Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Reações de Hipersensibilidade - distúrbios causados por respostas imunes; -Em geral, as respostas imunes erradicam os organismos infectantes sem provocar graves lesões aos tecidos do hospedeiro. No entanto, essas respostas são, algumas vezes, controladas de maneira inadequada, inapropriadamente direcionadas aos tecidos do hospedeiro ou desencadeadas por microrganismos comensais ou antígenos ambientais, os quais geralmente são inofensivos > Nestas situações, a resposta imune, normalmente benéfica, torna-se a causa da doença; -Sensibilidade → termo que define a imunidade pela condição clínica do indivíduo tornar-se sensível a determinado microrganismo. -Hipersensibilidade : Distúrbios causados pela resposta imune ocasionados por reações excessivas e indesejáveis. -Requerem um estado pré -sensibilizado (imune) do hospedeiro -São classificadas de acordo com o tipo de resposta imunológica e o mecanismo efetor responsável pela lesão celular > Dividida em quatro tipos: t ipo I, tipo II, tipo III e tipo IV “São distúrbios causados pelas respostas imunológicas, baseadas na observação de um indivíduo exposto a um antígenos, onde este apresenta uma reação detectável ou sensível” -Geradas de forma errônea para os tecidos do hospedeiro → doença ➔ Causas -respostas imunes contra antígenos de diferentes fontes podem ser a causa subjacente de distúrbios de hipersensibilidade; -Autoimunidade: reações contra antígenos próprios; A falha dos mecanismos normais de autotolerância resulta em reações contra as próprias células e tecidos; As doenças causadas por reações de autoimunidade são doenças autoimunes. -Reações contra microrganismos : As respostas imunes contra antígenos microbianos podem causar doença se as reações forem excessivas ou se os microrganismos forem anormalmente persistentes; As respostas das células T contra microrganismos persistentes podem dar origem a uma inflamação grave, algumas vezes, com a formação de granulomas; é a causa da lesão tecidual observada na tuberculose e algumas outras infecções crônicas; Se forem produzidos anticorpos contra antígenos microbianos, eles podem se ligar aos antígenos para produzir imunocomplexos, que se depositam nos tecidos e desencadeiam inflamação; Em algumas doenças que envolvem o trato intestinal (doença do intestino irritável), a resposta imune é direcionada contra bactérias comensais que normalmente residem no intestino e não causem danos; Muitas vezes, os mecanismos que uma resposta imune usa para erradicar um microrganismo patogênico requerem a morte das células infectadas e, por conseguinte, causam lesão do tecido do hospedeiro; ex. na hepatite viral, o vírus que infecta as células hepáticas não é citopático, mas é reconhecido como estranho pelo sistema imunológico. Os linfócitos T citotóxicos (CTLs) tentam eliminar as células infectadas, e essa resposta imune normal danifica as células do fígado > Esse tipo de reação normal não é considerada hipersensibilidade. -Reações contra antígenos ambientais : maioria dos indivíduos saudáveis não reage contra substâncias ambientais comuns, em geral inofensivas, mas quase 20% da população é anormalmente responsiva a uma ou mais destas substâncias >> esses indivíduos produzem anticorpos imunoglobulina E (IgE) que causam doenças alérgicas; Alguns indivíduos tornam-se sensibilizados a antígenos ambientais e substâncias químicas, que, em contato com a pele, desenvolvem reações de células T que levam à inflamação mediada por citocinas, resultando em sensibilidade de contato ; Em todas essas condições, os mecanismos de lesão do tecido são os mesmos normalmente observados na eliminação de agentes infecciosos >> incluem respostas imunes inatas e adaptativas que envolvem fagócitos, anticorpos, linfócitos T, mastócitos e várias outras células efetoras, além dos mediadores da inflamação; -O problema na hipersensibilidade é que a resposta imune não é controlada adequadamente >> Como os estímulos para essas respostas imunes anormais são difíceis ou impossíveis de se eliminar (p. ex., autoantígenos, microrganismos comensais e antígenos ambientais) e o sistema imune possui muitas alças de retroalimentação positiva intrínsecas (mecanismos de amplificação), sempre que uma resposta imune patológica é iniciada, é difícil controlá-la ou interrompê-la >> Dessa maneira, as doenças de hipersensibilidade tendem a ser crônicas e progressivas, ; ➔ Classificação -geralmente classificadas de acordo com o tipo de resposta imune e o mecanismo efetor responsável pela lesão celular e tecidual; ❖ HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I -imediata > pois tem resposta imediata (2-30min); -começa rapidamente, poucos minutos após o desafio antigênico, e tem importantes consequências patológicas (hipersensibilidade); -mediadas pela imunoglobulina E (IgE) aderida aos mastócitos; -IgE específicos para antígenos ambientais; -mais prevalente; -são uma forma de inflamação aguda que resulta da interação de antígenos com IgE ligadas a mastócitos > levando à liberação do conteúdo dos grânulos de mastócitos (mediadores químicos) > O conteúdo granular, por sua vez, causa inflamação aguda, alergia; ex. alergia ou atopia, é o exemplo de doença resultante da ativação de células T auxiliares produtoras de IL-4, IL-5 e IL-13, classicamente denominadas células TH2, onde as células T estimulam a produção de anticorpos IgE e a inflamação . -Todos os animais são expostos a antígenos ambientais no alimento ou no ar inalado > A maioria deles respondem a esses antígenos produzindo anticorpos IgG ou IgA, e não há consequência clínica óbvia, mas alguns animais, no entanto, podem responder aos antígenos ambientais montando uma resposta Th2 exagerada e produzindo quantidades excessivas de anticorpos IgE; esses animais que desenvolvem reações de hipersensibilidade do tipo I ou alergias; - atopia > produção excessiva de IgE;indivíduos por ela afetados são chamados de atópicos; - desenvolvimento de atopia e hipersensibilidade do tipo I depende da interação dos genes e dos fatores ambientais ex. Se ambos os pais forem atópicos, a maioria dos seus filhos também será e sofrerá de alergias. Se apenas um dos pais é atópico, a porcentagemde atopia dos descendentes varia. Também há uma predisposição racial para a atopia nos cães. A dermatite atópica, por exemplo, é mais comumente observada em Terriers (Bull, Welsh, Caim, West Highland White, ScoĴish), Dálmatas e SeĴers Irlandeses, embora cães sem raça definida também possam ser afetados; Acredita-se que a hereditariedade da dermatite atópica em Labradores e Golden Retrievers seja relativamente alta, de 0,47; -o contato com alérgenos no 1º dia de vida predispõe os filhotes de cão a desenvolver níveis significativamente mais altos de IgE do que aqueles filhotes sensibilizados com 4 meses de idade; -indivíduos atópicos são predispostos a gerar linfócitos Th2 > estes produzem interleucina-4 (IL-4), IL-5 e IL-13. Essas citocinas, juntamente com a coestimulação de CD40, desencadeiam a síntese de IgE pelos linfócitos B ; A IL-4 também é produzida em quantidades significativas pelos mastócitos estimulados > pode alterar o equilíbrio de células auxiliares e aumentar ainda mais a produção de linfócitos Th2 e a liberação de IL-4; *Algumas pessoas alérgicas superexpressam IL-4, levando a excessiva atividade de linfócitos Th2 e elevada produção dessa citocina . ➢ Causas: causadas por alérgenos > podem ser glicoproteínas ou subst. Químicas; proteínas ou produtos químicos ligados às proteínas; tem os AEROALÉRGENOS → adquiridos por meio da inalação, pois estão presentes no ar : grãos de pólen, pelos de animais, poeira