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Infarto: é uma área tecidual de necrose isquêmica causada pela obstrução do suprimento arterial ou da drenagem venosa; O infarto é classificado morfologicamente como: Infarto branco (pálidos) Infarto vermelho (hemorrágicos) Sépticos Assépticos (estéreis) Infarto branco: ocorrem com oclusão arterial em órgãos sólidos com circulação arterial terminal como o coração, baço e fígado; e onde a densidade do tecido limita a penetração de sangue dos leitos capilares adjacentes na área necrótica; Os infartos recentes são mal definidos e levemente hemorrágicos, mas depois de algum tempo as margens tendem a ficar bem mais definida pela presença de uma estreita orla de hiperemia atribuída à inflamação; Ocorre queda abrupta da pressão arterial e choque; No sistema nervoso central, os infartos brancos mostram áreas de amolecimento após uma semana; Tempo e características: 0-6 h Sem alterações visíveis na microscopia de luz 6-12 h Área pálida com ou sem estrias hemorrágicas 12-24 h Área pálida por halo hiperêmico 24-48 h Área cuneiforme ou em mapa geográfico, cariólise, PMNs 2º-5º dia Halo com presença de células mononucleares 5º dia em diante Formação do tecido de granulação e de cicatriz Não utilizado Infarto vermelho: ocorrem com oclusões venosas, em tecidos frouxos ou esponjosos onde o sangue pode se acumular na área infartada, em tecidos com circulação dupla que permitem o fluxo sanguíneo de um vaso paralelo desobstruído para a área necrótica, em tecidos previamente congestos pelo fluxo venoso lento e quando o fluxo sanguíneo é restabelecido para um local de oclusão arterial com necrose prévia. Fatores que influenciam o desenvolvimento do infarto: Anatomia do suprimento vascular: A disponibilidade de um suprimento sanguíneo alternativo é o fator mais importante para determinar se a oclusão dos vasos causará danos aos tecidos. Como mencionado, os pulmões apresentam um duplo suprimento sanguíneo arterial (pulmonar e brônquico), que o protege contra infartos induzidos por um tromboembolismo. De modo semelhante, o fígado, com sua circulação dupla, a da artéria hepática e a da veia porta, e a mão e o antebraço, com seu suprimento arterial duplo (radial e ulnar), são relativamente mais resistentes ao infarto. Em contrapartida, as circulações arteriais renal e esplênica são do tipo terminal, e a obstrução vascular, geralmente, provoca morte tecidual. Velocidade da oclusão: As oclusões de desenvolvimento lento apresentam uma menor probabilidade de causar um infarto, pois proporcionam tempo para o desenvolvimento de vias colaterais de perfusão. Por exemplo, pequenas anastomoses interarteriolares — normalmente com fluxo funcional mínimo — interconectam as três artérias coronárias principais no coração. Se apenas uma das coronárias for ocluída lentamente (p. ex., pelo crescimento de uma placa aterosclerótica), o fluxo dentro dessa circulação colateral pode aumentar o suficiente para impedir o infarto, mesmo quando a artéria coronária principal estiver bastante ocluída. Vulnerabilidade do tecido à hipoxia: Os neurônios sofrem danos irreversíveis quando privados de seu suprimento sanguíneo por apenas 3 ou 4 minutos. As células do miocárdio, embora mais resistentes que os neurônios, são também muito sensíveis e morrem após apenas 20 a 30 minutos de isquemia (embora, como mencionado, as alterações na aparência das células mortas possam levar de 4 a 12 horas para se desenvolver). Em contrapartida, os fibroblastos dentro do miocárdio permanecem viáveis mesmo após muitas horas de isquemia (Cap. 12). Hipoxemia: Compreensivelmente, a baixa concentração de O2 no sangue (independentemente da causa) aumenta tanto a probabilidade quanto a extensão de um infarto. Hemorragia: é o extravasamento de sangue no espaço extravascular, podendo ser desencadeado por uma lesão da parede vascular, alteração da coagulação sanguínea e alterações quantitativas e qualitativas das plaquetas; Petéquias: hemorragias diminutas (1-2mm até 3mm); Púrpuras: um pouco maior que petéquia (3 mm em diante); Equimoses: hemorragia em mancha azulada ou arroxeada, mais extensa que a púrpura, podendo ter discreto aumento de volume; Hematoma: hemorragia em que o sangue se acumula formando uma tumoração. Hemartrose: derrame de sangue em uma articulação; Hemopericárdio: acúmulo de sangue no