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crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente

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♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 1 
 
FASE PRÉ-ESCOLAR 
• 2 a 5 anos 
• Urgência da linguagem a exposição das crianças a uma esfera social = principais marcos. 
• Nessa fase, as crianças exploram a separação emocional, oposição e colaboração entre a exploração e a dependência. O tempo nas 
salas de aula desafia a capacidade de se adaptar a novas regras e relacionamentos. 
Desenvolvimento estrutural do cérebro 
• Cérebro passa por mudanças drásticas em suas características anatômicas e fisiológicas, com o aumento da área cortical, a redução 
da espessura cortical e a alteração do volume cortical. Essas mudanças variam por região. 
• As propriedades das substâncias cinzenta e branca mudam consideravelmente. Aumentos significativos ocorrem nas exigências 
metabólicas do cérebro. 
• Para concluir uma mesma tarefa cognitiva, em crianças menores são utilizadas mais regiões cerebrais que em maiores. 
Desenvolvimento físico 
• A velocidade de crescimento somático e cerebral diminui até o fim do segundo ano de vida + Reduções das exigências nutricionais e 
de apetite e do surgimento de hábitos alimentares “urgentes”. 
o A diminuição normal do apetite nessa idade pode causar preocupação para os pais a respeito da nutrição. 
o As crianças normalmente modulam a ingestão de alimentos para atender a suas necessidades somáticas de acordo com a 
sensação de fome e saciedade. 
• São esperados aumentos de aproximadamente 2 kg no peso e 7 a 8 cm na altura por ano. A cabeça crescerá mais 5 a 6 cm entre 
3 e 18 anos de idade. 
• Crianças com adiposidade rebote precoce (aumento do índice de massa corporal) estão em maior risco para obesidade adulta. 
• O crescimento dos órgãos sexuais é proporcional ao crescimento somático. 
• Genuvalgo (joelhos aproximados na linha média) e pés planos leves. O dorso se afila e os membros inferiores alongam. 
• A energia física atinge seu pico e a necessidade de sono diminui para 11 h a 13 h/24 h. 
• A acuidade visual atinge 20/30 por volta dos 3 anos de idade, e 20/20 aos 4 anos. Todos os 20 dentes decíduos já eclodiram por 
volta de 3 anos de idade. 
• A maioria das crianças caminha com a marcha madura e corre de maneira firme antes do fim de seu terceiro ano. 
• Há grande variação nas habilidades já que a gama de atividades motoras se expande para incluir arremessos, captura e chute de 
bolas; andar de bicicleta; escalar estruturas de áreas de recreação; dançar; e outros padrões complexos de comportamento. 
• Características de estilo da atividade motora grosseira, como ritmo, intensidade e cautela, também variam significativamente. OBS: 
deambulação na ponta dos pés não deve persistir. 
• Tudo isso depende muito do ambiente social! 
• A dominância da mão geralmente se estabelece por volta do terceiro ano. 
• Os controles intestinal e vesical surgem durante esse período, com o “amadurecimento” para ir ao banheiro com grande variação 
individual e cultural → O treinamento das meninas tende a ser mais rápido e mais cedo que o dos meninos. 
• A recusa em defecar no vaso sanitário ou no penico é relativamente comum e pode levar à constipação na criança e frustração 
nos pais. 
Linguagem 
• Esses três domínios envolvem uma função simbólica, um modo de lidar com o mundo que emerge durante o período pré-escolar. 
• A criança de 2 a 3 anos de idade emprega distribuições de frequência para identificar unidades fonéticas que fazem distinção entre 
as palavras na sua linguagem nativa e as em outros idiomas. 
• O desenvolvimento da linguagem ocorre mais rapidamente entre 2 e 5 anos de idade. O vocabulário aumenta de 50 a 100 palavras 
para mais de 2 mil. 
• Por volta dos 21 aos 24 meses, a maioria das crianças usa possessivos (“Minha bola”), progress ivos (a construção do gerúndio, como 
em “Estou jogando”), perguntas e negações. 
• Aos 4 anos de idade, as crianças, em sua maioria, podem contar até quatro e usa os verbos no passado; aos 5 anos, usam o tempo 
verbal futuro. 
• As crianças não utilizam discursos figurativos; elas só compreendem o significado literal das palavras. 
• A aquisição da linguagem depende criticamente dos estímulos ambientais. Os principais determinantes incluem a quantidade e a 
variedade do discurso dirigido para crianças e a frequência com que os adultos fazem perguntas e incentivam a verbalização. 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 2 
 
