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1
DANIELLA 
A INCORPORAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA DE MEDIAÇÃO NA PRÁTICA DOCENTE DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
SÃO PAULO - SP
2010
DANIELLA 
A INCORPORAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA DE MEDIAÇÃO NA PRÁTICA DOCENTE DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
	Prof. Orientador: _____________________________
	Prof.: ______________________________________
	Prof.: ______________________________________
	Prof.: ______________________________________
						Aprovada: ____/____/____
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho 
Aos meus familiares, a quem devo todo o apoio e entusiasmo que me foram decisivos nesta trajetória em busca do saber. A eles, por acreditarem e, principalmente, pela dedicação e orgulho que expressam por fazer parte desta história, o meu amor eternamente. 
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar. Criador de todo o universo, Autor da minha vida, que me proporcionou oportunidades valiosas nas áreas educacional e profissional. Tenho certeza que sem Ele eu não estaria agora escrevendo estas palavras de agradecimentos. Porque, Dele por Ele, para Ele são todas as coisas, inclusive minha vida e fé.
Aos familiares que carinhosamente contribuíram com esta conquista. Pela confiança e disponibilidade, proporcionando a efetivação de mais um sonho, que com certeza enriquecerá a prática profissional. 
Aos amigos pela valiosa oportunidade de conviver e compartilhar experiências, conhecimentos, conquistas, felicidades e angústias nas etapas percorridas do período do curso, sempre com perseverança. 
A gratidão, virtude entre todas as virtudes, também frustra a quem a pratica, por ser impossível lembrar a todos que a merecem. São tantos aqueles a quem neste momento devo ser grata que é impossível a todos direcionar palavras de maneira individual. Rogo a Deus, que a cada um estenda sua mão, permitindo que a harmonia que só Ele pode dar seja a minha mensagem de 
Muito obrigada! 
RESUMO
O presente estudo trás discussões acerca do contexto atual da sociedade informacional, com suas significativas transformações e evolução tecnológica, enfatizando a incorporação da tecnologia da informação e comunicação como ferramenta de mediação na prática docente da educação a distância, por haver um consenso que o ensino calcado em significados para o aluno deve estar em sintonia com os avanços tecnológicos. Para tanto, realizou-se um estudo exploratório-descritivo, apoiado em levantamento bibliográfico sob o referencial da pesquisa qualitativa, no intuito de identificar o papel assumido pelos educadores na Educação à Distância, assim como os recursos hipermediáticos de comunicação providos pela Internet que estão sendo incorporados na prática didática. Os achados da literatura evidenciam que os autores comungam da opinião da viabilidade de incorporação da tecnologia em contextos de aprendizagem formal, por possibilitar ao aluno autonomia e responsabilidade pelo aprendizado, criando assim uma experiência mais dinâmica, interativa e atraente, facilitando, reforçando e otimizando o processo de ensino através de ferramentas de comunicação, de colaboração e de publicação de conteúdo, como as salas de bate papo, fóruns, correio eletrônico, videoconferências, entre outros meios virtuais. Ao educador cabe assumir o papel de mediador e propor situações desafiadoras que permitam ao aluno o uso dessa tecnologia como recurso na resolução de atividades práticas contextualizadas, de caráter exploratório. 
Palavras-chave: Educação a Distância; Educador; Mediação Pedagógica; Recursos.
ABSTRACT
The present study behind discussions about the current context of the informational society, with its significant changes and technological developments, emphasizing the incorporation of information technology and communication as a tool of mediation in the teaching practice of distance education, because there is a consensus that underpinned the teaching in meaning to the student should be in line with technological advances. For both, there was a descriptive exploratory study, supported in bibliographic references in the qualitative research in order to identify the role played by educators in distance education, as well as resources hypermediatic communication provided by the Internet being incorporated into teaching practice. The findings in the literature show that the authors share a view of the feasibility of incorporating technology into formal learning environments, by allowing the student autonomy and responsibility for learning, creating an experience more dynamic, interactive and engaging, facilitating, enhancing and optimizing teaching process through tools of communication, collaboration and publishing content such as chat rooms, forums, email, videoconferencing, and other virtual media. The educator should bear the role of mediator and propose challenging situations that allow the students using this technology as a resource in solving practical activities contextualized, exploratory. 
Key words: Distance Education; Educator; Pedagogical Mediation; Resources.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................08
1.1 Justificativa...........................................................................................................10
1.2 Objetivos...............................................................................................................11
1.2.1 Geral..................................................................................................................11
1.2.2 Específicos........................................................................................................11
2 MATERIAL E MÉTODO..........................................................................................12
3 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................14
3.1. A Incorporação da Tecnologia da Informação e Comunicação no Contexto Educacional como Recurso Pedagógico....................................................................14
3.2. A Internet como Recurso Pedagógico na Prática Didática.................................24
3.2.1. Canal de Divulgação e Comunicação..............................................................26
3.2.2. Subsídio Para a Pesquisa Científica................................................................28
3.2.3. Correio Eletrônico (e-mail)................................................................................29
3.2.4. Transmissão de Conversa................................................................................30
3.2.5. Grupos de Discussão.......................................................................................31
3.2.6. Transferência de Arquivos ...............................................................................33
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................49
1 INTRODUÇÃO
A evolução do conhecimento vem transformando a sociedade no decorrer história. Hoje, vivencia-se a Sociedade da Informação, também denominada Era do conhecimento, na qual as tecnologias estão presentes em todos os lugares e consequentemente as pessoas encontram-se totalmente dependentes delas, por proporcionarem às suas vidas facilidades e praticidades. Essas transformam o tempo e redimensionam muitas idéias da atualidade, o que implica em uma série de mudanças, novas aprendizagens e adaptações que precisam ser inseridas no dia-a-dia; assim, seria impossível ignorar a presença da tecnologia, tão pouco sua importância. Portanto, é preciso desenvolver competências e habilidades para se apropriar das vantagensoferecidas pela mesma. 
Se referindo sobre o uso da tecnologia da informação e comunicação, Martins (2005) e Loureiro et al. (2010) esclarecem estar consolidada a influência desta na sociedade contemporânea. Assim sendo, práticas sociais, relações comerciais e a educação estão sendo cada vez mais orientadas por e para estes recursos.
De acordo com Silva (2005) e Kenski (2008), a utilização da tecnologia no processo de ensino-aprendizagem encontra-se plenamente justificada ao ser considerado um dos objetivos básicos da Educação, que consiste em preparar os alunos para serem cidadãos críticos, atuando ativamente em uma sociedade plural, democrática e tecnologicamente avançada. 
Portanto, no momento atual, esse novo modelo de comunicação que disponibiliza diversas fontes de informação demanda um novo cenário de aprendizagem que ultrapasse as barreiras geográficas, ou seja, não fique limitada a quatro paredes de uma sala de aula, trazendo como proposta uma educação problematizadora (FERRARI et al., 2009). 
Libâneo (2006), um dos mais conceituados estudiosos da área educacional, reconhece que a sociedade atual experimenta mudanças rápidas e complexas, devido ao fluxo de informações variadas e numerosas, veiculado de modo prático e fácil pelos novos meios de comunicação, como, por exemplo a rede mundial de computadores, conhecida popularmente como “Internet”. Por esta razão, os educandos possuem um conhecimento aprofundado dos ambientes virtuais e digitais. 
Libâneo (2006) elucida que a geração atual está acostumada a aprender através dos sons, cores, imagens fixas das fotografias ou, em movimento, nos filmes, vídeos e programas televisivos, uma vez que o mundo encontra-se repleto de cores, imagens e sons, muito distante do espaço quase que exclusivamente monótono, monofônico e monocromático que a escola tradicional costuma oferecer. Na opinião do autor, os educadores devem enfrentar, de modo adequado, as constantes e significativas mudanças decorrentes da tecnologia, tornando-se capazes de dominarem a linguagem informacional, uma vez que todo profissional que atua em práticas de transmissão e assimilação de saberes é, em sentido amplo, um pedagogo. Por isso, devem vencer as barreiras existentes, como, por exemplo, a aversão que muitos apresentam no que diz respeito à tecnologia, em virtude de uma visão tecnicista, ou mesmo por temerem que sejam, num futuro, substituídos pelos recursos tecnológicos que avançam de modo assustador, incorporando-se nos cotidianos das pessoas e fazendo-as dependentes de seu uso.
Neste contexto, de intensa transformação, surgiu a Educação à Distância – EAD, uma modalidade de ensino, cuja proposta principal é conciliar o uso das tecnologias ao processo educacional, com o intuito de ampliar a possibilidade de educação (PRIMO, 2001). 
É importante notar que de forma semelhante à estrutura organizacional da modalidade presencial, os projetos educacionais a distância também demandam equipes especializadas para atuarem na mediação pedagógica e gestão, desde as políticas públicas até os níveis mais específicos como é o caso da elaboração e implementação dos materiais didáticos para uma proposta de curso (PRADO, 2002).
Diante desta constatação, objetiva-se investigar na literatura como os educadores podem usar a tecnologia da informação e comunicação como recurso didático no processo de ensino-aprendizagem, procurando aprofundar o conhecimento sobre mediação pedagógica na Educação à Distância. 
