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AO2_ Antropologia_ Identidade e Diversidade

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AO2
Entrega 14 mai em 23:59 Pontos 6 Perguntas 10
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0,6 / 0,6 ptsPergunta 1
Leia o texto a seguir:
 
O interesse teórico e epistemológico de articular sexo e raça, por exemplo,
fica claro nos achados de pesquisas que não olham apenas para as
diferenças entre homens e mulheres, mas para as diferenças entre
homens brancos e negros e mulheres brancas e negras, como fica claro
nos trabalhos realizados no Brasil, mobilizando raça e gênero para
explicar desigualdades salariais ou diferenças quanto ao desemprego
(GUIMARÃES, 2002; GUIMARÃES; BRITTO, 2008). A partir dos dados da
pnad 1989 e 1999, Nadya Araújo Guimarães mostra que, considerando
sexo e raça, os homens brancos possuem os salários mais altos; em
seguida, os homens negros e as mulheres brancas; e, por último, as
mulheres negras têm salários significativamente inferiores (GUIMARÃES,
2002, p. 13).
https://famonline.instructure.com/courses/13048/quizzes/47885/history?version=1
 
HIRATA, H. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e
consubstancialidade das relações sociais. Revista Tempo Social. São
Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73, 2014.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. As mulheres negras recebem salários inferiores aos salários recebidos
por homens negros, mulheres brancas e homens brancos.
 
PORQUE
 
2. As mulheres negras são mais afetadas nas relações de trabalho e nas
dinâmicas de exploração e desigualdades no Brasil contemporâneo.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Segundo o texto, as 
análises de Nadya Guimarães apontam que as mulheres negras 
recebem salários inferiores àqueles recebidos por homens negros, 
mulheres brancas e homens brancos e são mais afetadas nas 
relações de trabalho e nas dinâmicas de exploração e desigualdades 
no Brasil contemporâneo.
 As asserções I e II são proposições falsas. 
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 2
Leia o texto a seguir:
 
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é
tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos
através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é
a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de
pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de
estranheza, medo, hostilidade etc.
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1984.
p. 5.
 
Considerando as afirmativas abaixo e seus conhecimentos em
antropologia, analise as afirmações a seguir:
 
I. O etnocentrismo pode ser compreendido tanto como uma perspectiva
culturalmente demarcada como uma forma de lidar com as diferenças
existentes entre diferentes culturas.
 
II. A perspectiva etnocêntrica tende a tornar desiguais as diferenças, ou
seja, hierarquizar como “centrais” e “marginais” os padrões culturais dos
“outros”.
 
III. A definição de etnocentrismo apresentada não pode ser relacionada ao
conceito de xenofobia, uma vez que este não prevê o estabelecimento de
desigualdades entre culturas distintas.
 
IV. A Antropologia Cultural, enquanto disciplina que procura investigar
diferentes modos de produção simbólica entre grupos humanos, tende a
se distanciar da visão etnocêntrica para compreender as culturas em seus
próprios termos.
 
É correto o que se afirma apenas em:
 IV. 
 II, III e IV 
 I e III. 
 I, II e IV. Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações I, II e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é verdadeira, pois, conforme o texto, o 
etnocentrismo é uma visão de mundo e uma ação que não procuram 
relativizar a compreensão das diferenças. A afirmação II é verdadeira, 
pois o etnocentrismo define as diferenças culturais como 
hierarquizadas através de julgamentos dicotômicos, tais como 
inferiores/superiores, boas/más, centrais/marginais, normais/anormais 
etc. A afirmação III é falsa, pois o conceito de xenofobia indica a 
aversão de um determinado grupo ou individuo sobre origens étnicas 
e culturais distintas. Desse modo, o etnocentrismo serve de base para 
a construção dos preconceitos xenófobos. A afirmação IV é 
verdadeira, pois a antropologia moderna parte da noção de que é 
necessário relativizar as produções simbólicas, sendo necessária a 
suspensão provisória dos valores adotados pelo antropólogo em seu 
cotidiano cultural.
 I, II e III. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 3
Leia o texto a seguir:
 
