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Resposta de hipersensibilidade

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Resposta de hipersensibilidade: 
Os distúrbios causados por respostas imunes exagerados 
ou inapropriados são chamados de hipersensibilidade. 
A hipersensibilidade surgiu como uma sensibilidade, 
baseando-se na observação de que um indivíduo que 
tenha sido exposto a um antígeno exibe uma reação ou 
torna-se sensível a encontros posteriores com esse 
antígeno. 
Em geral, as respostas imunes erradicam os organismos 
infectantes sem provocar graves lesões aos tecidos do 
hospedeiro. No entanto, essas respostas são, algumas 
vezes, controladas de maneira inadequada. 
Em determinadas circunstâncias, a resposta imunológica 
produz danos e algumas vezes resultados fatais. Estas 
reações deletérias são coletivamente conhecidas como 
hipersensibilidade. 
Os mecanismos celular e molecular destas reações são 
praticamente idênticos às respostas normais de defesa 
de um hospedeiro. O problema é que essas reações 
ocorrem com intensidade muito mais alta, sendo reações 
exageradas a antígenos estranhos, que não representam 
nenhuma ameaça e/ou estão ocorrendo em locais 
inapropriados no corpo, bem como quando o sistema 
imune reage contra o próprio organismo. 
Na alergia, a resposta imune estende-se além de seu 
limite habitual de reconhecimento exclusivo de patógenos 
estranhos para incluir também o que deveriam ser 
antígenos ambientais inócuos. Essa resposta é uma forma 
de hipersensibilidade, uma imunidade excessivamente 
zelosa que também pode assumir a forma de reatividade 
a antígenos próprios ou a antígenos de outra espécie. 
As respostas de hipersensibilidade levam à lesão tecidual: 
a imunopatologia 
As doenças de hipersensibilidade são geralmente 
classificadas de acordo com o tipo de resposta imune e 
o mecanismo efetor responsável pela lesão celular e 
tecidual. 
A maioria das reações de hipersensibilidade ocorre por 
Ag estranhos, e em sua maioria precisa de intervenções 
(histamínicos, antialérgicos). 
Defesa: barreiras físicas, componentes humorais 
(lágrimas – lisozimas que são antibacterianas), 
componentes celulares, leucócitos. 
 
Causas da hipersensibilidade: 
As respostas imunes contra antígenos de diferentes 
fontes podem ser a causa subjacente de distúrbios de 
hipersensibilidade 
✓ Autoimunidade: reações contra antígenos próprios. 
A falha dos mecanismos normais de autotolerância 
resulta em reações contra as próprias células e 
tecidos. As doenças causadas por reações de 
autoimunidade são denominadas doenças 
autoimunes. 
✓ Reações contra microrganismos. As respostas 
imunes contra antígenos microbianos podem causar 
doença se as reações forem excessivas ou se os 
microrganismos forem anormalmente persistentes. 
As respostas das células T contra microrganismos 
persistentes podem dar origem a uma inflamação 
grave, algumas vezes, com a formação de 
granulomas; esta é a causa da lesão tecidual 
observada na tuberculose e algumas outras 
infecções crônicas. Se forem produzidos anticorpos 
contra antígenos microbianos, eles podem se ligar 
aos antígenos para produzir imunocomplexos, que 
se depositam nos tecidos e desencadeiam 
inflamação. 
✓ Reações contra antígenos ambientais. A maioria dos 
indivíduos saudáveis não reage contra substâncias 
ambientais comuns, em geral inofensivas, mas quase 
20% da população é anormalmente responsiva a 
uma ou mais destas substâncias. Esses indivíduos 
produzem anticorpos imunoglobulina E (IgE) que 
causam doenças alérgicas. 
IgM- primeira Ig sintetizada na resposta primária Ex: vírus. 
Faz parte do receptor de membrana dos linfócitos B 
virgens (BCR) 
IgG- é a mais abundante; Ig de fase tardia; principal 
imunoglobulina da imunidade adquirida; Única que 
atravessa a placenta, fazendo parte da imunidade passiva. 
*Toxoplasmose: doença que não tem vacinação e que 
pode causar complicações para gestantes e pessoas 
com o sistema imunológico debilitado. Quando a criança 
nasce ela faz IgG de alta afinidade. Quando é detectada 
IgG de baixa quantidade é porque veio da mãe (que 
passou pela placenta, mas a criança não desenvolveu a 
doença), porém se tiver em alta quantidade é porque o 
próprio bebê produziu, então ela pegou a doença. 
IgA- segunda mais abundante, encontrada em secreções; 
encontrada nas mucosas do TGI, sistema respiratório, na 
saliva, nas lagrimas, no leite. 
IgE- encontra-se em níveis muito baixos; aumenta em 
resposta a parasitas e reações alérgicas. Níveis de IgE 
mais elevados propicia o desenvolvimento de alergias. 
Hipersensibilidade tipo 1: 
Degranulação dos mastócitos mediada por IgE 
Hipersensibilidade imediata, devido a sua resposta 
acontecer entre 3-30 minutos. 
