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DJi - Teoria do Crime - Teoria Geral do Crime


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Teoria Geral do Crime - Teoria do Crime - Direito Penal
Teoria do Crime
"Conceito de crime: o crime pode ser conceituado sob os aspectos
material e formal ou analítico.
Aspecto material: é aquele que busca estabelecer a essência do conceito,
isto é, o porquê de determinado fato ser considerado criminoso e outro
não. Sob esse enfoque, crime pode ser definido como todo fato humano
que, propositada.ou descuidadamente, lesa ou expõe a perigo bens
jurídicos considerados fundamentais para a existência da coletividade e
da paz social.
Aspecto formal: o conceito de crime resulta da mera subsunção da
conduta ao tipo legal e, portanto, considera-se infração penal tudo aquilo
que o legislador descrever como tal; pouco importando o seu conteúdo.
Considerar a existência de um crime sem levar em conta sua essência ou
lesividade material afronta o princípio constitucional da dignidade humana.
Aspecto analítico: é aquele que busca, sob um prisma jurídico,
estabelecer os elementos estruturais do crime. A finalidade deste enfoque
é propiciar a correta e mais justa decisão sobre a infração penal e seu
autor, fazendo com que o julgador ou intérprete desenvolva o seu
raciocínio em etapas. Sob esse ângulo, crime é todo fato típico e ilícito.
Dessa maneira, em primeiro lugar deve ser observada a tipicidade da
conduta. Em caso positivo, e só neste caso, verifica-se se a mesma é
ilícita ou não. Sendo o fato típico e ilícito, já surge a infração penal. A
partir daí, é só verificar se o autor foi ou não culpado pela sua prática,
isto é, se deve ou não sofrer um juízo de reprovação pelo crime que
cometeu. Para a existência da infração penal, portanto, é preciso que o
fato seja típico e ilícito.
Concepção bipartida: a culpabilidade não integra o conceito de crime.
Entendemos que crime é fato típico e ilícito (ou antijurídico) por várias
razões.
A Teoria Naturalista ou Causal, mais conhecida como Teoria Clássica,
concebida por Franz von Liszt, a qual teve em Ernest von Be1ing um de
seus maiores defensores, dominou todo o século XIX, fortemente
influenciada pelo positivismo jurídico. Para ela, o fato típico resultava de
mera comparação entre a conduta objetivamente realizada e a descrição
legal do crime, sem analisar qualquer aspecto de ordem interna, subjetiva.
Sustentava que o dolo e a culpa sediavam-se na culpabilidade e não
pertenciam ao tipo. Para os seus defensores, crime só pode ser fato
típico, ilícito (antijurídico) e culpável, uma vez que, sendo o dolo e a culpa
imprescindíveis para a sua existência e estando ambos na culpabilidade,
por óbvio esta última se tomava necessária para integrar o conceito de
infração penal. Todo penalista clássico, portanto, forçosamente precisa
adotar a concepção tripartida, pois do contrário teria de admitir que o
Referências
e/ou
Doutrinas
Relacionadas:
Ação Penal
Actio Libera In
Causa
Analogia
Antijuridicidade
Antijurídico
Aplicação da Lei
Penal
Aplicação da Pena
Arrependimento
Posterior
Atipicidade
Carência Tipológica
Causa
Circunstancial
Circunstâncias
Comunicabilidade e
Incomunicabilidade
de Elementares e
Circunstâncias
Conatus
Concepção do
Direito Penal
Concurso de Crimes
Concurso de Pessoas
Conduta
Contagem do Prazo
Crime
Crime Consumado
Crime Continuado
Crime Impossível
Crime Preterdoloso
ou Preterintencional
Crimes Culposos
Crimes Dolosos
Culpa Consciente
dolo e a culpa não pertenciam ao crime, o que seria juridicamente
impossível de sustentar. Com o finalismo de Welzel, descobriu-se que
dolo e culpa integravam o fato típico e não a culpabilidade. A partir daí,
com a saída desses elementos, a culpabilidade perdeu a única coisa que
interessava ao crime, ficando apenas com elementos puramente
valorativos. Com isso, passou a ser mero juízo de valoração externo ao
crime, uma simples reprovação que o Estado faz sobre o autor de uma
infração penal. Com efeito, a culpabilidade, em termos coloquiais, ocorre
quando o Estado aponta o dedo para o infrator e lhe diz: você é culpado
e vai pagar pelo crime que cometeu! Ora, isso nada tem que ver com o
crime. É apenas uma censura exercida sobre o criminoso. Conclusão: a
partir do finalismo, já não há como continuar sustentando que crime é
todo fato típico, ilícito e culpável, pois a culpabilidade não tem mais nada
que interessa ao conceito de crime. Welzel não se apercebeu disso e
continuou sustentando equivocadamente a concepção tripartida, tendo,
com isso, influenciado grande parte dos finalistas, os quais insistiram na
tecla errada.
