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Estudo dirigido Imunologia Veterinária

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Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
Estudo dirigido Imunologia Veterinária
1. Os mecanismos imunes, apesar de serem constantemente descobertos, foram observados a
muito tempo por um jovem aprendiz através de anotações relacionadas a varíola humana e
bovina. Quais mecanismos foram descobertos por ele?
Edward Jenner formou-se em medicina em Londres e retornou a Berkeley, sua cidade natal,
onde realizou estudos relativos à varíola, uma das doenças da época que matava em média 400 mil
pessoas por ano. Diante disso, em 1789, Edward observou que pessoas que ordenhavam vacas não
contraíram a varíola, então realizou testes retirando pus da mão de uma ordenhadeira que contraiu
varíola bovina e inoculou em um garoto de oito anos e saudável, o garoto contraiu a doença de uma
forma branda e se curou, o médico novamente inoculou no menino com o líquido extraído de uma
pústula de varíola humana, em que não houve reação, assim foi descoberta a primeira vacina com
vírus atenuado. Mesmo mostrando a eficácia de seu trabalho, muitos duvidaram de Edward que
desenvolveu mais estudos para comprovar a eficácia de sua vacina.
2. O sistema Imune é composto por órgãos e células que trabalham em profunda sincronia para
proteger o organismo de agressões e impedir o ataque de células próprias. A medula óssea é um
órgão primário responsável pela produção das células do sangue. Diante disso, discorra sobre a
produção das células brancas.
A produção de células brancas ou leucócitos é realizada na medula óssea por ação das
células-tronco em que inicialmente são linfócitos divididos por “famílias”, sendo as mais conhecidas
linfócitos T auxiliares e linfócitos T citotóxicos. Esses linfócitos são armazenados nos linfonodos e
no baço aguardando a ativação pelas células dendríticas, a produção de linfócitos ocorre em um nível
basal (mínimo e suficiente para um organismo saudável) e aumenta conforme a necessidade do
organismo. A ativação dos linfócitos ocorre por ação de células dendríticas ou macrófagos que são
responsáveis pela captura, fagocitose, fragmentação do antígeno e apresentação ao linfócito T,
durante esse processo às células apresentadoras de antígeno adentram os vasos linfáticos e chegam ao
linfonodo mais próximo para apresentar o antígeno aos linfócitos T, após a apresentação os linfócitos
são ativados e se tornam maiores realizando diversas multiplicações para linfócitos T efetores e
células de memória que produzem moléculas específicas capazes de destruir os patógenos.
Quanto às "famílias" de linfócitos, tanto os auxiliares quanto citotóxicos participam apenas da
resposta imune adaptativa mediada pela resposta imune celular, enquanto os linfócitos B participam
da resposta imune humoral.
3. O órgão baço é denominado como órgão linfóide secundário, responsável pela filtragem das
células sanguíneas envelhecidas e é também o sítio de ativação da Resposta Imune Adaptativa.
Na rotina médico-cirúrgica, existe o procedimento denominado Esplenectomia, o qual consiste
na retirada do órgão baço. A partir dessa informação, explique como o sistema imune, que tem
a participação do órgão em questão, consegue manter sua função e se de alguma maneira, pode
sofrer alguma interferência em seus processos.
O Baço tem função de filtro, captando e concentrando substâncias estranhas no sangue,
também é o principal órgão em que os anticorpos são sintetizados e liberados na circulação, quando
ocorre a esplenectomia, o corpo perde parte da sua capacidade de produzir e liberar anticorpos,
entretanto, outros órgãos, principalmente o fígado, aumentam sua capacidade para combater
infecções e realizar a “filtração” da corrente sanguínea. Porém em alguns casos, o sistema imune não
consegue suprir a falta do órgão, ocasionando em alguns distúrbios, como infecções bacterianas.
