tipo e gramatura do 
papel, detalhes do acabamento, etc.
Autores de diversas áreas (administração, sociologia, pedagogia, filosofia, etc.) chamam a atenção 
sobre a importância do trabalho na produção cultural de um povo, de uma nação. Pois na medida 
que o homem trabalha, ele modifica a natureza e ao mesmo tempo, modifica sua maneira de pensar, 
de agir, de sentir. Isto é, ao fim do trabalho, o homem além de produzir, também se modifica, assim 
como intervém agregando valor à coletividade.
b) Emprego
Ao ler o seu livro-texto, você aprendeu o seguinte conceito sobre emprego: “é toda atividade tempo-
rária que envolve um vínculo profissional e formal, garantindo a relação entre empregador e empre-
gado, trazendo direitos e deverestrabalhistas ao indivíduo e que gera uma remuneração financeira 
ao final de cada período”.
vamos analisar esse conceito, por que atividade temporária? 
Antigamente, era comum ouvirmos uma pessoa falando que trabalhou 30 anos em uma empresa, 
ou que tinha orgulho de se aposentar naquela empresa, pois, havia começado lá em sua juventude. 
Atualmente, a perspectiva mudou; é até muito raro encontrar um jovem que tenha esse tipo de ideia.
Hoje, é mais comum a pessoa ter várias experiências durante sua vida profissional e a convivência 
com diversas empresas, pode ser muito agregadora para ampliar a visão de mundo daquela pessoa.
Observe que, apesar de um profissional poder trabalhar em um tipo de trabalho, a vida toda, ele 
pode ter vários empregos. Portanto, como está posto em seu livro de estudo: trabalho e emprego 
devem ser vistos sob o ponto de vista do presente.
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O que vai delimitar o emprego é justamente o vínculo empregatício com determinada empresa. Al-
gumas profissões possibilitam que o profissional tenha mais de um vínculo empregatício ao mesmo 
tempo, de maneira formalizada e dentro dos trâmites legais.
Por exemplo, o professor universitário que não tem dedicação exclusiva a uma instituição de ensino 
superior, ele pode ter a carteira de trabalho assinada por mais de uma organização.
Por outro lado, também é comum encontrarmos no mundo corporativo pessoas trabalhando em su-
bempregos de forma marginalizada e sem formalização de acordo com as leis trabalhistas. 
Até pouco tempo atrás, isso era frequente nos empregados domésticos (cozinheiras, copeiros, jar-
dineiros, etc). Embora isso venha mudando, ainda é de forma lenta e várias pessoas se submetem a 
situações insalubres e constrangedoras – às vezes próximas de trabalho escravo – por uma questão 
de necessidade e de falta de informações. Neste ponto, vale ressaltar a necessidade de uma educa-
ção formadora de consciência crítica e de cidadania, pois em algumas regiões do Brasil, é possível 
encontrar a exploração infantil aliada a não formalização do emprego.
Ainda nessa perspectiva, é fundamental lembrar que havia tanta desigualdade na remuneração dos 
funcionários no Brasil, um país de dimensões continentais, que foi necessário ser criada uma lei para 
estipular uma remuneração mínima. O presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo através 
da lei número 185, de janeiro de 1936, e do decreto da lei número 399 de abril de 1938. Só no dia 
primeiro de maio de 1940, o salário mínimo passou a vigorar, quando o decreto da lei número 2162 
fixou os seus valores. Em razão disso, é comemorado o dia do trabalhador no dia primeiro de maio.
vISITE A PáGINA
Caro (a) estudante, se você quiser saber um pouco mais sobre salário mínimo, pesquise no LINK 
e não esqueça a ideia de que este deve ser o menor valor pago pelos empregadores em troca do 
tempo e do esforço gastos por uma pessoa que vende a força de seu trabalho, isto é, o empregado 
que produz bens e/ou serviços.
c) Evolução do termo carreira
Caro(a) estudante, há vários termos de carreira. Você deve ter lido em seu livro-texto o seguinte con-
ceito de carreira (com foco individual) “um conjunto de decisões que o profissional terá de tormar ao 
longo de sua vida útil, não necessariamente em uma só empresa. É uma série de ações e decisões 
sequenciais, objetivando um futuro esperado”.
