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Sistema imunológico- células e órgãos

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UniFTC – UNIVERSIDADE FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
2020 
 
 
 
KALLINE RODRIGUES DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
CÉLULAS E ÓRGÃOS 
 
 
UniFTC – UNIVERSIDADE FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
2020 
 
KALLINE RODRIGUES DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
CÉLULAS E ÓRGÃOS 
 
 
 
 
Resumo apresentado ao curso de 
Odontologia da UniFTC, com intuito de 
capacitar o reconhecimento de 
aspectos morfofuncionais dos órgãos 
primários e secundários do sistema 
imunológico, como também 
compreender os processos de origem 
e diferenciação de células do sistema 
imunológico e reconhecer aspectos 
morfofuncionais de células do sistema 
imunológico. 
UniFTC – UNIVERSIDADE FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
2020 
• Células derivadas de um mielóide comum: Mastócito, Macrófago, Neutrófilo, 
Basófilo, Eosinófilo, Plaquetas, Célula Dendrítica, Monócito e Eritrócitos. 
 
 
MASTÓCITO 
Os mastócitos são originados pela célula tronco-hematopoiética 
pluripotente na medula óssea, são derivados de um mielóide comum e residem em 
tecidos. Essas células constituem as primeiras células imunes dedicadas a detectar a 
presença de um patógeno, desempenham a função de detecção da infecção e 
aumento da resposta imune, através da produção de citocinas, quimiocinas e outros 
medidores solúveis, os quais facilitam a migração de outras células imunes para o 
local da infecção, porque possuem efeitos nos endotélios próximos. 
Os mastócitos também produzem histaminas, para vasodilatar, 
exercer efeitos na vasculatura local, produz citocinas e fatores quimiotáticos. 
Essas células se diferenciam ao sair da corrente sanguínea para fazer 
suas funções nos tecidos. 
 
MACRÓFAGO 
Os macrófagos são originados pela célula tronco-hematopoiética 
pluripotente na medula óssea, são derivados de um mielóide comum que se tornam 
monócitos, tornam-se após isso macrófagos e residem em tecidos. Os macrófagos 
são formados quando os monócitos que circulam no sangue deixam a corrente 
sanguínea para se instalarem nos tecido, onde se tornam macrófagos teciduais 
especializados. Essas células constituem as primeiras células imunes dedicadas a 
detectar a presença de um patógeno, desempenham a função de fagocitar, apresentar 
os antígenos e detectar a infecção e o aumento da resposta imune, através da 
produção de citocinas, quimiocinas e outros medidores solúveis, os quais facilitam a 
migração de outras células imunes para o local da infecção, porque possuem efeitos 
nos endotélios próximos. 
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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
2020 
Os macrófagos recebem nomenclaturas diferentes dependendo de 
onde são encontrados, são chamados de células de Kupffer no fígado, células da 
microglia no encéfalo, células mesanginais nos rins, osteoclastos nos ossos, entre 
outras. 
 
 
NEUTRÓFILOS 
Os neutrófilos são chamados de granulócitos, são originados na 
medula óssea, através da célula tronco-hematopoiética pluripotente. Essas células 
circulam na corrente sanguínea aguardando sinais para entrarem nos tecidos 
periféricos e algumas vezes são chamados de neutrófilos polimorfonucleares. São 
células muito numerosas, altamente fagocitárias (perseguem e capturam bactérias e 
leveduras) e velozes. Quando encontram os primeiros sinais de infecção aumenta o 
seu número em quase 100 vezes. Possuem meia-vida relativamente curta. A saída 
desse granulócito da circulação e sua migração para os tecidos são facilitadas por 
alteração do endotélio local que reveste os vasos sanguíneos, induzidos por fatores 
vasoativos e citocinas/ quimiocinas liberadas por macrófagos e mastócitos teciduais 
ativados, os quais permitem o extravasamento desse granulócito. 
 
 
BASÓFILOS 
Os basófilos são produzidas pela medula óssea, diferenciadas a partir 
de uma célula mielóide comum. São células sanguíneas que possuem uma meia-vida 
curta. Essas células atuam por contato e em processos inflamatórios. O basófilo libera 
grânulos como forma de ataque, em um processo denominado desgranulação, os 
grânulos possuem enzimas destrutivas. A membrana plasmática dos basófilos 
apresentam receptores para imunoglobulina E (IdE). Nos homens os basófilos são 
comumente encontrados na pele ou nas mucosas em patologias que envolvem 
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hipersensibilidade imediata como dermatites alérgicas por contato e rinites alérgicas. 
O basófilo também está associado a rejeição de transplante renal. 
 