pericárdio; Hemotórax: derrame e presença de sangue na cavidade pleural; Hemoperitônio: presença de sangue na cavidade peritoneal; Hematossalpinge: presença de sangue nas tubas uterinas; Hematométrio: retenção de sangue menstrual no útero; Hematocolpo: retenção de sangue menstrual na vagina; Hemobilia: hemorragia digestiva alta, ocorre nas vias biliares; Epistaxe: hemorragia nasal; Hemoptise: expectoração de sangue do aparelho respiratório – pulmão, tranqueia ou brônquios; Hematêmese: Vômito de sangue proveniente de hemorragia da mucosa gástrica, duodenal ou esofágica; Melena: hemorragia intestinal caracterizado pela presença de sangue em fezes escuras; Otorragia: presença de sangue na cavidade auditiva; Hematúria: eliminação de sangue pela urina; Metrorragia: sangramento uterino fora do período menstrual; Menorragia: sangramento uterino intenso durante o período menstrual. Choque: estado em que a diminuição do débito cardíaco ou a redução do volume sanguíneo circulante eficaz, prejudicando a perfusão tecidual, levando a hipóxia celular; No início a lesão celular é reversível, porém o choque prolongado causa lesões teciduais irreversíveis e, geralmente fatais; Síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema circulatório de fornecer oxigênio aos tecidos, o que pode levar a disfunção multissistêmica e morte; Com a redução do débito cardíaco há uma redução na quantidade de sangue que chega nos tecidos, levando a um quadro isquêmico e uma consequente hipóxia, que leva prejuízos a fosforilação oxidativa e uma redução no ATP; Sem a produção de ATP pela fosforilação oxidativa, há aumento na respiração anaeróbica que leva ao aumento da produção de ácido lático, consequentemente o paciente faz um quadro de acidose metabólica; quando não é o aumento da respiração anaeróbica, há a morte celular – necrose -, e liberação de mediadores químicos. Zsxjk njdjncdcsncdnncncnhnnz "A anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade imediata sistêmica caracterizada por edema em muitos tecidos e diminuição da pressão arterial secundária à vasodilatação e ao extravasamento vascular. Esses efeitos geralmente resultam da presença sistêmica do antígeno introduzido por injeção (p. ex.: uma picada de inseto) ou da absorção ao longo de uma superfície epitelial como a mucosa intestinal. Os alérgenos que mais frequentemente causam anafilaxia incluem os antibióticos da família da penicilina, além das proteínas encontradas no amendoim, nozes de árvores, peixes, mariscos, leite, ovos e veneno de abelha, porém existem muitos outros fármacos, alimentos e culpados ambientais. O alérgeno ativa os mastócitos em muitos tecidos, resultando na liberação de mediadores que ganham acesso aos leitos vasculares em todo o corpo. A diminuição do tônus vascular e o extravasamento de plasma causado pelos mediadores dos mastócitos podem acarretar uma significativa queda na pressão arterial, ou choque, chamado choque anafilático, que frequentemente é fatal. Os mediadores dos mastócitos podem comprometer a respiração causando edema de laringe, broncoconstriçãoe produção excessiva de muco brônquico. Frequentemente, há diarreia devido à hipermotilidade intestinal ou efusão de muco no intestino, além de lesões urticariformes (urticária) na pele. A anafilaxia geralmente ocorre em segundos a uma hora de exposição ao alérgeno. Em cerca de 20% dos pacientes, uma segunda recorrência dos sintomas é vista na ausência de re-exposição comprovada ao alérgeno, em até 12 horas após o primeiro episódio. Isso muitas vezes é chamado reação anafilática de fase tardia, mas não deve ser confundido com a resposta de fase tardia ao alérgeno discutida anteriormente. Não é sabido quais mediadores dos mastócitos são mais importantes no choque anafilático. A base do tratamento é a epinefrina (adrenalina) sistêmica, que pode salvar vidas revertendo os efeitos broncoconstritores e vasodilatadores dos mediadores dos mastócito. A epinefrina também melhora o débito cardíaco, auxiliando adicionalmente a sobrevivência a partir do colapso circulatório ameaçado. Os anti- histamínicos também podem ser benéficos na anafilaxia, sugerindo um papel para a histamina nessa reação. Edema de glote: a histamina promove o aumento da permeabilidade vascular levando ao extravasamento de plasma para os tecidos (edema).
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