1.1. Justificativa 
A escolha por abordar esta temática se deu em razão da existência de muitos mitos e crenças que envolvem o fenômeno da tecnologia, que impedem o educador de realizar ações capazes de promover o trabalho pedagógico eficaz utilizando-a no cotidiano profissional. É fato que as transformações tecnológicas ocorridas nas últimas décadas têm sido tão rápidas, amplas e profundas que as pessoas não tiveram tempo suficiente para se apropriarem e refletirem sobre os seus resultados e vantagens. Na área educacional, a situação apresenta-se ainda mais complexa, uma vez que o ensino formal demorou por muito tempo para se comprometer com essas transformações. 
Apesar disso, nos últimos tempos, uma parcela de pesquisadores e professores, responsáveis e conscientes, estão interessados em descobrir as potencialidades das novas tecnologias, de modo as integrarem na prática docente, a partir de um modelo que integra comunicação e educação. Entendem esses estudiosos que essas descobertas e aplicações são capazes de promoverem um novo tipo de construção de conhecimento mais rico, profundo e significativo. 
Portanto, espera-se com a realização do presente estudo desencadear um reflexão escrita sobre a docência na Educação à Distância na perspectiva do papel mediador do educador quando da adoção das tecnologias de informação e da comunicação. 
1.2 Objetivos 
1.2.1 Geral 
Desencadear uma reflexão escrita sobre a utilização de recursos tecnológicos no contexto educacional, enfocando a Educação a Distância que propõem um ensino através de práticas de comunicação mediatizada pelas tecnologias virtual e digital.
1.2.2 Específicos 
Discutir a Internet como recurso pedagógico e a maneira como os educadores podem usá-la para acrescentar uma dimensão útil e completamente nova ao ensino formal;
Expor o posicionamento dos autores sobre o papel a ser desempenhado pelos educadores na Educação a Distância.
2 MÉTODO
De acordo com os seus objetivos, este estudo classifica-se como sendo um levantamento bibliográfico, de caráter exploratório-descritivo, realizado sob o referencial da pesquisa qualitativa, por ser um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento. Este pode ser caracterizada como sendo o primeiro passo do pesquisador para realizar uma pesquisa cientifica; através dela é possível fazer levantamentos dos dados já existentes em material publicado, constituído principalmente por livros-texto, artigos científicos, dissertações, entre outros (MARCONI; LAKATOS, 2006). 
Segundo Gil (2007), as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. Já as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinado fenômeno, onde o pesquisador procura descrever a realidade de modo fidedigno, sem se preocupar em modificá-la e visa aumentar a experiência em torno de determinado problema.
Seguindo esse referencial metodológico, realizou-se uma busca informatizada da literatura científica a partir da Biblioteca Virtual em Saúde – BIREME, nas seguintes bases de dados bibliográficos: LILACS (Literatura Latinoamericano e do Caribe de informação em Ciências da saúde); e SCIELO (Bases de Dados de Enfermagem), utilizando os seguintes descritores: educação, distância, recursos, educador. 
Os critérios de inclusão dos artigos utilizados na seleção foram: um recorte temporal, incluindo-se somente publicações dos últimos dez anos; publicações nacionais redigidas em língua portuguesa; presença dos termos escolhidos no título ou presença dos descritores anteriormente citados; e artigos indexados na íntegra, disponíveis somente na base de dados escolhidas.
Para a realização deste estudo, foram seguidas as fases descritas para um levantamento bibliográfico, onde foi utilizado um quadro sinóptico, apresentando os seguintes aspectos das publicações selecionadas: autoria, ano de publicação, objetivo, tipo de pesquisa (descritiva, bibliográfica, estudo de caso, relato de experiência, entre outros) e resultados obtidos. 
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. A Incorporação da Tecnologia da Informação e Comunicação no Contexto Educacional como Recurso Pedagógico 
Segundo Sampaio e Marin (2004), a literatura publicada, nas últimas duas décadas, sobre os problemas no âmbitoeducacional é extensa e unânime em denunciar a baixa qualidade de ensino oferecida pelo sistema escolar brasileiro. Observa-se um grande número de pesquisas demonstrando que a indisciplina e desatenção em sala de aula, juntamente com as precárias condições de trabalho do educador  que assumem também a forma de despreparo profissional para a organização do conteúdo escolar e dos procedimentos didáticos , o baixo status profissional e as dificuldades para enfrentar eficazmente as características apresentadas pelo corpo discente, significam obstáculos à realização dos ideais propostos pelo ensino formal, sobretudo da rede pública.
Neste contexto, o educador tem um importante papel a desempenhar. Deve ser, antes de tudo, um estimulador da curiosidade, uma fonte de orientações para que o aluno se sinta apoiado no processo de construção de seu conhecimento. Nesse processo, muitos recursos podem se apresentar como facilitadores, em especial os recursos tecnológicos (LOUREIRO et al., 2010). Estes podem ajudar na melhoria da qualidade do ensino, porém como afirma Ferreira (1998), o recurso tecnológico somente tem valor quando se qualifica o educador. Do contrário, passa desapercebida. 
Não é mais admissível ao educador ser apenas um repassador de informações, pois a informação pode ser conseguida fora da escola. Logo, a sua função passa a ser de facilitador do processo ensino-aprendizagem. Porém, para que isso ocorra, é preciso que o educador esteja capacitado para definir o momento e o instrumento que deve ser utilizado, que tenha conhecimento das possibilidades que cada recurso oferece e a partir daí possa fazer uma escolha consciente. 
É importante notar que as transformações tecnológicas ocorridas nas últimas décadas têm sido tão rápidas, amplas e profundas que as pessoas não tiveram tempo suficiente para se apropriarem e refletirem sobre os seus resultados. Na área educacional, a situação se apresenta ainda mais complexa, uma vez que a educação formal demorou por muito tempo para se comprometer com todas as inovações trazidas pela tecnologia da comunicação e informação. Apesar disso, nos últimos tempos, estudiosos e educadores, responsáveis e conscientes, apresentam-se interessados em descobrir as potencialidades das novas tecnologias, de modo as integrarem aos recursos metodológicos tradicionais, a partir de um modelo que associa comunicação e educação, surgindo assim uma nova pedagogia que se baseia na comunicação, a chamada Pedagogia Interativa, rompendo com o modelo pedagógico tradicional ( SANTOS, 2003; BIANCHINI, 2005; FREIRE, 2007).
Entendem esses estudiosos que tais descobertas e aplicações são capazes de promoverem um novo tipo de construção de conhecimento mais rico, profundo e significativo. Na visão de Grinspun (1999, p. 30) trata-se de uma formação que possibilita o domínio “de um código científico, cada vez mais especializado, capaz de fazê-los entender o mundo que os cerca”.
Portanto, a introdução das tecnologias da informação na Educação está associada não apenas a mudanças tecnológicas, mas também sociais. É preciso também criar ambientes especialmente destinados a aprendizagem onde os alunos possam construir os seus conhecimentos de forma cooperativa e interativa não esquecendo os estilos individuais de aprendizagem (LOUREIRO et al., 2010).
Para Valente (2002, p. 27), antes de qualquer discussão acerca de qual a melhor forma de utilizar a tecnologia no ensino formal, faz-se necessário ter a clareza do potencial de cada modalidade de utilização. Para o autor, não se trata de uma substituir a outra, como aconteceu com a introdução de outras tantas tecnologias na nossa sociedade. O importante é compreender que cada uma destas modalidades apresenta características próprias, vantagens e desvantagens. Estas características devem ser explicitadas e discutidas de modo que as diferentes modalidades possam ser usadas nas situações de ensino-aprendizagem que mais se adequam.
Por essa razão, conforme observa Belluzzo (2005), os educadores devem se conscientizarem de que a educação encontra-se integrada no cenário de transformações e constitui um referencial na chamada “sociedade em rede”, configurando-se em uma situação emergente a mudança de postura no que se refere à migração da sua identidade de transmissora de informação e de cultura para uma condição de ensinar a aprender e a pensar, preparando pessoas para que prolonguem os benefícios da escola além de seus muros, tornando funcionais os conhecimentos adquiridos, e, acima de tudo, para que saibam empregar o poder da inteligência na vida profissional e cotidiana. 
Assim, deve-se dar ênfase ao ensino e aprendizagem, sob o enfoque de um novo paradigma conceitual e prática, voltado para a formação de cidadãos capazes de integrarem-se à Era Digital, cujo princípio fundamental encontra-se embasado no desenvolvimento de competências para o uso da informação e na capacidade intelectual de transformá-la em conhecimento, com uma inovadora condição de aprendizado contínuo e crescente. Neste contexto, o educador deve utilizar as ferramentas básicas de Informática como, por exemplo, processador de textos, editor de desenhos, planilhas eletrônicas, banco de dados, Multimídia e Internet, a fim de possibilitar o desenvolvimento de habilidades para o enriquecimento da prática pedagógica (JOLY, 2002).
Diante do exposto, é possível afirmar que ensinar da maneira tradicional, na atualidade, apresenta-se insuficiente e inadequada para atrair a atenção e motivar a aprendizagem dos alunos. No entanto não é suficiente apenas colocar computadores nas escolas.
Conforme observa Moran (1997, p. 34), as tecnologias apenas quando dentro de um projeto inovador:
...sensibilizam para novos assuntos, trazem informações novas, diminuem a rotina, nos ligam com o mundo, com as outras escolas, aumentam a interação (redes eletrônicas), permitem a personalização (adaptação do trabalho ao ritmo de cada aluno) e se comunicam facilmente com o aluno, porque trazem para a sala de aula as linguagens e meios de comunicação do dia-a-dia.