 
EOSINÓFILOS 
Os eosinófilos se originam na medula óssea. A célula tronco-
hematopoiética pluripotente diferencia formando o eosinófilo. Essa célula atua em 
resposta a presença de grandes parasitas. Os eosinófilos utilizam o conteúdo de seus 
grânulos especializados contêm histamina, DNAases, lipases, peroxidase, proteases 
e proteínas citotóxicas para atacar e romper a cutícula externa resistente dos vermes, 
já que não podem ser fagocitados. O ato de liberar o conteúdo dos grânulos é 
chamado de desgranulação e é um processo com alto risco de dano colateral aos 
tecidos do hospedeiro. 
 
 
PLAQUETAS 
As plaquetas são estrutura que se diferenciam das demais células 
sanguíneas por serem fragmentos de citoplasmáticos e não sendo, portanto, células, 
além de não possuírem núcleo (anucleadas). Origina-se a partir de células da medula 
óssea (megacariócitos), por meio da megacariocitopoiese a qual é o processo de 
desenvolvimento celular, que conduz à produção de plaquetas. A função principal 
desses fragmentos é atuar na cascata de coagulação. O humano, em média possui 
de 125.000 a 450.000, sendo dessas cerca de 30.000 são formadas diariamente, pois 
apresentam tempo de circulação bastante curto em torno de 10 dias 
dentre as funções importantes no organismo, como a função de 
tampão em um rompimento de vasos sanguíneos, por meio da aglutinação e liberação 
de substâncias que garantam fixação de outras plaquetas na região, assim como 
formação coágulos pela liberação de enzima tromboplastina ou tromboquinase. Além 
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disso, as plaquetas possuem e liberam substâncias que atuam na remoção do 
coágulo. 
 
 
 
CÉLULAS DENDRÍTICAS 
As células dendríticas são originadas na medula óssea, a partir das 
células-tronco hematopoiéticas pluripotentes, assim migram para os demais tecidos a 
procura de antígenos, com isso podem ser encontradas no sangue, pele e tratos 
digestivo e respiratório, como exemplo, a fim de realizar a fagocitose. Além de atuar 
fagocitando copos patogênicos, ela também apresenta-los às células especializadas 
do sistema imunitário, sendo essa sua principal função. Começando tal processo, 
quando migram para os gânglios linfáticos, após a fagocitose, onde amadurecem e 
encontram os linfócitos. Quando os linfócitos T detectam um antigênio numa célula 
dendrítica, começam a ativar os linfócitos B e esses por sua vez a produzir anticorpos. 
 
 
OS MONÓCITOS 
os monócitos são um grupo de células do sistema imunológico, a qual 
combate corpos estranhos, como virus e bactérias. Os monócitos originam-se medula 
óssea. Esses por sua vez ficam um período relativamente pequeno na corrente 
sanguínea e se destinam a outros tecidos onde se diferenciam, como macrófago, que 
tem diferentes nomes de acordo com o tecido em que se encontra: células de Kupffer 
(no fígado), micróglia (no sistema nervoso), e células de Langerhans (na epiderme). 
 
 
 
 
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OS ERITRÓCITOS 
Os eritrócitos, hemácia, são células anucleadas de origem na medula 
óssea vermelha. No interior dessas células sanguíneas há um pigmento vermelho 
chamado de hemoglobina, no qual e constituído basicamente de proteína e ferro, 
razão pela qual da a pigmentação vermelha ao sangue. O período de vida dessas 
células são de 120 aproximadamente, após é destruída no baço. A principal função 
está ligada ao transporte de oxigênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Células derivadas de um linfóide comum: Linfócito B Linfócito T e Célula NK 
 
