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Resumo: Sistema Imunológico Inato e Adquirido

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SÃO CAMILO 
 
 
CAROLINA BARBOSA SANTOS 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO: INATO E ADQUIRIDO 
 
SÃO PAULO 2020 
 
 
 
CAROLINA BARBOSA SANTOS 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO: INATO E ADQUIRIDO 
Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na 
disciplina de Imunologia do curso de Enfermagem do Centro 
Universitário São Camilo sob orientação da Profa. Ms. Thaís 
Fabiana Gameiro Lucas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 2020 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A imunologia é o estudo do sistema imunológico de todos os organismos com 
o objetivo de compreender os mecanismos e suas interações. ​O sistema 
imunológico, por sua vez, é composto por uma emaranhada rede de moléculas e 
células dispersas por todo o organismo e se caracteriza biologicamente pela 
capacidade de reconhecer especificamente determinadas estruturas moleculares ou 
antígenos e desenvolver uma resposta efetora diante destes estímulos, provocando 
a sua destruição ou inativação. Desta forma, esta função de defesa é essencial 
contra o desenvolvimento de enfermidades, seja contra microorganismos invasores 
ou contra a transformação celular danosa. Esta capacidade de defesa do sistema 
imunológico se fundamenta na ativação das células efetoras - que incluem os 
linfócitos e as apresentadoras de antígenos - e na produção de anticorpos. 
As células do sistema imunológico são formadas por diferentes populações 
linfocitárias e por células acessórias que possuem características morfológicas e 
funcionais muito heterogêneas. Assim, há duas divisões da função imunológica, a 
inata e adaptativa, que trabalham em conjunto para o equilíbrio do organismo, 
sendo a linha de frente da defesa do organismo. A primeira, é formada por 
obstáculos químicos, físicos e biológicos disponíveis nos indivíduos, independente 
se houve contato ou não com agentes hostis, ou seja, ela é natural do organismo e 
compõe uma resposta mais rápida a um grande número de estímulos, porém não 
específicos. Já o sistema imunológico adaptativo é adquirido com o tempo, agindo 
de maneira específica para cada situação agressora. 
Antes de estudar o sistema imune, é necessário conhecer algumas definições 
e elementos biológicos de vital importância para o entendimento genuíno. 
 
Leucócitos 
 
Chamados também de glóbulos brancos, são células principais do sistema 
imune produzidas pelos linfonodos, que são gânglios presentes em várias partes do 
corpo com função de remover partículas estranhas do sistema circulatório; e pela 
medula óssea e produzem anticorpos. 
 
São leucócitos: 
● Eosinófilos: agem contra parasitas. Possui um núcleo bilobulado, rico em 
arginina; 
● Basófilos: relacionado com as alergias. Possui núcleo volumoso, com 
formato da letra S, retorcido e irregula. Sua membrana plasmática possui 
receptores para anticorpos IgE; 
● Neutrófilos: ​envolve as células doentes e as destroem, além de recrutar 
células para o local da infecção. Mais abundantes no organismo e rápidos, 
duram cerca de 6 horas no organismos e morrem por apoptose quando não 
são utilizados pelo organismo. Seu núcleo é segmentado em 2 a 5 lóbulos; 
● Mastócitos: são células teciduais que armazenam e liberam histamina, 
heparina, serotonina e outras substâncias envolvidas nas reações 
inflamatórias e alérgicas. Participa de reações alérgicas, pois atrai os 
leucócitos e cria uma vasodilatação. 
E estas 4 primeiras são categorias de células Granulocíticas. Além delas, 
vale mencionar: 
● Linfócitos: responsáveis pelo reconhecimento e destruição de 
microorganismos infecciosos. Células T, B e Células NK. 
● Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos, apresentam antígenos e 
liberam citocinas para estimular a inflamação. Há dois tipos mononucleares, 
os Macrófagos e os Monócitos; 
● Macrófagos: Quando um monócito vai da corrente sanguínea para o tecido, 
ele amadurece, fica maior e se torna um macrófago, com a principal função 
fagocitar partículas, como restos celulares. 
● Monócitos: ​Permanecem poucos dias no sangue, de onde penetram os 
tecidos para os defender dos patógenos e transformando-se em macrófagos. 
● Células dendríticas: ​são derivadas de glóbulos brancos. Elas residem nos 
tecidos e ajudam as células T, linfócitos “virgens”, a reconhecer antígenos 
estranhos. Possuem longas projeções membranosas, como se fossem 
“bracinhos”; 
● Plasmócitos: possuem a capacidade de fabricar anticorpos contra agentes 
 
