Tipos de Auditoria em Enfermagem

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO
SEMINÁRIO DE AUDITORIA EM ENFERMAGEM
TIPOS DE AUDITORIA
CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: AUDITORIA EM ENFERMAGEM
NOME DO ALUNO: FABIANA DE SOUZA SILVA DOS SANTOS
R.A: 201804112062 POLO: CARAPICUIBA
DATA: 08/10/21 8ºSEMESTRE
PROFª AMANDA DE CASSIA COSTA DE OLIVEIRA
TÍTULO: Tipos de Auditoria em Enfermagem
1. INTRODUÇÃO
A auditoria segundo Adami (2000) é um sistema de revisão e controle, para informar sobre a eficiência e eficácia dos programas em desenvolvimento, tendo como função não somente indicar as falhas e os problemas, mas, também, apontar sugestões e soluções, assumindo assim um caráter educacional. O conceito de auditoria pode ser estabelecido como sendo uma avaliação sistemática, analítica, pericial e formal de uma atividade por alguém não envolvido diretamente na sua execução, para determinar se essa atividade está sendo levada a efeito de acordo com os objetivos propostos. 
Entende-se que a auditoria em saúde é um tema amplo e um processo comum na saúde suplementar; a auditoria em enfermagem em especifico realiza a avaliação dos registros, anotações e prontuários com a finalidade de verificar, avaliar e melhorar a qualidade do serviço de enfermagem, Brasil (1998). 
A análise sistemática da assistência de enfermagem prestada aos pacientes utiliza a comparação do atendimento prestado com a padronização de atendimento, enfatiza Adami (2000) e juntamente com a utilização de recursos previamente estabelecidos o impulso para mudanças do padrão atual sempre que houver necessidade.
Através da auditoria em enfermagem, Camelo (2009) orienta que se busca proporcionar informação visando à elaboração de novos programas de enfermagem e a revisão dos que já estão em uso; fornecer dados para melhoria da qualidade assistencial e seus registros; obter subsídios para a elaboração de programas de desenvolvimento de recursos humanos em Enfermagem.
Em concordância com Camelo (2009), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, no Capítulo IV – dos deveres, encontram-se orientações sobre o processo de auditoria em Enfermagem, embora sem maiores especificações, Artigo 33: “Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde.” Dessa forma, toda informação que não for registrada é considerada perdida, deixando de oferecer ao paciente as informações corretas a respeito dos cuidados prestados pela equipe de Enfermagem. 
Assim sendo, a auditoria em Enfermagem é uma ferramenta importante para a proteção do cliente por subsidiar a melhoria da qualidade da assistência.
2. OBJETIVOS
Propiciar a construção do conhecimento sobre Auditoria de Enfermagem e com caráter elucidativo, apontar os tipos de auditoria e como está se encontra integrada ao Processo de Enfermagem.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
3.1 Os tipos de auditoria
A auditoria é essencial principalmente durante o atendimento ao paciente, corrobora Campos (2009) porque permite identificar potenciais inconformidades e busca a melhoria da qualidade da assistência. As auditorias utilizadas no serviço de Enfermagem incluem avaliações de resultado, de processo e de estrutura. Quanto a forma de intervenção, a auditoria de enfermagem pode ser dividida em interna ou externa. A interna é quando profissionais fazem a auditoria em sua própria instituição e a externa é quando profissionais de fora fazem auditoria na instituição. 
Beneficios da Auditoria de Enfermagem
No ponto de vista administrativo, Dourado (1974) relata que este procedimento auxilia para que os acordos feitos entre prestadores e operadoras de saúde sejam cumpridos, verificando preços e utilização de materiais, medicamentos, OPMEs (Próteses, Órteses e Materiais Especiais) e realização de procedimentos; além de garantir a qualidade do serviço prestado, também gera indicadores essenciais para a estratégia das instituições de saúde. 
Tipos de Auditoria
3.1.1 Auditoria de Resultado
O resultado, pela perspectiva de Campos (2009) expressa uma mudança do status na saúde do paciente que possa ser atribuída à assistência de enfermagem, e dessa forma determinam quais foram os objetivos alcançados em consequência de intervenções específicas de Enfermagem .
3.1.2 Auditoria de Processo
As auditorias de processos visam a qualidade do conjunto de atividades desenvolvidas, pela equipe de Enfermagem, voltadas para o atendimento das expectativas dos clientes. Este conjunto de atividades recebe o nome de Processo de Enfermagem, e é esse processo de trabalho que deve ser enfocado e analisado quando os indicadores assistenciais apontam falhas no resultado do atendimento de Enfermagem aponta Dourado (1974). Averigua se os padrões da prática foram satisfeitos ou não, presumindo a relação entre a qualidade do enfermeiro e a qualidade do cuidado oferecido.
