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DJi - Revolução - Revolta

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- Índice Fundamental do Direito
Legislação - Jurisprudência - Modelos - Questionários - Grades
Revolta - Revolução - Art. 149 a Art. 153, Motim e Revolta - Crimes Contra a Autoridade ou Disciplina
Militar - Crimes Militares em Tempo de Paz - Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969 - Art. 368
a Art. 369, Motim e Revolta - Favorecimento ao Inimigo - Crimes Militares em Tempo de Guerra - Código
Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969
 O termo revolução denomina a mudança brusca e radical de
convicções sociais. Tais convicções podem ter a mais variada natureza:
política, econômica, jurídica, artística e até, soi disant, sexual (!).
Interessa-nos, evidentemente, o conceito de Revolução política. Esta
pode ser definida como a mudança repentina, violenta ou não, das
instituições e dos governantes. Com efeito, na revolução política tudo é
subvertido: os governantes são apeados do poder, e as leis que haviam
consagrado são substituídas, em nome de uma nova ideologia. Apontam-
se, como exemplos típicos de revoluções violentas, a revolução Francesa
(1789) e a socialista russa (1917).
 Como exemplo de Revolução não violenta, podemos citar a
Revolução Republicana do Brasil (1889), quando houve substituição dos
governantes, bem como da forma de Estado (de unitária para federal), da
forma de governo (de monárquica para republicana) e do regime de
governo (de parlamentarista para presidencialista). Já se vê que, na
revolução, o emprego efetivo da violência material (vis materialis) ou
coerção nem sempre é necessário, embora a violência psicológica (vis
compulsiva) seja inafastável nos movimentos de fato. Como negar,
entretanto, o poder revolucionário a uma Assembléia Constituinte? Sem o
emprego da força, pode essa Assembléia subverter, por inteiro, a ordem
jurídica vigente, substituindo-a por outra, bem como os próprios
governantes, que a ela, soberana, devem se curvar.
 J. S. Erõs, em verbete intitulado Revolução, aponta três correntes
modernas do estudo da revolução: a progressista ou evolucionária, a
conservadora e a positivista ou científica. A concepção progressista
pontificou no séc. XIX, congregando homens de esquerda e
liberaisdemocratas. Aqueles, afirmando que as revoluções constituem
etapas do progresso inevitável da humanidade, rumo ao igualitarismo;
estes, mais preocupados com o incentivo à sublevação das massas contra
os déspotas, mostrando mais preocupação com a liberdade individual. A
corrente conservadora mostra-se uma reação à Revolução Francesa, e
suas concepções têm natureza feudal, tradicionalista, teocrática ou
monarquista. Para os conservadores, as revoluções são meras
explorações dos sentimentos populares, mostrando-se incontroláveis e
destrutivas, manifestações de regressão à mentalidade primitiva.
Finalmente, na concepção positivista, o termo revolução apresenta um
matiz puramente descritivo, sem qualquer conotação ideológica. Para esta
corrente, todas as revoluções são genuínas, desde que se possa aferir que
elas sejam apoiadas por uma camada considerável da coletividade.
Referências
e/ou
Doutrinas
Relacionadas:
Absolutismo
Aristocracia
Comunismo
Conceito de Estado
Crimes Contra a
Liberdade Individual
Crimes Militares
Demagogia
Democracia
Deserção
Despotismo
Direito Constitucional
Direito Penal
Ditadura
Farda
Forma de Governo
Glasnost
Humanismo Social
Imputabilidade Penal
Incitação ao Crime
Insubmissão
Justiça Militar
Marxismo
Materialismo
Histórico
Menagem
Ministério Público
Militar
Monarquia
Motim
Nação
Nação e Estado
Nepotismo
 Para os anarquistas, como Proudhon, Bakunin e Kropotkin, uma
revolução não passa da substituição de um déspota por outro, contudo o
somatório dos pequenos benefícios que cada movimento revolucionário
irá incorporar às conquistas sociais acarretará, felizmente, a vitória da
igualdade no mundo.