http://minimosalario.com.br/
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PARA RESUmIR
É essencial entendermos a etimologia e a evolução para uma adequada compreensão desse con-
ceito. Com este objetivo, traremos as ideias de vários autores clássicos e contemporâneos (Dutra, 
1996; Martins, 2001; Araújo, 2010) mencionados nos trabalhos de Silva, Lorena Bezerra (2007, 2008, 
2012) que é mestre em Administração; Especialista em gestão de Pessoas; coordenadora do Núcleo 
de Empregabilidade da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco; possui duas certificações 
internacionais como Coach – o coaching é um processo de desenvolvimento humano e vem traba-
lhando o tema de gestão de carreira quer seja produzindo material escrito ou na prática de coaching 
de carreira.
Etimologicamente, isto é, de acordo com o estudo da origem e evolução da palavra carreira, ela se 
originou da expressão latina “via carraria”, que significa estrada para carros. Somente a partir do 
século XIX, passou-se a utilizar o termo ‘carreira’ para definir a trajetória da vida profissional, no 
entanto, durante muito tempo, o conceito de carreira esteve ligado a essa ideia de estrada.
A carreira era entendida como uma propriedade estrutural das organizações ou das ocupações. 
Neste sentido, as pessoas acreditavam que ter sucesso em uma carreira era entrar em uma estrada 
(carreira) sabendo desde o começo o que deveriam esperar do percurso, chegar ao final ou a apo-
sentadoria naquela empresa.
Diversos autores desenvolveram teorias sobre carreira, baseados numa visão voltada para a econo-
mia, na qual as organizações eram burocráticas, trabalhavam através de níveis hierárquicos rígidos 
e atuavam em economias relativamente estáveis.
 Nesta abordagem tradicional, três pontos limitam o conceito de carreira:
1. A noção de avanço dependia da expectativa de progressão vertical na hierarquia de uma or-
ganização, os cargos ocupados e sua progressão seria acompanhada por sinais de status em 
crescimento e ganhos financeiro;
2. A carreira está unicamente associada a uma profissão;
3. A ideia de uma estabilidade ocupacional, na qual a pessoa sempre exercia atividades relaciona-
das à profissão até a aposentadoria.
4. Depois da Segunda Guerra Mundial, com a diminuição da mão de obra, grandes organizações 
investiram em planos de carreira para garantir a lealdade das pessoas, mas ainda pautadas em 
uma abordagem tradicional, na qual o desenvolvimento profissional era influenciado e direcio-
nado pelo interesse das empresas.
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DICA
É neste período que surge o conceito que você leu em seu material a respeito de carreira sob o 
ponto de vista empresarial: sob o ponto de vista da empresa, este mesmo termo (carreira) pode 
ser caracterizado como o conjunto histórico de atividades e resultados de trabalhos formais que os 
empregados exercem e influenciam a vida das empresas. Portanto, quando se considera a gestão de 
carreira, esta deve ser vista sob o ponto de vista do indivíduo ao longo de sua vida profissional, em 
como deve ser analisada sob o ponto de vista da empresa onde a gestão deve ocorrer no período do 
vínculo empregatício do empregado.
Esta é a concepção tradicional de “carreiras organizacionais”, que devem ser estruturadas na rela-
ção tempo x espaço e podem estar ligadas a um emprego “vitalício” ou duradouro, pois são constru-
ídas para revelar um único cenário de emprego.
São reconhecidas como características das carreiras organizacionais os seguintes aspectos:
O ambiente é considerado estável, principalmente em relação a economia. Hoje o ambiente é mais 
dinâmico. A economia era subordinada às grandes empresas, que geram oportunidades de emprego 
– que poderia ser vitalício. Ainda vemos hoje, pessoas que dizem: minha vida inteira foi na Gerdau, 
na Coca-Cola, no Banco do Brasil, etc.
As mudanças nas organizações causam mudanças nas carreiras. As estruturas de carreira são pre-
determinadas pelas empresas, isto é, o processo não é dirigido pelas pessoas.
A postura empreendedora não é um elemento necessário e essencial ao comportamento do profis-
sional para o desenvolvimento de sua carreira.
