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atv 4 IDENTIDADE, LÍNGUA E CULTURA

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• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
Em uma primeira aproximação, parece ser fácil definir "identidade". A identidade é simplesmente 
aquilo que se é: "sou brasileiro", "sou negro", "sou heterossexual", "sou jovem', "sou homem". A 
identidade assim concebida parece ser uma positividade ("aquilo que sou"), uma característica 
independente, um "fato" autônomo. Nessa perspectiva, a identidade só tem como referência a si 
própria: ela é autocontida e auto-suficiente. 
Na mesma linha de raciocínio, também a diferença é concebida como uma entidade 
independente. Apenas, neste caso, em oposição à identidade, a diferença é aquilo que o outro 
é: "ela é italiana'', "ela é branca", "ela é homossexual" "ela é velha" "ela é mulher". Da mesma 
forma que a identidade, a diferença é, nesta perspectiva, concebida como auto-referenciada, 
como algo que remete a si própria. A diferença, tal como a identidade, simplesmente 
existe.SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: ______. 
(Org). Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 74. 
Para Tomaz Tadeu da Silva, no trecho destacado, convém que reflexões mais profundas sobre 
identidade se façam pensando-se, antes, na 
 
Resposta Selecionada: 
dinâmica entre o que o sujeito é e o que ele não é. 
Resposta Correta: 
dinâmica entre o que o sujeito é e o que ele não é. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta correta. Para o autor, identidade e diferença estão em uma 
relação estreita de dependência, e o pensamento sobre o tema deve levar 
ambas em consideração. 
 
 
• Pergunta 2 
0 em 1 pontos 
 
Após a Segunda Guerra Mundial, as potências europeias descolonizadoras pensaram que 
podiam simplesmente cair fora de suas esferas coloniais de influência, deixando as 
consequências do imperialismo atrás delas. Mas a interdependência global agora atua em ambos 
os sentidos. O movimento para fora (de mercadorias, de imagens, de estilos ocidentais e de 
identidades consumistas) tem uma correspondência num enorme movimento de pessoas das 
periferias para o centro, num dos períodos mais longos e sustentados de migração “não 
planejada”.HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, Lamparina, 
2014, p. 81. 
Segundo a argumentação do autor, no contexto do período mencionado, merece destaque a 
questão da migração: 
I. por motivos econômicos. 
II. por motivos de segurança. 
III. pelo aumento na facilidade de migrar. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: 
I e II, apenas. 
Resposta Correta: 
I, II e III. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta incorreta. Há uma convergência de fatores que leva ao fenômeno 
migratório citado pelo autor, incluindo esses que constam nas alternativas; 
 
além desses, há os fatores climáticos, causadores de seca e fome e os 
conflitos de natureza política. 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
Se prestarmos, pois, atenção à teorização cultural contemporânea sobre identidade e diferença, 
não poderemos abordar o multiculturalismo em educação simplesmente como uma questão de 
tolerância e respeito para com a diversidade cultural. Por mais edificantes e desejáveis que 
possam parecer, esses nobres sentimentos impedem que vejamos a identidade e a diferença 
como processos de produção social, como processos que envolvem relações de poder. Ver a 
identidade e a diferença como uma questão de produção significa tratar as relações entre as 
diferentes culturas não como uma questão de consenso, de diálogo ou comunicação, mas como 
uma questão que envolve, fundamentalmente, relações de poder. A identidade e a diferença não 
são entidades preexistentes, que estão aí desde sempre ou que passaram a estar a ai a partir 
de algum momento fundador, elas não são elementos passivos da cultura, mas têm que ser 
constantemente criadas e recriadas. A identidade e a diferença têm a ver com a atribuição de 
sentido ao mundo social e com disputa e luta em torno dessa atribuição.SILVA, Tomaz Tadeu 
da. A produção social da identidade e da diferença. In: ______. (Org). Identidade e Diferença: a 
perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 96. 
Em relação ao que o autor considera fundamental ao refletir sobre identidade e diferença, 
podemos argumentar que, nesse ponto, sua influência principal é 
 
Resposta Selecionada: 
Michel Foucault. 
Resposta Correta: 
Michel Foucault. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta. Ao afirmar que “Ver a identidade e a diferença como uma 
questão de produção significa tratar as relações entre as diferentes culturas 
não como uma questão de consenso, de diálogo ou comunicação, mas como 
uma questão que envolve, fundamentalmente, relações de poder”, o autor 
demonstra ter um olhar central, assim como Foucault, para as relações de 
poder. 
 
