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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de tecnologia - FAT Laboratório de Engenharia Química II Alaina Lima de Paula Beatriz Pires de Oliveira Gabriel de Almeida Garcia Gabrielle Albuquerque Maciel Ingrid Militão da Costa Luiz Felipe Marcondes Carvalho Naiara Firmiano Fabiano da Silva Nathalia Alvim de Souza Trocador de Calor Resende 2021 0 Trocador de Calor Relatório apresentado como requisito parcial da aprovação da disciplina de Laboratório de Engenharia Química II da Faculdade de Tecnologia - FAT - UERJ. Resende 2021 1 RESUMO Trocadores de calor são equipamentos utilizados para promover a troca de calor entre correntes de fluidos, podendo ser de vários tipos. Na indústria são utilizados no lugar de fornos para aumentar eficiência e para diminuir o custo do processo. No experimento vimos o trocador de calor de casco e tubo e o trocador de calor bitubular (contra-corrente e cocorrente). Para podermos calcular o coeficiente de troca térmica vimos que ele depende do coeficiente convectivo que é influenciado por diversos fatores. 2 LISTA DE SÍMBOLOS q- taxa de transferência térmica (W/m²) k- condutividade térmica (W/[m.K]) ε a - efetividade do trocador (adm) h- coeficiente convectivo ( W /[ m².K]) Cp-calor específico (kj/Kg.K) U-coeficiente global de transferência de calor(W/m2.K) Nu- Número de Nusselt(adm) m- vazão volumétrica(m3/s) Di-diâmetro interno (m) Do-diâmetro externo(m) Th- temperatura do fluido quente(ºC) Tc-temperatura do fluido frio(ºC) 3 SUMÁRIO 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5 1.1 Trocador de Calor 5 1.2 Eficiência e efetividade do trocador de calor 6 1.3 Aplicação 8 2 OBJETIVO 9 3 METODOLOGIA 10 3.1 Aparato experimental 10 3.1.1 Aparato de Casco e Tubo: 10 3.1.2 Aparato Bitubular 11 3.2 Procedimento Experimental 13 3.2.1 Procedimento experimental para o trocador de Casco e Tubo: 13 3.3 Equações 14 3.3.1 Trocadores de calor casco e tubo experimental e teórico 14 3.3.2 Trocadores de calor bitubular experimental e teórico 19 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 24 4.1 Trocador casco e tubo 24 4.2 Trocador bitubular 2 9 5 CONCLUSÃO 31 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32 ANEXO 1: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA O EXPERIMENTO 1 (CASCO E TUBO). ANEXO 2: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA O EXPERIMENTO 2 (BITUBULAR). ANEXO 3: MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA O U TEÓRICO. ANEXO 4: SLIDES DA APRESENTAÇÃO ORAL. 4 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1.1 Trocador de Calor Trocadores de calor são equipamentos utilizados para promover a troca de calor entre correntes. Eles podem ser de vários tipos, entre eles estão: Duplo Tubo, Casco e Tubo e Placas. ● Duplo tubo: O trocador duplo tubo também chamado de bitubular é composto por dois tubos concêntricos, geralmente com trechos retos e com conexões apropriadas nas extremidades de cada tubo para dirigir os fluidos de uma seção reta para outra. Neste trocador acontece a troca de calor através do tubo interno. Figura 1:Esquema de um trocador duplo tubo ● Casco e Tubo: O trocador de calor casco e tubo é composto por um casco cilíndrico, que contém um conjunto de tubos, colocados em paralelo ao eixo longitudinal do casco. Nos quais são presos, em suas extremidades, as placas perfuradas denominadas espelhos e a cada furo corresponde a um tubo do feixe. Os espelhos são presos ao casco. Os tubos que compõem o feixe atravessam várias placas perfuradas, as chicanas, que servem para direcionar o fluido que escoa por fora dos tubos e também para suportar os tubos. No trocador um dos fluidos escoa pelo interior dos tubos e outro por fora dos tubos. A distribuição dos tubos segue um padrão no qual eles sejam possível alocar em um determinado diâmetro, depende do diâmetro externo do tubo, da distância e arranjo dos tubos que compõem o feixe e o número de passagens no lado do tubo. 5 Figura 2:Esquema de um trocador Casco e Tubo ● Placas: O trocador de placas consiste de um suporte, onde placas independentes de metal, sustentadas por barras, são presas por compressão, entre uma extremidade móvel e outra fixa. Entre placas adjuntas formam-se canais por onde os fluidos escoam. Figura 3 : Trocador tipo placa 1.2 Eficiência e efetividade do trocador de calor Para a realização dos cálculos será necessário adotar algumas hipóteses: ● Regime permanente ● Capacidades caloríficas das correntes constantes ● Coeficientes de transferências constantes ao longo da área de troca térmica ● Condução térmica na direção axial desprezível; ● Não há transferência de calor para o ambiente; ● Não há geração de calor; ● Variações de energia cinética e potencial gravitacional desprezíveis. Para os cálculos usamos o método da Média Logarítmica de diferença de temperatura(LMTD). 