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PROTOCOLO DE PERIODONTIA – CLÍNICA DE ODONTOLOGIA DA UNINORTE O exame periodontal deverá ser executado somente após a realização detalhada do exame clínico (anamnese + exame físico extra- e intra-oral). Na ficha periodontal será registrado as profundidades de sondagem e os níveis de inserção em seis sítios por dente ou implante em milímetros (mm). Todas as medidas realizadas com a sonda periodontal (Williams ou Universidade Carolina do Norte) devem ser arredondadas para cima (Ex.: 3,5 = 4 mm). Para o exame periodontal o paciente não deve receber profilaxia antes do exame, para que possa ser realizado uma correta avaliação do índice e controle de placa pelo paciente. Portanto, recomenda-se realizar primeiro o exame periodontal e depois o odontograma. Índice de placa (IP): pode ser feito com corante (placa corada) ou com a sonda periodontal (placa visível). Verificar presença ou ausência de biofilme em cada um dos 6 sitios dos dentes. Obs.: o evidenciador de placa não marca apenas a placa dental, mas também restaurações e brackets ortodônticos. Deve marcar apenas presença ou ausência, independentemente da quantidade. Na ficha periodontal, para melhor visualização, pinta-se os sítios com placa com caneta preta. O IP deverá ser calculado e apresentado o resultado em forma de porcentagem: IP = № 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐜𝐞𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐛𝐢𝐨𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞 ×𝟏𝟎𝟎 № 𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐜𝐞𝐬 𝐚𝐯𝐚𝐥𝐢𝐚𝐝𝐚𝐬 = X % Satisfatório: 0 - 10% Boa: 11 - 25% Regular: 26 - 35 % Péssima: > 35% Após realizado o IP o paciente deve receber as Orientações relativas aos cuidados com a Higiene dental, sobre o controle mecânico e químico da placa (instruções de Técnicas de escovação, uso de fio dental, dentifrícios e enxaguantes bucais, etc.). Antes de iniciar a sondagem periodontal para verificação da profundidade de sondagem e retrações, a profilaxia dental deve ser realizada com uso de escovas de Robson e/ou taças de borracha com pastas profiláticas. Profundidade de sondagem (PS): verificada com sonda periodontal milimetrada. Consiste na distância da margem gengival ao fundo da bolsa periodontal ou fundo do sulco gengival. Deve ser anotado na ficha periodontal todos os sítios independente da medida. Medidas de PS>3 mm devem ser anotadas de caneta vermelha para maior destaque na ficha. Dentes com PS ≥ 5 mm devem ser radiografados (RX periapical e/ou interproximal – buscar orientação dos professores na clínica). Retração ou recessão gengival (RC): verificada com sonda periodontal milimetrada. Por definição representa a situação de posicionamento da margem gengival apical à JCE. Consiste na distância da junção cemento esmalte à margem gengival. Figura 1. Exemplo onde a RET=3 e PS=2. Para marcação na ficha Periodontal medidas de retração gengival devem ser anotados com números inteiros positivos. Hiperplasia gengival (HIP): verificada com sonda periodontal milimetrada. Por definição representa a situação de posicionamento significativo da margem gengival coronal à JCE. Consiste na distância da junção cemento esmalte à margem gengival. Figura 2. Exemplo onde a PS=5 e HIP=-5 Para marcação na ficha Periodontal medidas de hiperplasias devem ser anotados com números inteiros negativos. Sítios que não apresentam retração ou hiperplasia gengival devem permanecer em branco. Nível clínico de inserção (NIC): verificada com sonda periodontal milimetrada. Distância da JCE até o fundo da bolsa periodontal ou do sulco gengival. Se no exame já foi realizado as medidas de PS, RET e HIP, basta realizar o cálculo matemático do somatório dessas medidas a partir da formula abaixo: NIC=PS+(RET ou HIP) Mobilidade (M): avaliação da movimentação vestíbulo-lingual dos elementos dentários. Será anotado a mobilidade na ficha periodontal apenas os dentes que apresentam mobilidade diferente do grau 0. A mobilidade dentária será registrada utilizando-se o seguinte critério: Grau 0 Mobilidade dentária normal (fisiológica) Grau 1 Mobilidade detectável (até 1 mm horizontalmente) Grau 2 Mobilidade detectável (mais de 1 mm horizontalmente) Grau 3 Mobilidade dentária vertical detectável Lesão de furca (LF): Quando ocorre perda óssea na região interadicular de dentes multiradiculares. É avaliada com uma sonda chamada sonda Nabers. Será anotado a lesão de furca na ficha periodontal apenas os dentes que possuem furca detectável. Classe I - Furca detectável, com um componente horizontal de sondagem ≤3mm Classe II - Furca detectável, com um componente horizontal >3m (sem transpasse horizontal) Classe III - Trespasse horizontal lado a lado. Índice de sangramento a Sondagem (ISS): é realizado durante o momento da sondagem. Avalia a presença ou ausência de sangramento até 15 segundos após a sondagem. Deve marcar apenas presença ou ausência, independentemente da quantidade. O sangramento pode ocorrer por forças excessivas durante a sondagem. Assim, recomenda-se que a sondagem seja realizada de forma que não provoque isquemia gengival. Na ficha periodontal para melhor visualização pinta-se os sítios que apresentaram sangramento com caneta vermelha. O ISS deverá ser calculado e apresentado o resultado em forma de porcentagem: ISS = № 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐜𝐞𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐫𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 ×𝟏𝟎𝟎 № 𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐜𝐞𝐬 𝐚𝐯𝐚𝐥𝐢𝐚𝐝𝐚𝐬 = X % Localizado: ≥10 e ≤ 30% Generalizado: > 30% Obs.: após a reavaliação periodontal, o ISS é um dos parâmetros indicativos para implementar o tratamento periodontal não-cirúrgico ou cirúrgico. Figura 3. Modelo para o preenchimento dos parâmetros periodontais aplicado à dentição decídua e permanente. Os índices periodontais devem ser preenchidos de forma sequencial (IP, ISS, PS, e sucessivamente). DIGNÓSTICO - CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS Será adotado para efeito de Diagnóstico e classificação da condição periodontal a Classificação das doenças e condições Periodontais e Peri-implantares proposta pela Academia Americana de Periodontia (AAP) e Federação Europeia de Periodontia (EFP) (2018). A seguir serão apresentadas nos quadros e figura abaixo as formas mais comuns de apresentação das doenças e condições periodontais, de forma resumida, com as características clínicas e radiográficas mais importantes. Quadro 1. Características clínicas da saúde gengival (adaptado de Chapple et al., 2018). Características Clínicas da Saúde Gengival ( ISS < 10% ) Em Periodonto Íntegro Em Periodonto Reduzido Ausência de Sangramento à Sondagem Ausência de Sangramento à Sondagem Ausência de Eritema e Edema Ausência de Eritema e Edema Ausência de Perda Óssea e Inserção Presença de Perda óssea e inserção clínica reduzida Níveis ósseos fisiológicos variam de 1 a 3 mm apical a JCE Quadro 2. Diagnóstico de Saúde gengival ou gengivite induzida por biofilme dental com base na prática clínica (adaptado de Lang e Bartold, 2018; Chapple et al., 2018). Tipo de Periodonto Condição Perda de Inserção Profundidade de Sondagem Sangramento à Sondagem Perda óssea Radiográfica Periodonto Íntegro Saúde Ausente ≤ 3 mm < 10% Ausente Gengivite Ausente ≤ 3 mm ≥ 10% Ausente Periodonto Reduzido (sem periodontite prévia) Saúde Presente ≤ 3 mm < 10% Possível Gengivite Presente ≤ 3 mm ≥ 10% Possível Periodonto Reduzido (periodontite tratada e estável) Saúde Presente ≤ 4 mm (nenhum sítio de 4 mm com SS) < 10% Presente Gengivite