Pode-se entender com esta afirmação que a tecnologia por si só não aumenta o desempenho dos alunos. Aumenta sim, a capacidade do educador em prender a atenção deles. Falha-se em acreditar cegamente que alta tecnologia é sinônimo de qualidade. 
Libâneo (2006, p. 41) em sua obra confirma a importância dos educadores modificarem suas atitudes diante dos meios de comunicação, sob o risco de serem superados por eles. Contudo, o autor enfatiza que: 
...é insuficiente ver os meios de comunicação meramente como recursos didáticos. Os meios de comunicação social (mídias e multimídias) fazem parte do conjunto das mediações culturais que caracterizam o ensino. Como tais, são portadores de idéias, emoções, atitudes, habilidades e, portanto, traduzem-se em objetivos, conteúdos e métodos de ensino.
Na visão de Belluzzo (2005), “navegar” na Internet, inserir-se em comunidades virtuais e conhecer novas linguagens constituem habilidades que devem ser incorporadas no cotidiano dos alunos, assim como as habilidades antigas como, por exemplo, ser organizado, saber escrever o idioma, ler outras línguas, comunicar-se, escrever, criar novos conhecimento, entre outras.
Veraszto et al. (2006) consideram que a inserção da tecnologia dentro da sala de aula pode proporcionar um ensino diferenciado que tem muito a oferecer aos estudantes de uma maneira geral e, além disso, pode tornar-se atrativo à medida que se consegue trazê-lo para próximo da realidade do aluno. Constata-se não haver mais espaço para a educação centrada somente nos livros didáticos, no educador e na rigidez do currículo. A escola deve ser um lugar de aprendizagem, um espaço onde são facultados meios para construir conhecimento, atitudes, valores e adquirir competências. Desse modo, a educação estará articulada com a sociedade da informação. 
Veraszato et al. (2007) elucidam que Educação Tecnológica significa ir além do que apenas buscar uma nova maneira de ensinar o conteúdo das aulas, de forma ser possível,através da integração curricular, formar alunos como cidadãos participantes, críticos e capazes de solucionar problemas cotidianos de caráter tecnológico em uma sociedade plural e democrática. 
Dessa maneira, o papel do educador que integra os recursos tecnológicos à sala de aula tradicional é o de moderador e não o de transmissor de conhecimentos. Cabe, então, segundo Kenski (2008), saber aproveitar as várias possibilidades que esta tecnologia oferece para, juntamente com os alunos, criar oportunidades mais efetivas de ensino, desde que ocorra letramento digital suficiente.
Belluzzo (2005) confirma que os educadores vêm desempenhando o papel de intermediários entre os alunos e as fontes de informação, como a Internet, que permitem a existência de verdadeiras auto-estradas de informações, removendo inúmeras barreiras no acesso e uso destas, possibilitando o acesso diretamente aos documentos eletrônicos, independentemente de sua localização. 
Assim, o educador assume o papel de orientador dos alunos para que estes possam procurar, selecionar e organizar as informações, organizar o tempo e os estudos e construir conhecimentos de forma autônoma ou em comunidades virtuais de aprendizagem. O educador, enquanto incentivador em todo este processo, também integra e forma equipes para discussões, pesquisas e realização de trabalhos. 
Para tanto, os educadores, como coordenadores e orientadores necessitam possuir fluência tecnológica e conhecerem as peculiaridades e necessidades dos alunos. Este profissional se responsabiliza pela elaboração de material interativo, estratégias para promoção da aprendizagem (autônoma e em grupos) e metodologias de acompanhamento e avaliação (do processo e dos alunos).
 O trabalho de reflexão-crítica do educador, para a utilização da Internet como ferramenta metodológica está, então, vinculado ao contexto da aprendizagem (mediatizada tecnologicamente), aos métodos (distintos dos utilizados presencialmente), aos alunos, às próprias questões tecnológicas (hardwares e softwares necessários e problemas técnicos) e outras questões permeadas pela cultura digital, psicologia e administração do tempo e conceito do que seria necessário aprender. 
Santos (2003) é favorável à incorporação da tecnologia como ferramenta pedagógica no sentido de apoiar os trabalhos dos educadores e alunos. A autora entende que o computador e a Internet chegaram para contribuir no processo trabalho dos indivíduos, bem como para estimular o uso dessas tecnologias nos diversos campos do conhecimento. Esses recursos não vieram para substituir o educador e sim para agregar valores a sua forma de ensinar. 
Na concepção de Silva (2005), não é necessária a criação de novas disciplinas para a inserção da tecnologia em sala de aula, uma vez que situações-problema (atividades práticas contextualizadas) podem servir como complemento curricular visando não somente uma alternativa para o ensino, mas também uma integração curricular multidisciplinar. Por essa razão, o autor sugere a potencialização da liberdade intelectual, estimulação do pensamento crítico, a criatividade e a comunicação entre os alunos, a fim de romper a monotonia da aula, através de uma série de estratégias, contribuindo assim para motivá-los no processo de aprendizagem. 
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, editados pelo Ministério da Educação, referentes às orientações para formação de educadores, constata-se que entre as competências pretendidas para os educadores da educação básica, independentemente do nível de ensino em que atuam, encontra-se preconizado: fazer uso das novas linguagens e tecnologias, considerando os âmbitos do ensino e da gestão, de forma a promover a efetiva aprendizagem dos aluno (BRASIL, 2001). 
É importante notar que a incorporação da tecnologia da informação e comunicação como recurso pedagógico na prática didática do educador precisa atentar para questões que vão do diagnóstico das necessidades dos alunos até a avaliação de todo o processo. A implantação em uma instituição educacional deve ser feita por uma equipe multidisciplinar, que estabelecerá um roteiro detalhado de trabalho. A primeira etapa é a da previsão do cronograma de discussões e preparo do material didático e dos educadores. Este plano, para obter êxito, deve ter o apoio do gestor, que precisa, ainda, possuir uma estrutura administrativa e tecnológica que se responsabilize pela parte burocrática, no que diz respeito a hardwares e softwares necessários e também pelo suporte técnico-pedagógico (KENSKI, 2008).
Outro aspecto a ser ressaltado diz respeito ao plano pedagógico, que nos novos paradigmas educacionais continua sendo de fundamental importância, já que encontra-se voltado para a elaboração do processo de ensino-aprendizagem como um todo, prevendo que os alunos terão ritmos e seguirão caminhos diferentes, e, oferecendo alternativas mais dinâmicas e personalizadas (TARJA, 2001).
O plano também deverá atentar para o tempo a ser gasto, em média, em cada uma das etapas e instituir mecanismos que ajudem os alunos a administrarem o tempo em cursos realizados de forma digital. Com isso, a escola passará por um processo de reflexão que compreende desde a sua estrutura até seus valores. O ambiente educacional – tradicionalmente linear, dominador e conteudista – deve, agora, ser cooperativo, hipertextual, promotor da liberdade de pensamento e incentivador das pesquisas individuais e de equipe (KENSKI, 2008).
Segundo Veraszto et al. (2006), a adoção da tecnologia no enfino formal pode abrir espaços para uma nova pedagogia baseada no saber coletivo. Ou seja, um saber que não está localizado de forma isolada em ponto algum. Um saber que só é total se pensado que cada um pode contribuir de forma significativa no aprendizado do grupo. 
Mas, para que o computador não acabe sendo utilizado na educação simplesmente como um "quadro negro eletrônico" é necessário deixar de ensinar para orientar o aprendizado. A orientação relaciona-se à aquisição de habilidades de estudo, pesquisa, questionamento, autonomia e construção de conhecimentos, através da disponibilização de conteúdos de diferentes mídias e interação entre as pessoas. 
Joly (2002) ressalta que os recursos tecnológicos devem ser usados como mais um instrumento educacional, aliados a tantos outros recursos já existentes no ensino formal. Dentre suas aplicações educacionais, destaca-se como instrumentos de divulgação, de comunicação e de pesquisa e no apoio ao processo de ensino-aprendizagem.
Nesta perspectiva, conforme observa Furtado (2002), a pesquisa deve ser considerada um processo de descoberta, de investigação da realidade, de busca de soluções, se traduzindo assim em um complexo e construtivo processo de aprendizagem. O autor acrescenta que a utilização da Internet, no âmbito escolar, como subsídio à pesquisa, no processo ensino-aprendizagem, é considerado como nova ferramenta cognitiva, no sentido de que oferece uma infinidade de recursos informacionais. Sobre essa questão assim se manifesta Ferreira (1998, p. 785):
O uso da Internet no ensino tira o caráter de conhecedor-único do educador, conduzindo a um novo modelo no qual a responsabilidade pelo aprendizado passa pela busca individual do estudante. A Internet pode ter um papel fundamental neste ambiente de troca. Assim como livros, visitas técnicas, pesquisa de campo, periódicos, vídeos, e seminários dão suporte a formação do estudante, a Internet também pode ser utilizada no processo de ensino-aprendizagem.
A Internet compreende uma vasta quantidade de informação que abrange uma enorme variedade de assuntos. Hospeda catálogos de bibliotecas, artigos, notícias, relatórios, multimídia, informação de referência, informação institucional e opiniões pessoais.