• As crianças não imitam simplesmente o discurso adulto; elas abstraem as regras complexas de gramática de acordo com o ambiente 
da linguagem, criando hipóteses implícitas. 
• A linguagem está ligada tanto ao desenvolvimento cognitivo como ao emocional. Atrasos de linguagem podem ser os primeiros 
indícios de que uma criança tenha uma deficiência intelectual, um transtorno do espectro autista, ou de que tenha sido maltratada. 
• Por meio da exposição precoce e repetida às palavras escritas, as crianças aprendem sobre os usos da escrita (contar histórias ou 
enviar mensagens) e sobre seus formatos (da esquerda para a direita, de cima para baixo). 
• Várias vantagens cognitivas foram demonstradas repetidamente entre crianças bilíngues quando comparadas a crianças monolíngues 
• Livros com figuras têm papel especial não apenas para familiarizar crianças mais novas com a palavra impressa, mas também no 
desenvolvimento do idioma verbalmente. 
• A leitura em voz alta para uma criança nova é um processo interativo no qual um pai repetidamente concentra a atenção da criança 
em uma imagem em especial, faz perguntas, e, em seguida, dá o feedback para a criança (leitura dialógica). 
• O período de aquisição rápida da linguagem também é o período no qual a disfluência do desenvolvimento e a gagueira estão mais 
propensas a surgir; Dificuldades comuns incluem pausas e repetições de sons iniciais. Estresse ou excitação exacerbam essas 
dificuldades, que geralmente resolvem espontaneamente. 
Cognição 
• Fase pré-operacional (pré-lógica) de Piaget: pensamento mágico, egocentrismo e pelo pensamento dominado pela percepção, não 
abstração. 
• Egocentrismo diz respeito à incapacidade de uma criança levar em consideração o ponto de vista de outro e não conota egoísmo. 
Uma criança pode tentar confortar um adulto que está chateado, levando até o adulto seu animal de pelúcia favorito. 
• A imitação, central para a experiência de aprendizagem de crianças em fase pré-escolar, agora é reconhecida como um ato 
complexo. 
• Aos 3 anos de idade, as crianças autoidentificam seu sexo e estão ativamente buscando a compreensão do significado de 
identificação do gênero. 
o Observa-se uma progressão do desenvolvimento da rigidez (meninos e meninas têm papéis estritos de gênero) no início da 
fase pré-escolar para uma compreensão mais realista e flexível (meninos e meninas podem ter uma variedade de 
interesses). 
Brincadeiras 
• Brincar aumenta em complexidade e imaginação, da simples imitação de experiências comuns, como fazer compras e pôr o bebê 
na cama (2 ou 3 anos de idade), passando por cenários mais amplos que envolvem eventos singulares, como ir ao zoológico ou 
viajar (3 ou 4 anos de idade), até a criação de cenários que foram apenas imaginados, como ir à lua (4 ou 5 anos de idade). 
• Aos 3 anos de idade, a brincadeira cooperativa é vista em atividades como a construção de uma torre de blocos; mais tarde, uma 
atividade com papéis mais estruturados, como ao brincar de casinha. 
• O ato de brincar também se torna cada vez regido por regras, começando pelas regras do pedir (em vez de pegar) e do 
compartilhar (2 ou 3 anos de idade) passando por regras que mudam de momento a momento, de acordo com os desejos dos 
jogadores (4 e 5 anos de idade), chegando ao começo do reconhecimento das regras como relativamente imutáveis (5 anos de 
idade). 
• Brincar também permite a resolução de conflitos e ansiedades, e as saídas criativas. 
• A dificuldade de fazer distinção entre ficção e realidadeé destacada pela percepção do que uma criança vê na mídia, por meio da 
programação normal ou da propaganda. 
o Cerca de um quarto das crianças tem televisão em seus dormitórios; isso está associado a mais horas de audiência. A 
quantidade de horas que crianças em fase pré-escolar assistem à TV excede o recomendado. 
Desenvolvimento emocional e moral 
• Desafios emocionais enfrentados pelas crianças em fase pré-escolar incluem aceitação de limites, manutenção do senso de 
autocuidados, controle da agressividade e dos impulsos sexuais, e interação com um círculo crescente de adultos e colegas. 
• Aos 2 anos de idade, os limites comportamentais são predominantemente externos; aos 5 anos de idade, esses controles devem 
estar internalizados, se a criança precisar frequentar uma sala de aula típica. 
• As crianças aprendem quais comportamentos são aceitáveis e quanto poder exercem perante adultos importantes, testando seus 
limites. 
• Limites excessivamente rígidos podem minar o senso de iniciativa de uma criança, enquanto limites excessivamente frouxos podem 
provocar ansiedade em uma criança, ao sentir que ninguém está no controle. 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 3 
 