6 Equação 1: Método LMTD. Após calculo do LMTD pode se calcular a o Q a partir da fórmula: Equação 2: Cálculo de Q. Assim podemos achar o U a partir da fórmula : Equação 3: Cálculo do U. Uma outra forma de se calcular é pela equação: Equação 4: Cálculo do U. ● Eficiência É a razão entre a carga térmica e a máxima carga térmica que as condições termodinâmicas permitem e é dada pela equação: Equação 5: Cálculo da eficiência. Observação:não utilizamos essa equação para realizar nossos cálculos 7 1.3 Aplicação Os trocadores de calor têm uma ampla gama de aplicações, são utilizados como componentes de sistemas de ar-condicionado e refrigeração ou sistemas de aquecimento. Muitos processos industriais requerem um certo nível de calor para funcionar, e os fornos são usados para isso, mas geralmente é necessário ter cuidado para evitar que esses processos fiquem muito quentes. Nas fábricas, os trocadores de calor precisam manter as máquinas, produtos químicos,água, gás e outras substâncias em temperaturas operacionais seguras. Os trocadores de calor também podem ser usados para capturar e transferir vapor ou calor liberado como um subproduto de um processo ou operação, de modo que o vapor ou calor possa ser utilizado em outro lugar, aumentando assim a eficiência e economizando os orçamentos de uma indústria. 8 2 OBJETIVO O objetivo da prática é verificar experimentalmente o funcionamento de um trocador de calor, e gerar um modelo matemático para descrever o processo. O coeficiente de transferência de calor convectivo é nosso parâmetro mais importante, e seu valor deve ser determinado em função de quatro condições diferentes. Durante a prática conseguimos observar as temperaturas de entrada e saída no decorrer do tempo nos dois tipos de escoamentos. 9 3 METODOLOGIA 3.1 Aparato experimental Serão divididos neste tópico, os dois procedimentos experimentais: Casco e tubo e Bitubular. 3.1.1 Aparato de Casco e Tubo: O sistema experimental consiste de um trocador de calor de casco e tubos; um banho térmico com reciclo; termopares; painel com indicador de temperatura e chave liga-desliga; um reservatório com água e uma bomba centrífuga, conforme Figura 4. Figura 4: Conjunto experimental de trocador de calor de casco e tubo. FONTE: MANUAL CASCO E TUBO O trocador de calor é tipo casco e tubos 1-2, APEMA TST30-2BV (nº de série 24762). O casco é em aço carbono com diâmetro interno de 60,3 mm, contendo internamente 14 tubos de cobre com diâmetro externo dos tubos de 9,53 mm, espessura 0,79 mm e comprimento de 240 mm. A área de troca de calor é de 0,10 m². Possui duas chicanas com corte horizontal de 27%, espaçamento entre as chicanas de 80 mm e espaçamento entre a primeira chicana e o espelho de 91 mm. 10 Os bocais são de �⁄�”. A bomba centrífuga de 1/3 HP (220V) é acoplada à caixa d’água de 100 L, com boia. A tubulação de descarga da bomba (3/4”) tem válvulas gaveta para alimentar o trocador de calor e reciclo para a caixa d’água. O painel é composto por chave seletora eletrônica para 8 pontos (conectada para 220V), para termoresistência tipo Pt-100, com indicação de temperatura (escala 0-199,9 oC). Os medidores de temperatura estão conectados nas entradas e saídas dos fluidos. 