 
LINFOCITOS B 
Os linfócitos B recebem essa denominação pois foi descoberto, a 
partir de um experimento em aves, que para a síntese de anticorpos acontecer era 
necessário a presença do órgão bursa de Fabricius. Desse modo, as células que 
produzem anticorpos foram nomeadas de Células B ou Células Bursa-Derivadas. 
Precursores da célula B, no início da vida fetal, são encontrados em 
locais como o fígado. Ao decorrer o desenvolvimento fetal e após o nascimento o sítio 
primário de diferenciação é a medula óssea. Essa diferenciação ocorre 
aproximadamente durante toda a vida do homem. 
As células B originam-se das células-tronco hematopoiéticas. A célula 
mais inicial da linhagem B é a pró-B, a mesma revela o primeiro rearranjo do gene Ig 
e expressa CD19 (expresso em todos os estágios de desenvolvimento da célula B) e 
CD10. 
No próximo estágio, a célula pró-B é transformada em pré-B, a qual 
expressa o CD19 e o CD10 (marca as fases iniciais da diferenciação), além de possuir 
segmentos gênicos formando a subunidade VDJ - quando é capaz de ser transcrito 
ou traduzido, ou seja é produtivo, permite a continuidade da diferenciação, caso não 
seja produtivo a célula sofre apoptose (morte celular programada). 
No estágio subsequente, a célula B imatura é portadora de IgM 
monomérica de membrana como seu receptor antígeno específico e expressa CD20 
(constitui um marcador dos estágios finais da diferenciação). A célula B também 
responde a antígenos próprios da medula óssea, essa interação ativa a edição do 
receptor e reativa o VDJ recombinase da célula. Por conseguinte, a geração de um 
receptor que reage com o antígeno próprio resulta da eliminação da célula B via 
apoptose por uma seleção negativa (característica da intolerância central), mas a 
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geração de um receptor reage com um antígeno não próprio permite que a célula B 
deixe a medula óssea. 
 Na etapa sequencial, as células B maduras, expressam IgM e IgD com 
especificidades de antígenos idênticas, se desenvolvem predominantemente fora da 
medula óssea quando são expostas a um antígeno não próprio (as células T 
apresentarão o antígeno), isso irá ativá-la e permitir que ela proporcione o aumento e 
a diferenciação em células plasmáticas para sintetizarem e secretarem anticorpos. No 
início, a resposta fisiológica é comandada pelo IgM, mas em fases seguintes os IgA, 
IgG e IgE fazem essa atividade. Além disso, as células B se diferenciam após a 
ativação, tornando-se células de memória para que o próximo contato com o mesmo 
antígeno tenha uma resposta imune mais rápida, elas residirão em vários tecidos, 
enquanto as células plasmáticas irão para a medula óssea para continuar secretando 
anticorpos por determinado período. 
 
LINFÓCITOS T 
 Os linfócitos T recebem esse nome porque a célula precursora que os 
origina sofre maturação final no interior das glândulas do Timo, por isso T de timo-
dependentes, visto que as células-tronco hematopoiéticas pluripotentes da medula 
óssea geram os linfócitos T, mas ela só concretizará sua diferenciação no Timo. É 
nesse órgão que as células sofrem o processo de maturação e diferenciam-se em 
células T helper, T supressora, T citotóxica e T memória. 
 Os linfócitos T helper possuem receptores CD4 na superfície, 
garantem a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo, portanto, 
importantes para a produção de anticorpos contra os antígenos; estimulam o 
crescimento e proliferação de linfócito T-citotóxicos e supressoras contra o antígeno; 
ativam os macrófagos; estimulam o crescimento da população de linfócito T-helpers. 
 Os linfócitos T supressores finalizam a resposta humoral, ou seja, 
inibem a produção de anticorpos, através da inativação dos linfócitos T citotóxicos e 
helpers, limitando a ação deles no organismo. 
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 Os linfócitos citotóxicos é especializado em respostas virais e no 
reconhecimento de antígenos associados ao complexo MHC-I (Complexo principal de 
histocompatibilidade) na superfície de outras células, garantem a morte das células 
estranhas, para isso, os linfócitos citotóxicos produzem proteínas, como as perforinas 
que abrem a membrana plasmática ou induzem a célula a entrar em apoptose, 
matando células infecciosas, cancerosas e anormais. 
 O linfócito T de memória é uma célula preparada para responder mais 
rapidamente e com maior intensidade, diante de nova exposição ao mesmo antígeno. 
 Todas as células T citadas possuem os receptores TCR e o CD3.
 