Segundo Silveira (2009), as mídias tecnológicas sejam elas o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outras, têm favorecido as experimentações e potencializado formas de resolução de problemas.
D’Ambrosio (1998) confirma que os aplicativos de modelagem e simulaçõestêm ajudado alunos e educadores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer de uma forma que permita a articulação, num trabalho colaborativo e nos processos de descoberta de maneira dinâmica e uma interação entre teoria e prática, estimulando a experimentação.
É oportuno lembrar que uma das características do trabalho escolar se refere à sua organização em disciplinas, com conteúdos estanques, segmentados e desarticulados entre si. O uso da Internet, em um projeto de pesquisa, torna viável o trabalho interdisciplinar, uma vez que a linguagem informacional extrapola o conteúdo de diversas disciplinas. Outro resultado positivo diz respeito a intensificar a participação do trabalho em grupo, a comunicação e a interação entre a comunidade escolar. “O aluno desenvolve a aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados. A interação bem sucedida aumenta a aprendizagem” (MORAN, 1997, p. 146).
Perrenoud (2000) afirma que as tecnologias podem facilitar o processo interdisciplinar, por apresentarem uma série de vantagens em relação aos métodos convencionais e facilitarem a troca imediata de informações, a visualização de subtarefas como parte de tarefas mais globais, bem como a adaptação da informação aos estilos individuais de aprendizagem, o encorajamento à exploração, maior e melhor organização das idéias, maior integração e interação, agilidade na recuperação da informação, maior poder de distribuição e comunicação nos mais variados contextos. Há um consenso na sociedade contemporânea, em possuir o ensino formal a responsabilidade de proporcionar ao seu corpo docente e discente o domínio das tecnologias. Torna-se necessário completar a informação contida nos livros didáticos com sons, música, fotografias e animação, os quais podem ser encontrados, manipulados e reconstituídos na Internet. 
Moran (1997) entende que através da navegação na Internet, o aluno adquire bom senso, gosto estético e intuição. Bom senso para, diante de tantas possibilidades, saber selecionar, em rápidas comparações, o que é mais interessante. O gosto estético ajuda a reconhecer e apreciar sites bem elaborados, que integram texto, imagem e som. Intuição leva a aprender por erros e acertos, por conexões não lineares e através dos hipertextos, textos interconectados. 
Para desenvolver um projeto de pesquisa tendo como instrumento principal a Internet, o educador deve estar consciente de que estará conduzindo um processo dinâmico de busca de informações, constituído de fases, onde nem sempre os alunos caminham de maneira uniforme e que envolve o intelecto e também a emoção. Sendo assim, esse primeiro contato com uma nova experiência de pesquisa escolar, envolvendo tecnologia, pode provocar inibição nos alunos e criar uma situação de incerteza quanto aos resultados esperados.
Conforme observa Primo (2001, p. 148), “o educador pode desempenhar um papel de provocador ao enviar questões e desafios que desequilibram as certezas motivando o grupo a pôr em discussão determinados temas de interesse”.
Nesse cenário, em vez do educador transmitir conteúdos acabados, cada participante ajuda os outros sugerindo e debatendo assuntos e referências. Para que a interação, em sala de aula e via rede, tenha resultados positivos, o educador deve saber negociar, discutir, ouvir e sugerir atividades aos alunos e não somente impor, controlar, como acontece na comunicação face a face.
Valente (2002) lembra que, no momento atual, o computador passou a fazer parte da lista de material que o aluno da graduação deve adquirir e o seu uso se tornou rotineiro em praticamente todas as atividades desde a produção de documentos, uso em sala de aula e em laboratório, consulta a banco de dados, comunicação entre alunos e aluno-educador e desenvolvimento das disciplinas. Isso significa que o aluno sai da Universidade com um bom conhecimento sobre o uso da Informática. Porém o processo pedagógico envolvido no preparo do aluno de graduação ainda não sofreu mudanças profundas e enfatiza-se basicamente a transmissão de Informação.
De forma geral, sabe-se que transformar em realidade o ensino tecnológico se traduz em uma árdua tarefa, exigindo do profissional de educação, pesquisa, conhecimento e, acima de tudo, abertura para as mudanças, como assim preleciona Tarja (2001, p. 125) “A incorporação das novas tecnologias de comunicação e informação nos ambientes educacionais provoca um processo de mudança contínuo não permitindo mais uma parada, visto que as mudanças ocorrem cada vez mais rapidamente e em curtíssimo espaço de tempo”.
O que se esboçou evidencia que ao educador atribui-se a tarefa de acompanhar constantemente as mudanças observadas no campo tecnológico, na intenção de ampliar seus métodos educacionais, possibilitando, dessa forma, maior interação entre docentes e discentes na atual sociedade informatizada (JOLY, 2002). No item seguinte, objetiva-se discutir de forma aprofundada a Rede Mundial de Computadores como recurso pedagógico e a maneira como os educadores podem usá-la para acrescentar uma dimensão útil e completamente nova ao ensino formal. Além de identificar e descrever as ferramentas disponíveis na rede mundial de interesse para a prática didática. 
3.2. A Internet como Recurso Pedagógico na Prática Didática
Até o presente momento foi esclarecido que apesar da necessidade urgente da incorporação de tecnologias de informação e comunicação no contexto educacional, muitos são os desafios a serem vencidos para, assim, serem utilizadas como recursos pedagógicos no ensino formal. Silveira e Joly (2002) esclarecem que dentre as tecnologias de informação e comunicação, a Internet disponibilizou a tecnologia da informação a um grupo imenso de pessoas, mas percebe-se, que embora possua um vasto potencial educativo, às vezes é subtilizada, ignorando-se seu caráter instrutivo.
A Internet é definida como uma rede mundial de computadores capaz de interligar vários computadores, ou várias redes menores, por um sistema de comunicação e um padrão de protocolos para comunicação e troca de informações (HAHN; STOUT, 1995). 
Resumidamente, é possível afirmar que a Internet constitui um sistema mundial de redes de computadores interconectados. Os computadores e as redes de computadores intercambiam informação usando o protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) para se comunicarem entre si. Os computadores estão conectados via redes de telecomunicações e a Internet pode ser usada para enviar e-mails (mensagens eletrônicas), para transferência de arquivos e para acesso à informação na Rede (World Wide Web).
Exemplos de redes de informação conectadas por Internet inclui bibliotecas, hospitais, centros de pesquisa, departamentos de governo e universidades. 
Desde o seu surgimento até os dias de hoje, a Internet revolucionou o modo de usar o computador e as formas de comunicação, sem qualquer precedente de comparação, em razão de disseminar conhecimentos e informações, por compreender um número considerável de documentos com os mais variados conteúdos que podem ser consultados de qualquer parte do mundo e pelas mais diversas pessoas. 
A escola, no cumprimento de suas atribuições, deve tornar a Internet uma tecnologia de uso coletivo, multiplicar e otimizar seu uso como recurso educacional para o corpo docente e discente, “...em razão de alguns trabalhos demonstrarem que pode trazer melhorias consideráveis para o processo de ensino-aprendizagem, tanto nas aulas teóricas, quanto nas aulas experimentais” (FERREIRA, 1998.p. 783).
Moran (1997) afirma que a educação presencial pode modificar-se significativamente com as redes eletrônicas. As paredes das escolas se abrem, as pessoas se intercomunicam, trocam informações, dados e pesquisas.
Desse modo, a educação é otimizada pela possibilidade de integração de várias mídias, acessando-as tanto em tempo real como assincronicamente, isto é, no horário favorável a cada indivíduo, e também pela facilidade de colocar em contato educadores e educandos. 
3.2.1. Canal de Divulgaçãoe Comunicação
A Internet deve ser usada como mais um instrumento educacional, aliada a tantos outros recursos que o ensino formal. Dentre as suas aplicações pedagógicas, destaca-se como instrumento de divulgação e de comunicação através da utilização de canais como “salas de bate papo”[footnoteRef:1] que possibilitam a troca de idéias entre educadores, alunos, direção e funcionários em geral, de forma imediata, ou ainda, murais e fóruns. [1: 	A transmissão de conversa pela Internet - IRC (Internet Relay Chat), ou popularmente conhecido como “sala de bate-papo”, ao contrário do correio eletrônico, permite que um usuário participe de uma conversa on-line através de textos em tempo real com outros usuários. A transmissão ocorre da seguinte maneira: um canal (ou sala de bate-papo), mantido por um servidor, transmite o texto digitado por cada usuário que (entra na sala) a todos os outros usuários que já estão participando (KENSKI, 2008).] 
Na opinião de Tarja (2001), a Internet é um excelente canal de comunicação acessível, veloz e que traz muitos benefícios para a educação, tanto para o educador como para o aluno, pela facilidade das pesquisas e pela possibilidade de troca de experiência entre os mesmos. 
Assim, a divulgação pode ser institucional onde a escola mostra o que desenvolve ou, ainda, particular na qual grupos, educadores ou alunos criam suas home pages pessoais, com o que produzem de mais significativo. A pesquisa pode ser feita individualmente ou em grupo, durante a aula ou em outro horário, podendo ser uma atividade obrigatória ou livre. Nas atividades de apoio ao ensino, é possível obter textos, imagens, sons do tema específico do programa, utilizando-os como um elemento a mais, junto com livros, revistas e vídeos. A comunicação ocorre entre educadores e alunos, entre educadores e educadores, entre alunos e outros colegas da mesma ou de outras cidades e países. A comunicação se dá com pessoas conhecidas e desconhecidas, próximas e distantes, interagindo esporádica ou sistematicamente.