O indivíduo deve ter sido sensibilizado pelo antígeno 
previamente para correr o risco de desenvolver essa 
hipersensibilidade. 
A primeira exposição produziria IgE específicas ao 
antígeno, então uma memória para esse IgE é guardada 
pelas células de memória., e há a ligação do IgE aos 
receptores Fcε dos mastócitos. 
A interação dos mastócitos ligados a IgE com o antígeno, 
na reexposição ao antígeno, ativa os mastócitos e induz 
a sua degranulação e libera mediadores inflamatórios. 
Mastócitos contem histamina, e quando eles degranulam 
a histamina liberada causa o aumento da permeabilidade 
vascular e vasodilatação – contribuem para o efeito 
imediato. 
Essa reação vascular e do músculo liso pode ocorrer 
minutos após a reintrodução do antígeno em um 
indivíduo pré-sensibilizado – daí a designação 
hipersensibilidade imediata. 
Outros mediadores de mastócitos são citocinas que 
recrutam neutrófilos e eosinófilos ao local da reação 
durante muitas horas. Esse componente inflamatório da 
hipersensibilidade imediata é denominado reação de fase 
tardia, e é responsável principalmente pela lesão tecidual 
que resulta de ataques repetidos de hipersensibilidade 
imediata. 
Dessa forma, a reação de hipersensibilidade imediata em 
geral possui componentes mais lentos, que ocorrerem 
de 4 a 6 horas depois. 
Estas reações mais demoradas possuem duas etiologias: 
a síntese de leucotrienos e prostaglandinas, que possuem 
propriedades vasoativas semelhantes à histamina e a 
liberação de IL-4 pelas células Th2, resultando em um 
recrutamento ainda maior de células inflamatórias. 
Este secundo pico da reação é conhecido como a fase 
tardia e pode durar até 24 horas após a exposição. 
corticosteroides na fase imediata irá reduzir ou eliminar 
esta reação secundária. 
 
 
Sequência de eventos na hipersensibilidade 
imediata: 
A diferenciação em TH2 é estimulada pela citocina IL-4 
(produzida por mastócito e eosinófilo) 
A produção de IgE é dependente da ativação das células 
Th2 produtoras, que também produz IL-4. 
Sequência de eventos na hipersensibilidade imediata: 
-Exposição a um Ag; 
-Mastócitos estimulam a diferenciação da TCD4+ para 
Th2, pela liberação de IL-4 
-Ativação dos linfócitos (Th2, células T foliculares 
auxiliares (TFH) produtoras de IL-4 e células B) 
-IL-4 e IL-13 produzidas pela Th2 estimulam a mudança 
de classe dos linfócitos B para IgE 
-Produção de IgE. 
-Ligação do IgE aos receptores Fc de mastócitos. 
-Exposição repetida ao alérgeno. 
-Ativação de mastócitos através da reexposição ao Ag, 
resultando na liberação de mediadores pelos mastócitos 
e a reação patológica. 
Vale ressaltar que a ligação de IgE a mastócitos também 
é chamada de sensibilização, pois os mastócitos 
revestidos por IgE estão prontos para serem ativados no 
encontro com o Ag. 
A alergia é mediada por Th2 e muitos dos primeiros 
acontecimentos da reação são desencadeados por 
citocinas Th2, que podem ser produzidas por células 
TFH nos órgãos linfoides e por Th2 clássicas. 
Ativação de células Th2 e produção de IgE 
Nas doenças alérgias, as celulas TFH são necessárias para 
a diferenciação das células B produtoras de IgE e as 
células Th2 têm papel central na 
Em indivíduos propensos a alergias, a exposição a alguns 
antígenos resulta na ativação de célulasTH2 e na 
produção de anticorpos IgE. 
Duas das citocinas secretadas pelas células TH2, 
interleucina-4 (IL-4) e IL-13, estimulam a mudança da 
classe dos anticorpos de células B para IgE. 
Em resposta ao ligante de CD40 e às citocinas, 
principalmente IL-4 e IL-13, produzidos por estas células 
T auxiliares, as células B são submetidas a mudança da 
cadeia pesada do isotipo e produzem IgE. 
Sendo assim, a quantidade de IgE sintetizada depende da 
propensão de um indivíduo a gerar células T auxiliares 
especificas de alérgenos que produzem IL-4 e IL-13. 
O IgE é responsável pela sensibilização dos mastócitos e 
fornece o reconhecimento de antígenos para as reações 
de hipersensibilidade imediata 
-Os antígenos que provocam reações de 
hipersensibilidade imediata (alérgenos) são proteínas ou 
produtos químicos ligados às proteínas- 
Os alérgenos típicos incluem proteínas no pólen, ácaros 
domésticos, pelos de animais, alimentos e produtos 
químicos como o antibiótico penicilina. 
Papel das células Th2, mastócitos, basófilos e 
eosinófilos 
As células TH2, mastócitos, basófilos e eosinófilos, são as 
principais células efetoras das reações de 
hipersensibilidade imediata e das doenças alérgicas. 