doméstica, fungos, ácaros e salivas de animais; Alérgenos Provenientes Do Epitélio De animais; alergia a antígenos ambientais inalados comumente resulta no desenvolvimento de dermatite alérgica a inalantes; Terriers e Dálmatas parecem ser mais predispostos, mas qualquer raça pode ser afetada. ➢ animais podem apresentar-se com a tríade alérgica: fricção da face, prurido axilar e lambedura das patas , embora as lesões cutâneas possam ser encontradas em qualquer lugar do corpo; ➢ As lesões específicas são secundárias ao prurido intenso e variam de eritema e edema agudos a alterações secundárias crônicas, incluindo crostas, descamação, hiperpigmentação, liquenificação e piodermite; ➢ Alguns animais podem ter otite externa ou conjuntivite; ➢ O infiltrado inflamatório cutâneo contém mastócitos, linfócitos T γ /δ, células dendríticas, baixos números de eosinófilos e neutrófilos e poucos linfócitos B > Dependendo da fonte do alérgeno, a atopia pode ser sazonal; ➢ hipersensibilidade a um único alérgeno é incomum , e a maioria dos animais desenvolve múltiplas sensibilidades; ➢ A dermatite alérgica a inalantes em cães pode ser tratada por corticosteroides ou pela terapia de hipossensibilização . ➢ Os medicamentos anti-histamínicos e antiinflamatórios não esteroidais parecem auxiliar algumas vezes, embora os leucotrienos provavelmente desempenhem um papel importante nessa doença; ➢ pólens geralmente provocam rinite e conjuntivite caracterizadas por um corrimento nasal aquoso profuso e lacrimejamento excessivo. Se as partículas alergênicas forem suficientemente pequenas, elas poderão alcançar os brônquios ou bronquíolos, onde a reação resultante poderá causar broncoconstrição, espirros e dispneia paroxística recorrente semelhante à asma; ➢ cães Basenji possuem vias aéreas mais sensíveis e sofrem de uma doença semelhante à asma em humanos; ➢ Os gatos também são reconhecidos como portadores de asma manifestada por espirros paroxísticos, dispneia e tosse; SUBSTÂNCIAS INOCULADAS 1 → venenos de insetos, drogas (antibióticos, hormônios e sulfas), vacinas; A maioria das moléculas de medicamentos são pequenas demais para serem antigênicas, mas muitas podem se ligar a proteínas do hospedeiro e, então, agir como haptenos; ALERGIAS A PARASITAS → helmintos estimulam, preferencialmente, as respostas de IgE, e as infestações helmínticas são comumente associadas a muitos dos sinais de alergia e de anafilaxia; ferrões de insetos; exposição a antígenos de artrópodes ( animais não respondem necessariamente a alérgenos de artrópodes com hipersensibilidade do tipo I. Assim, as respostas aos ácaros Demodex e a saliva de pulgas podem ser mediadas por células (hipersensibilidade do tipo IV ); ALIMENTOS → amendoim, nozes, peixe e crustáceos, leite, ovos, cereais, corantes e conservantes; geralmente ricos em proteína, como produtos lácteos, farinha de trigo, frango, carne bovina ou ovos; ➢ bovinos da raça Jersey podem tornar-se alérgicos à α caseína do seu próprio leite; essa proteína é sintetizada no úbere e, desde que os animais sejam ordenhados regularmente, nada de desagradável ocorrerá. Se a ordenha for atrasada, entretanto, o aumento da pressão intramamária forçará a entrada das proteínas do leite na corrente sanguínea > Nos bovinos alérgicos, isso pode resultar em reações que vão desde um desconforto moderado com lesões cutâneas urticariformes até anafilaxia aguda e morte; A ordenha imediata pode tratar essa condição, embora alguns animais seriamente afetados possam ter que passar por várias lactações sem secar o leite devido às severas reações que ocorrem na interrupção da ordenha; 1 ato de introduzir. ➢ Aproximadamente 2% das proteínas alimentares são absorvidas do intestino, como fragmentos de peptídeos grandes o bastante para serem reconhecidos como estranhos > Esses antígenos podem “viajar” pelo sangue e alcançar os mastócitos na pele dentro de poucos minutos > até 30% das doenças de pele em cães se devem à dermatite alérgica e que as respostas aos alérgenos ingeridos podem representar 1% das doenças cutâneas em cães e gatos, embora sua verdadeira prevalência seja desconhecida; As consequências clínicas das alergias alimentares são vistas tanto no trato digestório quanto na pele ; não confundir alergia alimentar, uma reação mediada imunologicamente aos alérgenos alimentares, com intolerância alimentar, que são reações adversas aos alimentos que não são mediadas imunologicamente > Essas reações podem incluir idiossincrasias, nas quais um animal responde anormalmente ao alimento; reações metabólicas, nas quais um componente alimentar afeta o metabolismo do animal; reações farmacológicas, em que alguns componentes alimentarespodem agir como medicamentos; e envenenamento alimentar, em que a reação adversa é causada por uma toxina ou um organismo; Apenas aproximadamente 10% a 30% dos cães com alergia alimentar possuem problemas gastrointestinais; ➢ reação intestinal pode ser branda, talvez mostrando apenas uma irregularidade na consistência das fezes, ou pode ser grave, com vômito, cólicas e diarreia violenta, às vezes hemorrágica, que ocorre logo após a alimentação; ➢ A maioria dos cães apresenta sintomas cutâneos, e estes podem ser indistinguíveis da dermatite atópica; ➢ As reações de pele a antígenos dietéticos em cães são classificadas como reações cutâneas adversas da pele , uma vez que os mecanismos imunológicos envolvidos são incertos; ➢ Aproximadamente metade dos cães afetados têm dermatite pruriginosa não sazonal. ➢ As reações cutâneas são geralmente papulares e eritematosas e podem envolver as patas, os olhos, as orelhas e as áreas axilares e perianais. ➢ A lesão, por si só, é altamente pruriginosa (causa coceira) e é comumente mascarada pelo trauma autoinfligido e por infecções secundárias bacterianas ou, ainda, por leveduras; O prurido tende a responder fracamente aos corticosteróides, sugerindo que essa pode não ser uma verdadeira reação de hipersensibilidade do tipo I; Em casos crônicos, a pele pode ficar hiperpigmentada, liquenificada e infectada, provocando piodermite; ➢ Também se pode desenvolver uma otite externa pruriginosa crônica; -tratamento mais satisfatório da doença alérgica é evitar a exposição ao alérgeno. Outros tratamentos, como a imunoterapia específica ao alérgeno, também podem ser utilizados; ➢ Receptores de Imunoglobulina E - dois tipos de receptores de IgE: ● os de alta afinidade à IgE - FceRI : tem 2 formas; forma ligada a mastócitos, basófilos, neutrófilos e eosinófilos; 1° forma consiste em quatro cadeias, uma cadeia α, uma cadeia β e duas cadeias γ (αβγ2 ) ; A cadeia α liga-se à IgE, a cadeia β estabiliza o complexo, e as cadeias γ atuam como transdutoras de sinal; presença de FceRI assegura que os mastócitos fiquem constantemente recobertos por IgE. 2° forma consiste em três cadeias: uma cadeia α e duas cadeias γ (αγ2) > encontrada em células dendríticas apresentadoras de antígenos e monócitos; Quando um antígeno se liga a IgE e o complexo se liga a esse receptor, ele é ingerido e tratado como um antígeno exógeno; A expressão de FceRI nas células apresentadoras de antígenos é aumentada pela IL-4 de linfócitos Th2 . Assim, desenvolve-se uma alça de feedback positivo (a alça da alergia); Os linfócitos Th2, então, secretam IL-4 e aumentam a produção de IgE; ● os de baixa afinidade - FceRII (CD23): selectina encontrada em linfócitos B, células natural killer (NK), macrófagos, células dendríticas, eosinófilos e plaquetas; se ligam a IgE; também se liga ao receptor de complemento CR2 (CD21) > Assim, os linfócitos B que expressam FceRII irão se ligar ao CR2 de outros linfócitos B, linfócitos T e células dendríticas. Por meio