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Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Não se arriscar é perder a Vida... Soren Kiekegaard Das Ende K. Kolwitz - 1897 Sistema VestibularSistema Vestibular Sistema Sistema NeuromotorNeuromotor Prof. Adj. Dr. med. Prof. Adj. Dr. med. ValdeciValdeci J. PomblumJ. Pomblum Sistema VestibularSistema Vestibular Sistemas de EquilSistemas de Equilííbriobrio O ser humano utiliza três sistemas O ser humano utiliza três sistemas de equilde equilííbrio:brio: 1)1) VisualVisual 2)2) PropriocepPropriocepççãoão ee 3)3) Sistema Vestibular: Sistema Vestibular: éé constituconstituíído do por um sistema de tubos e câmaras por um sistema de tubos e câmaras (labirintos (labirintos óósseo e membranoso).sseo e membranoso). Sistema VestibularSistema Vestibular Labirinto Labirinto ÓÓsseo e Labirinto Membranososseo e Labirinto Membranoso Sistema VestibularSistema Vestibular Sistema Vestibular (SV)Sistema Vestibular (SV) O labirinto membranoso O labirinto membranoso éé o funcional.o funcional. ÓÓrgãos rgãos otolotolííticosticos (s(sááculo e utrculo e utríículo) culo) –– gravidade e gravidade e inclinainclinaçções da cabeões da cabeçça;a; Canais semicircularesCanais semicirculares –– rotarotaçção da cabeão da cabeçça.a. FunFunçção do SVão do SV: transmitir energia mecânica : transmitir energia mecânica ààs cs céélulas lulas ciliadas.ciliadas. Hensen Sistema VestibularSistema Vestibular Sistema VestibularSistema Vestibular Os canais semicirculares estão em planos ortogonais entre si, dispostos como a imagem especular um do outro. Há 20.000 axônios no n. vestibular de cada lado da cabeça. Sistema VestibularSistema Vestibular O O aparelhoaparelho vestibular, vestibular, localizadolocalizado no no ossoosso temporal, temporal, éé responsresponsáávelvel pelaspelas sensasensaççõesões de de equilequilííbriobrio atravatravééss do do labirintolabirinto membranosomembranoso.. A A áárearea sensorial sensorial formadaformada pelaspelas mmááculasculas mantmantéémm o o equilequilííbriobrio dada pessoapessoa atravatravééss dada orientaorientaççãoão dada cabecabeççaa nosnos planosplanos horizontaishorizontais e e verticaisverticais.. Os Os 3 3 canaiscanais semicircularessemicirculares (2 (2 verticaisverticais: anterior e : anterior e posterior; horizontal: lateral)posterior; horizontal: lateral), , atravatravééss dada endolinfaendolinfa, , excitariaexcitaria osos óórgãosrgãos sensoriaissensoriais nana manutenmanutenççãoão do do equilequilííbriobrio.. SensaSensaççõesões VestibularesVestibulares -- EquilEquilííbriobrio Sistema VestibularSistema Vestibular Sistema VestibularSistema Vestibular Está inclinado 30º em relação ao eixo V. Endolinfa: rico em K+ horizontal 60-100 Sistema VestibularSistema Vestibular Conexões Centrais das Conexões Centrais das AferênciasAferências VestibularesVestibulares As As aferênciasaferências do labirinto terminam nos 4 ndo labirinto terminam nos 4 núúcleos cleos vestibulares do tronco encefvestibulares do tronco encefáálico (do mesmo lado) lico (do mesmo lado) e algumas terminam no le algumas terminam no lóóbulo bulo flflóóculoculo--nodularnodular do do cerebelo:cerebelo: 1)1) NNúúcleo vestibular superior (cleo vestibular superior (SS) e o n) e o núúcleo cleo vestibular medial (vestibular medial (MM): recebem ): recebem aferênciasaferências principalmente dos principalmente dos ductos semicircularesductos semicirculares. . Do Do SS, vão para os n, vão para os núúcleos cleos oculomotoresoculomotores e intervêm no e intervêm no reflexo vestreflexo vestííbulobulo--ocularocular ((ROVROV) por meio do ) por meio do fascfascíículo longitudinal medial (FLM);culo longitudinal medial (FLM); Sistema VestibularSistema Vestibular Conexões Centrais das Conexões Centrais das AferênciasAferências VestibularesVestibulares Do Do MM, projetam, projetam--se bilateralmente se bilateralmente àà medula espinhal medula espinhal pelo pelo trato trato vestibuloespinhalvestibuloespinhal medialmedial para inervar os para inervar os motoneurôniosmotoneurônios dos mdos múúsculos cervicais, sendo sculos cervicais, sendo responsresponsáável pelo vel pelo reflexo reflexo vestibulocervicalvestibulocervical.. 