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
4. Os monócitos constituem 3% a 8% dos leucócitos circulantes e, no tecido conjuntivo ou
parênquima dos órgãos, dão origem aos macrófagos. Os macrófagos podem permanecer no
tecido por meses a anos, atuando como verdadeiras sentinelas. Descreva por que os macrófagos
devem ser mantidos em um estado de atividade controlada e discorra qual a consequência da
sua ativação.
Os macrófagos podem ser divididos em macrófagos M1 e macrófagos M2, o M1 desempenha
o papel na proteção a agentes patogênicos intracelulares e células cancerígenas por conta da sua alta
atividade citotóxica, sua ação é mediada por estímulos como interferon-gama, enquanto o M2 que
realiza a limpeza de detritos, sua ação é mediada por interleucinas 4,13 e 10 ou corticosteróides. A
ação dos macrófagos deve ser equilibrada para garantir um bom funcionamento e proteção do
organismo, caso ocorra um desequilíbrio na ativação de macrófagos M1 induz doenças inflamatórias
crônicas, enquanto a ativação de M2 proporciona imunossupressão, além disso a ativação de
macrófagos por fagocitose induz a liberação de moléculas como citocinas pró-inflamatórias (IL-1,
IL-6) e toxinas mediadoras que provocam danos nos tecidos se produzidas em excesso.
5. Quais os órgão e células do sistema imune e quais as suas funções?
● Órgãos primários:
Medula óssea: formação de células imunes e maturação dos linfócitos B
Timo: produção e maturação de linfócitos T
Placas de peyer: maturação de linfócitos B em ruminantes
Bolsa de Fabricius: maturação de linfócitos B em aves
● Órgãos secundários:
Baço: filtra antígenos do sangue
Linfonodos: filtram antígenos da linfa
Tecido linfóide associado à mucosa (MALT): tratos geniturinário, respiratório e digestivo, difusos ou
estruturados; placas de Peyer, amígdalas, adenóides, apêndice.
● Células;
Macrófagos: fagocitose e remodelação tecidual
Neutrófilos: fagocitose e degranulação
Eosinófilos: fagocitose e degranulação ligados a alergia, infecções, parasitoses
Basófilos: proteção das mucosas
Mastócitos: proteção das mucosas
Células dendríticas: apresentação de antígenos
Células NK: lise de células tumorais e infectadas por vírus
Linfócitos:
B: síntese de imunoglobulinas
T auxiliar: auxiliar o sistema imunológico
T regulador: supressão da resposta imunológica
T citotóxico: destruição de células neoplásicas e infectadas por vírus
6. Por que os órgãos linfóides associados à mucosa são importantes aliados do sistema imune?
Os órgãos linfóides associados à mucosa, como o MALT são importantes no sistema imune
porque as mucosas são uma fácil porta de entrada a patógenos, desse modo é necessário proteger o
corpo contra patógenos ou antígenos invasores (bactérias, vírus, parasitas).
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
7. Por que os linfonodos podem estar infartados durante uma infecção?
A linfa, um líquido que circula através dos vasos linfáticos, carrega células de defesa e drena
os linfonodos espalhados pelo corpo. Eles funcionam como um filtro, eliminando substâncias e
agentes nocivos, como vírus e bactérias. A íngua é um linfonodo que está aumentado de tamanho.
Ocorre quando eles estão mais ativos, em geral, na vigência de um processo inflamatório ou
infeccioso. Tal condição é chamada de linfonodomegalia.
A resposta do organismo para combater algum processo infeccioso é a causa mais comum do
crescimento dos linfonodos, que como parte do sistema imune trabalham para combater os
microrganismos que são transportados pelo líquido linfático.
Ocorre quando algumas células que atuam como vigilantes, chamadas dendríticas, detectam o
agente invasor e, então, sinalizam a presença para as principais células do sistema imunológico,
chamadas linfócitos, que serão as responsáveis por comandar a defesa
Os linfócitos específicos, presentes em grande quantidade nos linfonodos, são ativados e se
proliferam intensamente para reagir à infecção, provocando o aumento do linfonodo.