Portanto, como canal de comunicação, a Internet funciona para divulgação institucional ou particular. A instituição escola pode usar a rede para disseminar sua filosofia, atividades administrativas e pedagógicas, serviços e produtos, como resultado do trabalho da comunidade escolar. Os próprios educadores e alunos também podem ter suas home pages pessoais, divulgando suas produções mais significativas. Isso funciona como incentivo à produção, uma vez que esta não irá ficar nos armários da escola, podendo assim ser útil para outras comunidades escolares. E, tudo isso, isto sem depender de autorização de emissoras, jornais ou conselhos editoriais. Outro aspecto positivo é que ao produzir textos e imagem, os educadores e alunos esforçam-se para comunicar melhor suas idéias, para produzir um trabalho bem elaborado, aumentando assim o padrão de exigência de seus trabalhos.
A educação formal, através da Internet, como meio de comunicação, pode oferecer a sua comunidade os seguintes serviços: assinar lista de discussões para os educadores da escola, de acordo com a sua área de especialidade; usar o correio eletrônico como caixa postal coletiva, contribuindo para a troca de informações; assim como também, utilizar as conferências em linha para comunidade escolar. Em termos de recursos informacionais, provê acesso imediato a uma quantidade significativa de informações científicas, culturais e artísticas, ampliando assim as possibilidades de pesquisa dos estudantes.
3.2.2. Subsídio Para a Pesquisa Científica 
Além de ser um canal de divulgação, a Internet pode subsidiar a pesquisa científica no âmbito educacional. Para Furtado (2002), a pesquisa deve ser considerada um processo de descoberta, de investigação da realidade, de busca de soluções, se revelando num complexo e construtivo processo de aprendizagem que envolve toda a pessoa. Porém, no sistema escolar, ao contrário, o processo de pesquisa sempre foi considerado um dos grandes problemas entre as suas atividades. A principal causa para essa realidade é que a pesquisa escolar se restringe a simples cópia de verbetes de enciclopédias, e não a um processo de descoberta, de busca de informações.
No entendimento de Belluzzo (2005), a pesquisa na escola deve constituir uma forma de educar e uma estratégia que facilita a educação. Assim, educar pela pesquisa é um enfoque propedêutico, ligado ao desafio de construir a capacidade de reconstruir, na educação básica. Trata-se de um desafio voltado para considerar a pesquisa como maneira de educar, perseguindo o conhecimento novo, privilegiando como seu método o questionamento sistemático crítico e criativo. 
Amaral e Pacata (2003, p. 96) afirmam que “A educação terá que capacitar pessoas que irão enfrentar um mundo digital de uma forma reflexiva e crítica”. Assim, é necessário que a escola esteja preparada para educar com os meios tecnológicos.
Considera-se o uso na Internet, no ensino formal, como subsídio à pesquisa como nova ferramenta cognitiva, no sentido de que oferece uma infinidade de recursos informacionais, acrescentando aos já disponíveis no acervo da instituição. Esta compreende uma vasta quantidade de informação que abrange uma enorme variedade de assuntos. Hospeda catálogos de bibliotecas, artigos, notícias, relatórios, multimídia, informação de referência, informação institucional e opiniões pessoais. Nesta, a informação é criada a partir de diferentes fontes incluindo instituições acadêmicas, agências de governo e organizações profissionais.
3.2.3. Correio Eletrônico (e-mail)
O correio eletrônico, também conhecido como e-mail, constitui a ferramenta mais popular da Internet. Permite usar o computador para efetuar comunicação um-a-um entre indivíduos que têm interesses em comum. As mensagens são privadas e entregues através de contas individuais. O endereço indica o lugar onde o usuário tem uma caixa postal. Através do e-mail é possível solicitar arquivos, informações, fazer pesquisas e enviar comandos para operar computadores remotos que realizam tarefas para o usuário. Às vezes, o e-mail envolve um grupo de receptores, todos recebendo a mesma mensagem. Mensagens via e-mail permitem o acesso imediato a outras pessoas da rede: um emissor compõe uma mensagem; a mensagem é arquivada na rede; o receptor pode visualizar a mensagem na tela quando desejar. Também podem ser feitas cópias da mensagem, se necessário.
Trata-se de um recurso que permite uma comunicação entre duas pessoas (ou mais, se o autor decidir enviar uma cópia de sua mensagem para outras), correspondendo a um ambiente ideal para os alunos praticarem e desenvolverem suas habilidades lingüísticas. O correio eletrônico pode ser direcionado para grupos de usuários em diferentes níveis geográficos: local (entre alunos da mesma turma ou escola), nacional ou internacional. Se o educador contar com a infra-estrutura adequada e tiver a devida disposição e tempo livre, poderá estabelecer um centro de e-mail para alunos através do qual estes poderão fazer contato e manter correspondência. Os alunos terão a oportunidade de usufruir de um meio de comunicação para falar tanto de aspectos pessoais como sobre assuntos de cunho acadêmico. Esses textos podem ser por sua vez comentados pelo educador ou mesmo por outros alunos, num seminário tipo “Delphi.” [footnoteRef:2] [2: 	 Em um seminário do tipo “Delphi” não somente o educador tem a oportunidade de ler e analisar as composições dos seus alunos mas também os próprios alunos lêem e analisam os trabalhos dos seus colegas. Dessa forma, cada estudante tem a oportunidade de receber vários tipos de feedback, de leitores com experiências de vida.] 
Possuindo uma conta de correio eletrônico individual, os alunos poderão também fazer assinaturas de mailing lists (listas de correspondência ou de mala direta) e receber regularmente informação sobre o assunto da lista. Essas mailing lists são diferentes dos newsgroups ou discussion groups da Usenet (listas ou grupos de discussão), uma vez que a mala direta só estádisponível para quem tiver obtido uma assinatura da mesma enquanto que os newsgroups são documentos públicos que podem ser vistos por qualquer pessoa que os acesse. As mailing lists funcionam basicamente da seguinte forma: Ao fazerem uma assinatura à mailing list de sua escolha, os alunos poderão fazer perguntas e obter informação sobre assuntos específicos. Talvez o aspecto mais interessante do correio eletrônico na Internet seja a superabundância de mailing lists de discussão disponíveis, que praticamente cobrem os interesses de todos. Uma mailing list é gerada por um programa de computador que recebe todas as missivas e as distribui por todos os subscritores da lista. Quase todas as mailing lists oferecem inscrições gratuitas para qualquer pessoa com um endereço de correio eletrônico. 
3.2.4. Transmissão de Conversa
A transmissão de conversa pela Internet - IRC (Internet Relay Chat), ou popularmente conhecido como “sala de bate-papo”, ao contrário do correio eletrônico, permite que um usuário participe de uma conversa on-line através de textos em tempo real com outros usuários. A transmissão ocorre da seguinte maneira: um canal (ou sala de bate-papo), mantido por um servidor IRC, transmite o texto digitado por cada usuário que (entra na sala) a todos os outros usuários que [já estão conversando]. Em geral, um canal é dedicado a um tópico específico, que pode ser indicado pelo [seu] nome. Um cliente IRC mostra os nomes dos canais ativos no momento, permite que o usuário entre em um [deles] e, em seguida, apresenta a fala dos outros participantes em linhas separadas para que o usuário possa responder. O IRC foi inventado em 1988 por Jarkko Oikarinen da Finlândia.
O IRC pode ser considerado uma ferramenta interativa útil e ágil em razão de oferecer ao aluno a oportunidade de conversar de forma sincrônica com outras pessoas em qualquer parte do mundo. É um ambiente ideal para os alunos praticarem e desenvolverem suas habilidades lingüísticas. Como o correio eletrônico, o IRC pode ser direcionado para grupos de usuários em diferentes níveis geográficos: local (entre alunos da mesma turma ou escola), nacional ou internacional. Espera-se que os alunos usem as salas de bate-papo num contexto comunicativo real para falar tanto de aspectos pessoais de interesse deles como sobre assuntos de cunho acadêmico. 
Devido ao fato de a comunicação no IRC ser feita através de textos escritos, pode ajudar muito no desenvolvimento e solidificação de outras competências comunicativas. 
Existe uma variante do IRC conhecida como MOO (software de realidade virtual baseado em texto), que na minha opinião é menos útil do que a sala de bate-papo, já que requer uma dimensão lúdico-criativa bastante desenvolvida e um nível quase nativo de comando da língua estrangeira. Esse ambiente virtual é muito popular nos Estados Unidos, mas até agora não tem gozado da mesma aceitação em outras partes do mundo. Independente do formato do ambiente de IRC que se use, há benefícios óbvios para quem quer que use esse recurso da Internet. Assim, os alunos podem receber aulas tutoriais, [assistir] palestras e praticar exercícios com outros. 
3.2.5. Grupos de Discussão
Os grupos de discussão também podem ser usados com fins educacionais, e funcionam de forma semelhante ao correio eletrônico. A diferença é que as pessoas inscritas na lista são emissoras e receptoras simultaneamente e a comunicação ocorre de modo coletivo. As listas agrupam pessoas com o mesmo objetivo sobre determinado assunto, como, por exemplo, os conteúdos de uma disciplina, e por este motivo, podem ser uma grande aliada para reunir de forma mais rápida e participativa alunos e educadores.