Todos os quatro secretam mediadores das reações 
alérgicas. 
Os mastócitos, basófilos e eosinófilos, diferentemente das 
células Th2, possuem grânulos citoplasmáticos que 
contêm enzimas e aminas, e todos três tipos de células 
produzem citocinas e mediadores lipídicos que induzem 
a inflamação. 
As células Th2 contribuem para a inflamação através da 
secreção de citocinas. 
As células TH2 secretam IL-4, IL-5, e IL-13, que trabalham 
em combinação com mastócitos e eosinófilos para 
promover respostas inflamatórias a alérgenos nos tecidos. 
IL-4 induz a expressão do VCAM-1 endotelial que 
promove o recrutamento de eosinófilos e de Th2 
adicionais em tecidos. 
IL-5 ativa os eosinófilos. 
Il-13 estimula as células epiteliais (ex: nas vias respiratórias) 
para secretar muco. 
Mastócitos e basófilos: 
Armazenados em grânulos citoplasmáticos: 
Histamina: aumento da permeabilidade vascular; estímulo 
da contração do musculo liso. 
Enzimas – proteases neutras, hidrolases ácidas, catepsina 
G, carboxipeptidase: degradação de estruturas 
microbianas, danos teciduais/remodelamento. 
Mediadores lipídicos produzidos na ativação: 
Prostaglandina D2: Vasodilatação; broncoespasmo, 
quimiotaxia de leucócitos; Broncoconstricção prolongada; 
secreção de muco; aumento da permeabilidade vascular. 
Leucotrienos C4, D4, E4: Vasodilatação; aumento da 
permeabilidade vascular; 
Fator de ativação plaquetária: Adesão de leucócitos, 
quimiotaxia, degranulação. 
Citocinas produzidas na ativação: 
IL-3: proliferação de mastócitos. 
TNF, MIP-1a: inflamação/reação de fase tardia. 
IL-4, IL-13: produção de IgE e secreção de muco. 
 
Eosinófilos: 
Armazenados em grânulos citoplasmáticos: 
Proteína básica principal, proteína catiônica dos 
eosinófilos: Tóxico para helmintos, bactérias, células 
hospedeiras 
Peroxidase de eosinófilos, hidrolases, lisossomais 
lisofosfolipase: Degradação de parede celular de 
helmintos e protozoários; dano tecidual/remodelamento 
Mediadores produzidos na ativação 
Leucotrienos C4, D4, E4: Broncoconstrição prolongada; 
secreção de muco; aumento da permeabilidade vascular. 
Citocinas produzidas na ativação: 
IL-3, IL-5, GM-CSF: produção e ativação dos leucócitos 
IL-8, IL-10, RANTES, MIP-1a, eotaxina: quimiotaxia dos 
leucócitos. 
 
Ativação dos mastócitos: 
Anticorpos IgE produzidos em resposta a um alérgeno 
ligam-se a receptores de Fc de alta afinidade específicos 
da cadeia pesada e são expressos nos mastócitos. 
A ligação do antígeno à IgE gera ligações cruzadas das 
moléculas FcεRI em mastócitos, o que 
induz a liberação dos mediadores que causam a reação 
de hipersensibilidade (A, B). Outros estímulos, incluindo o 
fragmento de complemento C5a, também podem ativar 
mastócitos. 
Mastócitos estão presentes em todos os tecidos 
conjuntivos, especialmente sob o epitélio, e normalmente 
ficam adjacentes aos vasos sanguíneos. 
Os mastócitos do corpo que são ativados pela ligação 
cruzada de IgE específica do alérgeno em geral 
dependem da via de entrada do alérgeno. 
Por exemplo, alérgenos inalados ativam mastócitos nos 
tecidos submucosos dos brônquios, enquanto alérgenos 
ingeridos ativam mastócitos na parede do intestino. 
Quando mastócitos sensibilizados por IgE são expostos 
ao alérgeno, as células são ativadas para secretar os seus 
mediadores. 
A ativação do mastócito resulta da ligação do alérgeno a 
dois ou mais anticorpos IgE na célula. 
Quando isso acontece, as moléculas do FcRI que 
carregam a IgE se entrecruzam, desencadeando sinais 
bioquímicos das cadeias transdutoras de sinais do Fc RI. 
Os sinais levam a três tipos de respostas no mastócito: 
• liberação rápida de conteúdos granulosos 
(degranulação) 
• síntese e secreção de mediadores lipídicos 
• síntese e secreção de citocinas. 
 
Os mediadores mais importantes produzidos pelos 
mastócitos são aminas vasoativas e proteases 
armazenadas nos grânulos e liberadas deles. 
A principal amina, a histamina, causa a dilatação de 
pequenos vasos sanguíneos, aumenta a permeabilidade 
vascular e estimula a contração temporária do músculo 
liso. As proteases podem lesar tecidos locais. 
Os metabólitos do ácido araquidônico incluem as 
prostaglandinas, que causam dilatação vascular, e os 
leucotrienos, que estimulam a contração prolongada do 
músculo liso. 