8. Descreva a maturação de linfócitos T no timo e justifique a sua ocorrência.
Os precursores das células T, originados na medula óssea, migram para o timo, onde passam
por diversos estágios de diferenciação para chegar a linfócitos T. Na etapa inicial da maturaçãoocorre a proliferação celular dos timócitos (células T imaturas) na região do córtex e expressão das
moléculas de TCR, CD4 e CD8 na superfície celular. Neste processo, os timócitos começam a
receber estímulos e, ainda no córtex, passam pelo processo de seleção positiva. Na seleção positiva
os timócitos entram em contato com MHC (complexo de histocompatibilidade principal) próprios
apresentados pelas células epiteliais do estroma tímico. Os timócitos cujo receptor TCR não
apresentam afinidade pelo MHC próprio sofrem apoptose, pois é a interação com as moléculas MHC
tipo I ou II que define a diferenciação do timócito em linfócito T CD8+ ou CD4+, respectivamente.
Assim sendo, os timócitos que expressam CD4 e CD8 migram do córtex para a medula tímica
e passam pelo processo de seleção negativa. Na seleção negativa os timócitos entram em contato com
células dendríticas e macrófagos que lhes apresentam antígenos próprios (autoantígenos). Os
timócitos que interagem com muita afinidade com os autoantígenos sofrem apoptose, pois deveriam
apresentar tolerância com seus próprios antígenos. Células T que reconhecem autoantígenos como
moléculas estranhas podem dar origem a doenças autoimunes. Ao final dos dois processos de
seleção, as células que sobreviveram tornam-se linfócitos T maduros, prontos para deixarem o timo e
exercerem suas funções.
9. Quais são os componentes da imunidade inata?
● Macrófagos
● Neutrófilos
● Células Dendríticas
● Células NK
● Eosinófilos: fagocitose e degranulação ligados a alergia, infecções, parasitose
● Basófilos: proteção das mucosas
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
Barreiras: físicas, químicas e biológicas também fazem parte do sistema da imunidade inata
10. Descreva as funções das células da imunidade inata
● Os macrófagos possuem a capacidade de ingerir e digerir vários microorganismos e partículas
antigênicas.Também possui a habilidade de apresentar antígenos a outras células, sendo portanto
denominado de célula apresentadora de antígeno.Funções: fagocitose, apresentação de
antígenos, lixeiro do sistema imune e induz a remodelação tecidual (cicatriz de todo final de
processo inflamatório). O principal fagócito residente nos tecidos e cavidades serosas, como a
pleura e o peritônio
● Os neutrófilos são os elementos celulares mais numerosos e importantes da resposta imune inata,
e também têm a capacidade de ingerir patógenos. É uma célula fagocítica dotada de grânulos que
contêm numerosas substâncias bactericidas. Funções: fagocitose e liberação de cromatina (rede
que impede a disseminação dos microrganismos).
● Os eosinófilos têm como função fagocitose e degranulação ligados a alergia, infecções,
parasitose.
● Os basófilos combate a processos alérgicos e parasitários;Receptores para Ige na
membrana;Atuam em infecções crônicas;Asma brônquica; urticária;Rinite alérgica;Anafilaxia às
drogas;Reações anafiláticas contra alguns parasitas.Possuem fagocitose (englobar e digerir
partículas estranhas) lenta.
● Células NK: São células que atuam no início da infecção,não possuem receptores
antígeno-específicos, então utilizam um mecanismo que envolve o contato célula-célula, em que
o receptor inibitório killer se liga a moléculas da classe I do MHC, presente em todas as células
do organismo, porém quando parasitadas o número dessas moléculas disponíveis em superfície
celular é menor, o que desencadeia a ação da célula NK que pode ser por apoptose ou por
indução de lise. Célula similar ao linfócito, capaz de destruir algumas células infectadas por vírus
e algumas células tumorais. É dotada de conjuntos de receptores complexos bastante diferentes
daqueles encontrados nos linfócitos . As células NK e as células T podem compartilhar o mesmo
precursor.