Um xamã ou cacique, embora tenha um nome próprio, ao falar com os
brancos fala de si como “índio” porque quer se fazer entender pelos não-
índios. Assim as mulheres e as feministas que já desconstruíram o natural
também falam de si com intenção política, e também didática, de fazer o
outro entender. Foi a partir daí que se começou a sustentar a ideia de um
lugar de fala atualmente em voga na vida contemporânea. Ora, uma
característica de nossa época é a sustentação da singularidade, a forma
subjetiva que expressa a existência de cada um como um ser de
diferença. Por meio da singularidade fica claro que cada um quer
conquistar um lugar. Esse lugar tornou-se, pela autoafirmação da
singularidade que se expressa, um lugar de fala.
 
TIBURI, M. Lugar de fala, lugar de dor. 29 mar. 2017. Revista Cult.
Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-
etico-politica-da-luta/ (https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-
e-etico-politica-da-luta/) . Acesso em 10 jul. 2019.
A propósito da noção de “lugar de fala”, analise as afirmações a seguir.
 
I. Trata-se de uma noção que busca tornar indiscernível o espaço de
produção de certos discursos produzidos por grupos específicos.
 
II. É uma noção voltada à censura, impedindo que pessoas deem suas
opiniões sobre temas específicos relacionados a grupos particulares.
 
III. Possibilita uma identificação da posição que um determinado
enunciador ocupa ao proferir seu discurso.
 
IV. Contribui para a delimitação do universo social e cultural que
determinadas pessoas ocupam. Não se trata de impedir que outras
pessoas falem sobre certos grupos, mas sim de reconhecer os limites aos
quais determinados discursos estão circunscritos.
 
É correto apenas o que se afirma em:
 I e IV. 
 I, II e III. 
 II, III e IV. 
https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-luta/
 I e II. 
 III e IV. Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações III e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é falsa, pois se trata de noção que procura 
evidenciar os limites sociais e culturais de cada discurso. A afirmação 
II é falsa, pois não se refere à censura, uma vez que procura ressaltar 
justamente o componente democrático dos posicionamentos sociais, 
identificando as origens dos discursos e sua relação com as 
experiências das pessoas que os enunciam. A afirmação III é 
verdadeira, pois se trata de noção que evidencia a origem e os limites 
dos discursos sociais. A afirmação IV é verdadeira, pois a noção de 
“lugar de fala” procura associar certos discursos aos seus espaços 
sociais de produção, ou seja, procuratornar evidentes a posição e a 
tomada de posição de pessoas e grupos no espaço público.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 4
Leia o texto a seguir:
 
Do etnocentrismo à relativização, a Antropologia foi criando seus
instrumentos de abertura. Ideias, métodos, teorias de compreensão da
diferença foram fazendo das sociedades do “outro” um espelho para a
sociedade do “eu” e não um fantasma a ser exorcizado. O “outro” é, cada
vez mais, a “diferença” feita alternativa possível de existência.
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1984.
p. 29.
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre Antropologia, é
correto afirmar que:
 
De acordo com o texto, o “outro” passa a ser compreendido pela
Antropologia como aquele individuo ou grupo em estágio de evolução
necessariamente distinto das sociedades industriais e urbanas.
 
A passagem da visão etnocêntrica para a visão relativista, na Antropologia,
ocorreu sem mudanças significativas dos métodos e técnicas empregados
pelos antropólogos.
 
Ao investigar os seus próprios padrões culturais, o antropólogo deve deixar
de lado os métodos e as técnicas utilizadas para a análise dos grupos
distantes.
 
A Antropologia é um campo de estudos que prioriza a alteridade, sendo
este conceito entendido como o reconhecimento da identidade do “outro”.
Correto!Correto!
Esta alternativa está correta. A Antropologia se constituiu como 
campo de estudos que procura evidenciar a diversidade e as 
diferenças entre as culturas, de maneira a reconhecer a pluralidade 
de possibilidades culturais produzidas pela ação humana.
 