As citocinas induzem inflamação local (a reação de fase 
tardia). 
Assim, os mediadores dos mastócitos são responsáveis 
por reações agudas vasculares e do músculo liso e pela 
inflamação, os principais atributos da hipersensibilidade 
imediata. 
Citocinas produzidas pelos mastócitos estimulam o 
recrutamento de leucócitos, causando a reação de fase 
tardia. Os principais leucócitos envolvidos nessa reação 
são eosinófilos, neutrófilos e células TH2. O fator de 
necrose tumoral (TNF) derivado dos mastócitos e a IL-4 
promovem inflamação rica em neutrófilos e eosinófilos. 
Quimiocinas produzidas pelos mastócitos e pelas células 
epiteliais nos tecidos também contribuem para o 
recrutamento de leucócitos. 
Os eosinófilos e os neutrófilos liberam proteases, que 
causam lesão tecidual, e as células TH2 podem 
exacerbar a reação ao produzir mais citocinas. 
Os eosinófilos são componentes notórios de muitas 
reações alérgicas e uma causa importante de lesão 
tecidual nessas reações. Essas células são ativadas pela 
citocina IL-5, produzida por células TH2 e mastócitos. 
Reações dependentes de IgE e mastócitos: 
Reação Imediata: 
As alterações vasculares precoces, que ocorrem durante 
as reações de hipersensibilidade imediata são 
demonstradas pela reação pápula (inchaço suave) e de 
halo eritematoso (borda vermelha) para a injeção 
intradérmica de um alérgeno. 
A reação da pápula e do halo eritematoso é dependente 
de IgE e de mastócitos. 
A reação da pápula e do halo eritematoso resulta na 
sensibilização de mastócitos da derme pela IgE que se 
liga ao FcεRI, ligação cruzada de IgE pelo antígeno e 
ativação de mastócitos com liberação de mediadores, a 
histamina. 
Reação de Fase Tardia 
A reação imediata de pápula e halo eritematoso é 
seguida 2 a 4 horas mais tarde por uma reação de fase 
tardia que consiste no acúmulo de leucócitos 
inflamatórios, incluindo neutrófilos, eosinófilos, basófilos e 
células T auxiliares 
A reação de fase tardia pode ocorrer sem uma reação 
de hipersensibilidade imediata anterior detectável. 
A atopia é uma hipersensibilidade ao ambiente, de origem 
genética, ou seja, a predisposição a se tornar IgE. Por 
múltiplas e complexas razões, o corpo reage 
excessivamente a certos alergénios e irritantes como as 
poeiras, os pólens, etc. dessa forma, uma criança, cujos 
pais são atópicos, tem 40 a 60% de chance de 
desenvolver uma alergia mediadapor IgE. 
A marca de doenças alérgicas é a produção do anticorpo 
IgE, que é dependente da ativação doas células T 
auxiliares produtoras de IL-4. 
A sequência típica de eventos na hipersensibilidade 
imediata consiste na: 
• Exposição a um antígeno 
• Ativação dos linfócitos (células TH2, células T 
foliculares auxiliares [TFH] produtoras de IL-4 e 
células B), específicos para o antígeno 
• Produção do anticorpo IgE 
• Ligação do anticorpo aos receptores Fc de 
mastócitos 
• Ativação de mastócitos através da reexposição ao 
antígeno, resultando na liberação de mediadores a 
partir de mastócitos e a subsequente reação 
patológica 
A ligação de IgE a mastócitos é também chamada de 
sensibilização, porque os mastócitos revestidos por IgE 
estão prontos para serem ativados no encontro com o 
antígeno (ou seja, eles são sensíveis ao antígeno). 
A alergia é a doença mediada pelo TH2 prototípico. 
Muitos dos primeiros acontecimentos e características 
patológicas da reação são desencadeados por citocinas 
TH2, que podem ser produzidas por células TFH nos 
órgãos linfoides e por células TH2 clássicas nos tecidos. 
As manifestações clínicas e patológicas da alergia 
consistem na reação vascular e do músculo liso que se 
desenvolvem rapidamente após a exposição repetida ao 
alérgeno (hipersensibilidade imediata) e uma fase tardia 
retardada de reação inflamatória. 
As reações alérgicas se manifestam de formas 
diferentes, dependendo dos tecidos afetados, incluindo 
erupções cutâneas na pele, congestão nasal, constrição 
brônquica, dor abdominal, diarreia e choque sistêmico. Na 
forma sistêmica mais extrema, chamada de anafilaxia, os 
mediadores derivados de mastócitos podem restringir as 
vias aéreas para o ponto de asfixia e produzir colapso 
cardiovascular, levando à morte. 
O desenvolvimento de alergias é o resultado das 
complexas e mal compreendidas interações gene-
ambiente. 
Doenças alérgicas: 
A degranulação de mastócitos é um componente central 
de muitas doenças alérgicas, e as manifestações clínicas 
e patológicas das doenças dependem dos tecidos em 
que os mediadores de mastócitos têm efeitos bem como 
da cronicidade do processo inflamatório resultante. 