 
• Pergunta 4 
0 em 1 pontos 
 
Além de serem interdependentes, identidade e diferença partilham uma importante 
característica: elas são o resultado de atos de criação lingüística. Dizer que são o resultado de 
atos de criação significa dizer que não são "elementos" da natureza, que não são essências, que 
não são coisas que estejam simplesmente aí, à espera de serem reveladas ou descobertas, 
respeitadas ou toleradas. A identidade e a diferença têm que ser ativamente produzidas. Elas 
não são criaturas do mundo natural ou de um mundo transcendental, mas do mundo cultural e 
social. Somos nós que as fabricamos, no contexto de relações culturais e sociais. A identidade 
e a diferença são criações sociais e culturais.SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da 
identidade e da diferença. In: ______. (Org). Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos 
culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 76. 
A partir do excerto, é possível desenvolver o raciocínio de que 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
existe uma grande diferenciação entre aquilo que é elemento linguístico e 
aquilo que é elemento cultural. 
 
Resposta Correta: 
existe uma grande aproximação entre aquilo que é elemento linguístico e 
aquilo que é elemento cultural. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta incorreta. Tomaz Tadeu da Silva não busca nos mostrar em que 
devemos basear nossas noções de identidade, mas sim descrever, em sua 
visão, em que essas noções são efetivamente baseadas. Ele cita como 
“natural” especificamente aquilo que não é cultural nem linguístico e 
aproxima aquilo que é linguístico daquilo que é cultural. 
 
• Pergunta 5 
0 em 1 pontos 
 
O segredo dessa ordem industrial estava em suas rotinas precisas. L’Anglée é uma fábrica em 
que tudo tem seu lugar e todos sabem o que fazer. Mas, para Diderot, esse tipo de rotina não 
sugere a simples e interminável repetição mecânica de uma tarefa. O mestre-escola que insiste 
em que o aluno decore cinqüenta versos de um poema quer ver a poesia armazenada no cérebro 
dele, para ser recuperada à vontade e usada no julgamento de outros poemas. Em seu Paradoxo 
sobre o ator, Diderot tentou explicar como o ator ou atriz explora as profundezas de um papel 
repetindo as falas sem parar. E esperava encontrar essas mesmas virtudes da repetição no 
trabalho industrial.SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: consequências pessoais do 
trabalho no novo capitalismo. São Paulo, Record, 2009, pp. 37- 38. 
Tendo como base o parágrafo em tela, podemos dizer que, segundo Sennett, 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
as modernas relações de trabalho estão próximas de serem 
encenações. 
Resposta Correta: 
a rotina oferece contribuição para o trabalho industrial. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta incorreta. O autor não estabelece relação de dependência entre a 
ordem industrial e o aprofundamento do trabalhador na atividade, embora 
haja menção a possíveis benefícios desse procedimento. A comparação à 
maneira como um ator trabalha não tem o sentido de dizer que a atividade do 
trabalhador é “falsa” ou “encenada”. Sennet não exclui a repetição das 
modernas relações de trabalho no parágrafo em tela; inclusive, apontapara 
um possível benefício dela, com base em Diderot. 
 
 
• Pergunta 6 
0 em 1 pontos 
 
A afirmação "sou brasileiro", na verdade, é parte de uma extensa cadeia de "negações", de 
expressões negativas de identidade, de diferenças. Por trás da afirmação "sou brasileiro" deve-
ser ler: "não sou argentino", "não sou chinês", "não sou japonês" e assim por diante, numa 
cadeia, neste caso, quase interminável. Admitamos: ficaria muito complicado pronunciar todas 
essas frases negativas cada vez que eu quisesse fazer uma declaração sobre minha identidade. 
A gramática nos permite a simplificação de simplesmente dizer "sou brasileiro". Como ocorre em 
outros casos, a gramática ajuda, mas também esconde.SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção 
social da identidade e da diferença. In: ______. (Org). Identidade e Diferença: a perspectiva dos 
estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 75. 
Segundo a argumentação do autor no trecho em tela, a gramática ajuda a expressar e esconde, 
respectivamente, 
 
Resposta Selecionada: 
a minha nacionalidade e a nacionalidade do outro. 
Resposta Correta: 
a minha identidade e a diferença do outro. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta incorreta. A nacionalidade aqui é utilizada como um mero exemplo, 
não sendo o ponto central daquilo de que trata o autor. Dizer “sou brasileiro”, 
para ele, é uma maneira de expressar uma identidade e manter a diferença do 
outro latente no discurso. 
 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
Também há algumas evidências da terceira consequência possível da globalização — a 
produção de novas identidades. Um bom exemplo é o das novas identidades que emergiram nos 
anos 70, agrupadas ao redor do significante black, o qual, no contexto britânico, fornece um novo 
foco de identificação tanto para as comunidades afro-caribenhas quanto para as asiáticas. O 
que essas comunidades têm em comum, o que elas representam através da apreensão da 
identidade black, não é que elas sejam, cultura, étnica, linguística ou mesmo fisicamente, a 
mesma coisa, mas que elas são vistas e tratadas como “a mesma coisa” (isto é, não brancas, 
como o “outro”) pela cultura dominante. É a sua exclusão que fornece aquilo que Laclau e Mouffe 
chamam de “eixo comum de equivalência” dessa nova identidade. Entretanto, apesar do fato de 
que esforços são feitos para das a essa identidade black um conteúdo único ou unificado, ela 
continua a existir como uma identidade ao longo de uma larga gama de outras diferenças.HALL, 
Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, Lamparina, 2014, p. 86, grifos 
do autor. 
O texto destacado de Hall procura sublinhar 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
como são entrelaçados os processos de formação da identidade e os 
processos de formação da diferença. 
Resposta Correta: 
como são entrelaçados os processos de formação da identidade e os 
processos de formação da diferença. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta correta. Para Hall, o black é um exemplo do modo como a 
identidade e a diferença estão articuladas, nas palavras dele, em 
“identidades diferentes, uma nuna anulando completamente a outra”. 
 
