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Kindelberger. World In Depression Qual a melhor solução para obter a ordem, uma homogeinizaçao? Regimes – instituições são criadas para servir regimes, mas não necessariamente associadas a elas. Para haver ordem nas RI, nós tendemos a defender a existencia de regimes, principios e normas compartilhados de forma com que se possa praticar as tais políticas comuns. Protecionismo desenfreado é prejudicial pro mundo, o melhor é que possam comerciar e todos os países possam aproveitar um mercado mundial, em vez de existirem mercados autárquicos. Supoe-se hoje em dia que estimular comércio internacional é melhor – esta é a base de um regime economico, liberal, em ordem desde os anos 30. Como se cria esse regime? Há a idéia de que ordem é melhor do que a anarquia. Com essa premissa, os regimes entram. Mas para criá-los, como se faz? É difícil reunir estados para criar regimes. O elemento que facilitaria o entendimento dos estados no sentido de concordarem com o regime/instituição, ele precisa ter capacidade – uma expressão nas RI que facilite essa missão. Não basta crer nos benefícios do liberalismo. Na criação de regimes no pós-guerra, esta missão ficou à cargo dos EUA e da um resquicio à Inglaterra, que era o antigo hegemon. Foram os dois que desenharam a ordem economica do pós-guerra e desenharam o regime comercial liberal. Então você precisa ter uma certa expressão para conseguir reunir estes países. Então há uma relação entre poder e a criação de regimes. Isto não é ponto polêmico, se reconhece a importância do poder para a criação de regimes. O que diferencia é se uma vez criado, estes regimes necessitam ou se estão permanentemente em função do poder. E aqui entre a TEH. I) Teoria da Estabilidade Hegemônica a. Liderança como “responsabilidade” Os EUA criaram estes regimes e desde a década de 70 se fala no declínio desta potencia. Um das principais perguntas da teoria de regimes que muitos teóricos tentam responder é o que aconteceria com um regime quando a potencia que deu origem a ela entra em declínio? Há uma concordancia ao papel do poder na criação, mas uma vez estabelecido, há divergencia entre autores no que diz respeito à importancia do poder. Os realistas acham que sem poder o regime não se sustenta. Outros irão se afastar disso. Instituições teriam um caráter inercial, permanecendo independentemente da situação que os criaram, para os Instituicionalistas. II) A Depressão: aspextos econômicos a. Protecionismo b. Insistência no padrão-ouro i. Tacas de juros e fuga de capitais c. Política monetária Ele escreve o livro na década de 70. Não é livro de RI, não fala sobre TEH explicitamente, mas é tido como primeiro teórico desta corrente. Você só vai ter a expressão “liderança como responsabilidade”. Ele explica a depressão de 30, sublinhando uma explicação, não excluindo outras. Colocando simplificadamente, seu argumento é que a depressão da década de 30 foi bastante ampla e profunda (jogou o mundo todo em depressão severa) porque não houve liderança nas RI que desse conta de assumir a responsabilidade pela organização do caos que se instaurou naquela época. Esta formulação é clássica. Fala da incapacidade britanica, que nao era mais o pais mais poderoso. Os EUA já tinha em algumas décadas se tornado a maior potencia economica internacional e ao mesmo tempo, os EUA numa tradiçao isolacionista, naquele momento não tem o impeto de assumir a lideranca à época. Sintetizando, o hegemona anterior nao consegue mais. Quem poderia agir não quis, preferiu o salve-se quem puder, o que alastrou nessa crise pelo mundo inteiro, havendo um contágio. Concretamente, isto significa que após o crash de 29, a origem da crise nos EUA, eles cederam a algumas tentações que são fatais do ponto de vista geral. O primeiro é o protecionismo. Nos anos 30, o congresso norte-americano aumentou significativamente as tarifas de importação, as tarifas Smoot-Hawley. Com isto esperava-se estimular a indústria nacional, inviabilizando a importação. Isoladamente isto pode até fazer sentido, mas pensar isto no plano internacional, o efeito doméstico e na economia internacional como um todo é diferente: você acaba desestimulando a exportação. O que você ganha por um lado é perdido por outro, pois a prática protecionista é disseminada. Houve um caos também no mundo financeiro. Para sustentar o padrão ouro, uma taxa de cambio fixo, é necessário estabilizar a quantidade de moeda que entra e sai, a moeda nacional e estrangeira. Para se segurar os capitais que começaram a ficar voláteis na crise, com fuga de capitais devido ao pessimismo, as taxas de juros eram aumentadas abruptamente para oferecer remuneração mais atrativa ao capital, para ele ficar no país. De certa forma, a existência de um padrão muito rígido acabou tendo efeitos muito ruins, as taxas altas levam país à recessão. EUA também adotou política monetária ruim, regulando a quantidade de moeda na economia. Com taxa de juros, você segura empréstimos, dificultando a injeção de moeda na economia. Há os encaixes, o quanto o banco tem que manter no BACEN para garantir solidez. Os EUA teve política de taxas mais altas do que deveria. Queriam interromper o boom de 29, estourando a bolha, não reduzindo a taxa