Presente ≤ 4 mm (nenhum sítio de 4 mm com SS) ≥ 10% Presente Gengivite induzida por biofilme: A gengivite, quando associada ao biofilme dental, foi classificada em: A. Associada somente ao biofilme dental B. Mediada por fatores de risco sistêmicos (Tabagismo, hiperglicemia, medicamentos, hormônios, condições hematológicas) ou locais (fator de retenção de biofilme, xerostomia) C. Associada a medicamento para aumento de tecidogengival Quadro 3. Definição de Extensão da gengivite em um periodonto íntegro e em periodonto reduzido sem histórico de periodontite (adaptado de Trombelli et al., 2018). Gengivite em Periodonto Integro Localizada Generalizada Perda de Inserção Não Não Perda óssea Não Não ISS ≥ 10% ≤ 30% > 30% Profundidade de Sondagem ≤ 3 mm e > 3mm (casos de pseudobolsas/hiperplasia) NIC ≤ 3 mm Gengivite em Periodonto reduzido sem histórico de Periodontite Localizada Generalizada Perda de Inserção Sim Sim Perda óssea radiográfica Possível Possível Profundidade de sondagem (todos os sítios) ≤ 3 mm ≤ 3 mm ISS ≥ 10% ≤ 30% > 30% Quadro 4. Doenças periodontais necrosantes (adaptado de Herrera et al., 2018; Steffens e Marcantonio, 2018). Periodontite Doenças Periodontais Necrosantes Fatores Predisponentes Doenças Periodontais necrosantes em pacientes comprometidos crônica e gravemente Em adultos Em crianças Gengivite Necrosante Periodontite Necrosante Estomatite necrosante HIV/AIDS com contagem de CD4 < 200 e carga viral detectável; outras condições imunossupressoras; infecções virais severas Doenças Periodontais necrosantes em pacientes comprometidos temporária e moderadamente Na presença de gengivite Na presença de periodontite Gengivite necrosante Periodontite necrosante Estresse, nutrição, tabagismo, hábitos, doença necrosante prévia. Fatores locais: proximidade radicular Quadro 5. Classificação da periodontite (adaptado de Tonetti et al., 2018) Periodontite Gravidade e Complexidade Extensão e Distribuição Taxa de Progressão, resposta antecipada ao tratamento e Saúde Sistêmica Estágio I Estágio II Estágio III Estágio IV Localizada (<30% dos dentes) Generalizada (≥30% dos dentes) Padrão Molar/incisivo Grau A Grau B Grau C Quadro 6. Classificação da periodontite baseada na gravidade e complexidade (adaptado de Tonetti et al., 2018) Estágio I Estágio II Estágio III Estágio IV Perda de Inserção clínica interproximal (no sítio com a maior perda) 1-2 mm 3-4 mm ≥ 5 mm ≥ 5 mm Perda óssea radiográfica < 15% 15-33% Além do terço médio Além do terço médio Perda dental (devido à periodontite) ≤ 4 dentes perdidos ≥ 5 dentes perdidos Sítio PS ≤ 4 mm PS ≤ 5 mm PS ≥ 6 mm Complexidade do Estágio III + Necessidades de reabilitação complexa Perda óssea Horizontal horizontal Vertical ≤ 3 mm Furca Classe II ou III Quadro 7. Classificação da periodontite baseada na taxa de progressão, resposta antecipada ao tratamento e nos efeitos sobre a saúde sistêmica (adaptado de Papapanou et al., 2018). Progressão Grau A Grau B Grau C Evidência Direta Perda óssea radiográfica ou perda de inserção Nenhuma perda em 5 anos < 2 mm em 5 anos ≥ 2 mm em 5 anos Evidência Indireta % de perda óssea/idade <0,25 mm/ano 0,25-1 mm/ano > 1 mm/ano Fenótipo do caso ↑ biofilme Biofilme = destruição ↑ biofilme ↓ destruição ↑ destruição Fatores de risco Tabagismo Não fumante < 10 cigarros/dia ≥ 10 cigarros/dia Diabetes normoglicêmico HbA1c < 7% HbA1c > 7% Obs. 1. A antiga Periodontite Agressiva agora está enquadrada no grupo das periodontites, estágio III ou IV, grau C – padrão incisivo/molar ou generalizada (Fine et al., 2018). 