Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
16/08 – FARMACO 1 Bloco farmacocinética Absorção e Distribuição de Fármacos Introdução ➱FARMACOCINÉTICA: relacionado a ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO e EXCREÇÃO ➱FARMACODINÂMICA: local de ação, mecanismo de ação e efeitos farmacológicos. FARMACOCINÉTICA É a medida e a interpretação formal de alterações temporais nas concentrações de um fármaco em uma ou mais regiões do organismo em relação à dose administrada. - Determina o início, a intensidade e a duração da ação do fármaco ➨Determinar os esquemas posológicos, de quanto em quanto tempo deve se repetir a dose ➨Maximizar a eficácia e reduzir os riscos adversos ➨Individualizar a terapia; algumas pessoas têm efeitos específicos, como distúrbios renais, hepáticos, desidratação – condições clínicas podem alterar esse perfil ➨Monitorar fármacos com janela terapêutica estreita; é a dose toxica está próxima da dose terapêutica FARMACOCINÉTICA x FARMACODINÂMICA Dose do fármaco entra no organismo, precisa ter concentrações para ir à circulação sistêmica, então é distribuído para todos os tecidos, se liga a receptores específicos para o tecido necessário. Porém pode ficar na forma de deposito em vários tecidos. Começa também os processos de metabolização e excreção, via de saída. É necessário saber a quantidade de fármaco necessário para determinada região, para ter as concentrações necessárias no sítio de ação, pare ter então o efeito farmacológico, gerando uma reposta clínica, a fim de maximizar a efetividade e reduzir a toxicidade. *OS PROCESSOS SE COMUNICAM ENTRE SI. FASES DA FARMACOCINÉTICA 4 ESTÁGIOS, denominados ADME: - ABSORÇÃO; entrada - DISTRIBUIÇÃO pelo organismo - METABOLIZAÇÃO, biotransformação – ocorre no fígado. - ELIMINAÇÃO; saída (através da urina, bile, lagrimas, suor ou fezes) ➱AÇÃO SISTÊMICA: fármaco chega ao seu LOCAL de AÇÃO pela CIRCULAÇÃO SISTÊMICA ➱AÇÃO LOCAL: fármaco não precisa atingir a circulação sistêmica para chegar ao seu local de ação. (o mínimo chega à circulação sistêmica) PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS ORAL e RETAL → intestino → plasma INTRAVENOSA → vai direto ao plasma INTRAMUSCULAR → musculo → plasma INALAÇÃO → PULMAO → plasma ➱ADMINISTRAÇÃO: via de administração e forma farmacêutica (porta de entrada) ➱ABSORÇÃO: fármacos de ação local não necessitam ser absorvidos *exceto para medicamentos via INNTRAVENOSA ➱DISTRIBUIÇÃO para vários tecidos * **Sitio de ação e efeito farmacológico ➱BIOTRANSFORMAÇÃO, ao chegar no fígado, com finalidade de facilitar excreção ➱EXCREÇÃO Fármaco pode ficar ligado a proteínas Podem ficar em reservatórios teciduais, como na forma de deposito – por exemplo tecido adiposo. FÁRMACO LIVRE: não está ligado a proteína plasmática e nem está nos reservatórios teciduais, único que pode realizar a função farmacológica FATORES PODEM INFLUENCIAR PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS ➱FATORES RELACIONADOS AO PACIENTE: idade, sexo, tabagismo, consumo de álcool (acelera e ou retarda fármacos) e de outros medicamentos, etnia, desnutrição ➱FATORES RELACIONADOS AOS ESTADOS PATOLÓGICOS: disfunções hepáticas ou renais, insuficiência cardíaca, infecções, queimaduras Absorção ➨ É a passagem de um fármaco de seu local de administração para a circulação sistêmica ➨ Movimento das moléculas do fármaco através das barreiras celulares TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANA CEULARES Através da passagem: ➨ DIFUSÃO