Embora os estudos antropológicos tenham como objeto de investigação a
diversidade humana, essa diversidade não é a diversidade do “outro”, mas
sim a do próprio meio cultural do qual o antropólogo faz parte.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 5
[...] Algumas famílias brasileiras rejeitaram, e até mesmo hospitalizaram,
membros masculinos que se desviaram das normas sociais aceitas por
uma sociedade heterocêntrica, enquanto outros lares mantiveram filhos
transviados em seu seio [...] Além do mais, as correntes migratórias de
homossexuais masculinos do Nordeste para o Rio e São Paulo, ou do
campo para a cidade, desafiam o modelo padrão apresentado por
sociólogos e historiadores, segundo o qual as pessoas dependem
essencialmente de laços familiares para mudar-se de uma área do Brasil
para outra. Para muitos jovens que fugiram do controle e condenação da
família, dos parentes e de uma cidade pequena em busca do anonimato
das metrópoles, a amizade baseada numa identidade compartilhada e em
experiências eróticas similares propiciou laços mais fortes que os
sanguíneos.
GREEN, J. Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil
do século XX. Trad. de Cristina Fino e Cássio Arantes Leite. São Paulo:
Unesp, 1999. pp. 34-35.
De acordo com o texto, analise as afirmações a seguir:
 
I. Determinadas identidades, como a identidade homossexual, possibilitam
a criação de vínculos afetivos e de compartilhamento de experiências que,
em muitos casos, sobrepõem-se aos laços definidos pela
consanguinidade.
 
II. Segundo James Green, os violentos processos de segregação
decorrentes de ações homofóbicas podem resultar em migrações forçadas
de pessoas que buscam a autopreservação física e identitária.
 
III. Diferente do que certos padrões migratórios apontam, a transferência
de localidades por determinadas pessoas pode ser também motivada por
questões identitárias.
 
IV. As cidades grandes possibilitam um certo anonimato que pode ser
visto como algo positivo para quem deseja se distanciar de grupos que
compartilham práticas e posicionamentos homofóbicos.
 
É correto apenas o que se afirma em:
 IV. 
 I, II, III e IV. Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois todas as afirmações são 
verdadeiras. O autor afirma que a identidade homossexual pode 
oferecer um reconhecimento de grupo mais forte do que vínculos 
familiares. A marginalização da identidade homossexual pode resultar 
em processos migratórios que têm como horizonte a tentativa de 
reconhecimento identitário em outras regiões. Conforme o texto, 
muitos jovens homossexuais brasileiros optam por deixar suas 
comunidades de origem em busca de locais que possam garantir a 
preservação de suas identidades e a garantia de segurança contra 
práticas homofóbicas. O texto indica a existência de fluxos migratórios 
de jovens homossexuais brasileiros que buscam se afastar de 
práticas e posicionamentos discriminatórios em relação a suas 
identidades.
 I, II e III. 
 II e IV. 
 I e III. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 6
Leia os textos e veja a imagem a seguir:
 
Texto 1:
 
Depois da independência do Brasil, e sob pressão de nações europeias,
especialmente da Inglaterra, vários acordos e leis foram aprovados no
sentido de extinguir o tráfico de escravos. Assim, o tratado de aliança e
amizade entre o príncipe regente D João VI e Jorge III da Inglaterra
reconhecia a injustiça do comércio de escravos e prometia sua abolição
gradual [...] o tráfico foi proibido formalmente pela lei de 7 de novembro de
1831, mas somente foi suprimido real e definitivamente em 4 de setembro
de 1850, pela Lei Eusébio de Queirós, como ficou conhecida.
 
MOURA, C.. Dicionário da escravidão negra no Brasil. Edusp, 2004. p.
241.
 
Imagem:
Escravo com escarificações no rosto. Foto de Augusto Stahl. Cerca de
1864.
Fonte: http://fotografia.ims.com.br (http://fotografia.ims.com.br) .
Acesso em 10 jul. 2019.
 
