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Medicina Aeroespacial Resumo

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MEDICINA AEROESPACIAL 
 
 
Marcos Bantel 
Ciências Aeronaúticas 
 
 Algumas leis físicas, mais especificamente relacionadas aos gases são 
importantes para explicar as particularidades da atividade aérea e da medicina 
aeroespacial, pois sob a influência da pressão atmosférica , os órgãos do corpo 
humano podem se expandir até 25% por causa da redução de pressão e alguns 
problemas de saúde podem ser agravados pela expansão do ar nas cavidades 
do corpo. 
 O primeiro pesquisador a utilizar o termo gás foi o pesquisador belga 
Jean-Baptiste. O termo tem origem grega, e significa espaço vazio . 
 A Lei dos Gases foi uma descoberta creditada à pesquisadores da físico-
química entre os séculos XVII e XIX. Os estudos dos gases começaram com 
Torricelli (1608-1647) um físico e matemático italiano que inventou o barômetro. 
Torricelli , ao medir a pressão de um gás , demonstrou que os gases têm a 
capacidade de ocupar o volume do recipiente que o contém e a capacidade 
deste volume será sempre inteiramente ocupada. 
 O fenômeno ocorre com as moléculas dos gases movimentando-se de 
forma desordenada ,o que permite a ocupação total do volume do recipiente . 
 Os gases e suas propriedades continuaram a ser pesquisados sobretudo, 
devido aos fenômenos de expansão e compressão desses elementos, surgindo 
as Leis dos Gases que tiveram contribuição importante à ciência pois permitiram 
determinar as propriedades fundamentais dos gases; volume, pressão e 
temperatura. 
 As Leis dos Gases são divididas em três: 
 • Lei de Boyle: transformação isotérmica; 
 • Lei de Gay Lussac: transformação isobárica; 
 • Lei de Charles: transformação isométrica; 
 A Lei de Boyle foi proposta pelo físico e químico irlandês Robert Boyle 
(1627 – 1691). O estudo demonstra que em uma transformação gasosa com 
temperatura constante , o volume e a pressão dos gases tem uma relação de 
proporcionalidade inversa. 
 A Lei de Gay-Lussac , proposta pelo físico-químico francês Joseph L. Gay-
Lussac (1778-1850), apresenta a transformação isobárica dos gases. Ou seja, 
em uma transformação gasosa com pressão constante, a temperatura e o 
volume variam em proporção direta. 
 A Lei de Charles proposta pelo físico e químico francês Jacques A. C. 
Charles (1746-1823). Em uma transformação gasosa com o volume gasoso 
constante, a pressão e temperatura permanecem como grandezas igualmente 
proporcionais. 
 Ainda entre os estudos sobre os gases , 3 leis precisam ser comentadas; 
a Lei de Henry , a Lei de Dalton e a Lei de Graham ; 
 • Lei de Henry : Qualquer que seja a quantidade de um gás, estando ele em 
meio líquido, com o aumento progressivo da pressão atmosférica, este também 
se liquefará. Explica por que o nitrogênio no sangue deixa de ficar dissolvido, 
formando bolhas e destruindo emacias. 
 • Lei de Dalton : A pressão total exercida por uma mistura de gases é a soma 
das pressões parciais que seria exercida por cada gás se ocupasse sozinho todo 
o sistema. 
 • Lei de Graham : quanto menos denso for o gás, maior será sua velocidade 
de difusão e efusão.A velocidade de difusão e de efusão de um gás é 
inversamente proporcional à raiz quadrada de sua densidade. 
 A maioria dos seres humanos está habituada a viver a menos de 2 500 
metros de altitude. Com as primeiras subidas em balão surgiu a primeira 
descrição do “mal de altitude”, caracterizado por problemas respiratórios e 
cardiovasculares, com náuseas após os 5 000 metros, com alterações nervosas 
progressivas, com cefaleias, astenia extrema e perda de conhecimento pelos 8 
000 metros. 
 Paul Bert (1833-1886), fisiologista francês, considerado o “Pai da 
Fisiologia de Altitude” e também da "Medicina Aeronáutica”, desenvolveu 
trabalhos teóricos usando o recurso à câmara hipobárica , sobre as causas do 
mal de altitude e do envenenamento pelos gases (oxigénio e nitrogénio). 
Descreveu as alterações da performance dos aviadores explicada pelo efeitos 
da hipoxia, da hipotermia, do mal-estar do voo e das mudanças de pressão. 
 Uma emergência médica a bordo é aquela cuja ocorrência precisa de 
assistência da tripulação de voo, podendo ou não envolver equipamento médico 
ou drogas e solicitação de profissional médico viajando como passageiro no voo. 
A incidência de tais ocorrências é comparativamente baixa em relação ao 
número de passageiros transportados e os dados fornecidos por empresas 
aéreas mostram que os eventos mais comuns são enjoo, cefaleia e mal-estar 
indefinido sendo que as mortes a bordo são raras. 
 É importante salientar que a tripulação de cabine recebe treinamento 
obrigatório em primeiros socorros (treinamento em suporte básico à vida), 
segundo as diretrizes da American Heart Association, além de treinamento para 
manusear equipamentos de suporte, como máscaras de oxigênio e desfibrilador 
externo automático – o último, apesar de ser recomendado para as aeronaves, 
ainda não é obrigatório em todos os países, inclusive o Brasil. 
Embora os tripulantes sejam treinados para emergências médicas, em casos 
mais graves a presença de um médico como passageiro pode ser solicitada. 
Quando de sua intervenção, o médico deve-se valer dos tripulantes, por serem 
devidamente treinados para o atendimento nesse ambiente. 
 Para concluir , pode-se afirmar que os aviões comerciais têm como meta 
principal o transporte em segurança de passageiro em bom estado de saúde. 
Pode-se definir uma aeronave como um ambiente básico em assistência médica, 
onde as adaptações do corpo humano em ambiente hipobárico devem ser 
consideradas no diagnóstico.Na maior parte das empresas aéreas há um médico 
treinado que pode ser consultado antes do embarque do passageiro enfermo, 
como modo de prevenção de emergência médica a bordo. A aplicação dos 
princípios básicos da fisiologia e o entendimento das adaptações do organismo 
humano ao ambiente hipobárico minimizam os riscos na abordagem de doenças 
crônicas a bordo das aeronaves comerciais. O médico deve se valer da 
tripulação, treinada nesse ambiente, para operar equipamentos e após o término 
da viajem a assistência ao doente será provida por as equipes de médicos em 
terra.

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