A Anafilaxia Sistêmica 
Reação de hipersensibilidade imediata sistêmica 
caracterizada por edema em muitos tecidos e uma 
diminuição da pressão sanguínea, secundária à 
vasodilatação. 
Esses efeitos geralmente resultam da presença sistêmica 
do antígeno introduzido por uma injeção, uma picada de 
inseto, ou absorção através de uma superfície epitelial, 
tais como a mucosa intestinal. 
O alérgeno ativa os mastócitos em vários tecidos, 
resultando na liberação de mediadores que ganham 
acesso aos leitos vasculares em todo o corpo. 
A diminuição do tônus vascular e extravasamento de 
plasma causado pelos mediadores dos mastócitos podem 
levar a uma diminuição significativa na pressão arterial ou 
ao choque, chamado choque anafilático, que é muitas 
vezes fatal 
Os efeitos cardiovasculares são acompanhados pela 
constrição das vias aéreas superiores e inferiores, edema 
na laringe, hipermotilidade do intestino, extravasamento 
de muco do intestino e trato respiratório e lesões de 
urticária na pele. 
Não se sabe quais são os mediadores dos mastócitos 
mais importantes no choque anafilático. 
Asma Brônquica 
Doença inflamatória causada por repetidas reações 
alérgicas de hipersensibilidade de fase imediata e de fase 
tardia no pulmão que conduzem à tríade clinicopatológica 
de obstrução intermitente e reversível das vias aéreas, 
inflamação crônica dos brônquios com eosinófilos, e a 
hipertrofia das células do músculo liso brônquico e a 
hiperreatividade aos broncoconstritores. 
Os pacientes sofrem paroxismos de broncoespasmo e 
aumento da produção de muco espesso, o que leva à 
obstrução brônquica e agrava as dificuldades respiratórias. 
A asma frequentemente coexiste com a doença 
pulmonar obstrutiva crônica, e a combinação dessas 
doenças pode causar severa obstrução do fluxo aéreo 
de maneira irreversível. 
Os indivíduos afetados podem sofrer considerável 
morbidade, e a asma pode ser fatal. 
A taxa de prevalência é semelhante à de outros países 
industrializados, mas pode ser menor em áreas menos 
desenvolvidas do mundo. 
Cerca de 70% dos casos de asma estão associados às 
reações mediadas por IgE que refletem atopia. 
Mesmo entre os asmáticos não atópicos, o processo 
fisiopatológico da constrição das vias aéreas é 
semelhante, o que sugere que os mecanismos 
alternativos de degranulação de mastócitos (p. ex., por 
neurotransmissores produzidos localmente) podem ser a 
base da doença. 
A sequência fisiopatológica da asma atópica é 
provavelmente iniciada pela ativação de mastócitos em 
resposta à ligação do alérgeno a IgE, bem como por 
células TH2 que reagem aos alérgenos. 
Os mediadores lipídicos e citocinas produzidos pelos 
mastócitos e células T conduzem ao recrutamento de 
eosinófilos, basófilos, e mais células TH2. 
Reações de Hipersensibilidade Imediata no 
Trato Respiratório Superior, Trato 
Gastrintestinal e Pele 
A rinite alérgica, também chamada de febre do feno, é 
talvez a doença alérgica mais comum e é uma 
consequência das reações de hipersensibilidade imediata 
aos alérgenos comuns, tais como pólen de plantas ou de 
ácaros da poeira doméstica localizados no trato 
respiratório superior por inalação. 
As manifestações patológicas e clínicas incluem edema 
da mucosa, infiltração de leucócitos com eosinófilos, 
secreção de muco, tosse, espirros e dificuldade para 
respirar. 
A conjuntivite alérgica com coceira nos olhos é 
comumente associada à rinite. As saliências focais da 
mucosa nasal, chamados de pólipos nasais, cheias de 
líquido de edema e eosinófilos podem se desenvolver em 
pacientes que sofrem frequentes ataques repetitivos de 
rinite alérgica. 
Os anti-histamínicos são os medicamentos mais comuns 
utilizados para o tratamento da rinite alérgica. 
As alergias alimentares são reações de hipersensibilidade 
imediata aos alimentos ingeridos que levam à liberação 
dos mediadores a partir da mucosa e submucosa 
intestinal dos mastócitos do trato gastrintestinal, incluindo 
a orofaringe. 
As manifestações clínicas resultantes incluem prurido, 
edema do tecido, peristaltismo reforçado, aumento da 
secreção de fluido epitelial, e sintomas associados ao 
inchaço da orofaringe, vômitos e diarreia. 
A rinite, a urticária e o broncoespasmo leve também são 
frequentemente associados a reações alérgicas a 
alimentos, sugerindo a circulação sistêmica do antígeno 
e uma anafilaxia sistêmica pode ocorrer ocasionalmente. 
As reações alérgicas a muitos tipos diferentes de 
alimentos têm sido descritas, mas alguns dos mais 
comuns são amendoins, crustáceos e moluscos. 