Texto 2:
 
A PNAD Contínua de 2017 mostra que há forte desigualdade na renda
média do trabalho: R$ 1.570 para negros, R$ 1.606 para pardos e R$
2.814 para brancos. O desemprego também é fator de desigualdade: a
http://fotografia.ims.com.br/
PNAD Contínua do 3º trimestre de 2018 registrou um desemprego mais
alto entre pardos (13,8%) e pretos (14,6%) do que na média da população
(11,9%). Dados também da PNAD só que mais antigos, de 2015, mostram
que apesar dos negros e pardos representarem 54% da população na
época, a sua participação no grupo dos 10% mais pobres era muito maior:
75%. Já no grupo do 1% mais rico da população, a porcentagem de
negros e pardos era de apenas 17,8%.
 
CALEIRO, J. P. Os dados que mostram a desigualdade entre brancos e
negros no Brasil. Revista Exame. 20 nov. 2018. Disponível em:
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-
desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/
(https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-
entre-brancos-e-negros-no-brasil/) . Acesso em 10 jul. 2019.
Dentre os marcos que colocaram fim à escravidão no país, a Lei Eusébio
de Queirós, de 1850, e a Lei Áurea, de 1888, foram fundamentais para
impor o fim do tráfico de pessoas negras e a abolição do regime
escravista. Na foto acima, temos uma imagem que data aproximadamente
de 1864 e que apresenta um homem negro com marcas provavelmente
decorrentes das torturas sofridas enquanto pessoa escravizada.
Considerando o conjunto de discussões realizadas a respeito das relações
étnico-raciais no Brasil, é possível afirmar que:
 
As marcas deixadas pela escravidão no Brasil permaneceram mesmo após
o encerramento oficial do tráfico de pessoas escravizadas, bem como após
a Abolição, consolidando-se como elemento estrutural de nossa cultura.
Correto!Correto!
Esta alternativa está correta. As relações étnico-raciais consolidadas 
durante a sociedade escravista ainda permanecem produzindo efeitos 
sociais, instaurando-se como estrutura de exclusão dos negros 
mesmo em períodos democráticos.
 
O fim do tráfico de pessoas negras escravizadas e a Abolição delimitaram
um recomeço digno para os negros no país, deixando para trás todos os
estigmas definidos pela escravidão.
 
Concedida pela Princesa Isabel, a liberdade dos negros escravizados
instaurou uma nova dinâmica de concorrência equilibrada entre negros e
brancos no mercado de trabalho e no acesso a bens e serviços.
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/A estrutura étnico-racial decorrente do período escravista não se
reproduziu durante a Primeira República, uma vez que foram
empreendidos notáveis esforços para a integração dos ex-escravizados e a
restauração de sua dignidade na sociedade brasileira, bem como
patamares adequados de renda e consumo.
 
As marcas deixadas pelo sistema escravista no Brasil foram
progressivamente se apagando devido à intensa miscigenação entre
brancos e negros.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 7
Leia o trecho a seguir, extraído de uma entrevista concedida pela
historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, sobre a Abolição da escravidão,
para a BBC Brasil:
 
Lilia Schwarcz - A lei simplesmente abolia. Dizia que a partir desta data
não há mais escravos no Brasil. Ponto final. A República, que viria um ano
e meio depois, tentaria colocar uma pedra no tema da escravidão. Como
se tivesse ficado morto no passado junto com o Império. Temos um hino
da República, aquele que canta "liberdade, liberdade, abre as asas sobre
nós". E há uma estrofe que diz: "Nós nem cremos que escravos outrora
tenha havido em tão nobre país". Ou seja, um ano e meio depois, (os
republicanos) afirmavam não acreditar mais (que tivesse havido
escravidão). Era um processo de amnésia nacional.
 
BBC Brasil - Quais foram as consequências imediatas desta abolição sem
salvaguardas?
 