 
• Pergunta 8 
0 em 1 pontos 
 
A etnia é o termo que utilizamos para nos referirmos às características culturais — língua, 
religião, costume, tradições, sentimento de “lugar” — que são partilhadas por um povo. É 
tentador, portanto, tentar usar a etnia dessa forma “fundacional”. Mas essa crença acaba, no 
mundo moderno, por ser um mito. A Europa Ocidental não tem qualquer nação que seja 
composta de apenas um único povo, uma única cultura ou etnia. As nações modernas são, todas, 
híbridos culturais.HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, 
Lamparina, 2014, p. 62, grifos do autor. 
As reflexões de Hall 
I. questionam a unidade cultural de todas as nações modernas. 
 
II. elencam elementos importantes no estudo da cultura. 
III. contrastam a situação da Europa Ocidental com características típicas de nossos tempos. 
Resposta Selecionada: 
I, II e III. 
Resposta Correta: 
I e II, apenas. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta incorreta. O comentário a respeito da Europa Ocidental feito por 
Hall vai no sentido de dizer que ela, assim como todas as nações modernas 
em geral, não possui uma unidade cultural sólida, e não no sentido de 
contrastar aspectos diferentes. 
 
 
• Pergunta 9 
0 em 1 pontos 
 
"As pessoas estão famintas [de mudança]", afirma o guru da administração, James Champy, 
porque "o mercado pode ser 'motivado pelo consumidor' como nunca antes na história." 3 O 
mercado, nessa visão, é dinâmico demais para permitir que se façam as coisas do mesmo jeito 
ano após ano, ou que se faça a mesma coisa. O economista Bennett Harrison acredita que a 
origem dessa fome de mudança é o "capital impaciente", o desejo de rápido retorno; por exemplo, 
o período médio de tempo que os investidores seguram suas ações nas bolsas britânicas e 
americanas caiu 60 por cento nos últimos quinze anos. O mercado acredita que o rápido retorno 
é mais bem gerado pela rápida mudança institucional.SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: 
consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. São Paulo, Record, 2009, p. 22. 
Podemos dizer que a redução do período médio que os investidores seguram suas ações nas 
bolsas, exemplo fornecido por Sennett, desvela sintomas de pós-modernidade na faceta de 
sensação de 
I. velocidade. 
II. insegurança. 
III. fluidez. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: 
II e III, apenas. 
Resposta Correta: 
I, II e III. 
Comentário da 
resposta: 
Resposta incorreta. Investimentos por menos tempo: velocidade; rápida 
mudança institucional: insegurança; dinheiro movimentando-se mais 
rapidamente entre os empreendimentos: fluidez. 
 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
Na verdade, para esse casal moderno, o problema é exatamente o contrário: como podem eles 
evitar que as relações familiares sucumbam ao comportamento a curto prazo, ao espírito de 
reunião, e acima de tudo à fraqueza da lealdade e do compromisso mútuo que assinalam o 
moderno local de trabalho? Em lugar dos valores de camaleão da nova economia, a família [...] 
deve enfatizar, ao contrário, a obrigação formal, a confiança, o compromisso mútuo e o senso 
de objetivo. Todas essas são virtudes de longo prazo.SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: 
consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. São Paulo, Record, 2009, p. 27. 
No trecho em tela, o autor procura enfatizar centralmente 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
conflitos entre certos valores familiares e características da nova 
economia. 
Resposta Correta: 
conflitos entre certos valores familiares e características da nova 
economia. 
Comentário 
da resposta: 
Resposta correta. Isto pode ser notado apenas no trecho destacado, mas, se o 
estudante tiver a curiosidade de ir à obra e observar o contexto, verá que foi 
feito um recorte em uma reflexão a respeito de um dilema citado pelo autor, 
precisamente entre os valores que levam ao sucesso no novo mercado e 
aqueles que, supõe-se, devem ser passados em família (a exemplo da 
lealdade). 
 
 
Domingo, 24 de Outubro de 2021 11h43min44s BRT

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