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Epilepsia, sincope e CNEP
Sincope
Fisiopatogenia: Falência cardiovascular súbita Perda da consciência e do tônus muscular, duração de segundos. 
Manifestações: Pode ocorrer abalos musculares, olhos abertos e desviados, incontinência esfincteriana, abalos muculares. Paciente pálido antes e durante a crise. 
Principais tipos: vaso vagal, tosse, pós miccional, hipotensão ortostática. 
Conduta: deitar a pessoa para recuperar a consciência, caso contrário pode ocorrer lesão neurológica. Examinar ritmo cardíaco (holter 24h/ECG) e Ecocardio (estrutura). 
Obs.: Desmaio sentado ou deitado: alteração cardíaca maligna – internar, investigação rápida
Sincope maligna: + fratura – deve internar, investigação rápida
Disparadores: fortes emoções, fadiga, após levantar-se da cama, após urinar.
Crise epilépticas
Fisiopatogenia: Descarga anormal de neurônios em determinadas regiões encefálicas corticais ou de forma generalizada.
Paciente cianótico.
Tipos: 
1. Convulsiva = crise tônico-clônico generalizada. 
Olho aberto, olhar desviado. Inconsciente. 
Colocar em decúbito lateral, proteger a cabeça e não introduz nada na boca. Crises com Duração de 1-2min e resolvem sozinhas, aguardar até 5 minutos para tratamento.
Não há morte neuronal.
2. Mal Epiléptico = Duração > 30min ou crises seguidas de sonolência, nova crise, mas sem recuperar a consciência (conta todo o período).
Estado potencial de mal convulsivo: convulsão entre 5-30min – tratar como se fosse mal. 
Tratamento: Abortar crise: 
· Diazepam (BR) EV 1amp 10mg, até melhorar (no máx. 4 ampolas). Duração dos efeitos anticonvulsivantes: 20min. 
· Midazolam 10mg IM – sem acesso EV no momento da crise + Diazepam após cessar crise (adm. 3 ampolas)
Prevenir novas crises: Hidantalização: fenitoína 1ml por min até hipotensão – 15mg/kg - monitorizar por 24-48 horas pelo risco de arritmia cardíaca.
Há lesão neuronal.
3. Mal convulsivo refratário: anestesiar: midazolam, fenobarbital (= gardenalização dose cavalar de fenobarbital - meia vida 60-100h), propofol ou tiopental coma + UTI – monitorização EEG contínuo (padrão surto-supressão)
4. Mal não convulsivo: descarga neuronal prolongada, sem sinais clínicos (apenas na monitorização)
5. Mal super refratário: quetamina, dieta cetogênica, pulso terapia com metilpredinisolona
Estado pós-ictal: após as crises: rebaixamento de consciência, sonolência, pode durar até 1 hora.
Gatilho (disparadores) das crises: medicação, distúrbio hidroeletrolítico, infecções, posologia irregular de anticonvulsivante.
Obs.: Epilepsia: 2 ou mais crises não provocadas, com intervalo maior de 24h, sem fator desencadeante. Tratamento: monoterapia com anticonvulsivantes (70% melhoram)
· Epilepsia refratária (droga resistente): não melhora com 3 tratamentos: 2 monoterapias (em doses máximas e medicamentos com mecanismos de ação diferentes), 1 associação.
Principal causa: esclerose mesial temporal (esclerose do hipocampo)
· tratamento: amigdalohipocampectomia
6. Crise Focal disperceptiva: perda de consciência + automatismos.
Comum no adulto
Foco mais comum: lobo temporal esclerose mesial temporal 
7. Crise Focal Generalizada
Início focal com difusão bilateral: automatismo + crise convulsiva tônico-clônico generalizada + lateralização da cabeça + desvio do olhar + olhos abertos
8. Crise de ausência: generalizada do tipo ausência.
Comum em crianças, como se “desligasse”, dura segundos, sem automatismos, sem pós-ictal.
Pode gerar prejuízo escolar, o quadro melhora quando cresce.
Pode ser desencadeada por hiperventilação.
EEG: Padrão ponta onda 3hz generalizada (patognomonico). 
Tratamento: ácido valpróico ou etossuximida. 
Como Diferenciar Sincope de Convulsão
1- Conversar com quem presenciou a crise 
2- questionar os disparadores (trigger).
3- Aura (crise convulsiva): epigastralgia, crise de ansiedade, dor torácica, dejavú, medo extremo
4- Mialgia (crise convulsiva): CPK no final da crise convulsiva: muito elevada perda de fibra muscular
Crise Não Epiléptica Psicogênica/Funcional 
Fisiopatogenia: De origem psicogênica. Conteúdo subconsciente expresso em “doença orgânica”.
Sinais clínicos: olhos fechados**, cabeça em “não-não”, opistotono, movimento de báscula do quadril, movimentos dissociados (fora de fase) dos membros.
Mais comum em mulheres. Sempre investigar trauma psicológico prévio: abuso sexual*. Só tem crise em determinado contexto = funcional
Diagnóstico diferencial do mal convulsivo.
Tratamento: psiquiátrico. Não fazer Diazepam (não tratar como crise convulsiva), 60% dos pacientes melhoram com o diagnóstico.

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