Além disso, a culpabilidade não pode ser um elemento externo de
valoração exercido sobre o autor do crime e, ao mesmo tempo, estar
dentro dele. Não existe crime culpado, mas autor de crime culpado.
Quando se fala na aplicação de medida de segurança, dois são os
pressupostos: ausência de culpabilidade (o agente deve ser um
inimputável) + prática de crime (para internar alguém em um manicômio
por determinação de um juiz criminal, é necessário antes provar que esse
alguém cometeu um crime). Com isso, percebe-se que pode haver crime
sem culpabilidade.
Como lembra Damásio de Jesus, se a culpabilidade fosse elemento do
crime, aquele que, dolosamente, adquirisse um produto de roubo
cometido por um menor não cometeria receptação, pois se o menor não
pratica crime, ante a ausência de culpabilidade, o receptador não teria
adquirido um produto desse crime.
Nosso Código Penal diz que: a) quando o fato é atípico, não existe crime
("Não há crime sem lei anterior que o defina" - CP, art. 1º); b) quando a
ilicitude é excluída, não existe crime ("Não há crime quando o agente
pratica o fato" - CP, art. 23 e incisos). Isso é claro sinal de que o fato
típico e a ilicitude são seus elementos.
Agora, quando a culpabilidade é excluída, nosso Código emprega
terminologia diversa: "É isento de pena o agente que ... " (CP, art. 26,
caput).
Por todos esses motivos entendemos correta a concepção bipartida.
Finalmente, não se podem misturar tipicidade e ilicitude em uma mesma
fase, pois matar um inseto (fato atípico) não é a mesma coisa que matar
uma pessoa em legítima defesa (fato típico, mas não ilícito).
Antijuridicidade: preferimos o termo ilicitude, uma vez que o crime,
embora contrário à lei penal, não deixa de ser um fato jurídico, dado que
produz inúmeros efeitos nessa órbita."