Os indivíduos podem ser suficientemente sensíveis a 
esses alérgenos de maneira que as reações sistêmicas 
graves podem ocorrer em resposta a até mesmo 
pequenas ingestões acidentais. 
As reações alérgicas comuns na pele incluem a urticária 
e a dermatite atópica. A erupção cutânea ou urticária é 
uma reação aguda de pápula e halo induzida pelos 
mediadores de mastócitos e ocorre em resposta ao 
contato direto local com um alérgeno ou após a entrada 
do alérgeno na circulação. 
Uma vez que a reação que se segue é, em grande parte 
mediada pela histamina, os anti-histamínicos (antagonistas 
do receptor H1) podem atenuar esta resposta e são o 
pilar da terapia. 
A urticária pode persistir por várias horas ou dias. A 
dermatite atópica (também comumente chamada de 
eczema) faz parte da tríade atópica (dermatite atópica, 
rinite alérgica e asma), mas também pode ocorrer em 
isolamento. 
É um distúrbio comum da pele que pode ser causada 
por uma reação de fase tardia de um alérgeno na pele. 
Na reação de fase tardia cutânea, o TNF, a IL-4 e outras 
citocinas, provavelmente derivadas de células TH2 e 
mastócitos, agem sobre as células endoteliaispara 
promover a inflamação. 
Tal como pode ser esperado para uma resposta mediada 
por citocinas, o atraso da reação de fase inflamatória não 
é inibido pelos anti-histamínicos. 
Ela pode ser bloqueada pelo tratamento com os 
corticosteroides, que inibem a síntese de citocinas. 
As crianças com alteração genética no funcionamento 
da barreira da pele, devido a mutações no gene que 
codifica a filagrina, são altamente suscetíveis à dermatite 
atópica e essas crianças muitas vezes podem vir a 
desenvolver asma 
Hipersensibilidade do tipo 2: 
Mediada por anticorpos IgM e IgG (contra Ag da 
superfície celular ou da matriz extracelular). 
Ocorre em torno de 5-8h depois da exposição. 
Ocorrem quando um anticorpo ou imunoglobulina é 
produzida em resposta a um antígeno não danoso, 
resultando em uma reação imunológica indesejável. 
Os anticorpos IgG e IgM podem causar lesão tecidual por 
meio da ativação do sistema complemento, recrutando 
células inflamatórias e interferindo nas funções celulares 
normais. 
Quando existe um antígeno presente na superfície de 
uma célula, o seu reconhecimento por um anticorpo tem 
o potencial de levar à morte dessa célula por 
citotoxicidade mediada por complemento ou celular. 
Ex: transfusões sanguíneas 
Os anticorpos contra antígenos celulares ou da matriz 
causam doenças que afetam especificamente as células 
ou tecidos onde esses Ag estão presentes e, 
frequentemente essas doenças não são sistêmicas. 
Os anticorpos contra antígenos de tecidos produzem 
doenças por três mecanismos principais. 
Opsonização e fagocitose. 
 
Os anticorpos que se ligam a Ag da superfície celular 
podem opsonizar diretamente as células ou ativar o 
sistema complemento, resultando na produção de 
proteínas do complemento que opsonizam as células. 
Essas células opsonizadas são fagocitadas e destruídas 
pelos fagócitos, que expressam receptores para as 
porções Fc dos anticorpos IgG e receptores para 
proteínas do complemento. 
Este é o principal mecanismo de destruição celular na 
anemia hemolítica autoimune e púrpura 
trombocitopênica autoimune, nas quais os anticorpos 
específicos para os eritrócitos ou para as plaquetas, 
respectivamente, levam à opsonização e remoção 
dessas células da circulação. 
O mesmo mecanismo é responsável pela hemólise nas 
reações transfusionais. 
Inflamação 
 
Os anticorpos depositados nos tecidos recrutam 
neutrófilos e macrófagos, que se ligam aos anticorpos ou 
às proteínas do complemento ligadas pelos receptores 
de Fc de IgG e do complemento. 
Esses leucócitos são ativados pela sinalização dos 
receptores (particularmente receptores de Fc) e 
produtos de leucócitos, incluindo enzimas lisossomais e 
espécies reativas de oxigênio, que são liberados e 
produzem lesão tecidual. 
O mecanismo de lesão na glomerulonefrite mediada por 
anticorpos e em muitas outras doenças é a inflamação e 
ativação de leucócitos. 
Funções celulares anormais. 
Os anticorpos que se ligam a receptores celulares 
normais ou outras proteínas podem interferir nas 
funções destes receptores ou proteínas e causar doença 
sem inflamação ou dano tecidual. 
Os anticorpos específicos para o receptor do hormônio 
estimulante da tireoide ou o receptor nicotínico da 
acetilcolina provocam anormalidades funcionais que levam 
à doença de Graves e à miastenia grave, 
respectivamente. 
Os anticorpos específicos para o fator intrínseco, 
necessários para a absorção de vitamina B12, causam 
anemia perniciosa. 