PASSIVA (depende do tamanho da partícula, pode ser mais lento) - A força motora da absorção passiva de um fármaco é o gradiente de concentração através da membrana que separa dois compartimentos corporais. - Não envolve transportador, não é saturável e apresenta baixa especificidade estrutural. *A maioria dos fármacos é absorvida por esse mecanismo. - Os fármacos hidrossolúveis atravessam as membranas celulares através de canais ou poros aquosos - Os fármacos lipossolúveis movem-se facilmente através da maioria das membranas biológicas, devido à sua solubilidade na bicamada lipídica. ➨ TRANSPORTADORES -Através da difusão facilitada, com os auxílios de um transportador. ➨ ENDOCITOSE e PINOCITOSE Macromoléculas principalmente - São usados para transportar fármacos excepcionalmente grandes através da membrana celular - ENDOCITOSE: envolve o engolfamento de moléculas do fármaco pela membrana e seu transporte para o interior da célula pela compressão da vesícula cheia de fármaco - EXOCITOSE: é o inverso da endocitose. Muitas células usam a exocitose para secretar substâncias para fora por um processo similar ao da formação de vesículas. Ex.: A vitamina B12 é transportada através da parede intestinal por endocitose, ao passo que certos neurotransmissores (p. ex., norepinefrina) são armazenados em vesículas intracelulares no terminal nervoso e liberados por exocitose. Se move da região de concentração alta para a de concentração baixa. ➨ AQUAPORINAS Através de poros, influenciados pelo processo de gradiente de concentração Moléculas de alto peso molecular se movem mais lentamente. transportadores ➱Regulam a ENTRADA e SAÍDA de moléculas fisiologicamente importantes, tais como açúcares, aminoácidos, neurotransmissores e fármacos 2 SUPERFAMÍLIAS 1-TRANSPORTADORES SLC (solute carrier) realiza TRANSPORTE PASSIVO - OTCs E OATs transportes de cátions e aníons orgânicos 2-TRANSPORTADORES ABC (ATP-binding cassete) realiza TRANSPORTE ATIVO - Pode causar resistência a um fármaco, pode conter microproteina P em determinado local *POLIMORFISMO: variação genética na resposta de fármacos. Pessoas com polimorfismo pode ter alteração da absorção e excreção de fármacos, metabolização DIFUSÃO LIPÍDICA Passagem de moléculas pela membrana ➨ GRAU DE IONIZAÇÃO; deixa a molécula mais lipossolúvel ou não. Molécula carregada não passa pela membrana, precisa de um canal ➨ TAMANHO DE PARTÍCULAS, quanto maior mais lento ➨ GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO; é a força propulsora, quando tem equilibro não ocorre essa diferente entre ambiente extra e intracelular ➨ LIPOSSULUBILIDADE - Absorção - Penetração nos tecidos, atravessa fenestras do endotélio - Excreção Reabsorção: sair do filtrado e voltar a circulação, se a molécula tem característica mais lipossolúvel consegue voltar com mais facilidade - MAIOR lipossolubilidade MAIOR velocidade de difusão IONIZAÇÃO e APRISIONAMENTO IÔNICO ➨ A MAIORIA dos fármacos e tampões biológicos, são constituídos de ÁCIDOS FRACO (molécula doadora de prótons, formando um aníon – libera H+) ou BASE FRACA (aceptor de prótons) ➨ Em uma solução aquosa, a depender odo ph local, vai ter uma proporção diferente de moléculas que estão ionizadas ou não e do pka Exemplos pKa: é a constante de dissociação. pH no qual 50% das moléculas encontram-se ionizadas; HA forma que atravessa as membranas. Molécula vai ionizar mais, No plasma predomina a forma carregada. Exemplo pH bem ácido = 3, conforme aumenta o ph, ficando mais