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seção 2 constitucional

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AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO
Processo: XXX
PRIORIDADE IDOSO
AGRAVANTE: ZUMBI TELEFONIA. 
AGRAVADA: MARIA E ANA.
Maria, já qualificada no processo em epígrafe,
 vem, por meio de seu advogado, apresentar CONTRAMINUTA DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, em razão da interposição de Recurso de Agravo de Instrumento em face de ZUMBI TELEFONIA.
PRELIMINARES AO MÉRITO RECURSAL.
a)      Descabimento do agravo de instrumento contra decisão interlocutória do Juizado Especial Cível:
Isso porque, diante da concentração de atos é diminuta a quantidade de recursos nos Juizados Cíveis, não havendo a possibilidade de interposição de recursos contra as decisões interlocutórias, segundo a Lei nº 9.099/95, sendo, para a maior parte da doutrina, incabível a interposição do Recurso de Agravo contra essas decisões.
b)      Incompetência absoluta do Tribunal de Justiça de São Paulo:
Ainda que se houvesse recurso contra a decisão interlocutória, patente é a incompetência do Egrégio Tribunal de Justiça para o conhecimento do presente Agravo, uma vez que deveria ser endereçado ao Colégio Recursal competente. Se, como vimos, é descabido o Recurso de Agravo ou inominado contra a decisão proferida, é cediça a impropriedade de que qualquer recurso em decisão do Juizado Cível seja julgado nos Tribunais de Justiça dos estados. Absoluta, portanto, a incompetência do recursal.
DOS FATOS
A senhora Maria, de 76 anos, compareceu a uma loja da empresa Zumbi Telefonia, uma concessionária de telefonia fixa, telefonia móvel, internet banda larga e TV por assinatura, a única com esses serviços disponíveis em sua região, situada na cidade e comarca de Taubaté/SP, para adquirir um pacote de serviços de internet banda larga e televisão por assinatura.
Após serem apresentados os produtos, o vendedor informou que somente poderiam ser contratados os serviços se fossem adquiridos, de forma conjunta, um aparelho pós-pago, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), e uma linha telefônica fixa, ambos com mensalidade de R$ 200,00 (duzentos reais), com vigência pelo prazo mínimo de 12 meses. 
Além disso, foi exigido que a sua filha, Ana, professora do ensino fundamental, que a acompanhava, assinasse o contrato em nome dela, pois foi dito que, em razão de sua idade avançada, haveria maior risco de morte durante o contrato, inclusive por ser grupo de risco da Covid-19, o que poderia trazer prejuízos à empresa.
 Assim, apesar de o serviço ser prestado em sua residência e Maria ser a responsável pelo pagamento, somente a sua filha pode constar como contratante. Tendo em vista a extrema necessidade da internet para que pudesse prestar seus serviços de tradutora, Maria aceitou as exigências da empresa. 
Após a formalização do contrato, a empresa Zumbi Telefonia informou haver o prazo de sete dias para instalação e que não poderia indicar uma data e um horário corretos, devendo a contratante aguardar em horário comercial a chegada de um funcionário credenciado. Somente após 11 dias, quatro a mais do que a data aprazada, os funcionários compareceram na residência de Maria. 
Após quebrarem duas paredes e estragarem o piso de sua sala, instalaram a internet e o telefone fixo, deixando de instalar a televisão a cabo por alegarem falta de estrutura. Contudo, foi informado a ela que tanto o atraso na instalação como esses prejuízos não seriam indenizados, em razão de haver no contrato uma cláusula retirando da empresa Zumbi Telefonia qualquer responsabilidade, e que isso havia sido devidamente assinado pela filha contratante, Ana. 
Dois meses após a contratação, o serviço de instalação ainda não foi concluído, mas as mensalidades dos serviços, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), foram cobradas, bem como o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) pelo serviço de instalação, debitado de sua conta de forma equivocada, pois, no contrato, constava como sendo absolutamente gratuito. 
Maria e Ana procuraram o escritório de advocacia de Josué para tomarem as providências necessárias, uma vez que passaram por momentos difíceis, acarretando, inclusive, um quadro de depressão em Maria, em razão do tratamento preconceituoso conferido pela empresa a respeito de sua idade. 
Além dessa grave lesão à sua esfera íntima, Maria perdeu o prazo de entrega de dois trabalhos de tradução já contratados, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), devido à demora da instalação da internet em sua residência, assim como teve que despender o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para consertar as paredes avariadas pelo funcionário instalador da empresa Zumbi Telefonia. 
Maria deseja recuperar os valores indevidamente cobrados pela instalação e exige que o serviço de televisão a cabo contratado, que está sendo pago, seja efetivamente instalado em sua residência, e que o telefone fixo seja desinstalado, assim como as cobranças de sua utilização sejam cessadas.
 Em vista dos valores envolvidos na relação jurídica e da falta de complexidade que exigiria a realização de perícias ou outras provas técnicas, Josué, Ana e Maria entenderam que o foro mais adequado para a propositura da ação seria o do Juizado Especial Cível, em razão da gratuidade de custas em primeiro grau.
Foi proposta a ação de indenização combinada com a ação de obrigação de fazer perante o Juizado Especial Cível de Taubaté, no interior do estado de São Paulo.
 Observa-se que o valor da causa era compatível com a da Lei dos Juizados Especiais, que prevê o teto de 40 salários-mínimos para a propositura de ação com advogado constituído pelas partes. Lembre-se de que a propositura de ação em valor superior levará ao questionamento da competência do Juizado ou à tácita renúncia aos valores excedentes a esse limite. 
O magistrado de primeiro grau, ao receber a inicial, acolheu integralmente o pedido liminar formulado e determinou que a empresa ré instale os serviços de televisão por assinatura na residência da autora Maria, no prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais). 
A empresa ré recorreu dessa decisão, interpondo Agravo de Instrumento para o Tribunal de Justiça de São Paulo, fundamentando tal recurso no fato de o serviço de televisão por assinatura ser um luxo, e não um serviço essencial, e que a idade da autora Maria não teria o condão de priorizar o atendimento do MM Juízo.
 Apontou também não haver nenhuma forma de composição ou acordo, tendo em vista ter agido com total respeito à lei e à Constituição. 
Com o recebimento do Agravo de Instrumento da empresa Zumbi Telefonia, o Tribunal de Justiça intimou o advogado Josué, para que apresente resposta ao recurso.
CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA
Evidencie a necessidade da CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA, garantindo a efetividade e a utilidade da medida, no sentido de obrigar a empresa ré a instalar os serviços de televisão por assinatura na residência da autora Maria, sob pena de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Resta configurado o fumus boni iuris e periculum in mora, PREVISTO NO ART. 300 CPC.
 PEDIDOS
Requer que não seja conhecido ou provido o Recurso de Agravo de Instrumento (preliminares apontadas) e, caso superadas, que seja improvido o recurso em seu mérito.
Nestes Termos,
Pede e aguarda deferimento.
local/SP, data
advogado
OAB/SP

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