 Curiosas se mostram as doutrinas de Karl Marx e Vilfredo Pareto
sobre a revolução. Marx nega, veementemente, a teoria da revolução
deflagrada em nome dos direitos naturais, que ele considera não-
científica. Para ele, a revolução surge, inevitavelmente, da confrontação
entre classes sociais, como resultado da contradição entre as
possibilidades de trabalho, as ferramentas correspondentes (forças de
produção) e as relações de fortuna e trabalho (relações de produção).
Ora, tal contradição chega, inevitavelmente, a um ponto crítico, que não
encontra mais solução no modo de produção tradicional, acarretando o
congelamento do desenvolvimento social e, conseqüentemente, a tensão
social. Temos, então, uma confrontação entre o ordenamento social
estabelecido, estático, e as forças de produção, essencialmente
dinâmicas. Isto só pode levar a uma solução revolucionária, mesmo
porque as classes possuidoras dos meios de produção estão,
necessariamente, interessadas na manutenção do status quo. Tais fatores
são objetivos;na revolução, porém, haverá, segundo Lênin, uma parcela
de subjetividade, vale dizer, a atividade dos grupos sociais e dos
partidos. A conjunção de todos estes fatores acarreta a revolução.
 No dizer de Pareto, conhecido sociólogo ítalo-francês que elaborou
um magistral tratado de sociologia, em todas as épocas e lugares, o
Estado é dinamizado por dois setores sociais que vêm a ser,
precisamente, uma elite que governa e outra que é governada.
 Com ou sem sufrágio universal, diz Pareto, é sempre uma minoria que
governa e que sabe dar a expressão que deseja à vontade popular.
 Quando a elite dirigente se torna esclerosada e corrompida, surgem
movimentos tendentes a estabelecer uma nova ordem. Isto é inelutável.
Com efeito, toda elite dirigente, inicialmente jovem e vigorosa, cheia de
ideais, traz consigo o vigor e a coragem dos leões; entretanto, a influência
de fatores negativos, como a corrupção econômica, o abrandamento dos
costumes, a ascendência de demagogos e pacifistas, a agitação política e
a intranqüilidade social, tudo isto faz com que a elite dirigente, já a par de
sua própria debilidade, comece a confiar mais na astúcia do que na força.
Desta forma, os governantes de leões fazem-se raposas... é chegado,
então, o momento propício ao surgimento de uma nova elite dirigente,
casta e portadora de novos ideais, que, desde logo, põe abaixo o
ordenamento corrompido, realizando obra tão interessante como a
destruição de animais daninhos.
 A evolução caracteriza-se, quase sempre, pela manifestação violenta
de forças sociais, estranhas à organização do Estado, ao establishment,
enfim. É a massa, uma classe ou partido, com o apoio ou não das Forças
Armadas, com o fito de mudar o regime político, a ideologia dominante,
as leis e instituições e o pessoal governante.
 Quanto ao golpe de Estado, vem a ser a substituição de alguns ou de
todos os pressupostos da ordem jurídica vigente, imposta pelos próprios
Oligarquia
Oposição
Organicismo
Origem do Poder
Origens do Poder
Político
Parlamentarismo
Pena de Morte
Perestroika
Poder Constituinte
Poder Político
Poder Público
Poderes do Estado
Presidencialismo
Regime de Governo
República
Resistência
Rixa
Separação de
Poderes
Sindicalismo
Sippenhaft
Sistema de Governo
Soberania
Socialismo Utópico
Sociedade
Teoria Geral do
Estado
Terceira Revolução
Industrial
Tirania
Totalitarismo
Traição
Transgressão Militar
Tribunais e Juízes
Militares
governantes, com a finalidade de permanecerem no exercício do poder.
Constitui, no mais das vezes, a usurpação, pelo Poder Executivo, das
prerrogativas do Legislativo e, até, do Judiciário.