2. Fatores de complexidade e fatores de risco são condições que modificam o estágio e o grau da Periodontite, respectivamente. Assim, sobe-se o estágio ou o grau ao pior cenário encontrado (Caton et al., 2018). Figura 4. Passo a passo para o estabelecimento do estágio e grau da periodontite (adaptado de Fritz et al., 2018). PROTOCOLO DE ATENDIMENTO EM PERIODONTIA Após a avaliação clínica e radiográfica e elaboração do diagnóstico periodontal, o aluno deve estabelecer o prognóstico, além do plano de tratamento geral e específico (periodontal). A elaboração do prognóstico tem como objetivo aguçar o julgamento e a tomada de decisão clínica do aluno para a implementação do plano de tratamento geral. No plano de tratamento geral, o aluno deve considerar a realização de outros procedimentos odontológicos (cirúrgicos, endodônticos, reabilitadores), com o intuito de otimizar o número de sessões clínicas dedicadas ao plano de tratamento periodontal (fiura 4). Conforme a complexidade do caso clínico, define-se a quantidade de atendimentos clínicos para o tratamento periodontal, em concordância com os professores. Se possível deve ser planejado uma seção de reavaliação periodontal (30 a 45 dias após tratamento). Figura 5. Representação esquemática das etapas clínicas que irão direcionar o tratamento periodontal. Diagnóstico Prognóstico Plano de Tratamento geral Plano de Tratamento Periodontal dos dentes com perda de inserção. TRATAMENTO – TERAPIA PERIODONTAL NÃO-CIRÚRGICA A terapia periodontal não-cirúrgica (TPNC) representa a fase inicial do tratamento periodontal. Esta etapa consiste na realização de procedimentos de remoção do biofilme e adequação da superfície radicular por meio de sessões de raspagem e alisamento radicular (RAR) com instrumentos manuais e/ou sônicos/ultrassônicos. Exceto em situações de urgência e emergência, a TPNC deve anteceder procedimentos cirúrgicos, endodônticos, restauradores ou protéticos. A realização de procedimentos complementares deve ser considerada sempre que houver a presença de fatores locais de retenção de biofilme (ex.: excesso de material restaurador, projeções de esmalte, etc). Figura 6. Pirâmide de etapas resumidas que compõem a TPNC. O paciente deve ser instruído de forma clara e objetiva quanto ao nível de complexidade da doença periodontal. Além disso, é fundamental que o paciente entenda a importância da adoção de métodos de higiene como parte essencial para o sucesso da TPNC. Os pacientes devem demonstrar ativamente sua participação e adesão em todas as etapas. Figura 7. Representação esquemática da estratégia de tratamento proposta aos pacientes com doença periodontal. Controle do biofilme dental (pelo paciente): protocolo de atendimento. ➢ Primeira sessão: - Aplicar solução evidenciadora de placa nos dentes; - Demonstrar para o paciente todos os locais com placa (com auxílio de um espelho); - Registrar a placa na ficha periodontal; - Solicitar do paciente que limpe os dentes com a técnica de higienização que realiza em casa; - Demonstrar os resultados da escovação dentária para o paciente; - Peça ao paciente que limpe as superfícies com placa sem modificar a técnica, apenas aprimorando ou apresentando um sistema alternativo de escovação dentária; - Apresentar ou melhorar o uso de dispositivos de limpeza interproximal. RAR Procedimentos complementares Instrução de higiene oral ➢ Segunda sessão: - Aplicar novamente a solução evidenciadora de placa nos dentes; - Anotar os resultados obtidos e discuti-los com o paciente; - Solicitar que o paciente limpe os dentes de acordo com as orientações dadas previamente até que todo o corante tenha sido removido; - Reforçar as instruções de higiene oral se for necessário. ➢ Terceira sessão: - Repetir o procedimento utilizado na segunda consulta; - Avaliar a eficácia do controle de placa pelo paciente Raspagem e Alisamento Radicular (RAR) As sessões de raspagem devem ser ponderadas mediante a complexidade de cada caso. Em casos menos complexos, recomenda-se que o aluno faça a raspagem dos arcos superior e inferior em menos sessões (uma