 
 
CÉLULAS NK (NATURAL KILLER): 
 As células natural killer ou matadoras naturais (NK) são células 
linfóides granulares grandes, originadas na medula óssea e caracterizadas por 
grânulos citotóxicos que contêm dois potentes mecanismos que medeiam a lise da 
célula-alvo são constitutivamente citolíticas e não desenvolvem células de memória. 
 Seu nome é derivado de duas características, visto que são capazes 
de mediar sua função efetora, isto é, matar células-alvo espontaneamente na 
ausência de sensibilização anterior para aquele alvo. Apesar de pertencer as células 
linfóides, essas células desempenham funções no sistema imune inato e no sistema 
imune adaptativo dos indivíduos. As natural killers policiam as moléculas essenciais 
apresentadoras de antígenos do MHC (Complexo Principal de Histocompatibilidade), 
utilizam receptores codificados pela linhagem germinativa (receptores de células NK) 
que possuem capacidades de destruição de células que expressam perfis de 
receptores MHC anormais e sinais de infecções. 
 As células NK também possuem receptores para uma classe 
específica de anticorpos (IgG) e podem usar o receptor (CD16) para exibir anticorpos 
em sua superfície e destruir células infectadas em um processo denominado 
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citoxicidade celular dependente de anticorpos. Com frequência, os vírus interferem na 
expressão de moléculas do (MHC) com intuito de escapar da resposta imune 
adaptativa, que chama a atenção das NK e leva a destruição rápida das células 
infectadas. 
 
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• Órgãos linfóides primários: 
1- Timo 
2- Medula Óssea 
 
 No corpo humano existem diversos locais onde a produção de 
células linfoides maduras que vão agir no combate agressores externos. 
 Alguns órgãos linfóides se encontram interpostos entre vasos 
sanguíneos e vão dar origem a células brancas na corrente sanguínea. 
 Os tecidos linfoides são classificados em primários e secundários. 
Os primários representam o local onde ocorrem a produção e/ou maturação das 
células do Sistema Imune. Os tecidos linfoides secundários são onde ocorre 
apresentação de antígenos aos linfócitos e consequentemente a ativaçãodestas 
células. São os que efetivamente participam da resposta humoral, as células 
presentes nesse tecido tiveram origem no tecido primário que migraram pela 
circulação sanguínea. 
 O sistema linfóide possui órgãos linfóides primários e linfóides 
secundários. 
 
 
O Timo 
O Timo é um órgão linfático que se localiza no tórax, anterior ao 
coração. É um órgão bilobulado, revestido por uma cápsula fibrosa que penetra o 
parenquima tímico e forma os septos conjuntivos, que divide os lobos em inúmeros 
lóbulos. 
Os lóbulos timicos evidenciam a zona medular (possui células 
reticulares epiteliais com prolongamentos que envolvem grupos linfócitos em 
diferenciação na cortical) e a zona cortical (é mais periférica e apresenta os lifócitos T 
em maturação). 
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VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
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Após o desenvolvimento do estroma do órgão há a formação de pró-
linfócitos T conhecida como fase hepatoesplênicotímico. 
O Timo é um órgão que no recém-nascido tem seu maior tamanho, o 
mesmo cresce até a puberdade e a partir dela o timo começa a involuir. No recém-
nascido o timo é grande devido ao desenvolvimento dos órgãos imune secundários 
pois possuem áreas timo-dependentes precisão ser preenchidas pelos linfócitos T. 
A função do Timo é promover a maturação dos linfócitos T, outra 
função importante é a produção de fatores de desenvolvimento e proliferação de 
linfócitos T como a timosina alfa, timopoetina, timulina e o fator tímico humoral. 
 
 
 
MEDULA ÓSSEA 
Possui função sustentadora e indispensável ao desenvolvimento de 
células que participam da hematopoiese. É possível encontrar uma enorme 
quantidade de capilares sanguíneos sinusoides na medula com grandes poros que 
permite a saída de células maduras. 
Tecido reticular encontram-se proteínas de adesão para segurar as 
células em processo de maturação. A liberação das células para o sangue é feita por 
estímulos. 
A medula óssea como órgão linfóide primário é capaz de formar pro-
linfócitos que vem das células totipotentes, como o prolinfócito não é capaz de realizar 
uma resposta imune então se dirige aos órgãos secundários para se desenvolver. A 
célula multipotente mieloide e linfoblastos T irão ao timo para formar linfócitos T. 
 