2) N2) Núúcleo vestibular lateral (cleo vestibular lateral (L ou de L ou de DeitersDeiters) e o ) e o descendente ou inferior (descendente ou inferior (DD): recebem ): recebem aferênciasaferências do do ssááculoculo e do e do utrutríículoculo.. Do Do LL, origina, origina--se o trato se o trato vestibuloespinhalvestibuloespinhal laterallateral, , inervando, atinervando, atéé os nos nííveis lombares, os veis lombares, os motoneurôniosmotoneurônios medulares dos membros, que medulares dos membros, que intervêm no intervêm no reflexo reflexo vestibuloespinhalvestibuloespinhal. Os do . Os do DD contribuem para o trato contribuem para o trato vestibuloespinhalvestibuloespinhal medial.medial. Sistema VestibularSistema Vestibular Conexões Centrais Conexões Centrais das das AferênciasAferências VestibularesVestibulares MM: n: núúcleo vestibular cleo vestibular medialmedial SS: superior: superior DD: descendente (inferior): descendente (inferior) LL: lateral (: lateral (DeitersDeiters)) Sistema VestibularSistema Vestibular RepresentaRepresentaçção Cortical do Aparelho ão Cortical do Aparelho VestibularVestibular CCóórtex parietal, atrrtex parietal, atráás da representas da representaçção da faceão da face Área 5 de Brodmann Sistema VestibularSistema Vestibular CCéélulas Ciliadas da Mlulas Ciliadas da Mááculacula É onde desembocam os canais semicirculares. O sáculo se comunica com o ducto coclear pelo ducto de união (Hensen). Sistema VestibularSistema Vestibular CCéélulas Ciliadas do Utrlulas Ciliadas do Utríículoculo Com a cabeCom a cabeçça no a no plano horizontalplano horizontal, a atividade das , a atividade das fibras do nervo vestibular que inervam as cfibras do nervo vestibular que inervam as céélulas lulas sensoriais D e E de ambos os utrsensoriais D e E de ambos os utríículos culos éé similar.similar. Sistema VestibularSistema Vestibular MMáácula: Ccula: Céélulas Ciliadas e lulas Ciliadas e OtolitosOtolitos Sistema VestibularSistema Vestibular OtolitosOtolitos Sistema VestibularSistema Vestibular CCéélulas Ciliadaslulas Ciliadas Sistema VestibularSistema Vestibular Efeito Efeito TiltTilt (devido (devido àà massa dos massa dos otolitosotolitos)) Sistema VestibularSistema Vestibular AdaptaAdaptaçção e Sintonia das Cão e Sintonia das Céélulas Ciliadaslulas Ciliadas Sistema VestibularSistema Vestibular AdaptaAdaptaçção e Sintonia das Cão e Sintonia das Céélulas Ciliadaslulas Ciliadas Sistema VestibularSistema Vestibular AdaptaAdaptaçção e Sintonia das Cão e Sintonia das Céélulas Ciliadaslulas Ciliadas Sistema VestibularSistema Vestibular AtivaAtivaçção das Cão das Céélulas Ciliadas do Utrlulas Ciliadas do Utríículoculo Ao inclinar a cabeAo inclinar a cabeçça para a D, as fibras aferentes D a para a D, as fibras aferentes D diminuem sua atividade devido ao potencial diminuem sua atividade devido ao potencial hiperpolarizantehiperpolarizante do receptor gerado pelo deslocamento do receptor gerado pelo deslocamento do do cinoccinocííliolio das cdas céélulas ciliadas D, enquanto ...lulas ciliadas D, enquanto ... Sistema VestibularSistema Vestibular AtivaAtivaçção das Cão das Céélulas Ciliadas do Utrlulas Ciliadas do Utríículoculo ... que as fibras aferentes da E aumentam suas ... que as fibras aferentes da E aumentam suas descargas, como descargas, como consequênciaconsequência do potencial do potencial despolarizante do receptor originado pelo despolarizante do receptor originado pelo afundamento da membrana apical pelos afundamento da membrana apical pelos cinoccinocíílioslios nas cnas céélulas sensoriais E.lulas sensoriais E. Sistema VestibularSistema Vestibular Ampola de um Canal SemicircularAmpola de um Canal Semicircular Sistema VestibularSistema Vestibular AtivaAtivaçção dos CanaisSemicircularesão dos Canais Semicirculares A rotação da cabeça excita as células ciliadas de um canal semicircular e inibe as do outro. Sistema VestibularSistema Vestibular AtivaAtivaçção dos Canais Semicircularesão dos Canais Semicirculares Quando a rotação cessa, os axônios do outro lado disparam. Sistema VestibularSistema Vestibular AtivaAtivaçção dos Ductos Lateraisão dos Ductos Laterais Rotação horizontal E Sistema VestibularSistema Vestibular Conexões Vestibulares CentraisConexões Vestibulares Centrais Coordenam e integram as informações sobre os movimentos da cabeça e do corpo. Sistema VestibularSistema Vestibular Bases Neurais do Reflexo Bases Neurais do Reflexo VestibuloocularVestibuloocular Sistema Sistema VestibularVestibular Conexões Vestibulares Conexões Vestibulares e o Movimento dos e o Movimento dos Olhos no Reflexo Olhos no Reflexo VestVestííbulobulo--Ocular (ROV Ocular (ROV ou RVO)ou RVO) As vias são ativadas As vias são ativadas quando, por exemplo, a quando, por exemplo, a cabecabeçça vira repentinamente a vira repentinamente para a esquerda, resultando para a esquerda, resultando no movimento dos olhos no movimento dos olhos para a direita.para a direita. Sistema VestibularSistema Vestibular Reflexo VestReflexo Vestííbulobulo--Ocular (ROV ou RVO)Ocular (ROV ou RVO) A finalidade do ROV A finalidade do ROV éé de manter constante o campo de manter constante o campo visual durante a rotavisual durante a rotaçção da cabeão da cabeçça mediante a mediante movimentos compensatmovimentos compensatóórios dos olhos.rios dos olhos. Por exemplo, quando a pessoa comePor exemplo, quando a pessoa começça a rotar a a a rotar a cabecabeçça para a esquerda, os olhos são desviados a para a esquerda, os olhos são desviados lentamente no sentido no sentido oposto ao da rotalentamente no sentido no sentido oposto ao da rotaçção ão ((““olhos de bonecaolhos de boneca””) at) atéé que cheguem ao limite de que cheguem ao limite de movimento da movimento da óórbita, e esse movimento rbita, e esse movimento éé interrompido interrompido bruscamente por um movimento rbruscamente por um movimento ráápido no sentido da pido no sentido da rotarotaçção (movimento ão (movimento sacsacáádicodico)) Sistema VestibularSistema Vestibular Jogando Jogando ÁÁgua no Sistema Vestibulargua no Sistema Vestibular Sistema VestibularSistema Vestibular Jogando Jogando ÁÁgua Fria no Sistema Vestibulargua Fria no Sistema Vestibular Sistema VestibularSistema Vestibular Jogando Jogando ÁÁgua Fria no Sistema Vestibulargua Fria no Sistema Vestibular Sistema VestibularSistema Vestibular Jogando Jogando ÁÁgua Fria no Sistema Vestibulargua Fria no Sistema Vestibular Sistema VestibularSistema Vestibular AvaliaAvaliaçção dos Distão dos Distúúrbios do Equilrbios do Equilííbriobrio DistDistúúrbios na resposta do RVO geram alterarbios na resposta do RVO geram alteraçções do ões do equilequilííbrio corporal que são a segunda queixa mais brio corporal que são a segunda queixa mais freqfreqüüente na clente na clíínica do otorrinolaringologista, clnica do otorrinolaringologista, clíínico nico geral e neurologista em pacientes atgeral e neurologista em pacientes atéé 65 anos e a mais 65 