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OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 1 INSTRUÇÕES – QUEM É QUEM? O presente exercício tem por objetivo a leitura do caso concreto e a capacidade do candidato de identificar a peça cabível como advogado. Em cada um dos problemas abaixo você deverá identificar: 1. A peça cabível. 2. O endereçamento da peça. 3. As partes do processo. 4. A legitimidade ativa e passiva. 5. Medida cautelar ou tutela de urgência quando cabível. Obs: Para cada problema, deverá o Aluno indicar os 05 pontos acima descritos, que serão corrigidos em sala conforme divulgado no cronograma final. Com relação ao ponto 05, se não cabível, apenas indique: não cabe! Obs: Lembrem-se que as partes do processo pode ser autor/réu, ou impetrante/autoridade coautora ou demandante/demandado, ou apelante/apelado, ou recorrente/recorrido, ou simplesmente demandante quando não existir réu! Bons estudos! Prof. Douglas Crispim OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 2 PROBLEMA 01: Após anos de defasagem salarial, milhares de trabalhadores que integravam o mesmo segmento profissional reuniram-se na sede do Sindicato W, legalmente constituído e em funcionamento há vinte anos, que representava os interesses da categoria, em assembleia geral convocada especialmente para deliberar a respeito das medidas a serem adotadas pelos sindicalizados. Ao fim de ampla discussão, decidiram que, em vez da greve, que causaria grande prejuízo à população e à economia do país, iriam se encontrar nas praças da capital do Estado Alfa, com o objetivo de debater publicamente os interesses da categoria de forma organizada e ordeira, e ainda fariam passeatas semanais pelas principais ruas da capital. Em situações dessa natureza, a lei dispõe que seria necessária a prévia comunicação ao comandante da Polícia Militar. No mesmo dia em que recebeu a comunicação dos encontros e das passeatas semanais, que teriam início em dez dias, o comandante da Polícia Militar, em decisão formalmente comunicada ao Sindicato W, decidiu indeferi-los, sob o argumento de que atrapalhariam o direito ao lazer nas praças e a tranquilidade das pessoas, os quais são protegidos pela ordem jurídica. Inconformado com a decisão do comandante da Polícia Militar, o Sindicato W procurou um advogado e solicitou o manejo da ação judicial cabível, que dispensasse instrução probatória, considerando a farta prova documental existente, para que os trabalhadores pudessem cumprir o que foi deliberado na assembleia da categoria, no prazo inicialmente fixado, sob pena de esvaziamento da força do movimento. PROBLEMA 02: OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 3 PROBLEMA 03: PROBLEMA 04: OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 4 PROBLEMA 05: PROBLEMA 06: OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 5 PROBLEMA 07: PROBLEMA 08: OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 6 PROBLEMA 09: PROBLEMA 10: OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 7 PROBLEMA 11: PROBLEMA 12: OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 8 PROBLEMA 13: Maria das dores, Brasileira, guarda municipal do município X, do estado Y. em sua atividade, maria das dores se enquadra no previsto do inciso II, §4, do art. 40 da CF/88, fazendo jus a aposentadoria especial, devido a atividade de risco. Ao requerer sua aposentadoria, em condições especiais, teve seu pedido negado tendo em vista que embora previsto na constituição, tal aposentadoria depende de lei complementar disciplinando a matéria, o que ainda não existe. Diante da inercia legislativa, ela lhe procura na qualidade de advogado. Como advogado, promova a medida judicial cabível. PROBLEMÁTICA 14: O CN aprovou e o presidente da república sancionou lei complementar X, modificando um artigo do código civil. Um ano depois, o PR edita medida provisória W alterando a redação do mesmo artigo que já tinha sido alterado pela lei complementar X. Em controle concreto, Juízes e Tribunais têm declarado incidentalmente a inconstitucionalidade da medida provisória. O diretório nacional do partido Deus nos acuda, partido político que possui um único deputado federal na câmara dos deputados lhe procura como advogado para ajuizar medida judicial que coloque fim a controvérsia da constitucionalidade da medida provisória W. Redija a peça cabível. PROBLEMA 15: João Lima ingressou com ação contra a Caixa Econômica Federal no juizado especial federal, pleiteando a correção dos depósitos do seu fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), em decorrência dos expurgos inflacionários dos planos Collor e Verão 1. Julgada improcedente a ação, João recorreu à Turma Recursal, sustentando, entre outras razões, precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecendo esse direito. No entanto, o recurso foi desprovido, contrariando decisões do STF, apesar de ter sido prequestionada a matéria constitucional invocada. Dessa forma, João interpôs recurso extraordinário, fundado na violação a dispositivo da Constituição, que, contudo, não foi admitido. Interposto agravo de instrumento, o presidente da Turma Recursal negou-lhe seguimento, tendo como fundamento o descabimento do recurso extraordinário nos juizados especiais. Diante dessa situação hipotética, como advogado de João Lima, proponha a medida judicial que entender cabível, para se preservar a competência do STF e se viabilizar o trânsito do agravo dirigido a esse tribunal contra a inadmissão do recurso extraordinário. PROBLEMA 16: Fábio é universitário, domiciliado no Estado K e pretende ingressar no ensino superior através de nota obtida pelo Exame Nacional, organizado pelo Ministério da Educação. Após a divulgação dos resultados, Fábio é surpreendido com seu baixo desempenho nas questões discursivas, a transparecer que não corrigiram adequadamente sua prova, ou deixaram de lançar ou somar as notas das questões, o que inviabiliza seu ingresso na entidade preferida. Não há previsão de vista de prova e nem de recurso administrativo no edital, sendo certo que existe agente público do Ministério da Educação responsável pelo exame em cada estado da federação, denominado de Coordenador Estadual do Exame Nacional, sediado na capital. Fábio requereu vista de prova e revisão da mesma ao Coordenador Estadual do Exame Nacional, tendo o seu pedido sido indeferido, por ausência de previsão editalícia. Inconformado, Fábio contrata advogado que impetra mandado de segurança, objetivando ter vista da prova, tendo a liminar sido indeferida, sem interposição de recurso. Após trinta dias de tramitação, surge sentença que julga improcedente o pedido, confirmando a legalidade da recusa de acesso à prova por falta de previsão no edital. A decisão restou clara, sem qualquer vício de omissão, contradição ou obscuridade. Foram opostos embargos de declaração, os quais foram rejeitados. Fábio, por meio do seu advogado, apresenta o recurso pertinente. Redija a peça recursal cabível ao tema.