nocivos que possam invadir o tecido conjuntivo. São células anti-inflamatórias 
que se originam na diferenciação dos linfócitos B que chegam até os tecidos 
de destino através do sangue; 
● Células NK (Natural Killer): ​um tipo de linfócito que reconhece e mata 
células anormais, como algumas células infectadas e células cancerígenas, 
sem ter que saber antes que as células são anormais. 
● Trombócitos: Ou plaquetas, são fragmentos de citoplasma formados na 
medula óssea e possui a principal função a formação de coágulos, auxiliando 
de forma indireta na defesa do organismo. 
 
● Células citotóxicas (T killer): ​São células T que se ligam a células 
infectadas e células cancerígenas e as matam. 
 
Outros componentes importantes do sistema imune são: 
 
Citocina: 
São moléculas proteicas, que enviam diversos estímulos específicos. 
 
Alergenicidade (poder alérgico) 
Ou poder alérgico, é a capacidade de um hospedeiro de provocar reações 
alérgicas. 
 
Antígeno 
São moléculas, que quase sempre estão nos patógenos, que o sistema 
imune reconhece estimulando uma resposta imunológica. O antígeno possui uma 
parte chama Epítopo que se liga ao anticorpo (sítio de ligação). Há, além do 
antígeno imunógeno, os Haptenos, que são moléculas que reagem com anticorpos, 
mas não são capazes de iniciar uma resposta imunológica sozinhos. Precisam ser 
acoplados a moléculas carreadoras. Sua classificação pode ser feita da seguinte 
forma: 
● Heteroantígenos: quando o antígeno é diferente do sistema hospedeiro. 
 
● Aloantígenos: antígenos presentes em uma mesma espécie. Produzindo 
antígenos diferentes em uma mesma célula de um mesmo hospedeiro. 
● Auto antígeno: capaz de reproduzir anticorpos contro o próprio sistema em 
que ele está inserido. 
 
Anticorpo 
Sendo estruturas proteicas, são chamadas também de imunoglobulinas, por 
fazer parte do sistema imune e ter formato globular. Essas proteínas atuam contra 
agentes invasores mal intencionados e servem de receptores para linfócitos B. 
Existem cinco classes de imunoglobulina com função de anticorpo: IgA, IgD, IgE, 
IgG e IgM. 
IgM está presente na membrana das células B e é a principal para a resposta 
primária dos antígenos, presente na fase aguda dos processos imunológicos, 
encontra-se nas mucosas e secreções, incluindo leite materno. A IgD está presente, 
juntamente com IgM, nas moléculas de LB. A imunoglobulina IgG é a mais 
importante para o processo de resposta secundária. Está distribuída de forma 
uniforme entre os espaços extra e intravasculares. Ela é capaz de atravessar a 
parede placentária, promovendo um alto grau de imunidade ao neonatal. Ela 
também é responsável pela "cicatriz sorológica", permanecendo em um certo grau 
na circulação depois da resposta imune. O IgE participa dos fenômenos alérgicos,é 
encontrada em membranas de mastócitos e basófilos e em níveis elevados de 
infecções parasitárias. 
Uma molécula de anticorpo é composta de quatro cadeias polipeptídicas, 
incluindo duas cadeias pesadas idênticas e duas cadeias leves idênticas, onde cada 
cadeia contém uma região variável, que irá mudar conforme a troca isotípica e de 
acordo com o epítopo do antígeno, e uma região constante, e essas cadeias são 
ligadas por ponte dissulfeto. A parte superior é chamada de Fab (fragmento de 
ligação antigênico), região onde o epítopo irá se ligar e a parte inferior chamada de 
Fc (Fragmento cristalizado), é a região funcional do anticorpo, que são 3: 
neutralização, que impede agentes nocivos de prejudicar o organismo; 
opsonização, que consiste no aumento intenso da fagocitose; Ativação do sistema 
 
complemento, uma cascata de proteína que desencadeia a formação de um 
complexo de ataque a membrana, promovendo a lise celular. 
 