 
 
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• Órgãos linfoides secundários: 
1- Linfonodos 
2- Baço 
3- Medula Óssea 
4- Tonsilas 
5- Placas de Pyer 
 
 
 
OS LINFONODOS 
 infonodos são órgãos pequenos em forma de feijão que aparecem no 
meio do trajeto dos vasos linfáticos. Geralmente são encontrados na superfície e na 
profundidade das partes proximais dos membros, como nas axilas, na região inguinal, 
no pescoço e também é encontrado ao redor de grandes vasos do organismo. 
Os linfonodos filtram a linfa que chega até eles removendo bactérias 
vírus e restos celulares. 
O sistema linfático consiste em um conjunto de vasos que possuem 
válvulas e se distribuem por todo o corpo, com exceção de alguns órgãos como o 
cérebro, com a função de drenar o líquido intersticial que não retornou as vênulas, e 
coletar também restos celulares e microorganismo que estão no tecido. 
Os linfonodos são órgãos com uma parte convexa, onde chegam os 
vasos linfáticos (aferentes) e uma face côncava, que é o hilo. No hilo chega uma 
artéria nutridora e sai uma veia e um vaso linfático eferente, que se continua o seu 
trajeto. 
No córtex é encontrado nódulos linfáticos, ricos em linfócitos B em 
processo de maturação. Os linfócitos B que ficam no centro germinativo estão no 
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VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 
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estágio inicial da maturação, ou seja, são ainda pro-linfócitos e os linfócitos B que se 
encontram na zona periférica estão mais maduros, com a cromatina mais densa. 
Os linfócitos T são encontrados na região paracortical, que fica entre 
o córtex e a medular. Neste local, os pro-linfócitos T viram linfócitos T maduros e 
capazes de realizar a resposta imune. 
A medular possui um aspecto trabecular e se situa no centro do órgão. 
Nele encontramos numerosos macrófagos, plasmócitos disseminados e linfócitos 
maduros que estão “prontos” para sair do linfonodo e se dirigir ao local de ação. 
No córtex é encontrado nódulos linfáticos, ricos em linfócitos B em 
processo de maturação. Os linfócitos B que ficam no centro germinativo estão no 
estágio inicial da maturação, ou seja, são ainda pro-linfócitos e os linfócitos B que se 
encontram na zona periférica estão mais maduros, com a cromatina mais densa. 
Os linfócitos T são encontrados na região paracortical, que fica entre 
o córtex e a medular. Neste local, os pro-linfócitos T viram linfócitos T maduros e 
capazes de realizar a resposta imune. 
As células maduras saem pelas veias e vasos linfáticos eferentes e 
atingem a circulação sanguínea e linfática. 
 
 
 
O BAÇO 
O baço é um órgão maciço avermelhado, de consistência gelatinosa, 
situado no quadrante superior esquerdo do abdômen. É o maior órgão linfático 
secundário do organismo e tem como função imunológica, a liberação de linfócitos B, 
T, plamócitos, e outras células linfoides maduras e capazes de realizar uma resposta 
imune para o sangue e não para a linfa. 
O parênquima do baço é dividido estrutural e fisiologicamente em 
duas regiões: a polpa branca e a polpa vermelha. 
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A polpa branca se refere aos pontos branco encontrados no corte 
histológico do baço. Esses pontos são os corpúsculos de Malpighi. Este corpúsculo é 
que dá a função de órgão linfóide ao baço. Ele representa o sítio de maturação dos 
linfócitos. 
No centro encontramos o centro germinativo que é o local onde há 
linfoblastos e pro-linfócitos B em diferenciação. Já na periferia existem linfócitos 
maduros prontos a realizar alguma resposta imune, que podem sair para o sangue. 
A bainha periarterial, é o local onde estão os linfócitos T (pro-linfócitos 
T) em processo de maturação e desenvolvimento. 
Na polpa vermelha encontramos diversas cadeias de células que 
formam os cordões de Bilroth, formados por macrófagos, plaquetas, plasmócitos e 
células reticulares. 
Nos sinusóides estão hemácias armazenadas que estão localizadas 
entre os cordões de Billroth. Os macrófagos dos cordões realizam a hemocaterese, 
ou seja, fagocitam hemácias “velhas” que chegam ao baço. 
O baço é um órgão que armazena sangue, e lança estas hemácias 
para circulação no caso de necessidade (sob estímulo da adrenalina liberada numa 
situação de estresse/alerta), pois o organismo necessita de mais oxigênio para o 
metabolismo. 
 