da ligação de linfócitos B às células dendríticas, o FceRII aumenta a sobrevivência de linfócitos B e promove a produção de IgE; -causa Anafilaxia > reação de hipersensibilidade aguda potencialmente fatal, que envolve a liberação de mediadores químicos dos mastócitos, basófilos e recrutamento de células inflamatórias; ➢ Características comuns das reações alérgicas -reações imediatas e de fase tardia combinadas são chamadas de alergia ou atopia , e as doenças associadas são chamadas de doenças alérgicas, atópicas ou doenças de hipersensibilidade imediata . -sua marca é a produção do anticorpo IgE , >> dependente da ativação das células T auxiliares produtoras de IL-4; Embora os indivíduos saudáveis não respondam ou tenham células T inofensivas e respostas de anticorpos contra antígenos ambientais comuns, os indivíduos atópicos desenvolvem forte resposta de células T auxiliares produtoras de IL-4 e produzem IgE por exposição a essas substâncias alergênicas; -A sequência típica de eventos na hipersensibilidade imediata consiste na: 1. exposição a um antígeno 2. ativação dos linfócitos (células TH2, células T foliculares auxiliares [TFH] produtoras de IL-4 e células B), específicos para o antígeno, 3. produção do anticorpo IgE 4. ligação do anticorpo aos receptores Fc de mastócitos e ativação de mastócitos através da reexposição ao antígeno , resultando na liberação de mediadores a partir de mastócitos e a subsequente reação patológica *A ligação de IgE a mastócitos é também chamada de sensibilização , porque os mastócitos revestidos por IgE estão prontos para ser ativados no encontro com o antígeno ( ou seja, eles são sensíveis ao antígeno ); - alergia é a doença mediada pelo TH2 prototípico ; *Muitos dos primeiros acontecimentos e características patológicas da reação são desencadeados por citocinas TH2, que podem ser produzidas por células TFH nos órgãos linfóides e por células TH2 clássicas nos tecidos > contrasta com a reação de hipersensibilidade tardia, que é em grande parte uma reação imunológica mediada por TH1; -As manifestações clínicas e patológicas da alergia consistem na reação vascular e do músculo liso que desenvolvem-se rapidamente após a exposição repetida ao alérgeno (hipersensibilidade imediata) e uma fase tardia retardada de reação inflamatória ; -Devido aos mastócitos estarem presentes em tecidos conjuntivos e sob epitélios, estes tecidos são os locais mais comuns de reações de hipersensibilidade imediata. -Algumas reações de hipersensibilidade imediata podem ser desencadeadas por estímulos não imunológicos, como o exercício e a exposição ao frio >> Tais estímulos induzem a degranulação dos mastócitos e a liberação de mediadores sem que haja exposição ao antígeno ou a produção de IgE > reações são chamadas de não atópicas . -As reações alérgicas se manifestam de formas diferentes, dependendo dos tecidos afetados , incluindo erupções cutâneas na pele, congestão nasal, constrição brônquica, dor abdominal, diarreia e choque sistêmico; -Na forma sistêmica mais extrema, chamada deanafilaxia >> os mediadores derivados de mastócitos podem restringir as vias aéreas para o ponto de asfixia e produzir colapso cardiovascular, levando à morte; O termo anafilaxia foi cunhado para indicar que os anticorpos, especialmente os anticorpos IgE, podem conferir o oposto da proteção [profilaxia] em um indivíduo infeliz; -O desenvolvimento de alergias é o resultado das complexas e mal compreendidas interações gene-ambiente > Existe uma predisposição genética para o desenvolvimento das alergias e parentes de pessoas alérgicas são mais propensos a também possuírem alergias do que indivíduos não relacionados , mesmo quando eles não compartilham ambientes; -Muitos genes de susceptibilidade foram identificados; Vários fatores ambientais, especialmente nas sociedades industrializadas, incluindo a presença de alérgenos e exposição a microrganismos, têm uma profunda influência sobre a propensão ao desenvolvimento de alergias; ➢ EVENTOS 1. Fase de sensibilização - Tudo começa com a primeira exposição ao antígeno (alérgeno). Ele é processado pelas células apresentadoras de antígeno (APCs) e seus peptídeos são apresentados aos linfócitos T CD4+; Em seguida, esses linfócitos T CD4+ ( TH2; tem sua ativação antigênica) liberam citocinas que estimulam os linfócitos B a produzirem e secretarem anticorpos IgE específicos para aquele alérgeno. A IgE recém-produzida liga-se com alta afinidade aos receptores FceRI da membrana de mastócitos e basófilos, sensibilizando-os; Até aqui as reações são apenas moleculares e celulares, não causando sintomatologia; anticorpo IgE é responsável pela sensibilização dos mastócitos e fornece o reconhecimento de antígenos para as reações de hipersensibilidade imediata (se liga aos receptores de Fc específicos em mastócitos e ativa estas células); as células TFH são necessárias para a diferenciação de células B produtoras de IgE e as células TH2 desempenham um papel central na reação inflamatória em tecidos > pela produção de citocinas; incluindo IL-4, IL-5, e IL-13, que trabalham em combinação com mastócitos e eosinófilos para promover respostas inflamatórias a alérgenos nos tecidos; 4 - induz a expressão do VCAM-1 endotelial que promove o recrutamento de eosinófilos e de células TH2 adicionais em tecidos; IL-5 - ativa os eosinófilos; IL-13 - estimula as células epiteliais (p. ex., nas vias respiratórias) para secretar quantidades crescentes de muco e uma produção excessiva de muco também é característica comum dessas reações. *É provável que as células dendríticas nos epitélios através dos quais os alérgenos penetram, capturem os antígenos, os transportem para os linfonodos de drenagem, os processe e apresente os peptídios para as células T CD4 + imaturas. As células T diferenciam-se em seguida em células TH2 ou em células T foliculares auxiliares (THF ) que secretam citocinas TH2 > Os principais fatores que estimulam o desenvolvimento do subconjunto TH2 são as citocinas, em particular a IL-4, que pode ser produzida por vários tipos de células; Além disso, a timo linfopoietina estromal , uma citocina secretada por células epiteliais na pele, intestino e pulmões, aumenta a capacidade das células dendríticas dos tecidos linfóides e células inatas para promover a diferenciação de TH2; As células TH2 diferenciadas migram para locais teciduais de exposição aos alérgenos, onde elas contribuem para a fase efetora inflamatória das reações alérgicas; As células TFH , é claro, permanecem nos órgãos linfóides, onde auxiliam as células B e as ativam > Em resposta ao ligante de CD40 e às citocinas, principalmente IL-4 e possivelmente IL-13, produzidos por estas células T auxiliares, as células B são submetidas a mudança da cadeia pesada do isotipo e produzem IgE > A IgE está normalmente presente no plasma; Em condições patológicas tais como infecções por helmintos e atopia grave, o nível de sua concentração pode aumentar para mais do que 1000 µg/mL; A IgE alérgeno-específica produzida por plasmoblácitos e plasmócitos entra na circulação e se liga a receptores Fc nos mastócitos do tecido, de modo que estas células são sensibilizadas e preparadas para reagir a um encontro subsequente com o alérgeno . Os basófilos circulantes também são capazes de se ligar à IgE; 2. Fase de ativação dos mastócitos - segundo contato/exposição ao alérgeno com o alérgeno; ativados pela ligação cruzada de moléculas do FceRI, que ocorre por meio da ligação de antígenos multivalentes para as moléculas de IgE que estão ligadas aos receptores Fc; 3. Fase efetora - exposição repetida ao alérgeno; ativação dos mastócitos: liberação dos mediadores; Do segundo