anos e a mais freqfreqüüente apente apóós os 65 anos. s os 65 anos. Cerca de 65% dos idosos atCerca de 65% dos idosos atéé 70 anos e 75% acima dos 70 anos e 75% acima dos 70 anos apresentam sintomas de dist70 anos apresentam sintomas de distúúrbios do rbios do equilequilííbrio.brio. MURPHY TP. Vestibular MURPHY TP. Vestibular autoauto--rotationrotation andand electronystagmographyelectronystagmography testingtesting in in patientspatients withwith dizzinessdizziness. Am J . Am J OtologyOtology 1994;15(4):5021994;15(4):502--5.5. Sistema VestibularSistema Vestibular EletronistagmogramaEletronistagmograma (e (e VectoeletronistagmografiaVectoeletronistagmografia)) Utiliza diferentes mudanças entre a retina e a córnea para detectar movimentos do olho. Sistema VestibularSistema Vestibular Sistema de Câmeras InfravermelhoSistema de Câmeras Infravermelho Sistema VestibularSistema Vestibular Teste CalTeste Calóóricorico Sistema VestibularSistema Vestibular Cadeira GiratCadeira Giratóóriaria Sistema VestibularSistema Vestibular SSííndrome de ndrome de MMééninièèrere ÉÉ considerada o protconsiderada o protóótipo das patologias periftipo das patologias perifééricas.ricas. O quadro clO quadro clíínico caracternico caracteríístico dessa condistico dessa condiçção ão consiste em uma consiste em uma trtrííade de sintomasade de sintomas, vestibulares e , vestibulares e auditivos.auditivos. Sintomas vestibularesSintomas vestibulares: crises parox: crises paroxíísticas de sticas de vertigemvertigem Sintomas auditivosSintomas auditivos: : disacusiadisacusia neurossensorialneurossensorial e e zumbidoszumbidos ((acacúúfenosfenos).). A A hipoacusiahipoacusia éé flutuante e progressiva, acometendo flutuante e progressiva, acometendo inicialmente as baixas freqinicialmente as baixas freqüüências.ências. DoenDoençça (idiopa (idiopáática) e Stica) e Sííndrome de ndrome de MMééninièèrere (secund(secundáária).ria). Sistema VestibularSistema Vestibular Vertigem Postural ParoxVertigem Postural Paroxíística Benigna stica Benigna (VPPB) (VPPB) –– Manobra de Manobra de DixDix--HallpikeHallpike ÉÉ a mais freqa mais freqüüente das vertigens perifente das vertigens perifééricas (20ricas (20--30%).30%). IniciaInicia--se pela manhã ao levantar, de virar com a se pela manhã ao levantar, de virar com a cabecabeçça, de abaixara, de abaixar--se, ao se, ao ortostatismoortostatismo brusco da brusco da cabecabeçça.a. CaracterizaCaracteriza--se por episse por episóódios repetidos de breve dios repetidos de breve duraduraçção de vertigens rotatão de vertigens rotatóórias, aprias, apóós a movimentas a movimentaçção ão da cabeda cabeçça.a. Mais freqMais freqüüente no sexo feminino.ente no sexo feminino. Etiologia: Etiologia: cupulolitcupulolitííasease e e canalolitcanalolitííasease.. Sistema VestibularSistema Vestibular Manobra de Manobra de DixDix--HallpikeHallpike –– DiagnDiagnóóstico stico da VPPBda VPPB Sistema VestibularSistema Vestibular Manobra de Manobra de EpleyEpley: Tratamento da VPPB: Tratamento da VPPB Sistema Vestibular BibliografiaBibliografia [1] Bear MF, Connors BW, [1] Bear MF, Connors BW, ParadisoParadiso MA. MA. NeurociênciasNeurociências: : desvendando o sistema nervoso. 2. ed. Porto Alegre: desvendando o sistema nervoso. 2. ed. Porto Alegre: ArtmedArtmed, 2002. 855p., 2002. 855p. [2] Berne RM [2] Berne RM etet al. al. FisiologiaFisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: . 5. ed. Rio de Janeiro: ElsevierElsevier, 2004. 1082p., 2004. 1082p. [3] [3] GuytonGuyton AC, Hall JE. AC, Hall JE. Tratado de fisiologia mTratado de fisiologia méédicadica. 10. . 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara ed. 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