FIGURA 1: ESTRUTURA DO ANTICORPO 
 
Fonte: Mundo Educação 
 
 
PROPRIEDADES DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 
Órgãos Primários e Secundários 
 
Nos Órgãos Primários ocorre a produção dos linfócitos. São eles: Medula 
óssea, que consiste em um tecido mole que recheia o interior dos ossos. As células 
mielóides é quem originam os linfócitos B, as hemácias (glóbulos vermelhos ou 
eritrócitos), as plaquetas (ou trombócitos) e os leucócitos (glóbulos brancos), tais 
como neutrófilos, basófilos, eosinófilos e monócitos, ou seja, os elementos 
sanguíneos. E o Timo, que consiste em uma glândula que tem como funcionalidade 
promover o desenvolvimento dos linfócitos T. Fica localizada no tórax, mais 
especificamente no mediastino. 
No que concerne os Órgãos Secundários, dão início a resposta imune. 
Fazem parte os Linfonodos, que são pequenas estruturas formadas por tecido 
linfoide, que se encontram no trajeto dos vasos linfáticos e estão espalhadas pelo 
corpo. Eles realizam a filtragem da linfa, que contém oxigênio, proteínas, e outros 
nutrientes que nutrem os tecidos. O Baço, que filtra o sangue, expondo-o aos 
 
macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose, destroem partículas estranhas, 
microrganismos invasores, hemácias e demais células sanguíneas mortas, ou seja, 
iniciação da resposta adaptativa. As tonsilas, que são constituídas por tecido 
linfóide, ricas em glóbulos brancos. O Apêndice também consiste em um órgão 
secundário do sistema imunológico, sendo pequeno órgão linfático, com grande 
concentração de glóbulos brancos. Além deles, há as Placas de Peyer, que nada 
mais é que um acúmulo de tecido linfóide que está associado ao intestino. 
 
Resposta Imunológica 
 
Para que se tenha uma resposta imune é necessário, primeiramente, que o 
sistema reconheça um antígeno estranho potencialmente nocivo, ativando e 
mobilizando forças para se defender contra ele. Assim, ataca-o, controlando e 
finalizando o acometimento. 
Doenças autoimune, por sua vez, é caracterizada pela disfunção do sistema 
e dessa resposta imunológica, admitindo o próprio corpo como um antígeno. 
 
Resposta Primária e Secundária 
 
Quando o organismo entra em contato com um antígeno, células virgens de 
Linfócitos B são ativadas, que se diferenciam em plasmócitos produzindo anticorpos 
e células de memória. Após o início dessa resposta imunológica, é observada um 
alto nível de níveis de anticorpos, em seguida, encontra-se a fase de estagnação no 
crescimento. No fim da resposta primária, ocorre a diminuição dos anticorpos 
específicos, sendo a fase platô. Nessa resposta, os níveis de IgM são maiores e de 
IgG são menores. 
Uma vez que há um segundo contato com o patógeno, o organismo já possui 
Linfócitos B capazes de reconhecê-lo, devido aos plasmócitos e células de 
memórias geradas anteriormente, no primeiro contato​. ​Na resposta secundária, os 
níveis de IgM são menores e de IgG são maiores. 
Em suma, ​a resposta secundária difere da primária nos seguintes aspectos: a 
dose de antígeno necessária para induzir a resposta é menor; a fase de latência é 
 
mais curta e a fase exponencial é mais acentuada; a produção de anticorpos é mais 
rápida e são atingidos níveis mais elevados; a fase de platô é alcançada mais 
rapidamente e é mais duradoura e a fase de declínio é mais lenta e persistente. 
 
FIGURA 2: RESPOSTA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA 
Fonte: Slides das aulas de Imunologia 
 
 
SISTEMA IMUNE INATO 
 
Também chamada de imunidade inespecífica, este sistema é a primeira 
barreira de defesa do organismo. Ela ataca todos os patógenos de forma igualitária. 
Os meios de defesas inatos são herdados como parte da estrutura de cada 
organismo e estes mecanismos naturais podem ser classificados em ​Externos e 
Internos (Físicos, biológicos e químicos). 
 
Entre os mecanismos externos, estão: 
● pele, que é a principal barreira que o corpo possui contra agentes 
nocivos. 
● flagelos, pois auxiliam na proteção dos olhos e nariz, impedindo a 
 
entrada de pequenas partículas e em alguns casos até pequenos 
insetos. 
● trato digestório, que possui o suco gástrico com alta acidez, impedindo 
a proliferação de microrganismos. 
● trato respiratório, onde encontra-se muco que tem a função de impedir 
a entrada de microrganismos, entre eles a saliva. 
● lágrima, fazendo a limpeza e lubrificação dos olhos, ajudando a 
proteger o globo ocular de infecções. 
 