de juros como deveriam, o que atrai capital aos EUA quando deveriam estar indo para outros locais. Houve vários equívocos neste momento e com base na leitura deles que kindelberger constrói seu argumento sobre o porque de ter sido esta depressão tão ampla e profunda. III) Argumento da obra a. Depressão ampla e profunda pela incapacidade britânica e da “dalta de vontade” dos EUA em assumir a responsabilidade pela estabilização. Os EUA, que deveriam ser liderança, no momento só pensaram em si mesmo, levando a economia para o fundo. Com base nisso estabelece funções de um país líder no internacional, o que tem que fazer para manter economia internacional fluida, do ponto de vista liberal. IV) Funções do país líder a. Manter um mercado relativamente aberto para os bens afetados – tem a ver com o protecionismo a ser combatido. Quando a depressão se alastra, o mundo está crescendo menos, é interessante para o país líder consumir produtos de países estrangeiros que podem estar encontrando dificuldades no mercado internacional e doméstico, devendo o líder assumir seu papel de importador. b. Provisão de empréstimos de longo-prazo contracíclicos ou pelo menos estáveis – evitam as oscilaçoes economicas, ajudando a impedir recessões e momentos de baixas na economica internacional, a dinheiro de longo-prazo, para investimento produtivo, etc. todo mundo querendo se favorecer ao mesmo tempo nao vai dar certo, é necessário manter estabilidade cambial para comercio funcionar de maneira tranquila. Tem que existir um líder para fazer isso. Não se pode desvalorizar a moeda, com isso se prejudica o comércio internacional. c. Assegurar a coordenação de políticas macroeconômicas - tem a ver com taxa de juros. Tem que existir país líder que assegure que politica macro estejam indo numa mesma direção, para que países continuem crescendo. Naquela época, as políticas foram cada um para um lado, as taxas de juros ficaram muito altas e essa política só favoreceu a depressão em cada país. d. Atuar como um provedor de empréstimos de última instância provendo liquides em crises financeiras – não devemos confundir com o ponto dois. Tem que ter um país líder que atue como provedor de empréstimos de última instância – provendo liquidez, recursos. Aqui já é o momento da crise, com empréstimos de curto prazo, o ponto dois é para prevenir a crise e conta com empréstimos de longo prazo. O FMI tem papel parecido com este ponto hoje em dia: quando países entram em crise, deficit comercial, etc; antes que eles recorram ao protecionismo prejudicial, o FMI entra com recursos, emprestimos, para evitar que precisem ingerir na economia para acumular dólares. V) Poder e regimes Na crisede 30 faltou um líder que exercesse todas essas funçoes, os países precisariam continuar comprando uns dos outros, para nao prejudicar setores exportadores, e todos ou pelo menos a maioria são importadores de capital. Os hegemons sao normalmente aqueles que injetam a moeda que a economia internacional necessita para funcionar, pois tem credibilidade suficiente para conceder empréstimos que mantém outras economias em movimento. Os ítens 1 e 2 tem a ver com o comércio internacional e 3 e 5 tem a ver com os fluxos de capitais. Faltou um país líder, é esta a conclusão. EUA seria aquele capaz de evitar que a crise fosse tão ampla e profunda. Se EUA tivesse atuado naquele momento como bombeiro, isso não teria acontecido. A crise de hoje seria a maior desde a década de 30. Os países se reuniram e estão tentando tomar iniciativas para lidar com ela. Esta crise no momento tem um ítem bastante atual, sendo tratado no G-20, o câmbio. Os EUA ainda não saiu definitivamente da crise, cresceu pouco; a europa está em parte endividada, então dois dos principais centros economicos internacionais ainda tentam se recuperar. A china teve política self-help, não foi solidária, mantém o cambio desvalorizado para manter exportação, já barata por natureza. Não é só a China – há discussão entre China e EUA, que também estaria tentando desvalorizar sua moeda, de maneira menos óbvia. Para tentar estimular sua economia, toma a medida clássica de descer os juros. Mas de que forma isso desvaloriza o dólar, afetando as taxas de câmbio internacionais? Ao fazer isso, há a arbitragem, onde, ao abaixar os juros, torna os empréstimos mais interessantes e as pessoas então usam estes recursos para investir em outros países, valorizando a moeda estrangeira frente ao dólar – levando à sua discreta desvalorização. Os títulos de juros norte-americanos são muito baixos, os atrativos é que são os mais seguros do planeta. Num momento de crise, os capitais vão e compram títulos americanos. Agora estão exepcionalmente baixos. No brasil, a taxa de juros está em torno de 10% e a americana, 0%. Um especulador buscaria remuneração nos países onde a taxa de juros é maior. O brasil é um dos mais críticos neste sentido, pois nossa taxa é uma das maiores do mundo. Os dólares começam a entrar na economia brasileira e o raciocínio básico é que, com mais oferta de dólar, o real acaba se valorizando. É o que o Mantega fez, reclamando disso. Fala que isso foi feito para chegar a este efeito mesmo. Resumo feito por Ana Paula Pellegrino IRischool 2011.2
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