básico, predomina o aníon ➨ Ácidos fracos (HA), quando liberam um próton (H+), causam a formação de um ânion (A–) ➨ Bases fracas são aceptoras de prótons, se ionizam (ficando protonadas) em pH mais ácido Relação INVERSA entre absorção e excreção *Dissolver uma capsula de omeprazol, não é correto pois dissocia, pois, expos ao ph da agua. GRAU DE IONIZAÇÃO AFETA ➨ VELOCIDADE para atravessas nas membranas ➨ DISTRIBUIÇÃO de EQUILÍBRIO entre COMPARTIMENTOS AQUOSOS, se houver diferença de pH entre eles - Portanto no EQUILÍBRIO a concentração de formas ionizadas e não ionizadas será diferente entre os compartimentos Fármaco ácido Em pH ácido:- Não ionizada - Mais lipossolúvel - Favorece absorção Em pH básico: - Forma carregada - Hidrossolúvel - Favorece excreção *Intoxicação, injeta bicarbonato, tornando o ph mais básico, favorecendo forma mais hidrossolúvel, fármaco se concentra no túbulo renal para ser excretado. Ao alcalinizar aumenta a velocidade de excreção de um fármaco acido Fármaco básico Em pH ácido: - Forma carregada - Hidrossolúvel - Favorece Excreção Em pH básico: - Forma não ionizada - Lipossolúvel - Favorece Absorção Qual fármaco começa a ser absorvido no estômago? Justifique Fármaco X, pois tem a natureza de um ácido fraco. Assim em pH ácido estomacal, o fármaco X encontra-se na forma lipossolúvel, logo não é ionizado, para assim atravessar a circulação e ser absorvido pelo organismo. Já o fármaco Y por ser uma base fraca, se junta ao ácido e ioniza, logo fica hidrossolúvel, não sendo absorvido. Caso clínico ➱CASO CLÍNICO: Paciente do sexo masculino utiliza AAS (ácido) 100 mg na hora do almoço, como antiagregante plaquetário, pois sofreu um evento trombótico há um mês. Como receio de sentir algum desconforto gástrico, sempre associa um antiácido (hidróxido de alumínio). Como tal pode interferir com a quantidade absorvida de AAS, aumentando a chance de se reduzir o efeito antiagregante plaquetário? R: O AAS é um ácido fraco que em meio ácido se ioniza pouco, fator que auxilia na absorção do medicamento. O hidróxido de alumínio pode alterar a acidez estomacal de modo a reduzí-la, aumentando o pH gástrico, que compromete sua absorção e consequente eficácia. R:Ao tomar um antiácido forma menos lipossolúvel, diminui a absorção, favorece excreção, reduzindo o efeito terapêutico, pois menos quantidade do fármaco está chegando a circulação sistêmica. A forma não ionizada (HA ou B), sem carga, é a mais lipossolúve FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO DE FÁRMACOS ➱Relativos ao FÁRMACO - Lipossolubilidade e grau de ionização - Dose administrada; quanto maior a dose maior o gradiente de concentração formado, maior a quantidade de fármaco que chega ao sangue - Instabilidade no pH estomacal, revestimento entérico - Forma farmacêutica, de acordo coma velocidade de desintegração do fármaco ➱Área de SUPERFÍCIE ABSORTIVA e FLUXO SANGUÍNEO LOCAL; influenciam a taxa de absorção, tanto de ácidos ou bases fracos, são feitos no sempre no intestino, porém começa no estomago. Ex.: entre nariz e pele, o nariz vai mais rápido para a circulação sistêmica ➱Via de ADMINISTRAÇÃO (velocidade e extensão) Vira oral comparado com via sublingual, sublingual é mais rápida. Mais rápida de todas INTRAVENOSA. Extensão também deve ser levado em conta ➱Ligados ao INDIVÍDUO - Conteúdo intestinal (alimentado ou em jejum) - Motilidade gastrointestinal - diarreia x estase intestinal, dieta do indivíduo (se for rico em fibras, melhora sua