• Controle é uma questão central. As crianças pequenas não podem controlar muitos aspectos de suas vidas, incluindo para onde vão, 
quanto tempo permanecem e o que podem levar para casa em uma loja. Também tendem a perder o controle interno, isto é, a ter 
acessos de raiva. 
• Temperamento agressivo aparece ao fim do primeiro ano de vida e atinge seu pico entre 2 e 4 anos de idade. 
o Um temperamento agressivo que dure mais de 15 min ou que ocorra regularmente mais de três vezes/dia pode refletir 
problemas médicos, emocionais ou sociais subjacentes. 
• Crianças em fase pré-escolar normalmente experimentam sentimentos complicados direcionados a seus pais, que podem incluir forte 
apego e possessividade em relação ao progenitor do sexo oposto, inveja e ressentimento para com o outro progenitor, e receio de 
que esses sentimentos negativos possam levar ao abandono. 
o Essas emoções, a maioria das quais está além da capacidade de uma criança de compreender ou verbalizar, muitas vezes, 
encontram expressão em humores altamente lábeis. 
o A resolução dessa crise (um processo que se estende ao longo de anos) envolve a decisão tácita de uma criança se 
identificar com os pais, em vez de competir com eles. 
• A curiosidade sobre a genitália e sobre os órgãos sexuais adultos é normal, assim como é a masturbação. 
• O pudor aparece gradualmente entre 4 e 6 anos de idade, com grandes variações entre culturas e famílias. Os pais devem começar 
a ensinar as crianças sobre a “privacidade” de áreas corporais antes que elas comecem a frequentar a escola 
• O pensamento moral é limitado pelo nível cognitivo de uma criança e por suas habilidades de linguagem, mas se desenvolve à 
medida que a criança progride em sua identificação com os pais 
• Começando antes do segundo aniversário, o senso da criança sobre o certo e errado deriva do desejo de ganhar a aprovação dos 
pais e evitar consequências negativas. 
• Os impulsos da criança são temperados por forças externas; a criança ainda não interiorizou as regras sociais ou um senso de justiça 
e equidade. 
 
FASE ESCOLAR 
• 6 a 11 anos 
• É o período em que as crianças cada vez mais se separam dos pais e procuram a aceitação por parte dos professores, outros 
adultos e colegas. 
• As crianças começam a se sentir sob pressão para se adequar ao estilo e aos ideais do grupo. 
• A autoestima torna-se uma questão central → desenvolvem a capacidade cognitiva para considerar suas próprias autoavaliações e 
sua percepção de como os outros as veem. 
Desenvolvimento físico 
• O crescimento ocorre em 3 a 6 estirões irregulares a cada ano, com variações individuais. 
• Crescem em média entre 3 kg e 3,5 kg e entre 6 e 7 cm por ano. 
• O PC aumenta apenas 2 cm ao longo de todo o período → desaceleração do crescimento do cérebro. A mielinização continua na 
adolescência. 
• O crescimento da face média e da parte inferior do rosto ocorre gradualmente. 
• A perda de dentes decíduos (dentes primários) é um sinal mais marcante de maturação, começando por volta de 6 anos de idade. 
• Por volta dos 9 anos, as crianças terão 8 incisivos permanentes e 4 molares permanentes. A erupção de pré-molares ocorre entre 11 
e 12 anos de idade. 
• A força muscular, coordenação e resistência aumentam progressivamente, tal como a capacidade de executar movimentos 
complexos. 
• O número de crianças com excesso de peso e o grau de sobrepeso têm aumentado → + hábitos sedentários nessa idade. 
• Percepções da imagem corporal se desenvolvem durante este período → 5 e 6 anos de idade expressam insatisfação com sua 
imagem corporal; 8 e 9 anos muitas delas relatam a tentativa de fazer dieta. A compulsão para comer ocorre entre cerca de 6% 
das crianças. 
• Antes da puberdade, a sensibilidade do hipotálamo e da pituitária se altera, conduzindo à síntese aumentada de gonadotrofinas. O 
interesse em diferenças de gênero e no comportamento sexual aumenta até a puberdade. 
Desenvolvimento cognitivo 
• Essas crianças cada vez mais aplicam regras baseadas em fenômenos observáveis, fatores em múltiplas dimensões e pontos de vista 
e interpretam suas percepções usando as leis físicas. 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 4 
 