Capez, Fernando, Curso de Direto Penal, parte geral, vol. 1,
Saraiva, 10ª ed., 2006
(Revista Realizada por Suelen Anderson - Acadêmica em Ciências
Culpa Penal
Culpabilidade
Culpado
Culpável
Desistência
Voluntária e
Arrependimento
Eficaz
Direito Penal
Direito Penal no
Estado Democrático
de Direito
Efeitos da
Condenação
Eficácia de Sentença
Estrangeira
Elementar
Elementares e
Circunstâncias
Erro de Tipo
Estado de
Necessidade
Estrito Cumprimento
de Dever Legal
Exclusão de Ilicitude
Exercício Regular do
Direito
Exigibilidade de
Conduta Diversa
Extinção da
Punibilidade
Extraterritorialidade
da Lei Penal
Brasileira
Fato Antijurídico
Fato Típico
Fontes do Direito
Penal
Função Ético-Social
do Direito Penal
Ilícito Jurídico
Ilícito Penal
Ilicitude
Imputabilidade
Imputabilidade Penal
Inimputáveis
Interpretação da Lei
Penal
Irretroatividade da
Jurídicas - 25 de outubro de 2009)
Aplicação da Lei Penal - Crime - Imputabilidade Penal - Concurso de
Pessoas - Penas - Medidas de Segurança - Ação Penal - Extinção da
Punibilidade - Crimes contra a pessoa - Crimes contra o patrimônio -
Crimes contra a propriedade imaterial - Crimes contra a organização do
trabalho - Crimes contra o sentimento religioso e o respeito aos mortos -
Crimes contra os costumes - Crimes contra a família - Crimes contra a
incolumidade pública - Crimes contra a paz pública - Crimes contra a fé
pública - Crimes contra a administração pública
[Direito Criminal] [Direito Penal]
Jurisprudência Relacionada:
- Constitucionalidade - Crimes Contra Estabelecimento de Crédito ou
Financiamento- Segurança Nacional e Ordem Política e Social - Súmula
nº 558 - STF
- Existência do Crime - Preparação do Flagrante pela Polícia que Torna
a Consumação Impossível - Súmula nº 145 - STF
Normas Relacionadas:
Art. 58, Mínimos e Máximos Genéricos - Penas Principais - Penas
- Código Penal Militar - CPM - DL-001.001-1969
Lei Penal
Juizados Especiais
Criminais
Legítima Defesa
Leis de Vigência
Temporária
Limites de Penas
Livramento
Condicional
Lugar do Crime
Medidas de
Segurança
Nexo Causal
Objeto do Direito
Penal
Pena de Multa
Penas
Penas Privativas de
Liberdade
Penas Restritivas de
Direitos
Potencial Consciência
da Ilicitude
Prescrição
Princípio da
Legalidade
Reabilitação
Reincidência
Requisitos do Crime
Resultado
Sanção Penal
Suspensão
Condicional da Pena
Tempo do Crime e
Conflito Aparente de
Normas
Tentativa
Teoria
Teoria do Tipo
Teoria Finalista da
Ação
Territorialidade da
Lei Penal Brasileira
Tipicidade
Tipo Penal nos
Crimes Culposos
Tipo Penal nos
Crimes Dolosos
Requisitos do Crime
Requisitos do Crime Fato Típico
Finalista
CausalistasAntijurídico (Antijuridicidade)
Culpável (culpabilidade)
 Segundo a Teoria Finalista, para que ocorra crime, basta o Fato Típico e a Antijuridicidade e a
Culpabilidade é somente Pressuposto para aplicação da pena.
 Se faltar fato típico e-ou antijuridicidade não é crime, e se faltar culpabilidade não há punição.
 Todo crime ou delito, de acordo com as doutrinas (analítico), é composto dos requisitos: Fato Típico e
Antijuridicidade (finalistas), e para outros também inclui-se a Culpabilidade (causalistas).
obs.dji: Aplicação; Aplicação da Pena; Aumento na Terceira Fase de Aplicação da Pena no Crime de
Roubo Circunstanciado - Exigibilidade - Fundamentação Concreta - Exasperação de Mera Indicação do
Número de Majorantes - Súmula nº 443 - STJ; Penas
Requisitos Genéricos do Crime Fato Típico
Antijurídico
Requisitos Específicos do Crime Elementar
Circunstancial
 Os requisitos específicos são formas pelas quais os requisitos genéricos se manifestam:
 Os elementares são determinados vocábulos de determinado fato típico que se retirado fazem (via de
regra) desaparecer o crime "atipicidade".
Exs.: Art. 155 C.P. - se retirar o "alheio" Art. 312 do CP. - se retirar o "funcionário público".
