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MEDICINA AEROESPACIAL - BREVE RESUMO

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MEDICINA AEROESPACIAL - BREVE RESUMO 
 
 
 
 
 
 Dentro do âmbito da medicina aeroespacial, algumas leis físicas relacionadas ao 
comportamento dos gases são importantes para explicar as particularidades da atividade 
aérea , pois os órgãos do corpo humano podem variar seu volume em até 25% reagindo 
as variações da pressão atmosférica e causar problemas de saúde que são agravados 
pela expansão do ar nas cavidades do corpo. 
 O primeiro pesquisador a utilizar o termo gás foi o pesquisador belga Jean-Baptiste. 
O termo tem origem grega, e significa espaço vazio . 
 A Lei dos Gases foi uma descoberta creditada à pesquisadores da físico-química 
entre os séculos XVII e XIX. Os estudos dos gases começaram com Torricelli (1608-1647) 
um físico e matemático italiano que inventou o barômetro. Torricelli , ao medir a pressão 
de um gás , demonstrou que os gases têm a capacidade de ocupar o volume do 
recipiente que o contém e a capacidade deste volume será sempre inteiramente 
ocupada. 
 O fenômeno ocorre com as moléculas dos gases movimentando-se de forma 
desordenada ,o que permite a ocupação total do volume do recipiente . 
 Os gases e suas propriedades continuaram a ser pesquisados sobretudo, devido 
aos fenômenos de expansão e compressão desses elementos, surgindo as Leis dos 
Gases que tiveram contribuição importante à ciência pois permitiram determinar as 
propriedades fundamentais como volume, pressão e temperatura. 
 Algumas das Leis de gases e seu significado fisiológico : 
• Lei de Boyle. Indica uma relação inversa entre o volume e a pressão de um gás a 
uma determinada altitude. Explica a aero- dilatação dos gases contidos com o 
aumento da altitude. 
• Lei de Dalton. Expressa que a soma das pressões parciais dos gases que 
compõem nossa atmosfera constitui a pressão da atmosfera. Isso explica por que a 
hipóxia ocorre devido à altitude. 
• Lei de Graham. Os gases se difundem de um lugar onde sua pressão é elevada 
para outra onde a pressão do mesmo gás é menor. Explica o transporte passivo de 
oxigênio através dos alvéolos da membrana alvéolo-capilar para o sangue. 
• Lei de Henry. A quantidade de gás dissolvido em um líquido é diretamente 
proporcional à pressão parcial exercida por aquele gás na superfície do líquido. 
Explica como a doença da descompressão ocorre. Um risco visto com mais 
frequência em pessoas que realizam mergulho e muito raro em pessoal 
aeronáutico. 
 A maioria dos seres humanos está habituada a viver a menos de 2 500 metros de 
altitude. Com as primeiras subidas em balão surgiu a primeira descrição do “mal de 
altitude”, caracterizado por problemas respiratórios e cardiovasculares, com náuseas após 
os 5 000 metros, com alterações nervosas progressivas, com cefaleias, astenia extrema e 
perda de conhecimento pelos 8 000 metros. 
 Paul Bert (1833-1886), fisiologista francês, considerado o “Pai da Fisiologia de 
Altitude” e também da "Medicina Aeronáutica”, desenvolveu trabalhos teóricos com o 
recurso à câmara hipobárica ou de altitude, sobre as causas do mal de altitude e do 
envenenamento pelos gases (oxigénio e nitrogénio). Descreveu as alterações da 
performance dos aviadores explicada pelo efeitos da hipoxia, da hipotermia, do mal-estar 
do voo e das mudanças de pressão. 
 Uma emergência médica a bordo é aquela cuja ocorrência precisa de assistência da 
tripulação de voo, podendo ou não envolver equipamento médico ou drogas e solicitação 
de profissional médico viajando como passageiro no voo. A incidência de tais ocorrências 
é comparativamente baixa em relação ao número de passageiros transportados e dados 
fornecidos por empresas aéreas mostram que os eventos mais comuns são enjoo, 
cefaleia e mal-estar indefinido sendo que as mortes a bordo são raras. 
 É importante que a tripulação de cabine receba treinamento obrigatório em 
primeiros socorros (treinamento em suporte básico à vida), segundo as diretrizes da 
American Heart Association, além de treinamento para manusear equipamentos de 
suporte ( máscaras de oxigênio e desfibrilador externo automático ) . Em casos mais 
graves a presença de um médico como passageiro pode ser solicitada. 
 Para concluir , pode-se afirmar que os aviões comerciais têm como meta principal o 
transporte em segurança de passageiros em bom estado de saúde. Pode-se definir uma 
aeronave como um ambiente básico em assistência médica, onde as adaptações do 
corpo humano em ambiente hipobárico devem ser consideradas no diagnóstico. Na maior 
parte das empresas aéreas há um médico treinado que pode ser consultado antes do 
embarque do passageiro enfermo, como modo de prevenção de emergência médica a 
bordo. A aplicação dos princípios básicos da fisiologia e o entendimento das adaptações 
do organismo humano ao ambiente de uma aeronave, minimizam os riscos na abordagem 
de doenças crônicas a bordo dos vôos comerciais. O médico deve se valer da tripulação, 
treinada nesse ambiente, para operar equipamentos e após o término da viajem a 
assistência ao doente será provida por as equipes de médicos em terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências : 
 
SALVADOR, Edgard ; USBERCO, João. Química, volume único. 1ª edição, Editora 
Saraiva, São Paulo-SP, 2006. 
 
ANACLETO, Roberpaulo . Instrução Aeromédica. Goiânia,2016. Disponível 
em:http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/16442/material/Sli
des%20usados%20em%20sala%202016.1.pdf.Acesso em: 23 abr. 2021. 
 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA – CFM.Medicina Aeroespacial : orientações 
gerais para médicos a bordo . Brasília, 2018. Disponível 
em:https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cartilhaaeroespcaial2018.pdf. Acesso em: 23 abr. 
2021. 
 
GOMES,Marco Antonio Viana ,ALBERTI Luiz Ronaldo, FERREIRA Flávio Lopes, GOMES 
Virgínia Martins.Aspectos Históricos do Transporte Aeromédico e da Medicina 
aeroespacial :Revisão. Belo Horizonte ,2013.Disponível em: http://rmmg.org/exportar-
pdf/20/v23n1a18.pdf.Acesso em: 23 abr. 2021. 
 
RODRÍGUEZ ,Nicolás Arrocha. Transporte Aeromédico: Aspectos básicos do transporte 
aeromédico .Disponível em:https:// www.airuniversity.af.edu/Portals/10/JOTA/ journals 
/Volume%201%20Issue % 201/07- Arrocha_port.pdf?ver=2019-05-02-121712-
533.Acesso em: 24 abr. 2021. 
 
Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná .Emergências Médicas a Bordo : 
Como Agir ?. Série Cadernos do Conselho.Curitiba,2019. Disponível em: 
https://www.crmpr.org.br/ uploadAddress/ Livreto- Medicina-Aeroespacial-SITE[4033].pdf. 
 Acesso em: 24 abr. 2021.

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