• O conceito de “aptidão escolar” evoluiu. A American Academy of Pediatrics recomenda seguir um modelo de “interação relacional”, 
no qual o foco é sobre a criança, o ambiente e suas interações. 
o Esse modelo ajuda a afirmar explicitamente que todas as crianças podem aprender e que o processo educacional é 
recíproco entre a criança e a escola. 
• A escola aumenta as demandas cognitivas sobre a criança. 
• Os primeiros 2 a 3 anos do ensino fundamental são dedicados a adquirir os fundamentos: leitura, escrita e habilidades básicas de 
matemática. 
• Na terceira série, as crianças precisam ser capazes de sustentar a atenção por um período de 45 minutos e o currículo requer 
tarefas mais complexas. 
• As habilidades cognitivas interagem com uma grande variedade de atitudes e fatores emocionais para determinar o desempenho em 
sala de aula. 
o Esses fatores incluem recompensas externas (dedicação para agradar adultos e aprovação de seus pares) e internas. 
• A atividade intelectual das crianças se estende para além da sala de aula. A partir do terceiro ou do quarto ano, as crianças gostam 
cada vez mais de jogos de estratégia e jogos de palavras. Muitos se tornam peritos em assuntos de sua própria escolha. 
Desenvolvimento social e emocional 
• Criatividade e produtividade. 
• Mudanças ocorrem em três esferas: a casa, a escola e a comunidade. 
• Aumento da independência 
• Pais devem estimular empenho, comemorar sucessos e oferecer aceitação nos fracassos. 
• As tarefas regulares, associadas a um subsídio, proporcionam uma oportunidade de as crianças contribuírem para o funcionamento 
familiar e aprenderem. 
• O início da escola coincide com a posterior separação da criança da família e da importância crescente dos professores e dos 
relacionamentos com os colegas. 
• Popularidade, um ingrediente central da autoestima, pode ser vencida por meio de posses bem como por meio de atratividade 
pessoal, conquistas e habilidades sociais reais. 
• Os atributos conferidos por seus colegas, como engraçado, estúpido, mau ou gordo, podem tornar-se incorporados a sua 
autoimagem e afetar sua personalidade, bem como seu desempenho escolar. 
• Algumas crianças se enquadram facilmente às regras entre colegas e desfrutam o sucesso social fácil. As que adotam estilos 
individualistas ou têm diferenças visíveis podem sofrer mais provocações. 
• As crianças com déficits em habilidades sociais podem ir a extremos para ganhar a aceitação. 
• Na comunidade, existem perigos reais,como ruas movimentadas, intimidações e estranhos. 
• As interações com colegas, sem supervisão de um adulto, apela para o aumento de resolução de conflitos 
• As fantasias compensatórias de ser poderoso pode alimentar a fascinação por heróis e super-heróis. 
• A exposição na mídia ao materialismo adulto, sexualidade, consumo de drogas e violência reforça o sentimento de impotência das 
crianças no mundo maior. 
Desenvolvimento moral 
• Crianças de 6 anos variam muito em desenvolvimento moral. 
• Para as mais jovens, muitas ainda registram a noção de que as regras são estabelecidas e executadas por uma figura de autoridade 
(pais ou professor) e a tomada de decisão é guiada por autointeresse. 
• As necessidades dos outros não são fortemente consideradas na tomada de decisões. À medida que crescem, a maioria vai 
reconhecer não apenas suas próprias necessidades e desejos, mas também as de outros. 
• Os comportamentos sociais socialmente indesejáveis são considerados errados. 
• Entre 10 e 11 anos de idade, a combinação de pressão dos pares, desejo de agradar as figuras de autoridade, bem como 
compreensão de reciprocidade molda o comportamento da criança. 
 
ADOLESCÊNCIA 
• Durante a pré-adolescência, a adolescência e o início da idade adulta, os jovens são submetidos a transformações dramáticas não 
somente na aparência física, mas também no funcionamento fisiológico, psicológico e social. 
• As mudanças fisiológicas impulsionadas pelos hormônios e o desenvolvimento neurológico em curso ocorrem em conjunto com as 
estruturas sociais. 
• O sexo e a cultura afetam profundamente o curso do desenvolvimento, assim como as influências físicas, sociais e ambientais. 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 5 
 
Desenvolvimento físico 
• Puberdade = transição biológica da infância para a idade adulta → aparecimento de características sexuais secundárias, aumento em 
altura, mudança na composição corporal e desenvolvimento da capacidade reprodutiva. 
• A produção adrenal de andrógenos ocorrer precocemente, manifestando-se com o desenvolvimento de bromidrose axilar (mau 
odor nas axilas) e aparecimentos de pelos púbicos finos (adrenarca). 
• A maturação do gerador em pulso do hormônio liberador de gonadotrofina está entre as primeiras alterações neuroendócrinas. 
• Sob a influência do hormônio liberador de gonadotrofina, a glândula hipófise secreta o hormônio luteinizante e o hormônio 
folículoestimulante; inicialmente isto ocorre de uma forma pulsátil, principalmente durante o sono, mas esta variação diurna diminui ao 
longo da puberdade. 
• O hormônio luteinizante e o hormônio folículo-estimulante estimulam aumentos correspondentes de andrógenos e estrógenos 
gonadais. 
Desenvolvimento sexual 
• pode ser descrita utilizando a escala de estadiamento da maturidade sexual (EMS) → 1 a 5 (adolescente a maturidade sexual) ou 
estadiamento de Tanner. 
• A faixa de progresso normal da maturação sexual é ampla e afetada pela genética, pelo ambiente psicossocial, pela nutrição e pelo 
estado geral de saúde. Além de exposições ambientais. 
 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 6 
 