contato em diante, todas as vezes que o organismo do indivíduo entrar em contato com aquele alérgeno em específico terá uma reação aguda. Sendo assim, quando há exposição subsequente ao mesmo alérgeno ocorre reação cruzada com aqueles anticorpos IgE ligados aos mastócitos e basófilos. Essas células se degranulam, liberando várias substâncias farmacologicamente ativas (mediadores químicos) > mastócitos, basófilos e eosinófilos > tem grânulos citoplasmáticos que contêm as enzimas e aminas pré-formadas, e todos os três tipos de células produzem citocinas e mediadores lipídicos que induzem a inflamação; Dentre essas substâncias, encontram-se mediadores pré-formados ( aminas biogênicas e macromoléculas de grânulos; histamina, triptase, cininogenase, ECF-A, etc .) e mediadores recém-formados ( citocinas e mediadores lipídicos (por meio da degradação do ácido araquidônico); prostaglandinas, leucotrienos, PAF, etc .), além de fatores quimiotáticos, que atraem eosinófilos e neutrófilos para o local; resulta em três tipos de resposta biológica: a secreção do conteúdo dos grânulos pré-formados por exocitose ( degranulação - histamina), a síntese e secreção dos mediadores lipídicos ( PGD2, LTC4,) , e a síntese e secreção de citocinas (TNF, outros) ● aminas biogênicas ou vasoativas → agem sobre os vasos sanguíneos e o músculo liso; histamina > atua através da ligação a receptores de células-alvo; ação de curta duração, pois é rapidamente removida domeio extracelular através de sistemas de transporte específicos para aminas; Na ligação a receptores celulares, ela inicia os eventos intracelulares, tais como a quebra do fosfatidilinositol ao IP3 e DAG, e estes produtos causam diferentes alterações em diferentes tipos de células; A ligação dela ao endotélio causa a contração das células endoteliais, levando ao aumento de espaços interendoteliais, ao aumento da permeabilidade vascular, e ao vazamento de plasma para os tecidos; também estimula as células endoteliais para sintetizarem relaxantes do músculo liso vascular, tais como a prostaciclina (PGI2 ) e o óxido nítrico, que causam vasodilatação; Essas ações da histamina produzem a resposta de pápula e halo eritematoso da hipersensibilidade imediata ; Antagonistas do receptor H1 ( anti-histamínicos ) podem inibir a resposta de pápula e halo ao alérgeno intradérmico ou ao anticorpo anti-IgE; também causa a contração do músculo liso intestinal e bronquial > Deste modo, ela pode contribuir para o aumento da peristalse e do broncoespasmo associado a alérgenos ingeridos e inalados, respectivamente; * No entanto, em algumas doenças alérgicas, especialmente, na asma, os anti-histamínicos não são eficazes na supressão da reação. a broncoconstrição na asma é mais prolongada do que os efeitos da histamina, o que sugere que outros mediadores derivados dos mastócitos são importantes em algumas formas de hipersensibilidade; ● Proteases → as neutras de serina, incluindo a triptase e quimase , são os constituintes de proteína mais abundantes dos grânulos de secreção dos mastócitos e contribuem para o dano tecidual nas reações de hipersensibilidade imediata ; triptase está presente em todos os mastócitos humanos e não é conhecida sua presença em nenhum outro tipo de célula > Portanto, a presença de triptase em fluidos biológicos humanos é interpretada como um marcador da ativação de mastócitos; quimase é encontrada em alguns mastócitos humanos; funções não são conhecidas; mas atividades demonstradas sugerem efeitos biológicos importantes. Por exemplo, a triptase cliva o fibrinogênio e ativa a colagenase, provocando, assim, danos no tecido , enquanto a quimase pode converter a angiotensina I em angiotensina II, degradar as membranas basais epidérmicas e estimular a secreção de muco. Outras enzimas encontradas no interior de grânulos de mastócitos incluem a carboxipeptidase A e a catepsina G ; Os grânulos dos basófilos também contêm várias enzimas, algumas das quais são as mesmas dos grânulos de mastócitos, tais como as proteases neutras; Outras enzimas, tais como a proteína básica principal e a lisofosfolipase , são encontradas nos grânulos dos eosinófilos; ● Proteoglicanos → incluindo a heparina e o sulfato de condroitina, também são importantes constituintes tanto dos grânulos dos mastócitos quanto dos basófilos; Dentro dos grânulos, os proteoglicanos servem como matrizes para o armazenamento das aminas biogênicas, proteases e outros mediadores carregados positivamente e impedem a sua acessibilidade para o resto da célula . Os mediadores são liberados dos proteoglicanos em diferentes proporções após a exocitose dos grânulos, com aminas biogênicas se dissociando muito mais rapidamente do que a triptase ou a quimase. Desta forma, os proteoglicanos podem controlar a cinética das reações de hipersensibilidade imediata; ● Mediadores lipídicos → possuem uma variedade de efeitos sobre os vasos sanguíneos, a musculatura lisa brônquica e leucócitos; derivados do ácido araquidônico; principal mediador derivado do ácido araquidônico produzido pela via da ciclooxigenase nos mastócitos é a prostaglandina D2 (PGD2 ) > liberada se liga aos receptores de células do músculo liso e atua como um vasodilatador e um broncoconstritor; também promove a quimiotaxia dos neutrófilos e sua acumulação nos locais inflamatórios; A sua síntese pode ser evitada através dos inibidores da ciclo-oxigenase, tais como a aspirina e outros agentes anti-inflamatórios não esteroidais > Esses fármacos podem paradoxalmente exacerbar a broncoconstrição asmática, porque expelem o ácido araquidônico para a produção de leucotrienos; principais mediadores derivados do ácido araquidônico produzidos pela via da lipoxigenase são os leucotrienos > Especialmente o LTC4 e os seus produtos de degradação, o LTD4 e o LTE4; O LTC4 é produzido pelos mastócitos e basófilos das mucosas, mas não pelos mastócitos do tecido conjuntivo; leucotrienos derivados de mastócitos se ligam a receptores específicos nas diferentes células lisas musculares, a partir dos receptores para a PGD2 , e levam a uma broncoconstrição prolongada > Coletivamente, LTC4 , LTD4 e LTE4 constituem o que já foi chamado de substância de anafilaxia de reação lenta (SRS-A) > são tidos como mediadores importantes da broncoconstrição asmática; Quando injetados na pele, esses leucotrienos produzem uma de pápula característica de reação de longa duração > Os inibidores farmacológicos da 5- lipoxigenase também bloqueiam as reações anafiláticas em sistemas experimentais; Um terceiro tipo de mediador lipídico produzido pelos mastócitos é o fator de ativação plaquetária (PAF) > nomeado pela sua descoberta como um indutor de agregação das plaquetas de coelho; Nos mastócitos e basófilos, ele é sintetizado por meio da acilação de lisogliceril éter fosforilcolina, um derivado da hidrólise dos fosfolipídios da membrana mediada pela PLA2; tem ações broncoconstritoras diretas; também provoca a retração das células endoteliais e pode relaxar o músculo liso vascular ; é hidrofóbico e por isso é rapidamente destruído por uma enzima plasmática chamada PAF hidrolase , o que limita suas ações biológicas; também pode ser importante nas reações de fase tardia, em que se pode ativar leucócitos inflamatórios ; Nesta situação, a fonte de PAF pode ser os basófilos ou células endoteliais vasculares (estimuladas por histamina ou leucotrienos), em adição aos mastócitos; ➢ Reação Imediata -As alterações vasculares precoces, que ocorrem durante as reações de hipersensibilidade imediata são demonstradas pela reação pápula ede halo eritematoso para a injeção intradérmica de um alérgeno; -Quando um indivíduo que encontrou um alérgeno