● Células dendríticas: são células de vida longa que são encontradas nos tecidos em estado
imaturo, tem como função reconhecer, fagocitar e apresentar patógenos, além de ativar as células
T antígeno-específicas quando maduras. Células apresentadoras de antígeno profissional, são
capazes de apresentar um antígeno pela primeira vez a um linfócito.
● Sistema de complemento: compreende um conjunto de proteínas plasmáticas que podem ser
ativadas através de uma reação em cascata, isto é, cada componente ativado é capaz de ativar
outro componente do sistema, tem como principais funções realizar o aumento da fagocitose,
remover complexos imunes e auxiliar na resposta local inflamatória.
● Citocinas: são proteínas produzidas por diversas células que agem ligando-se a receptores nas
células-alvo, diferente de outros componentes do sistema imune, não há um reservatório de
citocinas, sendo produzidas quando há a necessidade.
11. Descreva o processo inflamatório desde a agressão até a remodelação tecidual
O processo inflamatório é dividido em etapas ou momentos definidos na seguinte ordem:
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
1. Fenômenos irritativos ou de reconhecimento do agente lesivo;
2.Alterações vasculares, caracterizadas pela vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular;
3. Exsudação plasmática e celular, fenômeno que permite a saída de leucócitos e proteínas do sangue
em direção ao local da infecção para remoção do agente agressor;
4. Controle da resposta;
5. Resolução, caracterizada pelo reparo da área lesada.
O processo inflamatório é um mecanismo de reação do organismo para que haja uma
eliminação, neutralização e destruição por causa de uma agressão. Essa agressão pode se dar por uma
bactéria, por um acidente (fratura, contusão), por queimadura, por doenças autoimunes, entre outras
várias causas. Esse processo se caracteriza pela saída de líquidos e células (exsudação) e induz o
processo de recomposição celular. O processo de cicatrização ocorre fundamentalmente em três
fases: inflamação, formação de tecido de granulação e deposição de matriz extracelular e
remodelação.
As manifestações clínicas da inflamação são denominadas sinais cardinais e incluem: calor,
rubor, tumor, dor e perda de função. Essas manifestações são consequências dos fenômenos
vasculares e exsudativos induzidos por diferentes mediadores químicos, tais como histamina,
prostaglandinas e leucotrienos, ativados em resposta à lesão. O resultado da inflamação aguda é a
eliminação do estímulo nocivo, seguida do declínio da reação e do reparo do tecido lesado, ou a lesão
pode persistir e resultar em inflamação crônica.
A cicatrização é o nome dado ao processo de reparação tecidual que substitui o tecido lesado por um
tecido novo. A reparação envolve a regeneração de células especializadas, a formação de tecido de
granulação e a reconstrução do tecido. Esses eventos não acontecem isoladamente, e sim, sobrepondo
e se completando.
Quando existe uma ativação persistente de macrófagos, invariavelmente irá ocorrer a formação
de um tecido fibrótico, levando a uma destruição irreversível do tecido ou órgão afetado. Então,
esses macrófagos serão levados para o foco da agressão, vai ser liberada a citocina ativadora de
macrófagos, levando a substituição dos tecidos danificados por tecido fibroso. Pode ocorrer
também a formação de granulomas, isso acontece quando existe formação de um agente
infeccioso preso no interior da célula. Organismos imunossuprimidos não conseguem ativar
macrófagos. Formando granulomas ou abcessos. Ex.: Tuberculoses e rodococoses.
Etapas da cicatrização
A cicatrização normal é um processo dirigido a um objetivo, que ocorre segundo leis próprias e leva
ao fechamento da ferida por meio de sequências bioquímicas e histológicas, no menor prazo possível.