 
• No sexo feminino, geralmente o primeiro sinal visível da puberdade e marco do Estádio 2 é o aparecimento dos brotos mamários 
(telarca) entre os 8 e os 12 anos de idade. 
• Mudanças menos visíveis incluem o aumento dos ovários, do útero, dos lábios vulvares e do clitóris e o espessamento do 
endométrio e da mucosa vaginal. 
• Corrimento vaginal transparente pode estar presente antes da menarca (leucorreia fisiológica). 
• A menstruação tipicamente começa 2,5 anos após o início da puberdade, durante os Estádios 3-4. 
• O momento da menarca é determinado em grande parte pela genética, mas provavelmente também pelos seguintes fatores: 
adiposidade, doenças crônicas, estado nutricional e ambiente psicossocial. 
• Os ciclos menstruais iniciais são anovulatórios e, portanto, um tanto irregulares. 
 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 7 
 
 
• No sexo masculino, o primeiro sinal visível da puberdade e marco do Estádio 2 é o aumento testicular, que se inicia por volta dos 9,5 
anos, seguido pelo desenvolvimento dos pelos pubianos. 
• No Estádio 3, ocorre o aumento do comprimento do pênis. 
• Sob a influência do hormônio luteinizante e da testosterona ocorrem aumentos dos túbulos seminíferos, do epidídimo, das vesículas 
seminais e da próstata. 
• O esperma pode ser encontrado na urina no Estádio 3; emissões noturnas podem também ser observadas neste momento. 
• Algum grau de crescimento do tecido da mama, tipicamente bilateral, ocorre em 40-65% dos meninos durante os Estádios 2-3 → 
excesso relativo de estimulação estrogênica → desaparece naturalmente. 
Crescimento somático 
• A aceleração do crescimento linear começa na adolescência inicial. 
• No sexo feminino, o pico de velocidade crescimento (PVC) de 8-9 cm/ano ocorre nos Estádios 2-3, aproximadamente 6 meses 
antes da menarca. 
• No sexo masculino, normalmente a aceleração de crescimento é mais tardia com o PVC de 9-10 cm/ano ocorrendo posteriormente 
no curso da puberdade (Estádios 3-4), e continuam seu crescimento linear por aproximadamente mais 2-3 anos depois que as 
adolescentes pararam seu crescimento. 
• O surto de crescimento se inicia distalmente, com aumento das mãos e dos pés, seguido pelos braços e pernas e, finalmente, o 
tronco e o tórax. 
• No sexo masculino observa-se um aumento da massa corporal (algumas vezes referido como “surto de força”), enquanto no sexo 
feminino nota-se adolescentes com maior proporção de gordura corporal. 
• Alterações cardiovasculares na adolescência média incluem o aumento do tamanho do coração, elevação da pressão arterial e 
aumento do volume sanguíneo e do hematócrito, particularmente no sexo masculino. 
• Juntamente com o aumento da capacidade vital pulmonar, estas alterações levam a uma maior capacidade aeróbica. 
• A estimulação androgênica de glândulas sebáceas e apócrinas pode resultar em acne e odor corporal. 
• O rápido aumento da laringe, faringe e pulmões no sexo masculino provoca mudanças na qualidade da voz. 
• O alongamento do globo óptico muitas vezes resulta em miopia. 
• Alterações fisiológicas nos padrões de sono e necessidades de sono aumentadas ocorrem. 
Desenvolvimento neurológico, cognitivo e moral 
• À medida que as crianças progridem ao longo da adolescência, elas desenvolvem e refinam sua capacidade em usar os processos 
formais e operacionais de pensamento. 
• O pensamento abstrato, simbólico e hipotético substitui a necessidade de manipular objetos concretos. 
• A capacidade para expressão verbal é aprimorada. 
• OBS: Neuromaturação continua até a terceira década. 
• O volume de matéria cinzenta atinge seu ápice na pré-adolescência e depois diminui. Esta diminuição é uma consequência da “poda” 
seletiva das conexões sinápticas raramente utilizadas. 
• Acredita-se que o aumento do volume da matéria branca reflita o aumento da mielinização e subsequente facilitação da atividade 
cerebral integrada e a transmissão mais eficiente de informação entre as diferentes regiões do cérebro. 
• Os comportamentos dos adolescentes podem ser, em parte, biologicamente determinados e refletir uma relativa imaturidade do 
córtex pré-frontal e sua comunicação com outras regiões do cérebro. 
• A maturação precoce da amígdala e de outras estruturas límbicas, que estão envolvidas na experiência de medo e emoção, em 
relação aos sistemas de função executiva frontal, que facilitam a regulação e interpretação destas experiências emocionais, poderia 
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explicar porque os adolescentes são mais propensos a tomar más decisões em situações altamente carregadas de emoção, em 
comparação aos adultos maduros. 
• Acredita-se que a assunção de risco,o desejo para gratificação imediata, o aumento da sensação e busca por novidade pelo 
adolescente são igualmente resultado, em parte, desta maturação cerebral assíncrona. 
• O desenvolvimento moral geralmente acompanha o desenvolvimento cognitivo. 
• À medida que se encaminham para a adolescência inicial, desenvolvem um forte senso de certo e errado, mas provavelmente 
percebem isto como absoluto e inquestionável. 
• Os adolescentes médios e finais podem estabelecer um senso de moralidade impulsionado pelo desejo de serem vistos como uma 
boa pessoa. A tomada de decisão moral ainda pode estar altamente sujeita ao contexto emocional. 
• Os adolescentes finais podem desenvolver uma consciência racional e um sistema independente de valores. 
Desenvolvimento psicossocial 
• Em contraste com o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento psicossocial se correlaciona mais fortemente com o estado 
puberal e com a maturação física do que com a idade cronológica. 
• Desenvolvimento psicossocial está sujeito a uma maior influência ambiental e cultural. 
• O desenvolvimento psicossocial também pode não ser linear, com domínios diferentes de crescimento progredindo ao longo de 
diferentes linhas de tempo. 
• Um tema primordial do desenvolvimento psicossocial é o conceito de formação e consolidação de identidade, conforme o 
adolescente afasta-se da proteção afetiva da família, desenvolve um aumento na filiação com seus pares e, finalmente, define a si 
mesmo como um indivíduo. 
• Separar-se dos pais é um marco do desenvolvimento do adolescente. Os adolescentes iniciais começam a procurar mais privacidade 
em casa, ficando menos tempo com os pais. 
• Com a evolução das capacidades cognitivas, o adolescente tem a capacidade de conceber pais ideais, e contrasta este ideal com 
seus próprios pais. 
• Os colegas tornam-se cada mais importantes na adolescência média, durante a qual o adolescente pode experimentar estar sendo 
parte de grupos diferentes e “testar” diferentes identidades. 
• Os adolescentes iniciais apresentam maior consciência e interesse sexual, que podem se manifestar através de conversas e fofocas 
sexuais, frequentemente focadas na anatomia sexual. 
• A masturbação e outras explorações sexuais, algumas vezes com pares do mesmo sexo, são comuns. 
• A curiosidade, a experimentação e a atividade sexual tornam-se mais comuns entre os adolescentes médios. 
• A orientação sexual pode se tornar clara para alguns adolescentes, mas pode ainda estar evoluindo em outros durantes este período. 
• A imagem do corpo 
pode afetar (e ser afetada) 
também pelo desenvolvimento 
psicossocial do adolescente. A 
adolescência inicial e média são, 
geralmente, as idades nas quais 
se desenvolvem a imagem do 
corpo ruim e distorcida e os 
distúrbios de alimentação. 
• A progressão das 
mudanças da puberdade no 
sexo masculino está associada, 
geralmente, a uma autoimagem 
positiva. No sexo feminino, 
inicialmente, essas mudanças na 
aparência física podem ser 
percebidas de forma mais 
negativa. 
 