3.1.2 Aparato Bitubular O trocador de calor bitubular é constituído por tubos de aço inox, cujo a tubulação maior, que constitui a região anular, possui diâmetro interno de 45,8 mm, o tubo interno tem diâmetro externo de 12,15 mm, 0,15 mm de espessura e 0,85 de comprimento, conforme a figura 5 e 6. Figura 5: Aparato trocador de calor Bitubular. FONTE: SLIDE LEQ 2 - TROCADOR DE CALOR 11 Figura 6: Representação do aparato experimental Bitubular. FONTE: MANUAL BITUBULAR Este módulo é composto por: (1) Trocador de calor bitubular; (2)Mangueira de polietileno de alta densidade (PEAD) 10 mm (3) Conexões pneumáticas de engate rápido NTP �⁄� para tubo 10 mm (4) Válvula esfera �⁄� (5) Conexões pneumáticas do trocador (6) Bomba centrífuga 0.5 cv (7) Válvula esfera �⁄� (8) Válvula gaveta �⁄� (9) Manômetro (10) Te (11) Joelho (12) Mangueira PVC flexível de �⁄� in (13) Reservatório 200 L (14) Bomba centrífuga (head máximo 3 kgf/cm²) 12 (15) Tubo Aquatherm de �⁄� 3.2 Procedimento Experimental 3.2.1 Procedimento experimental para o trocador de Casco e Tubo: O experimento seguiu da seguinte forma: a) Ligou-se o banho, ajustou-se a temperatura de trabalho (set point) e esperou-se até se estabilizar. Não foi ligada a bomba do banho nesse momento; b) Abriu-se a válvula para o fornecimento de água no reservatório da água fria e ligou-se a bomba centrífuga do mesmo; c) Abriu-se a válvula para o fornecimento de água no trocador e ajusta-se a vazão em torno de 0,2 kg/s. Para tal, foi acionada também a válvula de retorno ao reservatório; d) Mediu-se a vazão volumétrica e foi anotado o valor (em triplicata). Foi mantido o nível de líquido aproximadamente constante, evitando transbordamento da água do reservatório ou nível insuficiente para bombeamento da água; e) Ligou-se o painel de temperatura. Colocou-se o set point do banho abaixo da temperatura ambiente e ligou-se a bomba do banho. Acionou-se o cronômetro e mediu-se as quatro temperaturas no trocador, a diferentes tempos, até o sistema se estabilizar. As medidas iniciais foram feitas continuamente e, posteriormente, a cada 2 ou 3 minutos; f) No fim do experimento, mediu-se a vazão mássica da água quente e a massa de água contida no banho. 3.2.2 Procedimento experimental para o trocador Bitubular: O experimento seguiu da seguinte forma: a) Posicionou-se o ebulidor dentro do tanque de água quente, estando este em contato com água, ligou-se o mesmo e o agitador mecânico na tomada, e esperando até a temperatura do fluido quente atingir, aproximadamente, 70°C. b) Manipulou-se as válvulas esferas de �⁄�’’(4) para direcionar o fluido frio de modo que o arranjo no trocador fique co-corrente e posicionou-se os termômetros digitais nos bocais para medição da temperatura de saída do fluido quente e frio; c) Abriu-se as válvulas esferas para o fornecimento de água no reservatório da água fria e de retorno e ligou-se a bomba centrífuga do mesmo; d) Abriu-se as válvulas gaveta (8) e esfera (7) para o fornecimento de água no trocador e ajustou-se a vazão deixando a válvula esfera de retorno ao reservatório aberta; 13 e) Mediu-se a vazão volumétrica e foi anotado o valor (em triplicata). Foi mantido o nível de líquido aproximadamente constante, evitando transbordamento da água do reservatório ou nível insuficiente para bombeamento da água; f) Com a temperatura do fluido quente estabilizada em 70°C, abriu-se as válvulas gaveta (18) e esfera (19) para o fornecimento de água quente no trocador e ligou-se a bomba para retorno do fluido quente. g) Simultaneamente ao ligar a bomba, acionou-se o cronômetro e mediu-seas quatro temperaturas no trocador, a diferentes tempos, até o sistema se estabilizar. As medidas iniciais foram feitas continuamente e, posteriormente, a cada 2 ou 3 minutos; h) No fim do experimento, mediu-se a vazão mássica da água quente e o volume de água contida no banho, através do nível de água e as dimensões do tanque; i) Desligar as bombas do reservatório e fechar as válvulas esferas que alimentam os fluidos quente e frio ao trocador; j) Manipulou-se as válvulas esferas de �⁄�’’(4) para direcionar o fluido frio de modo que o arranjo no trocador fique contracorrente e posicionar os termômetros digitais nos bocais para medição da temperatura de saída do fluido quente e frio; k) Repetidas as etapas c –i, com o arranjo do trocador bitubular em escoamento contracorrente. 3.3 Equações Para a parte de equacionamento começaremos com a divisão de seções entre trocadores de calor casco e tubo e por trocador de calor bitubular. 3.3.1 Trocadores de calor casco e tubo experimental e teórico Primeiramente iremos calcular o θ1 e o θ2, através da Equação 6, nele será relacionado às diferenças das temperaturas quentes e frias. 