Ainda, entre os mecanismos internos são: 
● Células fagócitárias, que ingerem e destroem microrganismos. No 
geral, as principais são os Monócitos, Neutrófilos, Macrófagos, células 
dendríticas, células Natural Killer e no SNC, as Microglias. Elas são 
capazes de reconhecer os antígenos através dos PAMPs (Padrões 
Moleculares associados a Patógenos), que são estruturas 
características dos patógenos microbianos, uma vez que os mamíferos 
não possuem esse elemento em sua composição. Assim, o sistema 
consegue fazer a distinção do próprio e não próprio. Os receptores 
capazes de identificar e se ligar aos PAMPs são os Receptores de 
Reconhecimento de Padrões, que transduzem sinais anti microbianas 
e pró inflamatórias, podendo facilitar a fagocitose. Além disso, eles 
reconhecem células lesadas (DAMPs: Padrões moleculares 
associados ao dano). Há cerca de 10 tipos de receptores semelhantes 
a Toll (TLRs), estando disponível na superfície celular e nas 
membranas intracelulares. 
● Interferons, que são proteínas produzidas pelos leucócitos e 
fibroblastos​, infectados com patógenos que servirão como 
mensageiros, inibindo a replicação de ​fungos​, ​vírus​, ​bactérias e 
células de tumores nas células infectadas e estimulando a atividade de 
defesa das células vizinhas. Existem três tipos de interferon, 
classificados de acordo com o ​receptor celular e resposta que ativam. 
O INF–gama e o INF–beta favorecem os efeitos citotóxicos das NK, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibroblasto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungos
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cancro_(tumor)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receptor_celular
 
enquanto a IL–12 estimula a produção de citocinas,entre elas o 
INF–γ, criando um processo de reativação positiva que ativa ambas as 
células no tecido infectado. Dessa maneira, as células NK são 
preponderantes no início da infecção no que tange à produção de 
INF–γ, ativando os macrófagos a secretarem linfocinas que iniciam a 
resposta imune adaptativa com a chegada dos linfócitos T. Quando 
estes assumem suas funções, as células NK podem diminuir a sua 
função pela produção de IL–10 por parte dos linfócitos T2. 
● Sistema Complemento, composto por mais de 30 proteínas circulantes 
no plasma e são ativadas quando um patógeno penetra no organismo, 
auxilia na opsonização. 
 
Os principais mecanismos de defesa desse sistema são a fagocitose, 
liberação de mediadores inflamatórios, ativação de proteínas do sistema 
complemento e, na fase aguda, a composição de proteínas. 
 
Resposta Inflamatória 
 
Uma linha de defesa do organismo do sistema Imune Inato é a 
inflamação. Assim que ocorre uma lesão, por exemplo, plaquetas liberam 
proteínas do complexo (C3a, C4a e C5a), que induzem a exocitose local dos 
mastócitos que estão no tecido com liberação de histamina e serotonina, 
interferindo na vasodilatação e o aumento da permeabilidade. Os neutrófilos, 
que são mais numerosos, são os primeiros a responder à lesão inflamatória, 
fagocitando os patógenos e liberando mediadores que contribuem para a 
resposta, atraindo macrófagos. Os macrófagos, por sua vez, aumentam a 
fagocitose e liberam ainda mais mediadores, como a prostaglandina e outras 
citocinas inflamatórias, como IL-1, TNF-α e quimiocina, atraindo os 
leucócitos. A acumulação de células mortas e micro-organismos, em conjunto 
com fluidos acumulados e várias proteínas, forma o que é conhecido com 
pus. Mas, uma vez que a causa da inflamação é removida, a resposta 
inflamatória cessa e algumas citocinas iniciam o processo de cicatrização. A 
 