 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 9 
 
ALIMENTAÇÃO 
Pré-escolar 
• É comum a negação à introdução de novo alimento. 
• Há grande preferência por doces. Nesta fase, as proteínas devem ser destaque. 
• Importante nesta fase: Estabelecer horários para as refeições, Evitar guloseimas, Evitar bebidas gaseificadas, Evitar industr ializados, Não 
usar subornos e chantagens (tendem a ter o efeito inverso, causando recusa alimentar), Atividade física (recreação atividade na água, 
jogar bola, subir e descer escadas). 
• Nesta fase, as proteínas ganham destaque. 
• Confecção do cardápio: seis porções de cereais e massas, três porções de frutas, três porções de verduras, três porções de le ite e 
derivados e uma porção de carnes, ovos e feijão. Ideal 5 refeições por dia. 
Escolar 
• Crescimento constante e ganho de peso próximo a puberdade. 
• Mínimo 3 refeições, com frutas, verduras, legumes e cálcio. 
• Indicados esportes não competitivos. 
Adolescentes 
• Há necessidades nutricionais e metabólicas aumentadas. 
• Meninos ganham mais massa que meninas (35 kg vs 18 kg) e crescem por mais tempo. As meninas, durante a puberdade, acumulam 
mais tecido adiposo. 
• O pico da densidade mineral óssea ocorre durante o estágio 4 de Tanner, com grande necessidade de cálcio 
• As necessidades de ferro aumentam pela maior produção de mioglobina e pelo aumento de 33% no número de hemácias, e as 
meninas necessitam 3x mais ferro que os meninos (menstruação). 
• Adolescentes podem praticar esportes competitivos. 
 