 
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS: 
Ocorrem anticorpos contra os antígenos A ou B 
dos grupos sanguíneos AB0 espontaneamente quando 
não há antígeno na superfície dos eritrócitos; por 
conseguinte, uma pessoa do grupo A irá apresentar anti-
B, uma pessoa do grupo sanguíneo B irá apresentar anti-
A, e a pessoa com grupo sanguíneo 0 terá ambos os 
anticorpos anti-A e anti-B. 
Em geral, essas iso-hemaglutininas consistem em IgM e 
pertencem à classe dos “anticorpos naturais”. 
Pessoas que recebem transfusões sanguineas não 
podem ser liberadas imeadiatamente. Pessoa O- que 
recebe O+ pela primeira vez não terá resposta imune, 
devido ao fato de ser a primeira vez que o individuo entra 
em contato com Rh positivo, contudo o organismo 
produz anticorpo anti-Rh. Sendo assim, se o individuo 
receber sangue O+ novamente ela pode entrar em 
choque, e terá uma reação exarcebada, que é a hemólise 
(destruição de hemácias). 
Dessa forma, é possivel perceber que a transfusão de 
eritrócitos para um receptor que possui anticorpos 
contra essas célula há uma reação significativa nesse 
caso, no qual os sintomas incluem: febre, hipotensão, 
náusea, vômito, dor nas costas e tórax. 
DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECEM NASCIDO 
Hipersensibilidade do tipo 3: 
Envolvem anticorpos contra antígenos solúveis 
circulantes no soro. 
A hipersensibilidade por imunocomplexos (IC) ocorre 
quando complexos antígeno-anticorpo induzem uma 
reação inflamatória nos tecidos. 
Em geral, imunocomplexos são logo removidos pelo 
sistema reticulo endotelial, mas às vezes eles persistem 
e são depositados nos tecidos, resultando em distúrbios 
graves. 
Em infecc ̧ões microbianas ou virais persistentes, 
imunocomplexos são depositados em órgãos (p. ex., nos 
rins), o que resulta em dano. 
Em doenças autoimunes, antígenos “próprios” podem 
induzir a produc ̧ão de anticorpos que se ligam aos 
antígenos dos o ́rgãos ou se depositam nestes na forma 
de complexos, principalmente nas articulac ̧o ̃es (artrite), 
nos rins (nefrite) ou nos vasos sanguíneos (vasculite). 
Os IC ativam o complemento e iniciam, desta forma, uma 
sequência de eventos que resulta na migração de células 
polimorfonucleares e liberação de enzimas proteolíticas 
lisossômicas e fatores de permeabilidade em tecidos, 
produzindo uma inflamação aguda. Sendo assim, um 
excesso de anticorpos leva à formação de complexos 
de fixação do complemento, que são removidos por 
fagocitose. 
As consequências da formação de IC dependem, em 
parte, das proporções relativas de antígeno e anticorpo 
contidas no IC. Com um excesso de anticorpo, os IC se 
precipitam rapidamente onde o antígeno está localizado 
(por exemplo, dentro das articulações, na artrite 
reumatóide) ou são fagocitados por macrófagos e, desta 
maneira, não causam nenhum dano. Com um leve 
excesso de antígeno, os imunocomplexos tendem a ser 
mais solúveis e podem causar reações sistêmicas ao 
serem depositados em vários tecidos. 
 
Doença Antígeno 
envolvido 
Manifestações 
clinicopatológica
s 
Lúpus 
eritematoso 
sistêmico 
DNA, 
nucleoproteínas
, outros 
Nefrite, artrite, 
vasculite 
Poliarterite 
nodosa 
Ag da superficie 
do vírus da 
hepatite B 
Vasculite 
Glomerulonefrit
e pós-
estreptocócica 
Ag da parede 
celular do 
estreptococo 
Nefrite 
Doença do soro Diversas 
proteínas 
Nefrite, artrite, 
vasculite 
 
Hipersensibilidade do tipo 4: 
As principais causas de reações de hipersensibilidade 
mediadas por células T são autoimunidade e respostas 
exageradas ou persistentes aos antígenos ambientais. 
Os linfócitos T danificam os tecidos pelo 
desencadeamento de inflamação ou por matar 
diretamente as células-alvo 
As reações inflamatórias são desencadeadas 
principalmente por células T CD4+ das subpopulações 
TH1 e TH17, que secretam citocinas que recrutam e 
ativam os leucócitos. 
Em algumas doenças mediadas por células T, os CTLs 
CD8+ matam as células hospedeiras. As células T que 
causam lesão dos tecidos podem ser autorreativas ou 
específicas para os antígenos proteicos estranhos que 
são apresentados no interior ou ligados a células ou 
tecidos. 
A lesão tecidual mediada por linfócitos T também pode 
ser acompanhada de fortes respostas imunes protetoras 
contra microrganismos persistentes, especialmente 
microrganismos intracelulares que resistem à erradicação 
pelos fagócitos e anticorpos. 