14 Equação 6: Cálculo do θ1 e θ2 Após o cálculo do θ podemos substituí-los na fórmula do LMTD, que nada mais é do que a diferença da temperatura média logarítmica. Equação 7: Método LMTD. Por conseguinte, iremos calculamos o coeficiente convectivo pelo método iterativo, onde iremos chutar um valor para o U e por consequência iremos encontrar o valor do Q, a equação será resolvida no solver e será minimizada pelo método da soma dos erros ao quadrado : Equação 8: Cálculo de U, método iterativo Depois do cálculo do Q e do U, iremos calcular o valor de Th,i com a Equação 9, a seguir: Equação 9: Cálculo do Th,i A partir daqui iremos então passar para o cálculo teórico que foi realizado no Python, então iremos começar pela inserção dos dados fornecidos pela professora, onde primeiramente iremos calcular o valor da área de escoamento pela Equação 10: 15 Equação 10: Área de escoamento A partir daí, será calculado também o valor da vazão volumétrica e viscosidade cinemática, ou também conhecida como velocidade de escoamento, vistos nas seguintes equações: Equação 11: Vazão volumétrica Equação 12: Viscosidade cinemática ou velocidade de escoamento Calcularemos o diâmetro equivalente, que será considerado em todos os cálculos dos parâmetros seguintes, por conta da escolha do arranjo triangular. Equação 13: Diâmetro equivalente A partir daqui, iremos calcular os números adimensionais de Prandtl, Reynolds e Nusselt, para o cálculo do coeficiente de convecção para o fluido quente e para o interior. Primeiramente o Prandtl será representado pela Equação 14: Equação 14: Número de Prandtl 16 Agora iremos calcular o número de Reynolds para nos nortear sobre qual correlação de Nusselt que iremos utilizar: Equação 15: Número de Reynolds A partir do valor de Reynolds iremos determinar o fator de atrito a seguir: Correlação 1: Fator de atrito A posteriori o valor do Reynolds pode ter as seguintes correlações: Tabela 1: Número de Nusselt de acordo com Reynolds e Prandtl Logo iremos escolher o que será mais próximo do que foi calculado. Além delas temos as seguintes correlações para o regime laminar: 17 Correlação 2: Regime laminar Para o regime turbulento temos: Correlação 3: Regime turbulento Então o que melhor descrever é o que iremos utilizar, partindo agora para o cálculo em si do coeficiente de convecção teremos: Equação 16: Coeficiente de película Agora com o coeficiente de película da água quente e do o coeficiente de película interno, teremos a determinação do coeficiente global teórico: Equação 17: Coeficiente de transferência de calor global 18 Voltando para o cálculo no excel, iremos agora calcular os valores de Th,i teórico comparando com cada um dos coeficientes globais, para que possamos traçar um gráfico, para isso iremos utilizar a seguinte equação: Equação 18: Th,i teórico 3.3.2 Trocador de calor bitubular Nesta seção será apresentado as equações que serão utilizadas tanto para co-corrente quanto para contra-corrente. Todas as equações também servirão para os fluidos quentes e frios, havendo apenas uma pequena alteração entre eles, que será mostrada a posteriori. Para o cálculo do coeficiente de transferência de calor global iremos passar por algumas etapas. A primeira seria inserir os dados fornecidos, e a partir deles calcular a vazão volumétrica de cada um dos volumes dados. Com essa etapa concluída iremos fazer a interpolação dos dados das tabelas seguintes: 19 Tabela 1: Propriedades termofísicas da água saturada 20 Tabela 3: Densidade da água A partir da interpolação iremos então identificar qual é a massa específica, a viscosidade, a capacidade calorífica, a condutividade térmica e o número de Prandtl. Com a relação abaixo, iremos calcular a vazão mássica: Equação 19: Relação entre vazão volumétrica e mássica. A partir disso iremos começar a separar qual é o fluido quente e qual o fluido frio. Para o fluido quente teremos: Equação 20: Número de Reynolds 21 Equação 21: Número de Nusselt Equação 22: Coeficiente de película interno Já para o fluido frio teremos: Equação 23: Número de Reynolds, e a área do trocador Equação 24: Número de Nusselt Equação 25: Coeficiente de película externo 22 A partir desses valores iremos calcular a diferença de temperatura média logarítmica (ΔT lmtd), a taxa de calor requerida e por último e mais importante o coeficiente de transferência de calor global. Equação 26: ΔT lmtd Equação 27: Cálculo do q Equação 28: Cálculo do coeficiente global experimental Equação 29: Cálculo do coeficiente global teórico23 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Primeiramente iremos dividir essa seção em duas onde temos dois experimentos que ocorrem, o primeiro é sobre trocadores de calor casco e tubo e o segundo é um trocador de calor bitubular. 