previamente e produziu o anticorpo IgE é desafiado por uma injeção intradérmica do mesmo antígeno, o local da injeção torna-se vermelho pela dilatação local dos vasos sanguíneos cheios de células vermelhas do sangue; O local em seguida rapidamente incha como resultado do vazamento do plasma das vênulas. Este inchaço suave é chamado de pápula e pode envolver uma área de vários centímetros de diâmetro de pele. Posteriormente, os vasos sanguíneos nas margens da pápula se dilatam e se tornam cheios de células vermelhas do sangue e produzem uma borda vermelha característica - halo eritematoso. A reação completa da pápula e do halo eritematoso podem aparecer dentro de 5 a 10 minutos após a administração do antígeno e geralmente desaparece em menos de 1 hora . -esses sinais que aparecem são dependentes de de IgE e de mastócitos; ➢ Reação de Fase Tardia - reação imediata é seguida 2 a 4 horas mais tarde por uma reação de fase tardia -consiste no acúmulo de leucócitos inflamatórios, incluindo neutrófilos, eosinófilos, basófilos e células T auxiliares; -inflamação é máxima em cerca de 24 horas e em seguida diminui gradualmente. -Como a reação imediata de pápula e halo eritematoso, a capacidade de montar uma reação de fase tardia também pode ser transferida adotivamente com a IgE, e a reação pode ser imitada pelos anticorpos anti-IgE que fazem ligação cruzada com os receptores FceR1 em mastócitos com IgE ligada, ou com agentes de ativação de mastócitos; -As citocinas produzidas por mastócitos, incluindo o TNF, suprarregula a expressão de moléculas de adesão endotelial de leucócitos , tais como a E-selectina e a molécula de adesão intercelular 1 (ICAM-1), e as quimiocinas que recrutam leucócitos sanguíneos > Assim, a ativação dos mastócitos promove o recrutamento dos leucócitos para os tecidos. -Os tipos de leucócitos que são típicos de reações de fase tardia são eosinófilos e as células T auxiliares; Embora as células TH2 sejam o subconjunto dominante nas reações de fase tardia sem complicações, as células T encontradas na dermatite atópica crônica e asma incluem células TH1 e TH17, bem como as células T que produzem IL-17 e IFN-γ; neutrófilos também estão frequentemente presentes nessas reações; -Tanto os eosinófilos quanto as células TH2 expressam CCR4 e CCR3, e as quimiocinas que se ligam a esses receptores são produzidas por muitos tipos de células nos locais das reações de hipersensibilidade imediata, incluindo as células epiteliais; -pode ocorrer sem uma reação de hipersensibilidade imediata anterior detectável; ex. A asma brônquica é uma doença na qual podem ocorrer repetidos episódios de inflamação com acúmulo de eosinófilos e das células TH2, sem as alterações vasculares que são características da resposta imediata; pode haver uma menor ativação dos mastócitos, e as citocinas que sustentam a reação de fase tardia podem ser produzidas principalmente pelas células T. ➢ Dermatite Atópica -síndrome crônica multifatorial, caracterizada pela pele cronicamente inflamada e por coceira ( pruriginosa); -muito comum em humanos e cães (em ambos os casos, 15% são afetados) e foi identificada em gatos, cavalos e cabras; - 8 critérios de diagnóstico para essa doença: 1. A doença ocorre principalmente em cães domésticos. 2. O início da doença ocorre antes de o animal completar 3 anos de idade. 3. Os animais desenvolvem um prurido responsivo aos corticosteroides . 4. A princípio, esse prurido não é acompanhado por lesões óbvias. 5. O prurido acaba por afetar as patas dianteiras. 6. O pavilhão auricular é afetado depois. 7. As margens da orelha são afetadas depois. 8. A área dorsolombar permanece sem ser afetada. -Qualquer combinação de 5 critérios desse conjunto irá diagnosticar a dermatite atópica com sensibilidade de 85% e especificidade de 79%; - apresenta grande predileção por raça, sendo mais comum em Retrievers, SeĴers, Terriers, Beagles, Cocker Spaniels, Boxers, Bulldogs e Shar-Peis . -Ambos os loci gênicos de suscetibilidade e proteção têm sido identificados em cães. -comumente associada às reações a alérgenos ambientais, como bolores; árvores, ervas daninhas e pólens de capim (especialmente os pólens que são pequenos, leves e produzidos em quantidades muito grandes); ácaros da poeira doméstica (Dermatophagoides farinae e Dermatophagoides pteronyssinus); caspas de animal e a levedura Malassezia pachydermatis; -Entretanto, a etiologia da dermatite atópica é complexa, e nem todos os casos são associados aos anticorpos IgE específicos a antígenos ambientais; -cães atópicos comumente apresentam prurido; -Inicialmente não há lesões cutâneas óbvias, mas elas evoluem para eritema difuso. A coceira e a lambedura crônicas levam a perda de pelos, pápulas, descamação e crostas. -Podem ocorrer hiperpigmentação e liquenificação; -As lesões cutâneas ocorrem mais comumente nas patas dianteiras, no abdome ventral e nas regiões inguinais e axilares; -Muitos cães afetados desenvolvem otite externa; -Os cães também podem desenvolver focos de hot spot > O infiltrado celular dentro dessas lesões contém números aumentados de mastócitos, células dendríticas, células de Langerhans, macrófagos e linfócitos T γ/δ. Há um pequeno número de eosinófilos e neutrófilos e muito poucos linfócitos B. -As infecções secundárias bacterianas ou por leveduras complicam a doença. -Dependendo do alérgeno indutor, a doença pode ser sazonal e recorrente . -Uma vez iniciada, ela tende a ficar progressivamente mais severa se não tratada; -Sinais clínicos ✓ Prurido primário ✓ Piodermite secundária ✓ Eritema ✓ Crostas ✓ Hiperqueratose ➢ Alergias a Parasitas -papel benéfico do sistema eosinófilo-mastócito-IgE na imunidade a vermes parasitas; -Os helmintos estimulam, preferencialmente, as respostas de IgE, e as infestações helmínticas são comumente associadas a muitos dos sinais de alergia e de anafilaxia; -os animais com vermes chatos podem apresentarangústia respiratória ou urticária. -A anafilaxia pode ser provocada por ruptura do cisto hidático durante cirurgia ou por transfusão de sangue de um cão infectado com Dirofilaria immitis para um animal sensibilizado; -são comumente associadas à exposição a antígenos de artrópodes; -Os ferrões de insetos são responsáveis por muitas mortes humanas todo ano, resultado da anafilaxia aguda após sensibilização pelo veneno; A anafilaxia pode ocorrer em bovinos infestados com a mosca do berne (Hypoderma bovis) > A pupa dessa mosca desenvolve-se embaixo da pele no dorso do gado após a larva ter migrado pelos tecidos a partir do sítio de deposição de ovos na perna traseira. Uma vez que as pupas são evidentes, é tentador removê-las manualmente. Infelizmente, se elas se romperem durante o processo, a liberação do fluido celômico poderá provocar anafilaxia letal; -Em cavalos e bovinos, a hipersensibilidade à picada de insetos >> pode causar uma dermatite alérgica - coceira da Costa do Golfo, coceira de Queensland e coceira doce ; insetos envolvidos incluem os mosquitos-pólvora (espécie Culicoides), o borrachudo (espécie Simulium), as moscas de estábulo (Stomoxys calcitrans), os mosquitos e as pulgas stick-tight (Echidnophaga gallinacea); Se os animais forem alérgicos a antígenos presentes na saliva desses insetos, a picada resultará no desenvolvimento de uma urticária acompanhada de um intenso prurido; O comichão pode provocar automutilação severa com subsequente infecção secundária que pode mascarar a natureza da alergia original da lesão; -sintomas: ✓ Dor, eritema e edema local ✓ Reações sistêmicas (Anafilaxia) ➢ Diagnóstico da Hipersensibilidade do Tipo I -hipersensibilidade >>> é utilizado para indicar a inflamação que ocorre em resposta a materiais