 
 
MEDULA ÓSSEA 
Medula Óssea pode ser considerada também como órgão linfoide 
secundário por receber linfócitos T que se desenvolveram no timo e migraram para a 
medula. Também encontramos plasmócitos e linfócitos B maduros na medula, que 
estão “prontos” para agir e realizar alguma resposta. 
 
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TONSILAS 
Tonsilas são aglomerados de nódulos linfáticos revestidos apenas de 
epitélio e estão localizadas na cavidade bucal (tonsilas palatinas) próximas ao arco 
palatofaríngeo, na parte posterior da língua (tonsilas linguais), e na parte posterior da 
nasofaringe encontramos as tonsila faríngeas. 
O epitélio é do tipo estratificado não queratinizado plano, que emite 
centenas de invaginações para o interior e forma as chamadas cristas. Estas cristas 
aumentam a área de contato com a mucosa, sendo um local rico em bactérias e 
detritos. 
Os folículos das tonsilas sãotípicos, semelhante ao dos linfonodos, 
com o seu centro germinativo e zona periférica com linfócitos B maduros. 
A função das tonsilas é a produção de plasmócitos que secretem IgA-
secretória para a mucosa, protegendo a mucosa da agressão de micróbios que estão 
fazem parte da microbiota normal ou micróbios patogênicos que possam vir junto com 
os alimentos. 
Se todas as tonsilas forem retiradas do indivíduo, a microbiota normal 
pode sofrer um desequilíbrio biológico e começar a proliferar excessivamente, dando 
chance às bactérias oportunistas. 
 
 
AS PLACAS DE PEYER 
As Placas de Peyer também são aglomerados de nódulos linfáticos 
localizados principalmente na mucosa do íleo abaixo das glândulas de Leiberküh. 
Elas têm a mesma atividade que as tonsilas. A função mais 
característica das placas de Peyer é a produção de plasmócitos que secretem IgA-
secretória para a mucosa, protegendo a mucosa da agressão de micróbios que estão 
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fazem parte da microbiota normal ou micróbios patogênicos que possam vir junto com 
os alimentos. 
Placas de Peyer principal componente do tecido linfóide associado ao 
tubo digestório ou GALT – são grupos de folículos linfóides especializados, 
encontrados na mucosa intestinal e em parte da submucosa. 
 As placas de Peyer são revestidas pelo chamado epitélio associado 
aos folículos (FAE, do inglês), que é formado por células M e enterócitos – ambos 
derivados de células-tronco presentes nas glândulas intestinais. 
A cúpula separa a placa de Peyer do epitélio superficial adjacente e 
contém células B expressando todos os isótipos de imunoglobulinas, exceto a IgD. Os 
centros germinativos contêm linfócitos B IgA-positivos, linfócitos T CD4+ e células 
apresentadoras de antígenos. Poucos plasmócitos estão presentes na placa de Peyer. 
Antígenos intestinais, ligados a receptores de imunoglobulinas na 
superfície dos Iinfócitos B, interagem com células apresentadoras de antígenos na 
região da cúpula. Os antígenos processados são apresentados às células dendríticas 
follculares e aos linfócitos T CD4+, iniciando uma reação imunológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas: 
 
COICO, Richard. Imunologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 
ROITT, Ivan M. et al. Fundamentos de imunologia. São Paulo: Guanabara Koogan, 
2013. 
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que são plaquetas?"; Brasil Escola. Disponível 
em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-sao-plaquetas.htm. Acesso 
em 29 de março de 2020. 
 
ATONIALLI, Renan. Efeito de ligantes de receptores semelhantes a Toll na 
resposta imune induzidas por antígenos direcionados ao DEC205 e DCIR2. 2013. 
63 f. Dissertação (Mestrado em Biologia da Relação Patógeno-Hospedeiro) – Instituto 
de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível 
em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-03062014-
160754/publico/RenanAntonialli_Mestrado_P.pdf 
Junqueira, L. C. U., Carneiro, J. Histologia básica – texto e atlas. 12ª. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-03062014-160754/publico/RenanAntonialli_Mestrado_P.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-03062014-160754/publico/RenanAntonialli_Mestrado_P.pdf

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