Nas últimas décadas do século XX desapareceu o senso de estabilidade econômica que servia de 
base para a ideia de que os empregos eram relativamente seguros, principalmente em nível de ges-
tão. Surgiram então novas visões sobre carreira e sua gestão.
Neste contexto Jeffrey H. Greenhaus, um estudioso que se tornou referência mundial em gestão 
de carreira, propôs em 1999, um conceito de carreira sem as limitações da abordagem tradicional, 
sendo, portanto, mais adequado às características dinâmicas da atualidade. Greenhaus afirma que 
“carreira é umpadrão de experiências relacionadas ao trabalho que abrange o curso da vida de uma 
pessoa”.
GUARDE ESSA IDEIA
Vamos analisar esse conceito, enquanto no passado, os estudos sobre carreira 
davam ênfase aos cargos que o profissional ocupava dentro da empresa; agora o 
foco mudou para as percepções, às escolhas e as possibilidades de construção dos 
fenômenos relacionados à carreira profissional.
Ao mesmo tempo em que ocorre a mudança de visão sobre o contrato profissional, 
surgem modernas teorias sobre carreira, por exemplo, a de carreira proteana. Um 
conceito divisor de águas foi proposto por um grande estudioso no tema gestão de 
carreira: Douglas T. Hall. Esse autor criou em 1996 a expressão “carreira protea-
na”, a partir da compreensão de uma nova perspectiva de carreira, mais dinâmica 
e adequada ao novo perfil profissional e às novas demandas do mercado.
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vOCê SABIA?
O termo “proteano” é derivado do deus Proteu que, na mitologia grega, possuía a habilidade de 
mudar de forma ao comando de sua vontade. Nesta perspectiva, a carreira proteana seria descrita 
como um processo gerenciado pela pessoa, que deverá ter flexibilidade, e não pela organização. 
Esse conceito de carreira proteana foi apresentado como um contraponto à carreira organizacional 
estruturada no tempo e no espaço.
Vamos entender melhor essa metáfora entre Proteu e o profissional proteano. O deus Proteu tinha 
o dom da premonição e em função disso atraía o interesse de muitas pessoas que queriam saber as 
artimanhas do poderoso destino. 
No entanto, Proteu não gostava de contar o que iria acontecer, então, quando algum humano se 
aproximava, ou ele fugia ou se transformava e assumia uma nova aparência, normalmente de figuras 
marinhas assustadoras. Se o ser humano que o procurasse, fosse muito corajoso e não fugisse do 
monstro em que ele se transformou, Proteu então lhe contava a verdade.
Vamos traçar um paralelo entre a metáfora do deus Proteu e o profissional proteano para entender 
melhor os pontos em comum:
1. O deus Proteu possui o dom da adivinhação, habilidade de prever o futuro. O profissional protea-
no deve possuir a habilidade de planejar a carreira com base em uma visão de futuro compatível 
com objetivos pessoais, de carreira e de vida.
2. O deus Proteu possui habilidade de mudar de forma física. O profissional proteano deve ser 
versátil, flexível e adaptável.
3. O deus Proteu toma decisão de fugir dos mortais que o aborrecem. O profissional proteano deve 
saber a hora de decidir quando mudar de emprego ou redefinir a carreira, principalmente quando 
esses não o aproximam de seus objetivos de carreira e de vida.
4. O deus Proteu se transforma em animais perigosos para afastar os mortais inoportunos. O pro-
fissional proteano deve usar suas habilidades e competências para atingir seus objetivos de 
carreira e de vida.
PALAvRAS DO PROfESSOR
Caro (a) aluno (a), voltaremos ao tema de carreira proteana nos próximos guias. O 
item empregabilidade será abordado no próximo guia de estudos.
Não se esqueça de assistir ao vídeo recomendado, de ler os itens 2.1 e 2.2 (até o 
parágrafo que começa assim: o termo Carreira pode ser definido, sob o ponto de 
vista do indivíduo...) do livro, assistir a vídeoaula e de fazer as atividades propos-
tas. Agora chegou o momento de colocar em prática seu aprendizado, acesse o 
AVA e responda as atividades e os fóruns avaliativos. Em caso de dúvidas, pergun-
te ao seu tutor.
Bom estudo!
???

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