3.1.3. Auditoria de Estrutura
A auditoria de estrutura observa o local em que se dá o cuidado ao paciente. Averigua a aplicação de recursos, como o ambiente em que é prestado o atendimento, além de todos elementos existentes antes da interação entre o cliente e o profissional de saúde, como, por exemplo, dimensionamento de pessoal, tempo de espera em setores de atendimento de emergência, equipamentos de transporte interno de paciente, que são componentes estruturais para exame da qualidade dos cuidados. Pressupõe-se existir uma relação entre o cuidado qualificado e a estrutura adequada, cita Campos (2009).
3.1.3 Auditoria Prospectiva
O método de auditoria prospectiva, enfatiza Martins (1996) que o foco da função assistencial, não relaciona diretamente sobre o cuidado de Enfermagem, ocorrendo quase sempre sobre procedimentos médicos, como, por exemplo: “emissão de um parecer pelo médico auditor da operadora de plano de saúde sobre um determinado tratamento ou procedimento, sendo que cabe a ele [...], recomendar ou não o procedimento.” No entanto sob o enfoque da função administrativa do enfermeiro, a auditoria prospectiva assume o papel de auditoria de gestão, que representa a avaliação e/ou emissão de opinião sobre processos ou resultados exercidos na produção de serviços no horizonte temporal presente/futuro. Trata-se da avaliação dos procedimentos antes de sua realização.
3.1.4 Auditoria Operacional
É orientada para uma revisão dos cuidados prestados, dentro de um esquema preventivo de resultados finais de menor qualidade. Aquela que verifica a qualidade da assistência durante ou após o atendimento ao paciente, bem como avalia se ela atende aos padrões mínimos esperados. Pode ser realizada através do exame do paciente, confrontando as necessidades de assistência com a prescrição, bem como com a realização de entrevistas com o paciente, os familiares, o funcionário da equipe de Enfermagem, etc. São tipos de auditoria operacional a auditoria concorrente e auditoria de contas hospitalares reforça Martins (1996). 
3.1.5 Auditoria Retrospectiva
A auditoria retrospectiva, que é realizada após a alta hospitalar, ou após a realização da assistência ambulatorial, por meio dos registros em prontuário, não possibilita a reversão de benefícios diretos para o paciente, orienta Martins (1996), mas contribui para a em função de não ir diretamente ao fato, e sim aos elementos que o evidenciam. Trata-se da análise pericial dos procedimentos realizados, após a alta do paciente, como avaliação das prescrições médicas, métodos de admissão do paciente, métodos de cuidado assistencial, relatórios de enfermagem, preenchimento de guias.
4. CONCLUSÃO
A pratica da auditoria constitui – se de uma ferramenta muito valiosa nos serviços de saúde, não só para qualificar a assistência, também como método para adquirir um conhecimento científico e trazer esse saber para a prática da enfermagem.Muitos conhecimentos ainda são necessários - como o estudo de tipos de auditoria, definição de organização e métodos, como também análise de sistemas para que a auditoria de enfermagem tenha pleno êxito. Para elaborar um padrão de desempenho com qualidade se basear na mensuração e avaliação e a partir destes a assistência de enfermagem padronizada alcançará eficiência.
5. REFERÊNCIAS
ADAMI, N.P. A melhoria da qualidade nos serviços de enfermagem. Acta Paul Enferm, v.13, p.190 - 6. 2000. 
BRASIL. Manual de Normas de Auditoria. Brasília: Ministério da Saúde, 1998. 
CAMELO, S. H. H. et al. Auditoria de enfermagem e a qualidade da assistência à saúde: uma revisão da literatura, Rev. Eletr. Enf. Ribeirão Preto – SP, v.11, n4, p. 1018 – 25, Nov./Set. 2009. 
CAMPOS, A. C. S. et al. Auditoria em enfermagem: revisão bibliográfica com ênfase na qualidade da assistência, Rev. Enf. Atual, Fortaleza – CE, v.52, p.17 – 21, 2009.
DOURADO, H. G. Reflexões sobre análise e avaliação na assistência de Enfermagem com vistas a auditoria de Enfermagem. Revista Goiâna de Medicina. 20:115-118, 1974.
MARTINS, M. C.; CERQUEIRA, J. P. Formação de auditores internos da qualidade. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 1996. 
Resultado
Processo
Estrutura
Prospectiva
Operacional
Retrospectiva
Para o paciente: Assistência de qualidade.
Para a equipe de enfermagem: subsidios para a melhoria do cuidado.
Para a Instituição: Controle de custos e qualidade.
Para a profissão: Desenvolve indicadores da assistência.