OBESIDADE 
• A obesidade é um distúrbio nutricional caracterizado por um aumento do tecido adiposo, com elevação do peso corporal. Pode-se 
observar um aumento tanto do número como do tamanho dos adipócitos. 
• É considerada uma doença genética, influenciada por múltiplos fatores. 
• 3 períodos da vida que acontece de forma fisiológica: o último trimestre de vida IU, primeiro ano de vida e início da adolescência. 
• Na obesidade infantil há aumento constante do número e do tamanho celular, por isso responde pior ao tratamento. 
EPIDEMIOLOGIA 
• OMS passou a considerar tão preocupante quanto a desnutrição. 
• No brasil há mudanças intensas, sendo um grande problema nacional. Entre as crianças e adolescentes, identifica-se excesso de peso 
em ritmo acelerado; 
• População menos favorecida → falta de orientação alimentar adequada e consumo de alimentos muito calóricos, que são mais 
baratos. 
ETIOLOGIA 
• Primária: mais de 90%, decorrente de predisposição genética, alto consumo de calorias e baixo gasto energético. 
• Secundária: rápido aumento de peso, achados dismórficos, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, perdas ou déficits 
visuais/auditivos e crescimento linear insuficiente. 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 10 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Estabelecido pelo IMC 
o Crítica: hiperestimação de adiposidade em indivíduos com grande massa muscular. 
• Atualmente se utilizam as curvas da OMS → IMC x idade, peso x idade e peso x estatura. 
• Exame físico: antropometria (peso, altura e IMC), pregas cutâneas, circunferência abdominal, estadiamento puberal (Tanner), pressão 
arterial. 
• Circunferência abdominal: medida no ponto médio entre a ultima costela fica e a borda superior da crista ilíaca. Na pediatria são 
avaliados por percentis. Circunferência abdominal tem associação com obesidade. 
• Exames complementares: perfil lipídico (triglicerídeos, colesterol total e frações), perfil glicêmico (glicemia de jejum, hb glicada, ttog), 
TGP (para avaliar esteatose hepática). 
 
TRATAMENTO 
• Melhor conduta é a prevenção, promover a boa alimentação e evitar obesidade. 
• Crianças pequenas: o não ganho ponderal já é um resultado positivo no tratamento. 
• Crianças maiores: perda de peso não deve ultrapassar mais de 500 g/semana. A meta a ser alcançada pode ser a perda de até 10% 
do peso inicial. Após seis meses, um novo alvo para perda de peso deverá ser estipulado. 
• Objetivos do tratamento da obesidade: redução de peso em adolescentes, manutenção do peso em pré púberes e redução das 
morbidades. 
Educação nutricional 
• Criança com IMC > 85, com complicações relacionadas a obesidade ou criança com IMC no percentil > 95 (com ou sem 
complicações) deve receber orientação dietética para o tratamento de obesidade. 
• Reeducação alimentar = modificações comportamentais duradouras → Proteínas 15 a 20%, carboidratos 50 a 50% e gorduras 30%. 
Ingestão de sal deve ser restrita a 6 g/dia. 
Atividade física 
• 2 aos 18 anos: menos de 2 horas/dia. 
• Importante estímulos a atividade física em todas as idades, de acordo com o desenvolvimento motor de cada faixa etária. 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 11 
 
Medicações 
• Apenas para casos graves associados e se houver doença psiquiátrica. 
• Devem ser usadascomo coadjuvantes ao tratamento principal. 
o Fluoxetina e sertralina: inibe a recaptação seletiva de serotonina. No Brasil são liberadas: flouxetina a partir dos 8 anos e 
sertralina a partir dos 6 anos para depressão e toc. Perda de peso é verificada apenas no inicio do tratamento. Usada na 
obesidade quando for vinculada a compulsão alimentar. 
o Metformina: usada para SM. Só se tiver resistência a insulina. 
o Octreotide: análogo da somatostatina que reduz a secreção de insulina e GH. Usado para obesidade de causa hipotalâmica. 
Cirurgia 
• Indicações para Cirurgia Bariátrica em crianças, segundo o Ministério da Saúde: 
o Obesidade por mais de 2 anos, Ter feito tratamento clínico nos últimos 2 anos, sem sucesso e Idade: 18 a 60 anos; IMC > 
ou = 40 ou entre 35-40 kg/m² com comorbidades. 
• As indicações para cirurgia bariátrica segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica: leva em consideração 3 requisitos: 
o massa corpórea (IMC), idade (apenas acima de 16 anos), e relação ao tempo de doença. 
 