Lilia Schwarcz - O (momento) pós-emancipação não teve nenhuma
preocupação com inclusão dessas populações (de ex-escravos). Eu me
refiro a educação, saúde, habitação, todos os problemas estruturais.
 
Mas isso não quer dizer que a gente só deva culpar o passado. O que
vemos hoje no país é uma recriação, uma reconstrução do racismo
estrutural. Nós não somos só vítimas do passado. O que nós temos feito
nesses 130 anos é não apenas dar continuidade, mas radicalizar o
racismo estrutural.
 
Brasil viveu um processo de amnésia nacional sobre a escravidão, diz
historiadora. BBC Brasil, 10 mai. 2018. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767
(https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767) . Acesso em 13 jul.
2019.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. O racismo estrutural está presente na sociedade brasileira
contemporânea.
 
PORQUE
 
2. O país não soube lidar com o passado escravista, de modo que a
mentalidade escravista ainda permanece em nosso presente, pois
atualmente não ocorrem esforços suficientes por parte da sociedade de
compreensão dos efeitos perversos da escravidão em nosso país.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. No que concerne aos 
efeitos sociais e culturais do passado escravista, a crítica 
apresentada pela historiadora e antropóloga aponta tanto para as 
ações insuficientes ocorridas no passado, quanto também para as 
ações insuficientes do presente.
 As asserções I e II são proposições falsas. 
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 8
Leia o texto a seguir:
 
Os resultados da pesquisa científica, em qualquer ramo do conhecimento
humano, devem ser apresentados de maneira clara e absolutamente
honesta. Ninguém sonharia em fazer uma contribuição às ciências físicas
ou químicas sem apresentar um relato detalhado de todos os arranjos
experimentais, uma descrição exata dos aparelhos utilizados, a maneira
pela qual se conduziram as observações o número de observações, o
tempo a elas devotado e, finalmente, o grau de aproximação com que se
realizou cada uma das medidas”.
 
MALINOWSKI, B.. Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do
empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova
Guiné melanésia. Traduções de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri
Mendonça. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 18.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. A Antropologia se distancia do senso comum cotidiano e se define
como ciência.
 
PORQUE
 
2. A Antropologia apresenta procedimentos específicos de investigação
sistemática, incluindo relatos detalhados e rigor na observação empírica
realizada.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 As asserções I e II são proposições falsas. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
Correto!Correto!
Esta opção está correta, pois as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A antropologia procura 
investigar os fenômenos culturais a partir de estudos aprofundados 
sobre interações humanas empíricas – ou seja, baseadas na 
experiência – compartilhadas entre os grupos.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
0,6 / 0,6 ptsPergunta 9
Leia o texto a seguir:
 
Concebo na espécie humana dois tipos de desigualdade: uma a que
chamo natural ou física, por se estabelecida pela natureza, e que consiste
na diferença das idades, da saúde, das forças do corpo e das qualidades
do espírito ou da alma; a outra, a que se pode chamar desigualdade moral
ou política, por depender de uma espécie de convenção e ser
estabelecida, ou pelo menos autorizada, pelo consentimento dos homens.
Esta consiste nos diferentes privilégios que alguns usufruem em prejuízo
dos outros, como de serem mais ricos, mais reverenciados, mais
poderosos do que eles, ou mesmo em se fazerem obedecer por eles.
 
ROUSSEAU, J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da
desigualdade entre os homens. Tradução de Maria Ermantina Galvão.
São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 159. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas.
 
1. A partir dos escritos de Rousseau, e com base nas atualizações
modernas realizadas pela Antropologia, é possível afirmar a existência
de ao menos dois tipos de desigualdades humanas.
 