participação dos eosinófilos está mais ligada a infecção por helmintos, assim 
como a participação dos basófilos está mais ligada a alérgenos e parasitas. 
Se o agente causador da inflamação aguda persistir, inicia o processo 
de inflamação crônica, que pode durar bastante tempo, e é caracterizada 
pela ativação imune persistente com presença dominante de macrófagos no 
tecido lesionado. Os macrófagos liberam mediadores que, a longo prazo, 
tornam-se prejudiciais não só para o agente causador da inflamação, mas 
também para os tecidos da pessoa. Como consequência, a inflamação 
crônica é quase sempre acompanhada pela destruição de tecidos. 
Ou seja, a resposta inflamatória aguda é mediada por moléculas de 
neutrófilos, basófilos, mastocitos, eosinófilos, macrófagos, células dendríticas 
e epiteliais. E os principais mediadores químicos envolvidos na inflamação 
aguda são prostaglandinas; as interleucinas IL-1, IL-6, IL-8, fator de necrose 
tumoral TNF-alfa, entre outros. 
Os sinais cardinais da inflamação, ou seja, os sinais fundamentais 
que o organismo emana para indicar uma resposta inflamatória são: edema, 
um inchaço causado pelo aumento de líquido e de células; calor, proveniente 
da fase vascular, onde há o aumento de fluxo sanguíneo no local e 
consequentemente da temperatura; rubor, que nada mais é do que a 
vermelhidão causada pelo aumento da quantidade sanguínea local; dor, 
originada pela ​compressão das fibras nervosas locais devido ao edema, 
agressão direta às fibras nervosas e ação farmacológica sobre as 
terminações nervosas; e por fim a perda da função ​decorrente do edema e da 
dor, que dificulta as atividades​ usuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 3: VISÃO GERAL DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA
 
Fonte: Slides das aulas de Imunologia 
 
Resposta Anti-Viral 
 
Compreende-se também como Sistema Imune Inato a Resposta Antiviral, 
capaz de impedir a replicação do vírus, e ela é possível graças à ação das Células 
NK. 
Apesar de ser menor que uma célula alvo, a Célula NK é morfologicamente 
maior que os linfócitos B e T e são extremamente importantes para combater 
micobactérias, células lesionadas irreparavelmente, células tumorais ou vírus. 
Células saudáveis possuem um codificador proteico chamado Sistema 
Antígeno Leucocitário Humano (HLA), fazendo a NK reconhecer, através do 
receptor KIR, a integridade da célula e cada humano possui uma HLA específica. 
A Resposta ao vírus se inicia quando ​células prejudicadas secretam INF-alfa 
e beta para sinalizar às Células NK para entrar em ação. Ao chegar na célula 
danificada, a NK não reconhece mais HLA, ela reconhece DAMPs, assim ativa 
enzimas, que entrarão nas células que através de efeito cascata entram em lise, a 
morte celular programada, ou seja, apoptose. Macrófagos em ação, secretam IL-12, 
que recruta a NK, que por sua vez, secreta INF-gama, que potencializa a ação 
 
fagocitária do macrofago. Ou seja, é uma ajuda mútua a fim de eliminar o agente 
danoso. Quando o sistema adquirido inicia o processo de auxílio de reparação mais 
potente, linfócitos T secretam IL-10 e NK diminui. 
Além do reconhecimento por DAMPs, a NK pode reconhecer uma célula 
recoberta por anticorpos IgG. 
 
SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO 
 
Diferente do sistema Imune Inato que é inespecífico, o sistema imunológico 
adaptativo ataca de forma específica um patógeno, reconhecendo de forma 
memorável características inatas de cada microrganismo e substâncias. 
Existem dois tipos de imunidade adquirida, são eles: 
 
Imunidade Humoral 
 
Depende do reconhecimento dos antígenos, através dos linfócitos B (LB), 
que produzem os anticorpos. Os linfócitos B reconhecem os antígenos in natura e 
de qualquer natureza química através de imunoglobulina IgM e IgD. 
Durante sua maturação, os linfócitos, ou plasmoblastos como também são 
chamados, recebem em sua membrana celular receptores que são capazes de 
reconhecer os antígenos específicos dos patógenos. E a partir do momento que os 
receptores captam o antígeno, começam a produzir células de defesa. Contudo, 
uma parte dessas células, chamadas ​células ​efetoras ou plasmócitos​, são 
direcionadas para combate imediato da infecção, que produzem e secretam os 
anticorpos. Outra parte, são separadas como células de memória, que não serão 
utilizadas de imediato e sim ficarão armazenadas para agirem, caso haja um 
segundo contato com o microorganismo. 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 4: ESQUEMA SIMPLIFICADO DA IMUNIDADE HUMORAL 
Fonte: Fundamentos da engenharia genética e Imunidade 
 