 
Atipicidade absoluta - (Art. 155 C.P) - não provoca outro tipo de delito
relativa - (Art. 312 do CP) - pode provocar outro tipo de delito
Circunstancial
(Art. 155 § 1º do C.P. ) - repouso noturno
(Art. 61 (h) C.P.) contra criança, velho,..;
obs.dji: Art. 58, Mínimos e Máximos Genéricos - Penas Principais - Penas - Código Penal Militar - CPM -
DL-001.001-1969; Atipicidade; Aumento na Terceira Fase de Aplicação da Pena no Crime de Roubo
Circunstanciado - Exigibilidade - Fundamentação Concreta - Exasperação de Mera Indicação do Número
de Majorantes - Súmula nº 443 - STJ; Carência Tipológica; Circunstância elementar; Circunstância
qualificadora; Circunstancial; Circunstâncias; Circunstâncias agravantes; Circunstâncias agravantes da
penalidade regulamentar da previdência social; Circunstâncias atenuantes; Circunstâncias atenuantes da
penalidade regulamentar da previdência social; Circunstâncias incomunicáveis (concurso de pessoas);
Circunstâncias judiciais; Circunstâncias preponderantes; Circunstâncias relevantes; Crime; Criminalização;
Culpa Consciente; Culpa Penal; Culpabilidade; Elementar; Específico; Existência do Crime - Preparação do
Flagrante pela Polícia que Torna a Consumação Impossível - Súmula nº 145 - STF; Fato Antijurídico; Fato
Típico; Ilícito Jurídico; Ilícito Penal; Ilicitude; Imputabilidade Penal; Relação de Causalidade; Requisito;
Teoria Geral do Crime; Tipicidade; Tipo
Culpa Penal = Consciência da ilicitude + Exigibilidade da conduta diversa - "Nulla poena sine
culpa"
Culpa "lato sensu"
Culpa "strito sensu"
Dolo
obs.dji: Antijuridicidade; Antijurídico; Atipicidade; Carência tipológica; Circunstancial; Crime; Crime
Culposo; Culpa Cível; Culpa Consciente; Culpa Presumida; Culpa Recíproca; Culpabilidade; Culpado;
Elementar; Fato antijurídico; Fato Típico; Formação da Culpa; Ilícito jurídico; Ilícito Penal; Ilicitude;
Inocência; Inocente; Requisitos do crime; Teoria do Crime
Culpa Consciente
 Ocorre a culpa consciente quando o agente, prevendo o resultado e não o desejando, age de modo a
ensejá-lo. Não se confunde com o dolo eventual, porque neste o sujeito ativo aceita o resultado, pouco se
importando com a sua realização. Magalhães Noronha, Edgard, Direito Penal, São Paulo, Saraiva, 1º v., 22ª
ed., 1984, p. 147.
 Todos os crimes são punidos a título de dolo, salvo quando a Lei expressamente definir.
Ordenamento Jurídico = estado de direito = a Lei
Fundamento legal = a Lei
Fundamento jurídico = doutrina, pensamento jurídico
obs.dji: Antijuridicidade; Antijurídico; Art. 15, CP; Art. 18 CP; Culpa cível; Culpa Penal; Culpa Presumida;
Culpa Recíproca; Culpabilidade; Dolo; Fato Típico; Formação da Culpa; Ilícito Penal; Ilicitude;
Voluntariedade, dolo e culpa - Contravenções penais - DL-003.688-1941; Teoria do Crime
Ilícito Jurídico
 Todo o fato contrário ao Direito.
"Neminen Laedere"
 Ninguém tem o direito da causar dano a outrem.
"Sanctio Juris"
 Sanção de Direito.
obs.dji: Antijuridicidade; Antijurídico; Atos Ilícitos; Culpabilidade; Fato Típico; Ilícito Penal; Ilicitude;
Jurídico; Negligência; Teoria Geral do Crime
Carência Tipológica
- falta de um fato típico.
obs.dji: Antijuridicidade; Antijurídico; Carência; Conduta; Culpabilidade; Fato Típico; Ilícito Penal; Ilicitude;
Teoria Geral do Crime; Tipo; Tipos de Processo
Culpado
- declaração: Art. 5º, LVII, CF
obs.dji: Antijuridicidade; Antijurídico; Culpa Penal; Culpabilidade; Ilícito Penal; Ilicitude; Fato Típico;
Inocência; Inocente; Rol dos Culpados; Teoria do Crime
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