normalmente inofensivos; Os animais, por exemplo, não reagem normalmente a antígenos injetados por via intradérmica. Se, entretanto, um animal hipersensível receber uma injeção intradérmica de um alérgeno, isso provocará uma inflamação. Moléculas vasoativas são liberadas dentro de minutos para produzir vermelhidão (eritema), como resultado da dilatação capilar, bem como edema circunscrito (pápula), devido ao aumento da permeabilidade vascular. A reação também pode gerar um alargamento eritematoso devido à dilatação arteriolar causada por um reflexo axonal local >>> -Essa resposta papulomatosa e eritematosa a um alérgeno atinge intensidade máxima em 30 minutos e depois desaparece dentro de poucas horas; -Uma reação de fase tardia, às vezes, ocorre 6 a 12 horas após a injeção intradérmica, como resultado da liberação de mediadores por eosinófilos e neutrófilos. -testes cutâneos intradérmico > Teste cutâneo de Leitura Imediata (Prick Test) é um método que consiste na detecção de quais alérgenos (substâncias que podem induzir uma reação alérgica) que o indivíduo é sensível. capaz de detectar sensibilidade a inalantes como, por exemplo: Ácaros; Gramíneas (pólens); utiliza soluções aquosas muito diluídas de alérgenos; Após a injeção, o sítio é examinado em busca de uma resposta inflamatória; -é possível que outras classes de imunoglobulinas, além da IgE, possam contribuir para o desenvolvimento de dermatite alérgica canina; -métodos sorológicos de quantificação do nível de IgE específica nos fluidos corpóreos: RAST (radioallergosorbent test) , western bloĴing e ensaio imunossorbente enzimático (ELISA); 1. RAST - de sangue; exame para detectar a presença de anticorpo IgE; determina os níveis séricos de IgE específicos para um dado alérgeno; 2. ELISA - ELISA negativo geralmente descartará atopia; 3. RIST (radioimunoabsorvent) - determina os níveis totais de IgE; - Teste/Reação de anafilaxia cutânea passiva (PCA) - as diluições do soro-teste são injetadas em diferentes sítios da pele de um animal normal. Após esperar de 24 a 48 horas, a solução de antígeno é administrada pela via intravenosa. Em uma reação positiva, cada sítio de aplicação apresentará uma resposta inflamatória imediata; Os anticorpos injetados podem permanecer fixos na pele por um longo período. No caso de bezerros, isso pode durar até 8 semanas. Uma vez que, em alguns casos, é difícil detectar respostas inflamatórias muito brandas, elas podem tornar-se mais visíveis pela injeção intravenosa de corante azul de Evans no animal-teste > Esse corante liga-se à albumina sérica e normalmente não deixa a corrente sanguínea. Nos sítios de injeção, nos quais a permeabilidade vascular está aumentada, o corante ligado à albumina entra no fluido tecidual e forma uma mancha azul impressionante. ❖ HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO II -também denominada hipersensibilidade citotóxica; -ocorre quando anticorpos (e sistema complemento) destroem células normais. -destruição de eritrócitos transfundidos quando administrados a um receptor incompatível é um exemplo > doença resultante ocorre devido à lise dos eritrócitos transfundidos por anticorpos e complemento. -eritrócitos > anucleadas quando maduras; Produzidas na medula óssea ( eritropoiese ) é estimulada pelo hormônio do crescimento ( eritropoetina ) – Rins (90% hormônio); Produção é afetada (anemia): ✓ Baixa síntese, ✓ Destruição dessas céls, ✓ Produção de céls deficientes, ✓ Redução na produção de hemoglobina, ✓ Perda de sangue (hemorragia), ✓ Causa genética (ex. anemia falciforme ). assim como células nucleadas, expressam moléculas de superfície que podem atuar como antígenos ; diferentemente de moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC), os antígenos de superfície de eritrócitos não estão envolvidos na apresentação de antígenos , embora influenciem na rejeição de transplantes (aloenxertos entre animais de grupo sanguíneo incompatível são rejeitados rapidamente); A maioria dos antígenos de superfície deles são glicoproteínas ou glicolipídios e são componentes funcionais integrais da membrana celular; Por exemplo, os antígenos ABO em humanos são proteínas transportadoras de ânions e glicose, enquanto que os antígenos dos sistemas M e C dos eritrócitos de ovinos são associados à bomba de potássio da membrana e transporte de aminoácidos, respectivamente.Se o sangue for transfundido de um animal para outro, indivíduos diferentes geneticamente, os antígenos eritrocitários irão estimular uma resposta humoral no receptor. Estes anticorpos causam a rápida eliminação dos eritrócitos transfundidos como resultado da hemólise intravascular, por meio do complemento, e destruição extravascular, decorrente da opsonização e remoção pelo sistema mononuclear fagocítico > Esta destruição celular por anticorpos é classificada como reação de hipersensibilidade tipo II. - Dependente de Ac / Citotóxica, destruição celular mediada por Acs (IgG e IgM), fagócitos e complemento - 5 a 8 horas.; - grupos sanguíneos ou antígenos eritrocitários (EAs) > antígenos expressos na superfície de eritrócitos; sangue de um animal pode ser facilmente transfundido para outro > Se os eritrócitos do doador forem idênticos aos do receptor, não haverá resposta imune. Entretanto, se o receptor possuir anticorpos prévios contra antígenos de grupos sanguíneos do doador, os antígenos serão atacados imediatamente. Estes anticorpos preexistentes geralmente são imunoglobulinas da classe M (IgM) . Quando eles se ligam aos antígenos dos eritrócitos, podem causar aglutinação ou hemólise, ou estimular a opsonização e a fagocitose das células transfundidas . Na ausência de anticorpos preexistentes, os eritrócitos transfundidos estimularão uma resposta imune no receptor. As células transfundidas irão circular até haver produção de anticorpos e, em seguida, serão eliminadas. Uma segunda transfusão com células estranhas idênticas resulta na destruição imediata das células transfundidas > pode levar à doenças; reações transfusionais varia de uma resposta febril leve ao óbito súbito e depende principalmente da quantidade de sangue incompatível transfundido. -O grande número de eritrócitos lisados pode desencadear a formação de coágulos e a coagulação intravascular disseminada . -A ativação de complemento também resulta na produção de anafilotoxinas, degranulação de mastócitos e liberação de moléculas vasoativas e citocinas > Estas provocam choque circulatório com hipotensão, bradicardia e apneia; O animal pode apresentar respostas simpáticas como sudorese, salivação, lacrimejamento, diarreia e êmese; podem ser seguidas por um segundo estágio, no qual o animal apresenta hipertensão com arritmia cardíaca e aumento das frequências cardíaca e respiratória. -substâncias podem ser vistas como estranhas e são lisados por anticorpos e complemento ou fagocitados por fagócitos mononucleares; -Mediada por anticorpos IgG ou IgM > são autoimunes, que se ligam à antígenos e podem causar lesão tecidual por meio da ativação do sistema complemento, recrutando células inflamatórias e interferindo nas funções celulares normais; Alguns desses anticorpos são específicos para antígenos de determinadas células ou da matriz extracelular e são encontrados ligados a essas células ou tecidos ou como anticorpos livres na circulação; -as doenças induzidas por esses anticorpos são chamadas de hipersensibilidade do tipo II . -Outros anticorpos podem formar imunocomplexos na circulação – de modo que são subsequentemente depositados nos tecidos, particularmente nas paredes dos vasos sanguíneos – e causar lesões; -As doenças decorrentes de imunocomplexos também são de hipersensibilidade