absorção), variabilidade individual no trânsito gastrointestinal - Doenças e polimorfirmos Biodisponibilidade ➱é a fração (F) de uma dose de um fármaco que tem acesso à circulação sistêmica - Maior quantidade de fármaco que chegar, maior vai ser a biodisponibilidade - Retal e oral → metabolismo de primeira passagem Exemplos Biodisponibilidade após administração de dose única de um fármaco: IV: Oral 100% na via sanguínea, com o tempo vai sendo distribuído, metabolizado e excretado, vai diminuindo. Outras vias: pico de concentração demora mais RESPONDA Qual é o fármaco absorvido mais rapidamente? A: maior rapidez, pois atinge o pico mais rápido Qual é o fármaco que persiste mais tempo no plasma? C: Decai constantemente Distribuição ➱É a passagem do fármaco da corrente sanguínea (compartimento central) para os órgãos e tecidos (demais compartimentos) *Para fármacos administrados por via INTRAVENOSA, onde não existe absorção, a fase inicial (isto é, imediatamente após a administração até a rápida queda na concentração) representa a fase de distribuição, na qual o fármaco rapidamente sai da circulação e entra nos tecidos. ➱A passagem do fármaco do plasma ao interstício depende do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo regional, da permeabilidade capilar, do volume do tecido, do grau de ligação do fármaco às proteínas plasmáticas e tissulares e da lipofilicidade relativa do fármaco. Principais compartimentos corporais Os principais compartimentos corporais são: – Plasma (5% do peso corporal) – Líquido intersticial (16%) – Líquido intracelular (35%) – Líquido transcelular (2%) – Gordura (20%) *Órgãos que recebem mais volume de sangue recebem mais volume dos fármacos. - PLASMA SANGUÍNEO: são moléculas altamente ligadas a proteínas plasmáticas, moléculas muito grandes altamente carregadas *Plasma; depende da taxa de ligação das proteínas plasmáticas – como albumina. - ÁGUA CORPORAL TOTAL: pequenas moléculas hidrossolúveis ex.: etanol - ÁGUA EXTRACELULAR: moléculas hidrossolúveis maiores ex.: manitol *Polaridade, moléculas hidrossolúveis ficam em compartimentos aquosos. - TECIDO ADIPOSO: moléculas altamente lipossoluveis *Lipossolúveis ficam no sistema nervoso central. - OSSOS e DENTES: certos íons ex.: fluoreto Etapas de distribuição Distribuição e eliminação dos fármacos após administração intravenosa. - Logo após a administração intravenosa de um fármaco, sua concentração plasmática declina rapidamente, à medida que o fármaco presente no compartimento vascular se distribui para outros compartimentos do corpo. Esse rápido declínio é seguido de uma diminuição mais lenta enquanto o fármaco é metabolizado e excretado do corpo, devido, em parte, aos reservatórios teciduais. FATORES QUE AFETAM A DISTRIBUIÇÃO 1. Fluxo sanguíneo local; VASCULARIZAÇÃO DO TECIDO 2. Ligação às proteínas plasmáticas; interações farmacocineticas 3. Reservatórios teciduais (depósito em compartimentos) 4. Permeabilidade através das barreiras biológicas; sai do sangue e penetrar nos tecidos 5. Lipossolubilidade, pKa, transportadores 1 - Fluxo sanguíneo local Mais perfundidos: CÉREBRO, CORAÇÃO e RINS Menos perfundidos: pele, músculos, tecido adiposo 2 - Ligação as proteínas plasmáticas • ALBUMINA (principalmente para ácidos) • ALFA-1-GLICOPROTEÍNA ÁCIDA (para básicos) • Outros: proteínas de membranas de eritrócitos, lipoproteínas circulantes, leucócitos, plaquetas e transportadores específicos como a globulina e transferrina ➱Fase de distribuição: o máximo – pico de concentração ↓ Conforme o fármaco chega à circulação, está pronto para ser distribuído, rápido declínio. ↓ Chegando nos compartimentos mais vascularizados e depois para os menos. ↓ ➱Fases de eliminação e posteriormente excreção. Fração livre: ação farmacológica O fármaco só consegue se ligar no seu receptor, através da molécula livre, que não estão ligados a albumina. - Conclusão: quanto mais ele se ligar as proteínas plasmáticas, vai permanecer mais tempo no espaço vascular. Se desliga dessas proteínas quando tem diferença de concentração do gradiente das proteínas. A quantidade de fármacos que se liga ás proteínas é dependente de 3 fatores ➨ Concentração do fármaco; maior quantidade de fármaco, mais a chance de ter concentração livre – devido a saturação ➨ Afinidade do fármaco pelos locais de ligação; interações hidrofóbicas e eletrostáticas entre a molécula e proteína ➨ Concentração das proteínas; alimentação, desnutrição e disfunção renal – carência de albumina, hipoalbuminemia. Logo uma concentração livre é aumentada, a fração livre do fármaco aumento consequentemente o fármaco seria mais facilmente excretado – intensificando a ação farmacológica e ou toxica. *Quanto maiora afinidade pelas proteínas plasmáticas, mais tempo vai permanecer no plasma. Isso retarda sua eliminação. Pois só a forma livre atravessa o espaço vascular e vai para fígado e rins. Processo saturável e competição - Fármacos podem competir pela ligação. Fármaco B em amarelo, por afinidade, desloca o fármaco verde. Aumentando o fármaco livre. ➨ Alguns fármacos se ligam fortemente (≈ 90%) à proteínas plasmáticas Ex.: Anticoagulantes orais, glicocorticoides, diazepam, AINES; ➨ A competição entre dois fármacos à ligação às proteínas plasmáticas resulta em um aumento da fração livre de um ou ambos os fármacos. Resultado: Intensificação da resposta farmacológica e/ou tóxica • Relevante para fármacos com índice terapêutico estreito!; qualquer aumento já aproxima da dose tóxica • Relevante quando o fármaco deslocador também reduz a eliminação do fármaco deslocado Uma extensa ligação proteica retarda a eliminação do fármaco (metabolismo e/ou filtração glomerular) Fatores que interferem na disponibilidade de proteínas plasmáticas ➨DISTÚRBIOS HEPÁTICOS IMPORTANTE: PACIENTES COM HIPOALBUMINEMIA (desnutrição, cirrose) apresentam padrão de distribuição alterado para a maioria dos fármacos *Solução: ajuste de dose, reduzir a dose muitas vezes! Relevante a fármacos que tem alta interação/ ligação com proteínas ➨DISTÚRBIOS RENAIS Como a PROTEINÚRIA ➨DISTÚRBIOS CARDÍACOS IAM aumenta alfa-1-glicoproteína ácida (assim com câncer, artrite...); logo a fração livre fica diminuída, causando um impacto no seu efeito. Caso clínico Mulher, 39 anos, em uso do antidepressivo amitriptilina, há 1 semana começou a tomar nimesulida (anti-inflamatório) em decorrência de uma dor no joelho. Hoje ela acordou com um quadro de confusão mental, inquietação, agitação, vômitos e taquicardia, características típicas de superdosagem do antidepressivo. Considerando que o antidepressivo em questão possui afinidade à proteína plasmática de 87% e o anti-inflamatório afinidade de 98%, como explicar este quadro clínico? R: O antidepressivo tem menos afinidade com a proteína plasmática, portanto estará mais livre, pois está competindo com os receptores da proteína plasmáticas e seu efeito será intensificado no organismo. Nimesulida da ocupando o lugar do antidepressiva, o sitio esta deslocando. Aumentando a fração livre, intensificando o efeito, causando a toxicidade. Nesse caso ganha quem tem mais afinidade ganhando a competição, o antidepressivo vai ficar em concentrações maiores na forma livre – então ocorre uma intensificação da proteína livre. Solução: mudar a dose - diminuindo, modificar os horários de consumo. 