4.1 Trocador casco e tubo Neste experimento começamos com a entrada dos dados experimentais, no excel, fornecidos pela professora, para auxiliar na condução dos cálculos. A primeira tabela é referente às dimensões e composições de ambos trocadores, já a segunda tabela, é referente aos dados experimentais essenciais para o início da memória de cálculo, a mesma é fornecida através do decorrer do experimento. Tabela 4: Dados trocador de calor Tabela 5: Dados experimentais O próximo passo é começar os cálculos a partir dos dados que o experimento nos forneceu, ou seja, a variação da temperatura do fluido quente e frio de acordo com o tempo, para que assim a partir dele e da equação do teta podemos calcular a diferença de temperatura média logarítmica, ou como conhecida, ΔT lmtd. E posteriormente conseguir traçar o gráfico e analisar quais temperaturas se alteraram mais e qual foi a tendência dessa alteração. 24 Tabela 6: Cálculo do θ1 e θ2 e do ΔT lmtd Gráfico 1: Relação das temperaturas em regimes transiente com o tempo Através da análise visual gráfica, podemos perceber que as temperaturas quentes que são a Th,i e Th,o são as que pela variação do tempo vão ficando menores, ou seja, vão esfriando. Já as mais frias que são as Tc,i e a Tc,o, são as que vão levemente aumento a temperatura, mesmo que minimamente e às vezes muito imperceptíveis, isso se dá pelo fato 25 de que as trocas térmicas foram efetivas, ou seja, o fluxo de calor está indo do mais quente para o mais frio, ou seja, aumento um pouco a temperatura do frio e esfriando a mais quente. Resumindo, o fluido quente que sai do lado do casco diminui enquanto o fluido frio no lado dos tubos houve um ligeiro aumento de temperatura. Para o cálculo do coeficiente global de transferência de calor U, utilizamos dois softwares para realizar as contas, o primeiro software foi o excel, onde calculamos o valor do U pela ferramenta solver, utilizando o método da soma dos erros ao quadrado, como podemos observar na tabela abaixo: Tabela 7: Dados para o cálculo do coeficiente global de transferência de calor Já para o cálculo do coeficiente global teórico utilizamos o python, pois o mesmo nos forneceu mais segurança e mais facilidade, o anexo com os detalhes estarão na memória de cálculo, aqui apenas apresentaremos o valor encontrado, como podemos notar na Tabela 8: 26 Tabela 8: Valores do coeficiente global tanto experimentalmente como teoricamente e seu erro Podemos observar que o nosso erro em relação ao coeficiente global foi bem alto, mais de 65%, isso se dá por alguns motivos e considerações que iremos citar: ● Suposição sobre o arranjo ser triangular, esse arranjo favorece uma maior turbulência, pois não tínhamos todas as informações os trocadores de calor; ● Propriedades constantes, onde sabemos que não é comum, e que se tivéssemos considerado a temperatura de película o valor do coeficiente seria melhor; ● Consideramos um passe do tubo padrão para esse tipo de trocador de calor entre 15/16 polegadas ; ● Fora o desgaste dos trocadores de calor, pois os mesmos foram submetidos a muito tempo de uso, sabendo que eles possuem um certo tempo de uso. ● E por último, mas não menos importante seria o fato da correlação de Nusselt não estar dentro dos parâmetros determinados pelo experimento, fazendo com que cresça muito o nosso erro. Logo após a descoberta dos valores do coeficiente global, calculamos então a temperatura do fluido quente Th,i para os dois coeficientes, tendo como resultado a tabela abaixo e a posteriori o gráfico com a relação de ambos. 