Dependendo dos processos predominantes em cada caso, distinguem-se três etapas na cicatrização
que ocorrem de forma sobreposta:
• Etapa inflamatória: dura entre 48 e 72 horas e é caracterizada pela presença dos sinais da
inflamação: dor, calor, rubor e edema. O processo inflamatório combate os agentes agressores e
deflagra uma série de acontecimentos que reconstituem o tecido lesado e possibilitam o retorno da
função fisiológica ou a formação de tecido cicatricialpara restituir o que não pôde ser reparado.
Exemplo: no caso da cirurgia plástica, o agente agressor é o trauma mecânico causado pelo
instrumental. A inflamação começa no exato momento da lesão.
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
• Etapa proliferativa: dura entre 12 e 14 dias e é caracterizada pela reconstituição de vasos sanguíneos
e linfáticos, pela produção de colágeno e pela intensa migração celular, principalmente de
queratinócitos, promovendo a reepitelização. A cicatriz possui aspecto avermelhado.
• Etapa de maturação (remodelação): tem duração indeterminada e é caracterizada pela reorganização
do colágeno, que adquire maior força tênsil e empalidece. A cicatriz assume a coloração semelhante à
da pele adjacente. O resultado final do tecido de granulação é uma cicatriz composta de fibroblastos
de aspecto inativo e fusiforme, colágeno denso, fragmentos de tecido elástico, matriz extracelular e
relativamente poucos vasos. A fase final da etapa de maturação representa a evolução da cicatriz
constituída, podendo durar anos. Há diminuição do número de fibroblastos e de macrófagos e
aumento do conteúdo de colágeno, cujas fibras progressivamente se alinham na direção de maior
tensão da ferida. O conteúdo fibroso da cicatriz está relacionado à tensão que incide sobre as suas
bordas.
12. Descreva as vias de destruição dos agentes agressores no interior dos fagocitos.
FORMAS DE ELIMINAÇÃO DOS AGENTES
1. Degradação: Acontecer através da liberação das enzimas presentes nos grânulos
lisossomais. Grânulos: São divididos em
-Primários: Lisozima ■ Fosfatase ácida ■ Catepsinas ■ Elastases ■ Mieloperoxidase
-Secundários: ■Lisozima ■ Lactoferrina ■ Colagenase ■ Ativador de plasminogênio.
Todas essas enzimas têm ação contra o agente agressor que foi fagocitado.
2. Explosão Respiratória: Consiste na produção de metabólitos do oxigênio e resposta a
ativação de um complexo enzimático chamado de sistema NADPH oxidase. NADPH
oxidase: Um sistema ativado para aumentar um consumo de oxigênio no interior do
fagócito e assim formar um componente que é altamente microbicida (ácido
hipocloroso). Tudo isso acontece no interior do fagolisossomo.
3. Formação de radicais de óxido nítrico: Ativação de uma enzima chamada iNOS, que
promove a formação de radicais do óxido nítrico , principalmente o peroxinitrito, que
tem potente ação microbicida. Nessa destruição existe um efeito colateral: Liberação dos
neutrófilos, que acontece por regurgitação durante o englobamento e quando o neutrófilo
se mata
13. Quais os principais mediadores inflamatórios liberados durante a inflamação e quais as
suas ações?
Mediadores de inflamação: Substâncias endógenas ou exógenas que são libertadas durante a
inflamação. Uma vez ativadas, desencadeiam, mantêm e ampliam diversos processos envolvidos na
resposta inflamatória.
● A histamina é um de mediador químico produzido particularmente pelos mastócitos;presente
em grande quantidade nos tecidos conectivos da pele, intestinos, pulmões e gengiva. A
histamina é liberada dos grânulos dos mastócitos em resposta a vários estímulos como lesão
física por trauma ou calor o que causa vasodilatação das arteríolas, aumento da
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
permeabilidade vascular, produzindo a contração do endotélio venular e das lacunas
interendoteliais.
● As prostaglandinas e os leucotrienos são mediadores químicos produzidos principalmente
pelos mastócitos, além dos neutrófilos. Constituem a primeira linha de defesa do organismo e
atuando também como fagócito, na ingestão e eliminação de microrganismos e tecidos
mortos. Esses mediadores químicos são responsáveis particularmente pelos eventos de
vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, quimiotaxia, adesão e ativação de
leucócitos.