Através das listas de discussões, ou grupos de discussões, denominados Newsgroup, cada usuário integra-se em um grupo sobre um tema específico. As contribuições de cada participante são carregadas nas mensagens de correio eletrônico, o qual envia uma cópia de cada mensagem enviada para todos que tenham assinado a lista para discussões do grupo. Para além do um-a-um do e-mail, os grupos de discussão favorecem o trabalho cooperativo e a troca de informações, sem a necessidade de as pessoas estarem fisicamente próximas.
Segundo Sedicyas (2000) trata-se de um Fórum destinado ao encadeamento de debates sobre um conjunto específico de assuntos. Este compreende artigos e publicações de acompanhamento. Um artigo que contém todas as respectivas publicações de acompanhamento – todas as que são (supostamente) relacionadas ao assunto especificado na linha de assunto do artigo original – constitui um encadeamento. 
Cada newsgroup tem um nome composto de várias palavras, separadas por pontos, que indicam o assunto do fórum sob a forma de categorias cada vez mais específicas, como “rec.crafts.textiles.needlework”. Alguns newsgroups podem ser lidos e publicados em apenas um site. Outros, como os das sete hierarquias da Usenet ou da ClariNet, circulam por toda a rede. 
Assim sendo, para os alunos que tenham interesses especiais, as listas ou grupos de discussão representam uma excelente fonte de informação. A maioria dos grupos de discussão tem uma temática específica e geralmente lida com assuntos de interesses de pessoas adultas: sociedade, política, história, economia, entre outros. Isso faz com que muitos desses grupos de discussão não sejam do interesse de estudantes mais jovens. Porém, devido ao fato de existir na Usenet uma infinidade de tópicos, interesses e orientações pessoais, é possível encontrar algo para qualquer aluno , mesmo os mais jovens ou os menos convencionais. 
O objetivo é fazer com que o aluno visite regularmente uma lista de discussão do seu interesse e que participe nela ativamente. Com essa participação, o estudante terá a oportunidade de praticar várias competências comunicativas, tanto passivas como ativas, através da Usenet, lendo as mensagens colocadas no newsgroup e respondendo às comunicações de outros usuários. 
Talvez a característica mais marcante dos grupos de discussão da Usenet é o fato de eles reunirem pessoas de formação muito diversa. Um newsgroup tipicamente reunirá desde estudantes até educadores universitários, jornalistas, escritores e outros profissionais que compartilham o mesmo interesse pelo assunto. 
3.2.6. Transferência de Arquivos 
O File Transfer Protocol (FTP) é um sistema de transferência de cópias de arquivos de um computador para outro, de uma máquina remota para outra, e vice-versa, na Internet. Com o FTP o usuário pode buscar arquivos em qualquer computador da rede. A transferência de arquivos pode ocorrer entre duas pessoas numa rede de trabalho ou envolver o acesso a uma central onde o arquivo está localizado, em algum lugar da rede.
Diante do exposto, constata-se que as novas tecnologias de informação e comunicação, disponibilizadas pela Web, têm impactado as esferas de estudo, trabalho e lazer de tal forma que os próprios conceitos de tempo e espaço estão assumindo novas configurações. A quebra dos conceitos de espaço e tempo lineares apresenta novas possibilidades para a exploração de diferentes experiências, em diferentes “lugares” e “temporalidades”, rompendo as fronteiras que limitavam o ser humano. 
Da maneira semelhante, os modelos educacionais têm sido alterados por essas tecnologias implicando em novas formas de aprender no século XXI. A real mudança acontece na forma de comunicação utilizada. Ao invés da comunicação unidirecional de “um-para-todos” (de baixa interatividade), presente em aulas expositivas, agora é possível a comunicação de “todos-para-todos”. Esta é caracterizada pelo alto nível de interatividade e pela utilização de ferramentas digitais assíncronas e síncronas, que possibilitam aos alunos a interação com os materiais, com os colegas e com o educador. Estes alunos são os jovens da “Geração Net”, que já nasceram envoltos por mídias digitais. Isso faz deles, pela primeira vez na história da humanidade, indivíduos mais instruídos e confortáveis em relação a uma inovação tecnológica do que as gerações mais velhas.A geração digital, por pertencer à cibercultura, é autônoma, questionadora, colaborativa, aberta intelectualmente e empreendedora; mas, apresenta menor capacidade de concentração e fragmentação de idéias. Tais características possibilitam o trabalho em equipe, a formação de comunidades virtuais e a visão de que o conhecimento constitui um capital – de tal forma que "essas crianças já estão aprendendo, brincando, comunicando-se, trabalhando e criando comunidades muito diferentes das de seus pais" (TAPSCOTT, 1998, p. 2). 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca inicial com os descritores “educação” e “distância” identificou 425 publicações na base de dados LILACS e 39 na SCIELO. A estes descritores foram acrescentados mais dois: “recursos” e “educador”, o que resultou na localização de 32 artigos na primeira base de dados e 13 na segunda. 
Após leitura de todos os resumos encontrados nesta última busca, foram selecionados finalmente 12 artigos científicos, constituindo assim a amostra do presente, por abordarem alguns os recursos tecnológicos utilizados na Educação a Distância e outros o papel desempenhado pelo educador nesta modalidade de ensino. 
O agrupamento destes textos encontra-se exposto no Quadro 1, a partir das variáveis investigadas: autoria, ano de publicação, objetivo, tipo de pesquisa e resultados, evidenciando os achados e conclusões dos autores sobre a temática abordada. 
Com base neste levantamento é possível afirmar que a EAD destina-se à formação de adultos em nível de graduação, pós-graduação, extensão, cursos sequenciais e educação continuada, e caracteriza-se pelas atividades de ensinar e aprender, quando educadores e alunos encontram-se presentes em espaços geográficos diferentes, podendo acontecer em tempos síncronos (que demandam a conexão simultânea dos participantes) e assíncronos (que possibilitam a interação dos sujeitos independentemente de tempo e de espaço), conectados por tecnologias 
Quadro 1 – Apresentação das publicações selecionadas no levantamento bibliográfico. São Paulo, 2010.
como a Internet, e modificando a atitude do aluno diante do processo de aprendizagem, uma vez que passa a ser agente deste processo, haja vista depender do seu interesse e da sua ação para que ocorra efetivamente o aprendizado (RODRIGUES, PERES, 2008). 
Por esta razão, existe uma preocupação entre os estudiosos sobre os aspectos pedagógicos, em virtude das evidências mostrarem que não é somente a tecnologia que garante o sucesso dessa modalidade de ensino, mas o papel do educador, denominado “tutor” e do aluno na educação a distância. Desse modo, educar na modalidade a distância, significa adotar uma abordagem pedagógica colaborativa ou cooperativa, e, ainda, saber utilizar as ferramentas das tecnologias de informação e de comunicação não só disponibilizando materiais, mas assumindo o educador o papel de mediador, no intuito de interagir, trocar, aprender em grupos, cooperar e colaborar, mudando e transformando a sua prática didática. Logo, é possível constatar que apenas transferir a prática educacional presencial para o ambiente digital não significa uma EAD de qualidade, mas sim disfarçar as práticas tradicionais (LEAL, 2009; SANTOS, 2009; SCHWARTZMAN et al., 2009; LAGUARDIA et al., 2010). 
Maftum e Campos (2008) esclarecem que a intenção com a EAD é superar o modelo de ensino-aprendizagem tradicional, por ser centrado na figura do professor, considerado como detentor do conhecimento. Para tanto, propõem-se concepções de aprendizagem que investem no conhecimento como construção, exigindo do aluno movimentos de busca, crítica, estudo, produção, autonomia e compartilhamento entre os seus pares, assumindo o educador o papel de mediador, utilizando as tecnologias da informação e comunicação como recursos didáticos e adotando abordagens educacionais com enfoques na problematização.
Isso significa adoção de um modelo mais flexível, dinâmico e descentralizado, com uma concepção fundamentada na prática pedagógica crítica e reflexiva, humanista de seus educadores. A proposta pedagógica enfatiza a relação dialógica que centraliza o processo de ensino-aprendizagem no aluno, no qual o papel do educador é de parceria, constituindo-se em estímulo para a aprendizagem e incentivo à reflexão (BARBOSA, REZENDE, 2006).
O que significa, conforme observam Bastos e Guimarães (2003), que no processo de ensino, as tecnologias devem ser utilizadas de modo que possibilitem aos alunos a oportunidade de interagirem e trabalharem em problemas e projetos significativos, incentivando dessa maneira o pensamento reflexivo, dialógico, contextual, complexo, intencional, colaborativo, construtivo e ativo. Além disso, deve-se fazer, também, uma análise de cada uma dessas tecnologias de ponta, frente à possibilidade de viabilizar construtivismo a distância, ou seja, as aplicações construtivistas da tecnologia.
Os autores consultados são favoráveis à incorporação da tecnologia como ferramenta pedagógica no sentido de apoiar os trabalhos dos educadores e alunos. A autora entende que o computador e a Internet chegaram para contribuir no processo trabalho dos indivíduos, bem como para estimular o uso dessas tecnologias nos diversos campos do conhecimento. Esses recursos não vieram para substituir o professor e sim para agregar valores a sua forma de ensinar (MAFTUM, CAMPOS, 2008; LEAL, 2009; SANTOS, 2009; SCHWARTZMAN et al., 2009; LAGUARDIA et al., 2010). 