PORQUE
 
2. Os seres humanos possuem características naturais e físicas que os
tornam desiguais, bem como também características morais e políticas,
nomeadas nos dias de hoje como culturais e sociais.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 As asserções I e II são proposições falsas. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições 
verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. O autor procura evidenciar 
que nem todas as desigualdades são naturais, pois algumas delas 
são históricas, sociais e culturais, definidas por Rousseau como 
desigualdades morais e políticas.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
0,6 / 0,6 ptsPergunta 10
Leia os textos a seguir:
 
Texto 1:
 
Imagine-se o leitor sozinho, rodeado apenas de seu equipamento, numa
praia tropical próxima a uma aldeia nativa, vendo a lancha ou barco que o
trouxe afastar-se no mar até desaparecer de vista [...]. Imagine-se
entrando pela primeira vez na aldeia, sozinho ou acompanhado de seu
guia branco. Alguns dos nativos se reúnem ao seu redor – principalmente
quando sentem cheiro de tabaco. Outros, os mais velhos e de maior
dignidade, continuam sentados onde estão.
 
MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do
empreendimentoe da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova
Guiné melanésia. Traduções de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri
Mendonça. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 19.
 
Texto 2:
 
Falar em encontro etnográfico é falar numa particular aventura marcada
pelo duplo esforço, de uns para contar, e de outros para compreender, tal
como – na leitura de Ítalo Calvino, em As Cidades Invisíveis –
protagonizaram Marco Polo e Kublai Khan – seu objetivo: a busca de um
código compartilhado para entender e apreciar as diferenças entre as
inúmeras cidades do vasto império e que, no fundo, eram uma só.
 
MAGNANI, J. G. C. O (velho e bom) caderno de campo. Disponível em:
http://nau.fflch.usp.br/ (http://nau.fflch.usp.br/) . Acesso em 13 jul.
2019.
 
Considerando os textos e seus conhecimentos de Antropologia, analise as
afirmações a seguir:
 
I. A etnografia, enquanto técnica de registro sistemático dos códigos
compartilhados pelas pessoas, consolidou-se como uma das principais
formas de se compreender a dimensão simbólica dos grupos humanos
estudados pela antropologia.
 
II. Ao procurar a interpretação adequada dos códigos compartilhados
pelos grupos humanos, o antropólogo necessita se distanciar dos códigos
culturais nativos, de modo a projetar sobre eles seus próprios valores.
 
III. Quando o antropólogo ingressa em território por ele desconhecido,
passa a se confrontar com a contínua relativização de seus juízos de
valor, uma vez que os grupos humanos se organizam de acordo com
formas culturais diferentes das dele.
 
IV. Os dois textos citados apresentam dilemas que caracterizam a
etnografia, ou seja, a necessidade de estabelecer contatos com os grupos
estudados, de maneira a compreender e desenvolver com os nativos uma
relação que possibilite a compreensão de seus códigos culturais
específicos.
 
É correto o que se afirma em:
 I, II e III 
 I e II 
 II e IV 
 I, III e IV Correto!Correto!
http://nau.fflch.usp.br/
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações I, III e IV são 
verdadeiras. A afirmação I é verdadeira, pois a Antropologia encontra 
na etnografia uma maneira de se aproximar das ideias, valores e 
comportamentos compartilhados pelas pessoas pertencentes aos 
grupos estudados. A afirmação II é falsa, pois o antropólogo, quando 
de sua inserção no campo de estudos, necessita confrontar seus 
valores, de maneira a suspendê-los temporariamente para, daí então, 
compreender quais são os referenciais culturais específicos das 
categorias nativas. A afirmação III é verdadeira, pois ao atuar em 
campo, buscando realizar a etnografia das práticas culturais dos 
grupos estudados, o antropólogo se vê despojado de seus 
referenciais culturais particulares, uma vez que é preciso 
compreender os códigos culturais por ele estudados a partir dos 
referenciais específicos dos grupos que serão objetos de análise 
antropológica. A afirmação IV é verdadeira, pois os dois textos 
apresentam a perspectiva do antropólogo, uma vez que a etnografia 
exige o esforço de estabelecer contatos e relações complexas 
necessárias para a compreensão das interações culturais dos grupos 
estudados.
 III e IV 
Pontuação do teste: 6 de 6

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