● As citocinas são mediadores químicos produzidos por muitos tipos celulares, sendo as
citocinas TNF (fator de necrose tumoral) e interleucina (IL)-1 as principais envolvidas na
inflamação, produzidas particularmente pelos macrófagos, que são células derivadas dos
monócitos do sangue circulante, atuando como fagócitos, iniciadores do processo de reparo
tecidual e apresentadores de antígeno. O principal papel das citocinas TNF e IL-1 no processo
inflamatório consiste na ativação endotelial, estimulando a expressão de moléculas de adesão
nas células endoteliais, o que resulta em aumento do recrutamento, aderência dos leucócitos e
aumento da produção de citocinas adicionais, particularmente quimiocinas.
● Os linfócitos, que são células formadas na medula óssea, estão presentes principalmente na
inflamação crônica e também são responsáveis pela produção de citocinas. Os linfócitos do
tipo B, quando estimulados, se proliferam e se diferenciam em plasmócitos, células
responsáveis pela produção de anticorpos. Já os linfócitos do tipo T, quando ativados,
produzem citocinas como o interferon gama (IFN-γ), que ativam macrófagos, que por sua vez
produzem mais citocinas, resultando em uma interação de modo bidirecional entre linfócitos e
macrófagos, abastecendo e mantendo a inflamação crônica.
14. Quais as células são responsáveis por fazer a interface entre a resposta imune inata e a
adaptativa?
As células dendríticas, especializadas na captura e apresentação de antígenos para os
linfócitos, são consideradas uma ponte entre a imunidade inata e a adaptativa, por serem atraídas e
ativadas por elementos da resposta inata e viabilizarem a sensibilização de LT da resposta imune
adaptativa.
15. Qual a importância da ativação do endotélio vascular?
A ativação endotelial leva à expressão aumentada de citocinas inflamatórias, moléculas de
adesão que têm papel importante na iniciação, progressão e desestabilização da lesão.
16. Como as células do sistema imune conseguem chegar no sítio inflamatório?
A quimiotaxia trata-se do processo de migração das células em direção a um gradiente
químico.Existem dois tipos distintos de quimiotaxia: Negativa: na qual as células se movem em
sentido oposto de uma substância e a Positiva: na qual as células se movem em direção a um
gradiente químico.
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
Este processo é altamente importante nos processos imunitários do organismo, como, por
exemplo, numa resposta inflamatória. A quimiotaxia permite que os leucócitos migrem em direção a
um gradiente quimiotático liberado no sítio inflamatório.
Substâncias exógenas e endógenas podem atuar como fatores quimiotáticos para os
leucócitos, incluindo: produtos bacterianos; citocinas, em especial as quimiocinas; componentes do
sistema complemento, principalmente o C5a. A chegada de leucócitos no local da inflamação ou
infecção resulta de ações das várias combinações dos mediadores químicos.
As moléculas quimiotáticas se combinam a receptores específicos na superfície celular. Esta
ligação leva a eventos de transdução de sinal no interior dos leucócitos, suscitando a montagem dos
elementos contráteis do citoesqueleto, imprescindíveis para o movimento dessas células. Os
leucócitos caminham projetando pseudópodes (pés falsos), que se ancoram na matriz extracelular,
impulsionando a célula na direção da projeção. Este movimento é direcionado pela alta densidade de
interações ligante quimiotático-receptor, situado na parte dianteira do leucócito.
Na maioria dos processos inflamatórios, os primeiros leucócitos que migram em direção ao
sítio inflamatório são os neutrófilos, predominando no infiltrado inflamatório durante as primeiras 6 a
24 horas, sendo, posteriormente, substituído por monócitos, que, quando migram para os tecidos
passam a ser chamados de macrófagos, dentro de 24 a 48 horas.