 O golpista ou golpistas contam, invariavelmente, com o apoio de uma
parcela considerável das Forças Armadas para o reforço de seu poder.
Podemos citar, como exemplo típico de golpe de Estado, a outorga da
Constituição de 1937, por Getúlio Vargas, a qual inaugurou o chamado
Estado Novo. Percebendo que seu poder começava a esmaecer,
pressionado pelos litígios partidários, e antecipando-se a uma possível
tentativa insurrecional por parte de uma pequenafacção das Forças
Armadas, o caudilho antecipou-se a qualquer tentativa deste naipe, e
reforçou bruscamente o seu poder, impondo à Nação uma carta
constitucional de caráter autoritário.
 Insurreição, rebelião, revolta ou pronunciamento (do espanhol
pronunciamiento) são as várias denominações que toma a manifestação
das Forças Armadas, apoiadas ou não em outras forças sociais, contra
os governantes, a fim de substituí-los ou lhes impor orientação política
diversa.
 Assim, se pelo golpe de Estado os governantes pretendem manter-se
no poder e, por isso, alteram as instituições neste sentido, na revolução
ou na insurreição a principal finalidade é substituí-los.
 A insurreição pode não alcançar as instituições, pois visa apenas à
derrubada dos governantes, por exemplo, no Brasil, a insurreição de
março de 1964, mas a revolução atinge, por definição, a própria ordem
constitucional, alterando a estrutura social, substituindo a ideologia
dominante e criando um novo ordenamento jurídico.
 Seja como for, consoante advertência de Hugo Revol Molina, pode
ficar difícil para o analista estabelecer, desde logo, quando um movimento
político repentino é um golpe de Estado ou uma revolução, pois as
primeiras ações e decisões do grupo que toma o poder político resumem-
se, via de regra, a medidas destinadas a consolidar a posição alcançada.
A diferença entre golpe de Estado e revolução somente pode ser
estabelecida ex post facto. Desta forma, embora os grupos que, na
América Latina, chegam ao poder mediante uma ação apoiada na
violência ou na ameaça desta qualifiquem sua posterior ação
governamental como revolução, a análise sociológico-política encarada
sob uma perspectiva histórica permitiu mostrar que, salvo raras exceções,
a maioria das ações deste tipo, ocorridas no séc. XX, resumiu-se a
meros golpes de Estado, não obstante as manifestações verbais que as
acompanharam. Caetano, Marcelo, Manual de Ciência Política e Direito
Constitucional, Lisboa, 1972; Erõs, J. S., Revolução, verbete in
Dicionário de Ciências Sociais, Fundação Getúlio Vargas-MEC -
Fundação de Assistência ao Estudante, 1986; Ferreira Filho, Manoel
Gonçalves, Direito Constitucional Comparado, São Paulo, José
Bushatsky Editor-EDUSP; Gõrlitz, Axel, Diccionario de Ciencia Política,
Madrid, Alianza Editorial, 1980; Pareto, Vilfredo, Trattato di Sociologia
Generale, Milano, Edizioni di Comunità, 1981; Revol Molina, Hugo,
Golpe de Estado, verbete in Dicionário de Ciências Sociais, Fundação
Getúlio Vargas-MEC - Fundação de Assistência ao Estudante, 1986.
Revista Realizada por Suelen Anderson - Acadêmica de Ciências
Jurídicas em 02 de março de 2007
Normas Relacionadas:
Art. 154, Aliciação para Motim ou Revolta - Aliciação e
Incitamento - Crimes Contra a Autoridade ou Disciplina Militar -
Crimes Militares em Tempo de Paz - Código Penal Militar - CPM
- DL-001.001-1969
Motim e Revolta - Crimes Contra a Autoridade ou Disciplina
Militar - Crimes Militares em Tempo de Paz - Código Penal
Militar - CPM - DL-001.001-1969
Motim e Revolta - Favorecimento ao Inimigo - Crimes Militares
em Tempo de Guerra - Código Penal Militar - CPM - DL-
001.001-1969
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