 
 
 
 
 
 
VACINAS 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 12 
 
 
• No Brasil, com exceção do primeiro ano, as causas externas (acidentes de trânsito, afogamentos, queimaduras e, a partir da 
adolescência, homicídios) respondem por mais mortes entre crianças e adolescentes do que todas as outras doenças somadas → 
20-70% dos óbitos. 
• Queda da mortalidade infantil nos últimos anos 
• A mortalidade neonatal (entre 0-27 dias) representa o maior componente na MI – 60-70% de todas as mortes em menores de 1 
ano. Além disso, ela foi a que menos caiu nos últimos anos. 
 
INJÚRIAS NÃO INTENCIONAIS: ACIDENTES 
• Acidentes domésticos: 73% das internações hospitalares são de causas externas (faixas etárias até 19 anos), e as quedas ocupam o 
primeiro lugar → também são a principal causa de trauma abdominal e fratura. Embora as quedas sejam os acidentes mais comuns, 
os acidentes de trânsito são a primeira causa de morte, seguida de acidentes por submersão e queimaduras (álcool, corrente 
elétrica, produtos químicas e produtos superaquecidos). 
o Prevenção: Medidas de proteção passiva: colocação de barreiras físicas no ambiente (grades nas janelas, redes nas sacadas, 
portões em escadas, corrimões bilaterais nas escadas, panelas com cabos voltados para dentro do fogão, móveis sem quinas 
ou arestas, cercamento de piscinas, uso de redes de proteção). 
• Acidentes urbanos, lazer e rural: acidentes de trânsito, principalmente por atropelamentos (70% das mortes). A maioria ocorre em 
adolescentes entre 15-19 anos e do sexo masculino. O estrangulamento é a principal causa de morte em ambientes de lazer. 
o Prevenção: Medidas de educação no trânsito e controle da qualidade de ruas/estradas e sinalização; Medidas de controle de 
velocidade dos automóveis; Legislação rigorosa de punição das infrações no trânsito; Nunca transportar a criança no colo, 
mesmo que no banco traseiro; Equipamento de proteção física: cinto de segurança de 3 pontos, encosto cervical, uso de 
air-bag, assentos apropriados para criança de acordo com peso e faixa etária. 
o supervisão dos pais, regulamentação de equipamentos, estabelecimento de altura máxima limitada, uso de materiais que 
absorvam impactos (borracha, areia fina etc). 
 
INJÚRIAS INTENCIONAIS: VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS 
• Mães e pais têm sido identificados como os principais agentes perpetradores da agressão. 
• Há 4 tipos: abuso físico, abuso sexual, abuso psicológico e negligência 
• Violência pode ser autoprovocada 
• Abuso físico: Atitude geral → criança apresenta-se triste, fala pouco, encolhe-se, não olha para o médico, fecha os olhos e protege o 
rosto. Pode haver desnutrição e baixa estatura. A pele é o local mais acometido com lesões (lesões acidentais ocorrem geralmente 
em proeminências ósseas e decorrentes de abuso não), nos ossos podem haver lesões transversas (por impacto de grande 
intensidade), lesões espirais (torção), lesões oblíquas (encurvamento forçado). 
o TCE é a principal causa de morte em vítimas de abuso físico, incluindo a “Síndrome do Bebê Sacudido”, que é provocada 
por sacudidas vigorosas em bebês até 2 anos, gerando hemorragia subdural, subaracnóidea etc. 
♡ Maria Júlia Reus – 192 
Literatura: Nelson, Medcurso e Sanar (imagens) 13 
 
• Abuso sexual: A maioria das crianças, nesse caso, apresenta queixas vagas e exame físico pobre: dor abdominal, constipação, disúria, 
corrimento vaginal, masturbação excessiva, distúrbios do sono, distúrbios da fala, baixo desempenho escolar e distúrbios do 
comportamento (hiperatividade, agressividade, tentativa suicida). 
o Lesões genitais e anais podem estar presentes 
• Abuso emocional: criança apresenta-se apática, agressiva, isolada, com medo ou ansiedade, baixa autoestima, dificuldades de fala ou 
gagueira, anorexia, autodestutividade, uso de drogas, comportamento delinquente, história de fugas e tentativa de suicídio. 
• Negligência: Pais falham em prover suportes básicos. OBS: Exclui as situações de carência de recursos por fatores socioeconômicos! 
• Conduta médica: acolhimento da vítima, providências legais (notificação do conselho tutelar! Ausência de notificação é considerada 
crime, deve ocorrer dentro das 48h após atendimento inicial), internação hospitalar (quando há risco de vida ou gravidade no caso 
clínico), labs e profilaxia contra ISTs e outras doenças.

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