. Assim, nos últimos tempos, é grande o interesse em desvendar as potencialidades das novas tecnologias no ensino formal, de modo às integrarem aos recursos metodológicos tradicionais, a partir de um modelo que associa comunicação e educação, surgindo uma nova pedagogia que se baseia na comunicação, a chamada Pedagogia Interativa, rompendo com o modelo pedagógico tradicional.
Entende-se que tais descobertas e aplicações são capazes de promoverem a construção de um conhecimento mais rico, profundo e significativo (SANTOS, 2009; SCHWARTZMAN et al., 2009). 
Na EAD as tarefas do educador são divididas em três categorias: tarefas de concepção e realização dos cursos e materiais; planejamento e organização da distribuição dos materiais e da administração acadêmica; e acompanhamento do aluno. Portanto, este profissional passa a assumir as funções de criador, formador e realizador de cursos e materiais, pesquisador, tutor, "tecnólogo educacional" e monitor. A tutoria, portanto, se apresenta como uma das funções que o professor a distância passa a assumir (SARMET, ABRAHÃO, 2007). 
Portanto, atribuí-se ao docente a função de mediar o processo de aprendizagem dos alunos, assegurando o cumprimento dos objetivos de ensino. Ele deve propor atividades sob o referencial da problematização e auxiliar na sua resolução, sugerindo – quando necessário – fontes adicionais de informação.
O educador na EAD assume a mediação pedagógica construtivista, no intuito de apoiar a construção do conhecimento do aluno, incentivando o desenvolvimento de processos reflexivos. Deve ainda preparar os planos de estudos, currículos e programas; pesquisar e se atualizar em sua disciplina; orientar os alunos e os instrutores; organizar pedagogicamente os conteúdos adequados a cada suporte técnico; providenciar respostas às dúvidas do aluno; e coordenar grupos de estudo nas ações presenciais (BARBOSA, REZENDE, 2006; OLIVEIRA, 2007).
A EAD surge como uma forma alternativa de educação possuindo algumas características fundamentais que dizem respeito à autonomia e independência com que o aluno tem de atuar, sendo este responsável pela organização do tempo dedicado ao estudo, a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de sua aprendizagem, uma vez que as tecnologias da informação e comunicação disponibilizam grandes potencialidades de criação de novos meios mais performáticos de mediatização, proporcionando maior complexidade ao processo ensino/aprendizagem, devido a simulação, virtualidade e acessibilidade à uma quantidade significativa de informações.Os pesquisadores conseguiram demonstrar que nessa forma de aperfeiçoamento do conhecimento, o ensino com recursos de hipertexto, torna-se dinâmico e interativo, haja vista a Internet permitir o acesso a textos, som, imagens, vídeos, jogos e animações (RODRIGUES et al., 2008; FEIJÓ, TAVARES, 2010). 
Dessa maneira, várias funções exercidas pelo educador em uma tradicional sala de aula como, por exemplo, exposição oral do conteúdo, instruções de como, do que e quando estudar, explanações sobre os tópicos abordados, entre outras, são substituídas, por um processo de ensino-aprendizagem desenvolvido através de resumos explicativos, recursos audiovisuais, textos auxiliares, roteiros de estudo, pequenos testes que podem ser preenchidos e corrigidos várias vezes, dentre outros inúmeros recursos, que dependerão dos objetivos de cada disciplina (TODOROV et al., 2009). 
Vale aqui ressaltar que como ferramentas para a EAD o educador por muito tempo utilizou somente material impresso apoiado por transmissão em televisão, fitas de vídeo e áudio, CD-ROM e kits de material experimental. Mais recentemente, introduziu na sua prática didática a orientação por computador, videoconferências, teleconferências, biblioteca virtual, mural de recados, bases de dados bibliográficos, correio eletrônico, Fórum, Chat, que são recursos tecnológicos disponibilizados pela Internet que permitem um aprendizado independente, aberto, interativo, dinâmico e investigador (OLIVEIRA, 2007). 
Logo, o educador tem na sua rotina a função de monitoramento do “chat púbico”, também denominado de “sala de bate papo” , em virtude da exigência de sempre haver um tutor disponível para auxiliar os alunos que apresentam dúvidas.
A segunda atribuição diz respeito à verificação dos e-mails enviados à Central de Tutoria, aos quais devem ser respondidos no prazo máximo de quatro horas. As mensagens são de várias natureza e enviadas tanto por instrutores como alunos: dúvidas sobre conteúdo, questões administrativas, envio de atividades pedagógicas e mensagens de caráter social contendo assuntos como festividades, acontecimentos do cotidiano, entre outros. 
Ainda utilizando o e-mail como ferramenta de mediação, o educador tem a demanda os exercícios pedagógicos realizados pelos alunos que aguardam correção. Trata-se de uma atividade diária e representa a maior parte das mensagens recebidas por esse meio. Na sua realização os tutores utilizam: o gerenciador de e-mail, o programa específico do exercício e a base de dados no aplicativo Microsoft Access, onde consta a Ficha Individual do aluno, para atribuir a nota. 
Outras atividades da prática didática do educador na EAD são estudar o conteúdo das disciplinas oferecidas pelo curso a fim de dominá-las e atualizá-las continuamente, formular os exercícios e roteiros para debates nas aulas virtuais e nos fóruns, assim como a construção de banco de dados e a inserção das questões no sistema informatizado. 
No estudo da Laguardia et al. (2010) foi evidenciado que os educadores utilizam algumas estratégias para o exercício da tutoria, como, por exemplo, o “mural”[footnoteRef:3] para instigar/incentivar a participação dos alunos; as mensagens postadas no fórum[footnoteRef:4] para extrair temas/assuntos a serem abordados nas mensagens aos alunos e a leitura dos textos das unidades antes do início dos fóruns, para aumentar a familiaridade com o tema em discussão. Outra estratégia mencionada foi estimular os alunos a buscarem outras referências e informações frente às suas dúvidas, no intuito de estimularem o processo de investigação e reflexão. [3: 	Mural de recados corresponde a um espaço virtual no qual são informadas aos alunos todas as mudanças e novidades do curso (KENSKI, 2008).] [4: 	Diferente dos chats ou salas de discussão, os fóruns virtuais não permitem um debate em tempo real, em que os participantes estejam todos conectados ao mesmo tempo. Seu funcionamento é, portanto, assíncrono, ou seja, ocorre em tempos diferentes, a partir das possibilidades que cada participante tenha. Inicia-se a partir de proposições do professor ou do envio de dúvidas, questionamentos ou temas para debates pelos próprios alunos e, na medida em que é possível, cada participante vai respondendo as proposições (KENSKI, 2008).] 
Neste estudo, os tutores mencionaram usar o fórum como estratégia pedagógica por ser um ambiente de articulação de conhecimento e interação social, proporcionando assim uma aprendizagem significativa e contextualizada, ao criar um espaço de comunicação e interação para troca de conhecimentos e experiências diversificados, devido o seu aspecto aberto e democrático, onde todos podem expressar sua compreensão particular das questões discutidas. Através da autonomia, o aluno torna-se mais ativo na construção de um conhecimento compartilhado, exigindo, contudo, uma argumentação mais articulada e maior consistência ao seu discurso (LAGUARDIA et al., 2010). 
Bastos e Guimarães (2003) adotaram, dentre os recursos tecnológicos utilizados para o desenvolvimento do curso a distância, a videoconferência[footnoteRef:5], no sentido de contextualizar conteúdos, resgatar experiências, integrando ou consolidando novas habilidades e conhecimentos à vida do aluno, instrumentalizado-o para atuar nas situações concretas. Através desta tecnologia, é possível permitir uma primeira aproximação "visual" do educador com o grupo e entre os próprios alunos, diminuindo a distância e a ansiedade de um trabalho mediado pela tecnologia, dando-lhe uma abordagem mais humana. [5: 	Videoconferência constitui uma tecnologia que permite que grupos distantes, situados em dois ou mais lugares geograficamente diferentes, comuniquem-se "face a face", através de sinais de áudio e vídeo, recriando, a distância, as condições de um encontro entre pessoas (KENSKI, 2008).] 
Os grupos de discussão[footnoteRef:6] também podem ser usados com fins educacionais, e funcionam de forma semelhante ao correio eletrônico. A diferença é que as pessoas inscritas na lista são emissoras e receptoras simultaneamente e a comunicação ocorre de modo coletivo. As listas agrupam pessoas com o mesmo objetivo sobre determinado assunto, como, por exemplo, os conteúdos das disciplinas do curso,e por este motivo, podem ser uma grande aliada para reunir de forma mais rápida e participativa alunos e educadores. [6: 	Através dos grupos de discussões, denominados Newsgroup, cada usuário integra-se em um grupo sobre um tema específico. As contribuições de cada participante são carregadas nas mensagens de correio eletrônico, o qual envia uma cópia de cada mensagem enviada para todos que tenham assinado a lista para discussões do grupo. Para além do um-a-um do e-mail, os grupos de discussão favorecem o trabalho cooperativo e a troca de informações, sem a necessidade de as pessoas estarem fisicamente próximas (KENSKI, 2008).] 