Mecanismo de lesão tecidual: 
Em diferentes doenças mediadas pela célula T,a lesão 
tecidual é provocada pela inflamação induzida pelas 
citocinas que são produzidas principalmente pelas células 
T CD4 + ou pela eliminação das células do hospedeiro 
pelos CTL CD8 +. 
Os mecanismos da lesão tecidual são os mesmos que os 
mecanismos usados pelas células T para eliminar os 
microrganismos associados à célula. 
As células T CD4 + podem reagir contra antígenos 
celulares ou teciduais e secretar citocinas que induzem 
inflamação local e ativam macrófagos. 
Diferentes 363 doenças podem ser associadas à ativação 
de células TH1 e TH17. 
As células TH1 são a fonte de interferon-γ (IFN-γ), a 
principal citocina ativadora de macrófagos, e as células 
TH17 são responsáveis pelo recrutamento de leucócitos, 
incluindo neutrófilos. 
A lesão tecidual verdadeira nessas doenças é causada, 
principalmente, por macrófagos e neutrófilos. 
A reação típica mediada pelas citocinas da célula T é a 
hipersensibilidade de tipo tardio (HTT), assim chamada 
porque ocorre de 24 a 48 horas após um indivíduo 
anteriormente exposto a um antígeno proteico ser 
desafiado com o antígeno (i.e., a reação é tardia ). 
A reação ocorre tardiamente, porque leva muitas horas 
para os linfócitos T efetores circulantes voltarem ao local 
de teste do antígeno, responderem ao antígeno nesse 
local e induzirem uma reação detectável. 
Reações de HTT são frequentemente utilizadas para 
determinar se indivíduos foram expostos previamente ao 
antígeno e responderam a ele. Por exemplo, uma reação 
de HTT para um antígeno micobacteriano, PPD (derivado 
de proteína purificada, do inglês, purified protein 
derivative), é indicativa de uma resposta de célula T para 
micobactéria. Esta é a base para o teste epidérmico de 
PPD usado para detectar infecções micobacterianas 
prévias ou ativas. 
As células T CD8 + específicas para antígenos em células 
do hospedeiro podem destruir diretamente essas células. 
As células T CD8 + também produzem citocinas que 
induzem à inflamação, mas elas normalmente não são as 
principais fontes de citocinas nas reações imunológicas. 
Em muitas doenças autoimunes mediadas por células T, 
tanto células T CD4 + quanto células T CD8 + 
específicas para antígenos próprios estão presentes, e 
ambas contribuem para a lesão tecidual. 
 
Doença Especificidade 
das células T 
patogênicas 
Manifestações 
clinicopatológicas 
Esclerose 
múltipla 
Proteinas 
mielínicas 
Desmielinizalçao 
do SNC, 
disfunção 
sensorial e 
motora 
Artrite 
reumatoide 
Antígenos 
desconhecidos 
na articulação 
Erosão de 
cartilagem e 
ossos nas 
articulações 
Diabete melito Antígenos na 
ilhota 
pancreática 
Metabolismo de 
glicose 
comprometido, 
doença vascular 
Doença de 
crohn 
 Inflamação na 
parede intestinal, 
dor abdominal, 
diarreia, 
hemorragia 
Sensibilidade de 
contato 
Proteinas 
cutâneas 
modificadas 
Reação de DTH 
na pele 
Infecções 
crônicas 
Proteínas 
codificadas 
viralmente 
Inflamação 
crônica 
Hepatite viral Policlonal Morte de 
hepatócitos 
mediada por 
CTL, disfunção 
hepática, fibrose 
Doenças 
mediadas por 
superantígenos 
 Febre, choque 
relacionado com 
a liberação 
sistêmica de 
citocina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo Mediada Reações imunes 
imediata, 
anafilática 
IgE O antígeno (alérgeno) 
induz anticorpos IgE que 
se ligam a mastócitos e 
baso ́filos. Em uma nova 
exposição ao alérgeno, 
este estabele uma ligação 
cruzada com a IgE ligada 
às cé- lulas, o que causa 
degranulac ̧ão e liberac ̧ão 
de mediadores (p. ex., 
histamina). 
citotóxica IgG Os antígenos presentes 
em uma superfície celular 
se combinam com o 
anticorpo IgG, o que 
conduz à lise mediada por 
complemento dessas 
células (p. ex., reac ̧ões 
transfusio- nais ou de Rh) 
ou à anemia hemolítica 
autoimune. 
imunocompl
exo 
IgG 
Imunocomplexos 
antígeno-anticorpo são 
depositados nos tecidos, o 
complemento é ativado e 
as ce ́lulas 
polimorfonucleares são 
atraídas para o local. Elas 
liberam enzimas 
lisossomais, causando 
dano ao tecido 
Tardia Célula Linfócitos T 
ativados/sensibilizados por 
um antígeno liberam 
linfocinas em um segundo 
contato com o mesmo 
antígeno. As linfocinas 
induzem inflamac ̧ão e 
ativam macrófa- gos, os 
quais, por sua vez, liberam 
vários mediadores 
inflamatórios

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