ou duas). Em casos mais complexos, recomenda-se que o aluno faça a raspagem por quadrantes ou sextantes. Figura 8. Ilustração do arco superior e inferior quando as sessões de raspagem são divididas em quadrantes (1Q, 2Q, 3Q e 4Q) ou sextantes (1-6). Montagem da mesa clínica: A montagem da mesa clínica para implementar a TPNC compreende a seleção de instrumentais adequados, esterilizados, além de materiais de consumo. Deve estar sobre a mesa clínica(obrigatórios): 1. Campo estéril (campo de mesa); 2. Estojo periodontal ou bandeja clínica grande contendo espelho clínico, pinça clínica, sonda periodontal (milimetrada e de Nabers), todas as curetas periodontais, 2 cubas metálicas, pedra de afiação (Arkansas), seringa descartável para irrigação (10ml) e seringa carpule; 3. Gaze estéril; 4. Pote dappen (de vidro ou silicone) para pasta profilática; 5. Taça de borracha ou escova de Robinson; 6. Micromotor e contra-ângulo; 7. Caneta de alta-rotação. Obs.: não usar algodão durante as sessões de RAR (usar gaze para limpar cureta/sítios). Quadro 8. Relação dos instrumentais que compõem o kit periodontal básico para realização dos procedimentos de raspagem e alisamento radicular. Obs.: M – mesial, D – distal, V – vestibular, P – palatina, L – lingual. Instrumental Indicação de uso Região do arco Face dentária Ponta Morse #00 Supragengival Dentes anteriores M/D Cureta McCall #13-14 Supragengival Dentes anteriores V/P/L e M/D Cureta McCall #17-18 Supragengival Dentes posteriores V/P/L e M/D Cureta Gracey #5-6 Supra- e subgengival Dentes anteriores V/P/L e M/D Cureta Gracey #7-8 Supra- e subgengival Dentes posteriores V/P/L Cureta Gracey #11-12 Supra- e subgengival Dentes posteriores M Cureta Gracey #13-14 Supra- e subgengival Dentes posteriores D O uso de instrumentos sônicos ou ultrassônicos tem como principal indicação a remoção de quantidades excessivas de biofilme dental (raspagem supragengival) de forma a possibilitar a realização dos índices periodontais. Em alguns casos, instrumentos sônicos ou ultrassônicos podem ser utilizados para a raspagem subgengival. Frente a necessidade de procedimentos cirúrgicos e/ou reabilitadores após a TPNC, considerar o uso de instrumentos sônicos ou ultrassônicos nos casos de alta complexidade. Vale ressaltar que após o uso do mesmo, é obrigatório a realização do procedimento de alisamento radicular com curetas manuais. O uso do ultrassom será restrito para os alunos do 9º e 10º período na medida da disponibilidade dos equipamentos na clínica. Protocolo de atendimento no Tratamento Periodontal (por sessão) ➢ Bochecho (Clorexidina 0,12%)* ➢ Anestesia tópica (opcional); ➢ Anestesia terminal infiltrativa ou bloqueio regional (Raspagem subgengival e pacientes com hipersensibilidade dentinária); ➢ Execução dos procedimentos de raspagem e alisamento radicular com instrumentais adequados; ➢ Inspeção tátil das superfícies instrumentadas. Re-Instrumentar superfícies radiculares rugosas e potencialmente retentivas (quantas vezes for necessário); ➢ Irrigação das bolsas * ➢ Polimento dental realizado na arcada superior e inferior; * O uso de soluções enxaguantes bucais tem como objetivo o controle químico do biofilme dental. A clorexidina tem principal indicação após cirurgias periodontais, e como tratamento adjunto à RAR nos casos de gengivites graves, doença periodontal necrosante e periodontites em Estágio III ou IV (Grau C). Nestes casos, a lavagem da bolsa periodontal com clorexidina 0,12% pode ser implementada. A antibióticoterapia representa um tratamento adjunto e, se necessário, seu uso deve estar associado ao debridamento mecânico do biofilme dental. O uso de antibióticos tem principal indicação nos casos de doenças periodontais necrosantes e/ou periodontites grau C.
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