do tipo III. -Estímulo é a ligação do Ac + Ag → na superfície celular; “Anticorpos são formados contra antígenos-alvo que são determinantes normais ou alteradas da membrana celular” -pode acontecer em: ✓ Transplantes, ✓ Transfusões, ✓ Doenças específicas (hemolíticas); ✓ Ex: Eritroblastose fetal ex. Mãe que tem sangue A- e um Pai que tem sangue A+. Durante o parto acidentalmente o sangue dela entra em contato com o do 1º FILHO que nasce com sangue A+ sem nenhum problema, mas sensibiliza a mãe e irá produzir anticorpos para atacar esses antígenos. Assim ao engravidar do 2º FILHO, o feto em desenvolvimento começa a ter suas hemácias destruídas porque os anti-Rh da mãe atravessam a placenta, causando a eritrosblatose fetal ou doença hemolítica. -anticorpos contra os antígenos celulares ou da matriz causam doenças que afetam especificamente as células ou tecidos onde esses antígenos estão presentes e, frequentemente, essas doenças não são sistêmicas. Os anticorpos contra antígenos de tecidos produzem doença por três mecanismos principais: 1. Opsonização e fagocitose ou Reações Mediadas Pelo Complemento - Os anticorpos que se ligam a antígenos da superfície celular podem opsonizar diretamente as células ou ativar o sistema complemento, resultando na produção de proteínas do complemento que opsonizam as células. Essas células opsonizadas são fagocitadas e destruídas pelos fagócitos, que expressam receptores para as porções Fc dos anticorpos IgG e receptores para proteínas do complemento. Anticorpos aderidos à membrana da célula estimulam a inserção do SC pela via clássica. * Lise direta: o sistema complemento ativado termina com a formação do MAC. *Opsonização : fixação dos anticorpos e do fragmento C3b do SC na membrana da célula alvo. *Fagocitose pela interação de C3b ao seu receptor e pela interação do anticorpo ligado à membrana da célula com o receptor da porção Fc do fagócito. principal mecanismo de destruição celular na anemia hemolítica autoimune e púrpura trombocitopênica autoimune , nas quais os anticorpos específicos para os eritrócitos ou para as plaquetas, respectivamente, levam à opsonização e remoção dessas células da circulação. O mesmo mecanismo é responsável pela hemólise nas reações transfusionais e eritroblastose fetal. 2. Citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos - mecanismo de defesa imune mediada por células no qual uma células efetora do sistema imune provoca a lise ativamente de uma célula alvo cuja superfície da membrana foi recoberta por anticorpos específicos; mediada por células NK , mas macrófagos , neutrófilos e eosinófilos podem também mediar ADCC; Por exemplo, os eosinófilos podem matar certos parasitas helmintos através de ADCC mediada por IgE; ADCC é parte da resposta imune adaptativa devido à suadependência de uma resposta com anticorpos prévia. A ADCC típica envolve a ativação de células NK por anticorpos > ela expressa CD16 (chamado também FcγRIII), que é um receptor Fc. Esse receptor reconhece e se liga à porção Fc de um anticorpo , como IgG , que tenha ligado-se à superfície de uma célula alvo infectada por patógeno . Uma vez que o receptor se liga ao anticorpo, a célula NK libera citocinas como IFN-γ; Durante a replicação, algumas proteínas virais são expressas na superfície da célula infectada. Anticorpos podem, então, se ligar a essas proteínas virais. Após isso, as células NK com receptores Fc ligarão-se aos anticorpos, induzindo a liberação de proteínas como perforina e proteases conhecidas como granzimas, que levam à lise da célula e limitam a disseminação do vírus ex. Os anticorpos depositados nos tecidos recrutam neutrófilos e macrófagos, que s e ligam aos anticorpos ou às proteínas do complemento ligadas pelos receptores de Fc de IgG e do complemento. Esses leucócitos são ativados pela sinalização dos receptores (particularmente receptores de Fc) e produtos de leucócitos, incluindo enzimas lisossomais e espécies reativas de oxigênio, que são liberados e produzem lesão tecidual; O mecanismo de lesão na glomerulonefrite mediada por anticorpos e em muitas outras doenças é a inflamação e ativação de leucócitos https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Lise https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunoglobulina https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_exterminadora_natural https://pt.wikipedia.org/wiki/Macr%C3%B3fago https://pt.wikipedia.org/wiki/Granul%C3%B3cito_neutr%C3%B3filo https://pt.wikipedia.org/wiki/Granul%C3%B3cito_eosin%C3%B3filo https://pt.wikipedia.org/wiki/Verminose https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imune_adaptativo https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunoglobulina https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunoglobulina_G https://pt.wikipedia.org/wiki/Agente_patog%C3%A9nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Citocina https://pt.wikipedia.org/wiki/Perforina https://pt.wikipedia.org/wiki/Protease 3. Disfunção celular mediada por anticorpos - Os anticorpos são dirigidos contra receptores localizados na superfície celular. A função do receptor é bloqueada, interferindo na função celular; Ausência de dano ou processo inflamatório; EX: Miastenia gravis com bloqueio do receptor de acetilcolina, Doença de Graves, com estímulo dos receptores tireo-estimulantes . *hipersensibilidades a drogas , os eritrócitos podem ser destruídos por três mecanismos. 1. Primeiro, a droga e o anticorpo podem combinar-se diretamente e ativar o complemento; os eritrócitos são destruídos como efeito bystander (efeito espectador), uma vez que os componentes do complemento ativado aderem-se às células que estão próximas. 2. Segundo, algumas drogas ligam-se a glicoproteínas de superfície celular. Por exemplo, penicilina, quinina, L-dopa, ácido aminossalicílico e fenacetina podem ligar-se a eritrócitos. Como as células são modificadas, elas podem ser reconhecidas como estranhas e eliminadas por anticorpos, resultando em anemia hemolítica. A anemia hemolítica induzida por penicilina não é incomum em equinos. Pode-se suspeitar da condição com base no tratamento recente com penicilina e melhora quando seu uso for descontinuado. Também é possível detectar anticorpos contra penicilina ou hemácias revestidas com penicilina nesses animais; Sulfonamidas, fenilbutazona, aminopirina, fenotiazina e, possivelmente, cloranfenicol podem causar agranulocitose mediante a ligação a granulócitos; fenilbutazona, quinina, cloranfenicol e sulfonamidas podem resultar em trombocitopenia, uma vez que se ligam a glicoproteínas de superfície das plaquetas. 3. Terceiro, drogas como cefalosporinas podem modificar a membrana dos eritrócitos, de forma que elas adsorvem anticorpos passivamente e, depois, são removidas por células fagocíticas. ❖ Hipersensibilidade Tipo III -Quando os antígenos e os anticorpos se combinam, eles formam imunocomplexos. Os imunocomplexos podem desencadear uma inflamação grave quando depositados em grandes quantidades nos tecidos; -ativam a via clássica do sistema complemento. -Quando esses imunocomplexos são depositados nos tecidos, o complemento ativado gera peptídeos quimiotáticos que atraem os neutrófilos. Os neutrófilos acumulados podem, então, liberar oxidantes e enzimas, causando inflamação aguda e destruição tecidual >> As lesões geradas dessa maneira são classificadas como reações de hipersensibilidade do tipo III ou mediada por imunocomplexos. -A intensidade e a importância das reações dessa hipersensibilidade dependem, como pode ser esperado, da quantidade e do local de deposição dos imunocomplexos; -Duas formas principais de reação são reconhecidas. 