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ESPELHO_CORRECAO_S2 constitucional

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Prévia do material em texto

INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
 
Seção 2 
ESPELHO DE CORREÇÃO 
DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
 
 2 
INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
 
 
 
 
 
 
 
Diante da interposição de Recurso de Agravo de Instrumento no Tribunal de Justiça de São 
Paulo e da intimação do advogado Josué para sua manifestação, é preciso apresentar a 
CONTRAMINUTA DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
Você, no papel do advogado Josué, tomou todas as medidas judiciais cabíveis para atender 
às necessidades de suas clientes, elaborando todas as petições e recursos cabíveis para que os 
danos sejam indenizados na exata medida. 
Vamos conferir o espelho da peça elaborada? 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO Nº – TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO/SP 
PRIORIDADE IDOSO1 
 
1 Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. 
 
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e 
diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 
(sessenta) anos, em qualquer instância. 
§1º O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o 
benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem 
cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo. 
§2º A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, 
companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos. 
 
 
Seção 2 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Na prática! 
Questão de ordem! 
 
 3 
INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
AGRAVANTE: ZUMBI TELEFONIA. 
AGRAVADA: MARIA E ANA. 
 
[5 linhas] 
 
MARIA, idosa, tradutora (documentos anexos), com endereço XXX, e sua filha, ANA, 
professora de ensino fundamental (documentos anexos), ambas representadas por seu advogado 
inscrito na OAB nº XXX, consoante procuração anexa, vêm respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência interpor a presente: 
 
CONTRAMINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
Contra o recurso interposto pela empresa recorrente ZUMBI TELEFONIA, pessoa jurídica de 
direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XXX, contra a decisão interlocutória proferida pelo Juizado 
Especial Cível de Taubaté /SP, a fls. () dos presentes autos digitais. 
 
DAS PRELIMINARES AO MÉRITO RECURSAL 
Do descabimento do agravo de instrumento contra decisão interlocutória do 
Juizado Especial Cível 
O princípio da oralidade que norteia os Juizados prima que os atos processuais devem 
ser orais em sua maioria, realizados em única audiência, em que a proximidade entre as 
partes e o julgador é essencial, tanto para o conhecimento dos fatos quanto para proporcionar 
a celeridade de uma decisão tomada com o frescor das provas e das circunstâncias, trazendo 
maior influência das partes no deslinde da demanda. 
 
§3º A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, empresas prestadoras 
de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Pública da União, 
dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária. 
§4º Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados 
com a destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis. 
§5º Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade especial aos maiores de oitenta anos. (Incluído pela 
Lei nº 13.466, de 2017). 
 
 4 
INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
Diante dessa concentração de atos é diminuta a quantidade de recursos nos Juizados 
Cíveis, não havendo a possibilidade de interposição de recursos contra as decisões 
interlocutórias, segundo a Lei nº 9.099/95, sendo, para a maior parte da doutrina, incabível a 
interposição do Recurso de Agravo contra essas decisões. 
Apesar de haver grande celeuma a respeito da irrecorribilidade, o Supremo Tribunal 
Federal entendeu, na decisão do Recurso Extraordinário nº 576847/BA, que 
excepcionalmente, quando houver um dano irreparável à parte, a ausência de Agravo de 
Instrumento pode ser superada pelo manejo de Mandado de Segurança, o que não se aplica 
ao presente caso, seja pelo seu acerto, seja pela inexistência de dano irreparável, uma vez 
que a tutela ordena que a empresa ré simplesmente cumpra a sua obrigação e finalidade de 
existência, a instalação da televisão por assinatura, para que seja fornecido o seu serviço de 
forma escorreita. No mesmo sentido do descabimento do recurso de agravo em sede de 
Juizado Especial, já se manifestaram os Tribunais de Justiça dos estados. Por todos, 
vejamos: 
Nos Juizados Especiais Cíveis, contudo, não se admite a interposição de recurso de 
agravo de instrumento, uma vez que a Lei nº 9.099/95 dispõe sobre a possibilidade 
de interposição de recurso inominado, apenas, afastando a previsão constante no 
artigo 1.015 do Código de Processo Civil, em razão de sua especialidade. A 
jurisprudência das Turmas Recursais é pacífica acerca da inadmissibilidade do 
agravo de instrumento em sede de Juizados Especiais Cíveis. Nesse sentido, 
colaciona-se: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE 
REJEITOU EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. 
NÃO CABIMENTO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO NA LEI Nº 9.099/95. (TJPR - 5ª 
Turma Recursal dos Juizados Especiais - 0004535-53.2019.8.16.9000 - Santa 
Helena - Rel.: Juíza Manuela Tallão Benke - J. 08.01.2020) JURISPRUDÊNCIA 
PACÍFICA. RECURSO NÃO CONHECIDO.AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
DECISÃO VERSANDO SOBRE TUTELA PROVISÓRIA. PROPOSITURA DA AÇÃO 
NOS JUIZADOS ESPECIAIS QUE IMPORTA NA SUBMISSÃO AOS DIFERENCIAIS 
DO PROCEDIMENTO PREVISTO NA LEI 9.099/95. RECURSO INADMISSÍVEL. 
(TJPR - 2ª Turma Recursal - 0002215-30.2019.8.16.9000 - Londrina - Rel.: Juiz 
Helder Luis Henrique Taguchi - J. 17.06.2019). RECUPERAÇÃO JUDICIAL. 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL NO SISTEMA 
DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. INTELIGÊNCIA DA LEI 9.099/95. Descabe o 
processamento do recurso de agravo de instrumento, no âmbito dos Juizados 
Especiais, considerando inexistir previsão legal que ampare a sua interposição. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO. (Agravo de Instrumento Nº 
71007672470, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Elaine 
Maria Canto da Fonseca, Julgado em 17/05/2018). Portanto, o recurso tal como 
interposto é inadmissível e não pode ser conhecido. Pelo exposto, não se conhece 
do presente agravo de instrumento, julgando extinto o procedimento recursal, sem 
resolução de mérito, com fulcro no artigo 932, inciso III, do Código de Processo Civil. 
Custas pelo agravante. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Oportunamente, 
arquive-se. Curitiba, data da assinatura digital. Fernanda Karam de Chueiri Sanches 
Magistrada. (Autos nº. 0000081-93.2020.8.16.9000 Recurso: 0000081-
93.2020.8.16.9000) 3ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. 
 