17. Um cavalo teve contato com um microrganismo invasor pela primeira vez através de uma
perfuração cutânea. Qual célula é responsável pela apresentação de antígeno? Para qual órgão
essa célula é direcionada? Para qual célula ela apresenta o antígeno?
Em casos de primeiro contato com microrganismo invasor a célula responsável pela apresentação do
antígeno é a dendrítica,que atua por meio da expressão de receptores que reconhecem padrões
moleculares associados a patógenos (PAMPs), que em contato com diferentes PAMPs iniciam sua
maturação, processo que expressam moléculas co-estimuladoras e secreção de citocinas. Esse
processo ocorre para que as CD possam ativar os linfócitos T e B, ou seja, as CD reconhecem o
patógeno, iniciam seu processo de maturação, fagocitam e apresentam o antígeno para os linfócitos T,
localizados no timo.
18. Quais as principais características da resposta imune adaptativa?
A imunidade adquirida (adaptativa ou específica) não se encontra presente desde o
nascimento. É adquirida. O processo de aprendizagem começa quando o sistema imunológico de um
animal encontra invasores estranhos e reconhece substâncias não próprias (antígenos). Então, os
componentes da imunidade adquirida aprendem a melhor maneira de atacar cada antígeno e
começam a desenvolver uma memória para aquele antígeno. A imunidade adquirida é também
denominada específica porque planeja um ataque a um antígeno específico previamente encontrado.
Suas características são as capacidades de aprender, adaptar e lembrar.
19. Quando ocorre ativação de linfócitos dentro do organismo eles se dividem em dois
caminhos, sendo produção de células efetoras e produção de células de memória. Diferencie as
duas populações e determine suas funções.
https://www.infoescola.com/citologia/leucocitos/
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
Durante o primeiro contato com um antígeno, o organismo produz uma resposta imunitária
primária, em que ocorre a diferenciação de linfócitos B e T em células efetoras e células de
memória.As células efetoras combatem especificamente a partícula infecciosa, impedindo sua
proliferação. Esse tipo de célula permanece no corpo apenas por alguns dias, sendo degradadas após
a neutralização do antígeno. As principais células efetoras da imunidade inata são: macrófagos,
neutrófilos, células dendríticas e células Natural Killer – NK.
Já as células de memória, continuam no organismo por longos períodos, imunizando-o contra
a ação do mesmo agente infectante em exposições posteriores. Num novo contato, será desencadeada
a resposta imunitária secundária, mais intensa e rápida do que a primária, que destruirão os invasores,
antes até de surgirem os sintomas da doença.As células de memória são específicas, isto é, o corpo
produz um tipo de defesa para cada tipo de antígeno. Isso ocorre porque na superfície dos antígenos
existem diversas regiões passíveis de serem identificadas, que são denominadas epítopos ou
determinantes antigênicos, assim como nas células de defesa existem os receptores celulares,
moléculas proteicas que propiciam a interação da célula com as substâncias do meio. Cada epítopo se
une apenas ao seu receptor celular correspondente (“chave-fechadura”), permitindo que a célula
reconheça o corpo estranho e dê início a uma resposta imune.
Graças à capacidade das células de memória de reconhecer antígenos, algumas doenças são
adquiridas apenas uma vez na vida, como é o caso da catapora. Os conhecimentos acerca da memória
imunitária também levaram ao desenvolvimento da vacina. Quando um indivíduo é vacinado, é
introduzido em seu organismo um agente infeccioso (vírus, bactérias, toxinas) atenuado, o que
prepara o corpo para responder efetivamente a um ataque futuro, impedindo que a doença se instale.
20. O que caracteriza a função efetora das células Th1, Th2 e Th3?
Resposta imune celular ou TH1: Quando existe preferencialmente um mecanismo X sendo
ativado. Existe um sinal que é produzido pelas células do sistema imune de que não se deve
produzir grande quantidade de anticorpos (porque não são muito eficientes contra os agentes),
mas de que se deve ativar uma resposta celular (por ativação de macrófagos). Ele é chamado
assim quando libera citocinas de ação th1. Ex: Infecções por bactérias intracelulares ,
protozoários ou fungos.