1. Reações locais - que se desenvolvem quando os imunocomplexos se formam dentro dos tecidos; Se um antígeno for injetado por via subcutânea (intradérmica) em um animal que já possuir um nível muito elevado de anticorpos específicos em sua corrente sanguínea, uma inflamação aguda se desenvolverá no sítio da injeção dentro de várias horas >> chamado de reação de Arthus , por causa do cientista que a descreveu primeiro; se inicia com um inchaço edematoso avermelhado; eventualmente ocorrem hemorragia local e trombose; e, se for severa, culmina em destruição tecidual local; primeiros eventos observados após a injeção do antígeno são a aderência neutrofílica ao endotélio vascular seguida por sua migração para os tecidos. No período de 6 a 8 horas, quando a reação atinge sua maior intensidade, o sítio de injeção encontra-se densamente infiltrado por um grande número dessas células; À medida que a reação progride, a destruição das paredes dos vasos sanguíneos resulta em hemorragia e edema, agregação plaquetária e trombose; Em cerca de 8 horas, as células mononucleares aparecem na lesão, e em 24 horas ou depois, dependendo da quantidade de antígeno injetada, elas se tornam o tipo celular predominante; Os eosinófilos não são uma caraterística importante desse tipo de hipersensibilidade . O antígeno se difunde, primeiro, do sítio de injeção através do fluido tecidual. Quando os pequenos vasos sanguíneos são alcançados, o antígeno se difunde nas suas paredes, onde encontra os anticorpos circulantes. Os imunocomplexosse formam e são depositados entre e abaixo das células endoteliais vasculares. Componentes do sistema complemento ativados pela via clássica serão depositados neste ponto também. Os imunocomplexos formados nos tecidos devem ser removidos. O primeiro passo envolve a ligação a receptores Fc e do complemento nas células. O mais difundido desses receptores Fc é o FcγRIIa expresso nos macrófagos. Os imunocomplexos que se ligam a esses receptores estimulam a produção de óxido nítrico, leucotrienos, prostaglandinas, citocinas e quimiocinas. Os imunocomplexos também se ligam aos mastócitos por meio de FcγRIII e desencadeiam a liberação de moléculas vasoativas. Entre as moléculas liberadas por mastócitos estão os fatores quimiotáticos e as proteases que ativam o complemento, as citocinas, as cininas e os mediadores lipídicos. Todos esses mediadores promovem inflamação por atuarem no endotélio vascular e estimularem a aderência e a migração neutrofílica; imunocomplexos ativam o complemento e geram o peptídeo quimiotático C5a; Os neutrófilos, atraídos por C5a e por quimiocinas derivadas de mastócitos, migram dos vasos sanguíneos, aderem a imunocomplexos e os fagocitam prontamente; Por fim, os imunocomplexos são digeridos e destruídos. Durante esse processo, entretanto, as proteases e os oxidantes são liberados nos tecidos. Quando os neutrófilos tentam ingerir imunocomplexos ligados a estruturas, como as membranas basais, eles secretam seu conteúdo granular diretamente nos tecidos adjacentes. As proteases neutrofílicas rompem as fibras colágenas e destroem as substâncias da base, as membranas basais e o tecido elástico. Normalmente os tecidos contêm antiproteinases que inibem as enzimas neutrofílicas. Entretanto, os neutrófilos podem subverter esses inibidores, secretando OCI - > destrói os inibidores e permite que a destruição tecidual prossiga. Olho azul - condição vista em uma pequena proporção de cães que foram infectados ou vacinados com adenovírus canino vivo do tipo 1 > Resposta inapropriada ou excessiva; desenvolvem uveíte anterior levando a edema e opacidade de córnea; A córnea é infiltrada por neutrófilos, e os complexos de anticorpos-vírus estão presentes na lesão; O olho azul se desenvolve aproximadamente 1 a 3 semanas após o início da infecção e, em geral, se resolve espontaneamente à medida que o vírus é eliminado; 2. Reações Sistêmicas - forma ocorre quando grandes quantidades de imunocomplexos se formam dentro da corrente sanguínea; Isso pode ocorrer, por exemplo, quando um antígeno é administrado por via intravenosa a um receptor imune. Os imunocomplexos gerados na corrente sanguínea são depositados nos glomérulos renais, e o desenvolvimento de lesões glomerulares (glomerulonefrite) é característico desse tipo de hipersensibilidade; Se os complexos se ligarem às células sanguíneas, também pode ocorrer anemia, leucopenia ou trombocitopenia; Os complexos também podem ser depositados nas paredes dos vasos sanguíneos, causando vasculite, ou nas articulações, causando artrite; Vários gramas de um antígeno, por exemplo, são necessários para sensibilizar um animal, como o coelho, para produzir reações experimentais do tipo III; As lesões mediadas por imunocomplexos menores provavelmente se desenvolvem de forma um tanto frequente após uma resposta imune a muitos antígenos, sem causar doença clinicamente significativa. Se um antígeno for administrado por via intravenosa a animais com anticorpos circulantes, formam-se os imunocomplexos na corrente sanguínea. Esses imunocomplexos são normalmente removidos pela ligação a eritrócitos ou plaquetas ou, se forem muito grandes, são removidos pelo sistema mononuclear fagocítico. Se, entretanto, os complexos forem produzidos em quantidades excessivas, são depositados nas paredes dos vasos sanguíneos, especialmente nas artérias de calibre médio e em vasos em que haja um fluxo fisiológico de fluidos, como glomérulo, sinóvia e plexo coróide; Um exemplo desse tipo de hipersensibilidade é a doença do soro. Doença do Soro > anos atrás, os soldados feridos que haviam recebido uma dose muito grande de soro antitetânico de origem equina desenvolviam uma reação característica, aproximadamente 10 dias depois >> doença do soro; consiste em vasculite generalizada com eritema, edema e urticária cutânea, neutropenia, linfadenomegalia, inchaço das articulações e proteinúria; curta duração e regredia dentro de poucos dias; O desenvolvimento da doença coincide com a formação de grandes quantidades de imunocomplexos na circulação como resultado da resposta imune de antígenos circulantes; A doença experimental pode ser aguda se for causada por uma única injeção de grande quantidade de antígeno, ou crônica, se for causada por múltiplas injeções de pequena quantidade; Em ambos os casos, os animais desenvolvem glomerulonefrite e artrite; ❖ Hipersensibilidade Tipo IV -Hipersensibilidade Tardia ou Retardada; -resultam de interações entre o antígeno injetado, as células apresentadoras de antígenos e os linfócitos T; -reação inflamatória prejudicial mediada por citocinas resultantes da ativação de células T, particularmente das células T CD4+; -Resposta inflamatória lenta; -Certos antígenos, quando injetados na pele de animais sensibilizados, provocam uma resposta inflamatória no local da injeção após 12 a 24 horas. -Uma vez que essas reações de hipersensibilidade tardia apenas podem ser transferidas de animais sensibilizados para animais normais por linfócitos, elas devem ser mediadas por células. -mediadas, principalmente, por linfócitos T CD4+ ou por LT CD8+ e células natural killer (NK); -Padrão de resposta contra uma variedade de microrganismos e agentes químicos; -Uma forma diferente de hipersensibilidade do tipo IV ocorre na dermatite de contato alérgica. Esta é uma resposta inflamatória de desenvolvimento lento que ocorre quando substâncias químicas se ligam às células da pele e desencadeiam respostas de linfócitos T. -Tecido estranho: Reação Aloenxertos; -Parasitas Intracelulares: Vírus, micobactérias ou fungos; ex. um porquinho-da-índia é imunizado pela primeira vez pela administração de um antígeno de uma
Compartilhar