 
 
 5 
INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
Diante de todo o exposto, fica patente o descabimento do presente Recurso de 
Agravo, o qual não deve ser conhecido ou provido, sem sequer o enfrentamento de seu 
mérito. 
 
Da incompetência absoluta do Tribunal de Justiça de São Paulo 
Ainda que se houvesse recurso contra a decisão interlocutória, patente é a 
incompetência do Egrégio Tribunal de Justiça para o conhecimento do presente Agravo, uma 
vez que deveria ser endereçado ao Colégio Recursal competente. 
Se, como vimos, é descabido o Recurso de Agravo ou inominado contra a decisão 
proferida, é cediça a impropriedade de que qualquer recurso em decisão do Juizado Cível 
seja julgado nos Tribunais de Justiça dos estados. Absoluta, portanto, a incompetência do 
recursal. 
 
DOS FATOS 
A autora da presente ação, Maria, de 76anos, compareceu a uma loja da empresa 
Zumbi Telefonia, uma concessionária de telefonia fixa, telefonia móvel, internet banda larga 
e TV por assinatura, a única com esses serviços disponíveis em sua região, situada na cidade 
e comarca de Taubaté/SP, para adquirir um pacote de serviços de internet banda larga e 
televisão por assinatura. 
Após serem apresentados os produtos, o vendedor informou que somente poderiam 
ser contratados os serviços se fossem adquiridos, de forma conjunta, um aparelho celular 
pós-pago, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), e uma linha telefônica fixa, ambos com 
mensalidade de R$ 200,00 (duzentos reais), com vigência pelo prazo mínimo de 12 meses. 
Além disso, foi exigido que a sua filha, Ana, professora do ensino fundamental, que a 
acompanhava, assinasse o contrato em nome dela, pois foi dito que, em razão de sua idade 
avançada, haveria maior risco de morte durante o contrato, inclusive por ser grupo de risco 
da Covid-19, o que poderia trazer prejuízos à empresa. Assim, apesar de o serviço ser 
prestado em sua residência e Maria ser a responsável pelo pagamento, somente a sua filha 
pode constar como contratante. Tendo em vista a extrema necessidade da internet para que 
pudesse prestar seus serviços de tradutora, Maria aceitou as exigências da empresa. 
Após a formalização do contrato, a empresa Zumbi Telefonia informou haver o prazo 
de sete dias para instalação e que não poderia indicar uma data e um horário corretos, 
 
 6 
INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
devendo a contratante aguardar em horário comercial a chegada de um funcionário 
credenciado. 
Somente após 11 dias, quatro a mais do que a data aprazada, os funcionários 
compareceram na residência de Maria. Após quebrarem duas paredes e estragarem o piso 
de sua sala, instalaram a internet e o telefone fixo, deixando de instalar a televisão a cabo por 
alegarem falta de estrutura. 
 Contudo, foi informado a ela que tanto o atraso na instalação como esses prejuízos 
não seriam indenizados, em razão de haver no contrato uma cláusula retirando da empresa 
Zumbi qualquer responsabilidade, e que essa exclusão constante do contrato de adesão 
havia sido devidamente assinada pela filha contratante, Ana. 
Dois meses após a contratação, o serviço de instalação ainda não foi concluído, mas 
as mensalidades dos serviços, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), foram cobradas, 
bem como o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), debitado de sua conta de forma equivocada 
pelo serviço de instalação, o qual, no contrato, constava como sendo absolutamente gratuito. 
Maria e Ana procuraram o escritório de advocacia de Josué para tomarem as 
providências necessárias, uma vez que passaram por momentos difíceis, acarretando, 
inclusive, um quadro de depressão em Maria em razão do tratamento preconceituoso 
conferido pela empresa a respeito de sua idade. 
Além dessa grave lesão à sua esfera íntima, Maria perdeu o prazo de entrega de dois 
trabalhos de tradução já contratados no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), em razão da 
demora da instalação da internet em sua residência, assim como teve que despender o valor 
de R$ 1.000,00 (mil reais) para consertar as paredes avariadas pelo funcionário instalador da 
empresa Zumbi Telefonia. 
O magistrado de primeiro grau, de forma irretocável, ao receber a inicial, acolheu 
integralmente o pedido liminar formulado, determinando que a empresa ré instale os serviços 
de televisão por assinatura na residência da autora Maria, no prazo de cinco dias, sob pena 
de multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais). 
Agiu com absoluto acerto o magistrado do Juizado Especial Cível, requerendo-se a 
Vossas Excelências a manutenção dessa decisão. 
 