A partir do exposto, constata-se que o educador na EAD tem a incumbência de propor a discussão de situações-problema do cotidiano profissional do aluno, que é o objetivo central da metodologia desta modalidade de ensino. 
Também são tarefas da sua prática didática: avaliar os trabalhos elaborados pelos alunos; dar respostas às mensagens eletrônicas dentro da maior brevidade possível; registrar as avaliações do aluno no site do curso; esclarecer dúvidas pessoalmente ou por um dos meios de comunicação; gerir a aprendizagem do aluno, estimulando-o a buscar informações e a formular hipóteses. Essas ações não são predefinidas e pré-modeladas: cada profissional traçará seu próprio percurso, carregado de sua experiência como docente, de acordo com a necessidade do aluno e com a situação que ele enfrenta (BARBOSA, REZENDE, 2006). 
Considera-se a EAD um desenvolvimento inovador no ensino formal que adota a tecnologia para facilitar o aprendizado, sem as limitações de tempo ou de lugar. Portanto, com o advento da tecnologia, a nova noção de comunidade de aprendizagem moveu-se para os espaços virtual e digital (RODRIGUES, PERES, 2008). 
Apesar disso, nos últimos tempos,estudiosos e professores, responsáveis e conscientes, apresentam-se interessados em descobrir as potencialidades das novas tecnologias, de modo as integrarem aos recursos metodológicos tradicionais, a partir de um modelo que associa comunicação e educação, surgindo assim uma nova pedagogia que se baseia na comunicação, rompendo com o modelo pedagógico tradicional e propondo uma abordagem mais flexível, dinâmica e descentralizada, com uma concepção fundamentada na prática pedagógica crítica e reflexiva e humanista (BASTOS, GUIMARÃES, 2003; (BARBOSA, REZENDE, 2006). 
Entendem esses estudiosos que tais descobertas e aplicações são capazes de promoverem um processo de aprendizagem autônomo e independente, no qual o aluno torna-se ativo na construção de um conhecimento mais rico, profundo e significativo (MAFTUM; CAMPOS, 2008). 
Portanto, a introdução das tecnologias da informação na Educação está associada não apenas a mudanças tecnológicas, mas também pedagógicas. É preciso também criar ambientes especialmente destinados a aprendizagem onde os alunos possam construir os seus conhecimentos de forma cooperativa e interativa não esquecendo os estilos individuais de aprendizagem (BARBOSA, REZENDE, 2006).
Neste contexto, o educador deve utilizar as ferramentas disponibilizadas pela Internet como banco de dados, fórum, chat, videoconferência, bibliotecas virtuais, grupos de discussão, correio eletrônico, entre outros, a fim de possibilitar o o enriquecimento da prática pedagógica (SARMET, ABRAHÃO, 2007; MAFTUM, CAMPOS, 2008; LEAL, 2009; SANTOS, 2009; SCHWARTZMAN et al., 2009; TODOROV et al., 2009; LAGUARDIA et al., 2010). 
A incorporação destes recursos na prática didática faz com que o educador assuma o papel de provocador ao enviar questões e desafios que desequilibram as certezas motivando os alunos a colocarem em discussão determinados temas de interesse (OLIVEIRA, 2007). 
Dessa maneira, o educador que integra os recursos tecnológicos à prática didática é o de mediador e não o de transmissor de conhecimentos. Este vem desempenhando o papel de intermediário entre os alunos e as fontes de informação, como a Internet, que permite a existência de verdadeiras auto-estradas de informações, removendo inúmeras barreiras no acesso e uso destas, possibilitando o acesso diretamente aos documentos eletrônicos, independentemente de sua localização (LEAL, 2009; SANTOS, 2009; SCHWARTZMAN et al., 2009; LAGUARDIA et al., 2010). 
Assim, o professor assume o papel de orientador dos alunos para que estes possam procurar, selecionar e organizar as informações, organizar o tempo e os estudos e construir conhecimentos de forma autônoma ou em comunidades virtuais de aprendizagem. O educador, enquanto incentivador em todo este processo, também integra e forma equipes para discussões, pesquisas e realização de trabalhos. Este profissional se responsabiliza pela elaboração de material interativo, estratégias para promoção da aprendizagem (autônoma e em grupos) e metodologias de acompanhamento e avaliação (do processo e dos alunos) (RODRIGUES et al., 2008; FEIJÓ, TAVARES, 2010). 
As atitudes dos educadores devem ser a de assumirem o ensino como mediação na aprendizagem ativa do aluno, ou seja, devem considerar os conhecimentos, a experiência e os significados que este possui, assim como seu potencial cognitivo, sua maneira de pensar, e, assim transformar o sujeito num ser pensante.
Deve ser um estimulador da curiosidade, uma fonte de orientações para que o aluno se sinta apoiado no processo de construção de seu conhecimento. Nesse processo, muitos recursos podem se apresentar como facilitadores, em especial os da Internet, que acontecem em ambientes virtuais como o fórum de discussão, sala de bate papo, videoconferência, hipertextos.
Desse modo, a EAD vem-se mostrando como uma alternativa viável e eficiente para uma aprendizagem contextualizada e significativa. Novas tecnologias permitem um ensino dinâmico via internet com alto grau de interatividade entre educadores e alunos (SANTOS, 2009; SCHWARTZMAN et al., 2009). 
5 CONCLUSÃO
A realização do presente estudo evidencia que a EAD é apontada na literatura como uma modalidade de ensino viável e eficiente, podendo ocorrer através de diversos meios, sendo a Internet, o mais utilizado, pelo fato de proporcionar o maior número de recursos multimídias, rompendo as barreiras geográficas e espaciais que limitavam o acesso à educação para muitos. Porém, para a utilização adequada destes avanços oferecidos por esta tecnologia da informação e comunicação, se faz necessária a criação de ambientes que possibilitem o melhor aproveitamento dos mesmos, os quais devem suprir as diversas necessidades de interação entre os alunos e educadores. 
O que se deve ser compreendido é que com a introdução da tecnologia no ensino a distância, o educador pode ter à sua disposição importantes e poderosos instrumentos para os quais deve buscar a melhor forma de utilização, além do qual os alunos podem pensar e aprender de uma maneira inovadora, criativa, dinâmica e interessante e ao mesmo tempo usufruírem de uma educação que no momento atual inclui autonomia e atuação ativa. O educador, por sua vez, deve estar ciente da importância da introdução das tecnologias da informação e comunicação no ensino de modo a valer-se de seus recursos para colaborar com a construção de um conhecimento significativo e contextualizado. 
A abordagem pedagógica adotada na EAD centra-se no aluno, no intuito de tirá-lo da dependência do educador e atribuir-lhe maior responsabilidade. Dessa maneira, o aluno passa a controlar o seu aprendizado, ganhando assim mais auto confiança e experiência para tomar decisões por conta própria. 
Os recursos disponibilizados, como o fórum de discussão sobre os conteúdos das disciplinas, a videoconferência, a sala de bate papo, o correio eletrônico, entre outros, oferece maior oportunidade para interação e comunicação entre os alunos e educadores; apresenta opções de trabalho em conjunto, através de grupos de estudos virtuais; permite que cada aluno receba e envie suas mensagens pessoais através de “e-mail”; e possibilita ao aluno ir avançando dentro do curso de acordo com seu próprio ritmo, contribuindo para um aprendizado significativo e contextualizado. 
REFERÊNCIAS
BARBOSA, M.F.S.O.; REZENDE, F. A prática dos tutores em um programa de formação pedagógica a distância: avanços e desafios. Interface, Botucatu, v. 10, n. 20, p. 473-486, dez. 2006. 
BASTOS, M.A.R.; GUIMARÃES, E.M.P. Educação a distância na área da enfermagem: relato de uma experiência. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 11, n. 5, p. 685-691, 2003. 
BELLUZZO, R.C.B. Competências na era digital. desafios tangíveis para bibliotecários e educadores. ETD – Educação Temática Digital, v. 6, n. 2, p. 27-42, jun. 2005. 
BIANCHINI, D. SALVI (Sala de Aula Virtual): contribuição para comunicação síncrona em educação mediada por computador. In: BITTENCOURT, A.B. Estudo, Pensamento e Criação. Campinas, SP: Graf. FE, 2005. 
BRASIL. Diretrizes Curriculares Para a Formação de Professores da Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 2001. 
D’AMBRÓSIO, U. Educação matemática: da teoria à pratica. Campinas/SP: Papirus, 1998.
FERRARI, P.C.; ANGOTTI, J.A.P.; TRAGTENBERB, M.H.R. Educação problematizadora a distância para a inserção de temas contemporâneos na formação docente: uma introdução à Teoria do Caos. Ciência e Educação, Bauru, v. 15, n. 1, p.85-104, 2009. 
FEIJÓ, F.E.J.; TAVARES, C.M.M. A educação a distância no ensino de graduação de enfermagem no Estado do Rio de Janeiro: uma abordagem sociocultural dos marcos estruturais - nota prévia. Online Brazilian Journal Nursing, Niterói, v. 9, n. 1, p. 1-11, abr. 2010. 
FERREIRA, V.F. As tecnologias interativas no ensino. Química Nova, vol. 21, n. 6, p. 780-786, nov. 1998. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 35 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007. 
FURTADO, C. A Internet como fonte de pesquisa

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