3 – FÁRMACOS EM DEPÓSITO ➨ iopental: gordura ➨ etraciclina: ossos ➨ Cloroquina: retina ➨ Amiodarona: fígado e pulmões ➱Fármacos lipofílicos, como grande parte dos psicofármacos, acumulam-se em tecido adiposo, sendo liberados para distribuição mais lentamente. **IMPORTANTE: Obesos podem ser sedados com alguns anestésicos por um período maior do que um indivíduo magro, graças ao depósito em tecido adiposo – CUIDADO com a dose e monitorização da anestesia, para não alcançar os níveis tóxicos 4 – PERMEABILIDADE ATRAVÉS DAS BARREIRAS BIOLÓGICAS Se o fármaco não for lipossolúvel ele não conseguirá atravessar as barreiras como a hematoencefálica (BHE), hematotesticular (BHT), hematoplacentária (BHP) e, por conseqüência, não será distribuído por estes tecidos Dexclorfeniramina (polaramina) X Loratadina - Dexclorfeniramina: lipofílico, baixo peso molecular, atravessa BHE → sedação - Já a loratadina não tem efeito sedativo, tem afinidade por receptores histamínicos na periferia, não atravessa BHE Características de fármacos que penetram mais facilmente a BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: • Baixa ionização em pH plasmático; é interessante que chegue com a carga não ionizada – concentrando no SNC • Baixa ligação às proteínas plasmáticas; CONSEQUENTEMENTE o fármaco estará com a fração livre aumentada – capaz de atravessar a BHE • Altamente lipofílicas • Baixo peso molecular • Não sofrer efluxo; NÃO PODE jogar o fármaco pra fora FRAÇÃO LIVRE => fármaco não ligado a albumina ↓ - SAI DO ESPAÇO VASCULAR E É DISTRIBUIDO ↓ - SE LIGA AOS RECEPTORES ↓ - FAZ FUNÇÃO FARMACOLÓGICA ↓ - E vai para os órgãos de depuração; PASSA PARA RINS E FÍGADO CAUSAM SONO: pois atuam em receptores do SNC, que são responsáveis pela sedação – diminuindo a excitabilidade. VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO - VD ➨ O volume de distribuição (Vd) descreve a proporção de fármaco que se divide entre o plasma e os compartimentos teciduais ➨ Vd é baixo para fármacos principalmente retidos no compartimento vascular (QUANDO SE LIGA MAIS AS PROTEINAS PLASMÁTICAS – FICANDO MAIS TEMPO NO ORGANISMO) ➨ Vd é alto para fármacos que sofrem ampla distribuição em músculo, tecido adiposo, ossos e outros compartimentos não vasculares. resumão - Ácido em ambiente básico ioniza - Base em ambiente ácido ioniza - Forma não ionizada é mais lipossolúvel - atravessa as barreiras celulares mais fácil - Quanto maior afinidade pela proteína plasmática, menor quantidade de fármaco livre - Apenas o fármaco livre é capaz de produzir efeito farmacológico - Dois fármacos com diferentes afinidades as proteínas plasmáticas: o com maior afinidade se liga as proteínas deixando o de menor afinidade mais livre, potencializando seu efeito - Fármacos que se ionizaram ficam mais hidrossolúveis e são mais facilmente excretados pela urina https://www.youtube.com/watch?v=YlCulYOjKk0 https://www.youtube.com/watch?v=vDRPNrFtgmQ https://www.youtube.com/watch?v=xiuWdJYyIKs Referências Farmacologia Ilustrada 8ª edição Capítulo: 1 - Farmacocinética Página: 11 https://www.youtube.com/watch?v=YlCulYOjKk0 https://www.youtube.com/watch?v=xiuWdJYyIKs
Compartilhar