DO DIREITO 
 
 7 
INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
Fez-se necessária a concessão de tutela de urgência, garantindo a efetividade e a 
utilidade da medida, no sentido de obrigar a empresa ré a instalar os serviços de televisão 
por assinatura na residência da autora Maria, sob pena de multa diária de R$ 500,00 
(quinhentos reais). 
É patente a necessidade de concessão de tutela de urgência prevista, nos moldes do 
art. 300 do CPC, pela presença da fumus boni juris (ocorrência do evento danoso e 
responsabilidade objetiva da empresa ré), bem como do periculum in mora consubstanciado 
no fato de a autora já pagar há meses o serviço a que tem direito e não poder usufruir deste 
por culpa exclusiva da empresa ré. 
Assim, com base nos fundamentos acima expostos, deve ser deferido o pedido liminar, 
a fim de que sejam providenciadas medidas processuais astreintes, para que haja rápida 
satisfação do provimento jurisdicional. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do aqui exposto, requerem as autoras de Vossas Excelências que não seja 
conhecido ou provido o presente Recurso de Agravo de Instrumento, tanto em razão de seu 
descabimento quanto da incompetência absoluta do juízo recursal e, caso superadas essas 
preliminares, seja o recurso improvido em seu mérito. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local, data. 
 
______________________ 
Josué 
Número de inscrição na OAB 
 
 
 
 
 
 
 8 
INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
 
 
 
1. O que é mérito recursal? 
Mérito recursal é a matéria fática e jurídica que fundamenta o pedido de reforma da decisão 
combatida (ou sua manutenção, no caso das contrarrazões e contraminutas). São os motivos 
pelos quais o recorrente visa à reforma ou anulação da decisão. 
 
2. A impossibilidade de recorrer de determinada decisão contraria o princípio do devido 
processo legal? 
O princípio do devido processo legal, previsto nos incisos LIV e LV do art. 5º da Constituição 
Federal, estabelece que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal e garante a qualquer acusado em processo judicial o contraditório e a ampla 
defesa, com os meios e recursos a ele inerentes. 
A existência de um conjunto de recursos é um pressuposto desse “super” princípio protetivo, 
mas a inexistência de recursos para algumas decisões, em especial diante do princípio da 
oralidade e da celeridade que guiam os Juizados Especiais, não fere esse princípio. Em casos 
graves, a doutrina defende o uso de Mandado de Segurança contra decisões que não podem 
ser revistas por meio recursal. 
 
3. A prioridade de andamento recursal aos idosos fere o princípio da igualdade? 
Não, ao contrário, tratar pessoas de acordo com suas desigualdades é a escorreita aplicação 
do princípio da igualdade. A celeridade no caso de idosos é medida que atende ao princípio 
da igualdade. 
 
4. A assistência judiciária gratuita e a gratuidade de atos processuais somente 
beneficiam pessoas pobres? 
Não necessariamente a pessoa precisa ser pobre, basta não estar em condições de pagar 
as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. 
Isso beneficia pessoas de renda por vezes alta, mas que necessite pagar custas elevadas 
para a obtenção de um direito. Por exemplo, se necessita de um tratamento de alto valor, 
cujas custas processuais ensejariam o pagamento de taxas judiciárias e honorários elevados, 
mesmo contando com renda que não a enquadraria em uma posição de hipossuficiência 
financeira para outros fins, poderia ter a assistência jurídica concedida pelo juiz. Nos juizados, 
Resolução comentada 
 
 9 
INFORMAÇÃO INTERNA – INTERNAL INFORMATION 
a assistência pode ser concedida em alguns casos em que a parte comparece sem advogado, 
nomeando-se um advogado dativo. 
 
5. O que são custas processuais? Elas são cobradas nos juizados? 
O procedimento nos Juizados Especiais em 1º grau de jurisdição é gratuito, de acordo com o 
art. 54 da Lei nº 9.099/95 que o "acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau 
de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas" (BRASIL, 1995, [s. p.]). Em grau 
recursal, o recorrente deverá efetuar pagamento de custas,taxas ou despesas, sob pena de 
o recurso não ser conhecido em razão da deserção. Quando o processo é julgado por turma 
recursal, haverá condenação em custas e honorários. 
 
Referências 
 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 1º jun. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e 
Criminais e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm. Acesso em: 6 jun. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras 
providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 6 jun. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência 
da República, [2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 6 jun. 2021. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm

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