Imunidade celular 
 
Compreende-se por um mecanismo de defesa mediado por células 
dendríticas, através dos Linfócitos T (LT). 
Diferente dos LB, os LT reconhecem apenas proteínas e para que o linfócito 
T seja ativado, é necessário a presença de células apresentadoras de antígenos 
(APCs), que capturam o microrganismo e o apresenta para as células T através de 
enzimas que decompõem o antígeno em fragmentos, depois o combinam com as 
moléculas de identificação das células (denominadas moléculas do complexo 
principal de histocompatibilidade, ou antígenos leucocitários humanos [HLAs]). O 
HLA combinado com o fragmento do antígeno vai para a superfície da célula 
apresentadora de antígenosonde é reconhecido pelos receptores das células T. 
Em suma, no meio extracelular as células dentríticas, depois de captarem o 
antígeno protéico, internaliza a célula, processa o antígeno dentro delas através dos 
 
lisossomos, depois se liga a MCH II (molécula de apresentação) e leva até os 
órgãos secundários para apresentar o antígeno ao linfócito T diferenciando-se em 
LT auxiliares. 
Entretanto, no meio intracelular, o antígeno será processado por qualquer 
célula que possui núcleo, originando MHC do tipo I, ativando os linfócitos T inativos, 
gerando a proliferação e diferenciação. Os LT efetores irão se transformar em LT 
citotóxicos. 
Vale ressaltar que é necessário o auxílio das moléculas acessórias que 
intensificam e estabilizam a interação entre os MHCs com os receptores. 
 
FIGURA 5: CÉLULA T RECONHECENDO ANTÍGENO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Delves, Peter. Considerações gerais sobre o sistema imunológico 
 
Ainda, os 3 tipos dessas células T, são: 
● LT auxiliares (Helper/CD4): derivadas das células efetoras, produzem 
citocinas, mais especificamente linfocinas, que irão regular o sistema imune, 
auxiliando em respostas imune dos linfócitos B, estimulando a produção de 
 
outros tipos de LT e promovendo a ativação de macrófagos; 
● LT citotóxicos (CD8): são capazes de combater diretamente o patógeno com 
a liberação de proteínas e toxinas, provocando a morte do patógeno no meio 
intracelular; 
● LT supressor: que modera a resposta imunológica, diminuindo as funções 
dos outros dois LTs. 
A IL-2 importante na proliferação e diferenciação dos linfócitos T (CD4 e 
CD8). 
 
FIGURA 6: COMPARAÇÃO ENTRE IMUNIDADE HUMORAL E IMUNIDADE 
MEDIADA POR CÉLULA 
 
Fonte: Slides das aulas de Imunologia 
 
Diferenciação de linfócitos e a troca de isotipo 
 
As respostas a diferentes antígenos podem ser classificadas como 
dependentes e independentes de Linfócitos T. ​No esquema a seguir, podemos 
identificar a diferenciação de linfócitos e a troca de isotipo. 
 
Células B intrafoliculares (localizadas no folículo dos órgãos linfóides) e 
Linfócitos T CD4 são ativados de forma independente um do outro. As células B, 
plasmoblastos, processam de forma ​in natura​, apresentam o antígeno e sintetizam o 
MHC tipo II, assim migram para fora do folículo. As células efetoras LT, expressam 
CD40 e secretam substâncias importantes para dar início a proliferação e 
diferenciação dos LB, para se tornar plasmócitos. Uma vez fora do folículo, LB 
interage com LT através de MHC II e CD40, respectivamente, dando início à 
expansão clonal formando plasmócitos de vida curta. Em seguida, há a formação do 
centro germinativo e a geração de plasmócitos de vida longa, dependendo do 
antígeno. 
 
FIGURA 7: DIFERENCIAÇÃO DE LINFÓCITOS E TROCA DE ISOTIPO 
 
Fonte: Slides das aulas de Imunologia 
 
Ou seja, quando o antígeno for proteico a interação do LB com o LT é 
essencial para uma ótima resposta imunológica, onde é possível ter anticorpos de 
outras classes, memória imunológica longa e gerar plasmócitos de vida longa, IgG e 
IgE no centro germinal. Sem essa interação com LT, o LB só é capaz de gerar 
plasmócitos de vida curta, IgM e IgA. 
 
 
 
 
FIGURA 8: ESQUEMA DE RECONHECIMENTO DE ANTÍGENOS 
 
Fonte: Slides das aulas de Imunologia 
 
Para concluir o presente resumo, temos a troca isotípica, ou seja, ​a troca de 
cadeias entre os anticorpos, se dá por diferentes citocinas. Na imagem, há ilustrado 
de forma clara quais são elas, e quais são os anticorpos resultantes dessa 
interação: 
 
FIGURA 9: ESQUEMA DE TROCA DE ISOTIPO 
 
 
Fonte: Slides das aulas de Imunologia 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CRUVINEL, Wilson​. - ​Sistema Imunitário – Parte I Fundamentos da 
imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta 
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