27 Tabela 9: Relação do Thi teórico para os diversos coeficientes (experimental e teórico) A partir dos dados apresentados acima, foi possível plotar um gráfico, onde temos os diferentes Th,i, onde temos o dado experimentalmente que é o Th,i, o que foi calculado teoricamente que é o Th,i teórico e que foi calculado para o U teórico que é o Th,i calculado. Gráfico 2: Relação entre os Thi em relação ao tempo 28 No gráfico notamos as diferentes temperaturas e como elas ficam próximas uma das outras, e de mesmo comportamento, isso traduz o fato de que o método de cálculo foi o mesmo, logo isso já era esperado, além de apenas ter seu coeficiente global diferente, o que também notamos entre as bolinhas laranja e cinza. 4.2 Trocador bitubular Neste outro experimento, primeiramente, começamos com a entrada dos dados experimentais, no excel, fornecidos pela professora, para auxiliar na condução dos cálculos. A primeira tabela é referente ao diâmetro interno, diâmetro externo e ao comprimento do trocador bitubular , já a segunda tabela, é referente aos dados experimentais necessários para o cálculo de contra-corrente e co-corrente , através do decorrer do experimento. Tabela 10: Dados experimentais usados para o cálculo de contra-corrente e co-corrente Tabela 11: Dados fornecidos pela professora Posteriormente, a partir dos dados fornecidos, utilizamos para calcular a taxa de calor requerida, o coeficiente global de transferência de calor experimental e teórico, para os arranjos co-corrente e contracorrente. As tabelas abaixo apresentam os resultados encontrados: 29 Tabela 12: Resultados para a taxa de calor requerida Foi calculado também o coeficiente global teórico e experimental para o co-corrente e contracorrente, para comparações e para o cálculo do erro associado. Tabela 13 Resultados dos coeficientes globais teóricos e experimentais Tabela 14: Erro associado para cada coeficiente global Verificou-se que o erro associado ao sistema contra-corrente foi mais elevado do que o erro do co-corrente, issopode estar relacionado a algo na execução do experimento, também pode estar associado ao tempo de uso do trocador de calor, falhas humanas na parte de cronometragem, falha na coletagem dos dados do volume, corrosão na tubulação do trocador de calor, o fato de não ter sido considerado a rugosidade do tubo (isso afeta no cálculo do número de reynolds). 30 5 CONCLUSÃO Conforme explicado neste presente trabalho, trocadores de calor são equipamentos utilizados para promover a troca de calor entre correntes, há diversas formas e tipos de trocadores de calor e uma ampla gama de atuações. Foram feitos os cálculos para se obter e comparar os coeficientes globais de transferência de calor, experimental e teórico, e as temperaturas de entrada e saída das correntes, nos dois diferentes trocadores, e se concluiu que as trocas térmicas foram efetivas e o fluxo seguiu-se da corrente mais quente à corrente mais fria, conforme era previsto pela literatura, porém em relação ao coeficiente global de transferência de calor, foi encontrado um erro relativamente grande associado, cerca de 65% para o trocador casco e tubo, 43% e 88% para o trocador bitubular operando em co-corrente e contracorrente, respectivamente, e isso pode ser explicado por alguns fatores, como o arranjo triangular utilizado supostamente favorecer maior turbulência, às propriedades serem constantes, ao desgaste do trocador de calor, dentre outros citados anteriormente. No procedimento com trocador de calor bitubular foi obtida uma diferença na temperatura final obtida no experimento co-corrente e contracorrente, essa variação pode ser explicada pela eficiência maior na troca de calor em contracorrente, porque a diferença de temperatura entre o fluido quente e frio é mantida praticamente constante, favorecendo a troca térmica durante todo percurso, enquanto no caso co-corrente a diferença inicial é grande no início e tende a se igualar à medida que as correntes avançam, desfavorecendo a troca térmica no decorrer das distâncias, no entanto, o erro encontrado foi muito elevado, que pode ser oriundo da não adequação ao modelo matemático, falhas humanas nas medidas e desgaste do trocador de calor. 31 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INCROPERA, F. P. et al. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. 6. ed. [S.I.]: LTC, 2007. p. 2-639. 32
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