Resposta de imunidade humoral ou de TH2: Quando um mecanismo Y é ativado de
maneira mais intensa. Ela é caracterizada principalmente pela produção de anticorpos, então
existe uma sinalização que fala o que esse organismo deve direcionar para que ocorra a
resposta e produção de anticorpos. Não existe a necessidade das APCs. Ex.: Infecções por
bactérias extracelulares . A célula B com seu receptor BCR reconhece o agente agressor e passa
a ser transformado em um linfócito B que vai trabalhar apenas em um agente agressor.
Treg-(Th3) resposta de parada (regular a ou modulação da resposta). Bloqueiam a
resposta inflamatória/imune. Aí começam a produzir IL 10.
21. Como é feito o reconhecimento da célula transformada pelo Linfócito T citotóxico e quais os
mecanismos desencadeados para indução da citotoxicidade?
O linfócito T citotóxico faz o reconhecimento de um antígeno estranho e expresso por
uma célula que está transformada ou parasitada por vírus, percebendo que ela deve ser
eliminada. Destrói as células que não estão normais (células tumorais, parasitadas ou
transplantadas). Ele utiliza um antígeno expresso no MHC de classe I para saber quais são essas
https://www.infoescola.com/citologia/linfocitos/
Aluna: Kelly Maria da Silva Nunes RA:00104810
células. Caso o vírus tente driblar esse mecanismo, existem as células NK que farão a
destruição de células estranhas.
22. Com base nos seus conhecimentos e assuntos abordados em aula, assinale e justifique as
falsas:
a. Barreiras epiteliais podem ser consideradas componentes da resposta imune inata, mas a
flora microbiana representa uma fonte de infecção para animais imunocompetentes e as
barreiras químicas, como o pH do estômago podem contribuir para a penetração dos
microorganismos. (FALSA)
A microbiota funciona como uma barreira biológica para impedir a entrada de
microrganismos. Já o pH do estômago é uma barreira química , logo ambos contribuem contra a
possíveis infecções. O pH ácido do estômago impede que os microrganismos consigam atingir
regiões alvo para desencadear doenças.
b. Células Natural Killers são componentes da resposta imune inata e sua principal função é a
eliminação de células infectadas com vírus. (VERDADEIRA)
As células da resposta imune inata reconhecem especificamente antígenos através dos PAMPs.
c. Os anticorpos são importantes na defesa contra todos os microorganismos por neutralizar e
opsonizar os patógenos. (VERDADEIRA)
d. As células dendríticas circulam pelo corpo ingerindo e digerindo os patógenos
encontrados,fragmentando-os em peptídeos antigênicos, que serão apresentados na superfície
celular. (VERDADEIRA)
e. A inflamação crônica ocorre pela permanência do estímulo agressor. (VERDADEIRA)
f. Situações estressantes, uso contínuo de corticóides e infecções por microorganismos que tem
como alvo células do sistema imune produzem um estado de imunossupressão irreversível nos
animais. (VERDADEIRA)
g.A utilização de soro ricos em anticorpos promovem uma proteção imediata e duradoura
contra qualquer infecção. (FALSA)
Os soros, por sua vez, não promovem uma imunização ativa, uma vez que, nesses casos, são
inoculados anticorpos previamente produzidos em outro organismo. No caso dos soros, dizemos que
ocorre uma imunização passiva, diferentemente da vacina, que não possui função preventiva, sendo
usado apenas como forma de cura. Também é importante destacar que o uso frequente de soros pode
causar problemas de saúde, uma vez que o corpo pode identificar os anticorpos do soro como
antígenos e desencadear a produção de anticorpos contra ele.
h. A maior resistência a infecções observada nos animais de rua está ligada ao fato desses
animais terem entrado em contato com um número maior de agentes infecciosos.
(VERDADEIRA)

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