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Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Armando de Queiroz Monteiro Neto Presidente SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional Armando de Queiroz Monteiro Neto Presidente SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI Departamento Nacional José Manuel de Aguiar Martins Diretor Geral Regina Maria de Fátima Torres Diretora de Operações Confederação Nacional da Indústria Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Brasília 2010 Renata Quemel Pires © 2010. SENAI – Departamento Nacional É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consentimento do editor. Equipe técnica que participou da elaboração desta obra SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C Edifício Roberto Simonsen – 70040-903 – Brasília – DF Tel.:(61)3317-9000 – Fax:(61)3317-9190 http://www.senai.br Coordenador Projeto Estratégico 14 DRs Luciano Mattiazzi Baumgartner - Departamento Regional do SENAI/SC Coordenador de EaD - SENAI/PA Williams Pinheiro – SENAI/PA Coordenador de EaD – SENAI/SC em Florianópolis Diego de Castro Vieira - SENAI/SC em Florianópolis Design Educacional, Design Gráfico, Diagramação e Ilustrações Equipe de Desenvolvimento de Recursos Didáticos do SENAI/SC em Florianópolis Revisão Ortográfica e Normativa FabriCO Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis P667e Pires, Renata Quemel Embalagem, movimentação e armazenamento de materiais / Renata Quemel Pires. Brasília: SENAI/DN, 2010. Inclui bibliografias. 1. Administração de materiais. 2. Embalagem. 3. Armazenamento e transporte de cargas. I. SENAI. Departamento Nacional. II. Título. CDU 658.7 84 p. : il. color ; 30 cm. Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis P667l Pires, Renata Quemel Logística de distribuição / Renata Quemel Pires. Brasília: SENAI/DN, 2010. Inclui bibliografias. 1. Logística. 2. Logística - Transportes. 3. Transporte de mercadorias. I. SENAI. Departamento Nacional. II. Título. CDU 658.786 60 p. : il. color ; 30 cm. Sumário Apresentação do curso ............................................................................. 07 Plano de estudos ........................................................................................ 09 Unidade 1: Embalagem ............................................................................. 11 Unidade 2: Movimentação de Materiais ............................................. 31 Unidade 3: Armazenamento de Materiais .......................................... 39 Palavras da Autora ...................................................................................... 79 Conhecendo a Autora ............................................................................... 81 Referências .................................................................................................... 83 7 Apresentação do Curso Seja bem-vindo ao curso Embalagem, Movimenta- ção e Armazenamento de Materiais. Neste curso você verá a importância da embalagem para a proteção do produto, a facilitação do trans- porte, a identificação do produto e a agilidade nos processos de movimentação e armazenamento. A movimentação de materiais tem o escopo de proporcionar o melhor sistema, como classifica- ção, aumento da capacidade produtiva e melhoria nas condições de trabalho com custo mínimo. Já o armazenamento de materiais tem importância na apresentação de soluções para os problemas de estocagem de materiais com o propósito de uma melhor integração entre as cadeias de suprimento, produção e distribuição. Então, prezado aluno, siga em frente, pois este cur- so promete! 9 Plano de Estudos Carga horária: 40h Ementa Conceito; objetivo; classificação da embalagem; pa- dronização da embalagem; embalagem na empresa; materiais para a fabricação da embalagem; tipos de embalagem; conceitos e formas de unitização; con- teinerização; marcações na embalagem; conceito e objetivo da movimentação de materiais; princípio e seleções dos equipamentos de movimentação de carga; histórico, conceituação e objetivo da arma- zenagem; recebimento de material, conferência quantitativa e qualitativa; layout, utilização do es- paço vertical, pallete, acessórios para armazenagem e critério de organização de armazém; esquema de localização e tipos de armazém; técnicas de conser- vação de materiais armazenados; atendimento das requisições de materiais; controle e inventário físico do estoque. Objetivos do Curso Objetivo Geral Permitir ao aluno a análise, projeção e gerencia- mento da embalagem, do equipamento de manu- seio e do armazenamento em uma organização. 10 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Objetivos Específicos: Fornecer embasamento teórico e prático para a compreensão do tema deste curso; propiciar a reflexão acerca do gerenciamento da embalagem, equipamento de manuseio e armazenamento; apresentar de maneira simplificada todos os processos relativos à embala- gem. 11 1Embalagem Objetivos do Curso Ao final desta unidade, você terá subsídios para: Compreender a evolução da embalagem e sua função. Analisar a importância da padronização da embalagem para cada tipo de produto e empresa. Conhecer os tipos de embalagem. Aulas Aula 1: Conceito, objetivo e classificação da embalagem Aula 2: Padronização da embalagem Aula 3: A embalagem na empresa Aula 4: Materiais para a fabricação da embala- gem e tipos de embalagem Aula 5: Conceitos e formas de unitização Aula 6: Conteinerização Aula 7: Marcações na embalagem 12 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Para Iniciar Nesta unidade, você vai conhecer a utilidade e a importância da embalagem para a logística. Inicialmente, serão apresentadas as diferentes facetas da embalagem em termos de marketing, logística e meio ambiente. Será tratado o papel da embalagem enquanto parte do componente do sistema logístico no que diz respeito à proteção contra avarias, movimentação de materiais e transmissão de informação. Aula 1: Conceito, objetivo e classificação da embalagem Embalagem O conceito de embalagem é dado por Rago (2008, p. 17), de acordo com a se- guinte definição: [...] sistema de embalagem tende, entre outras finalidades, ao aumento da produtividade na cadeia de abastecimento e, em relação ao produto, a minimização do custo, a proteção em todas as etapas da cadeia e em alguns casos a exposição no ponto de venda. Objetivo Como retrata o autor (2008, p. 17), os objetivos fundamentais de um sistema de embalagem são: aumentar a produtividade operacional da cadeia de abastecimento; reduzir o custo de embalagem em relação ao produto; garantir a proteção do produto em todas as etapas da cadeia de abasteci- mento; adequar-se aos processos logísticos subsequentes à embalagem; manter a identidade visual da empresa no produto; facilitar a comunicação e o controle de estoque. 13Unidade 1 Embalagem, Movimentaçãoe Armazenamento de Materiais Classificação das embalagens Segundo Moura (2008), as embalagens podem ser classificadas de acordo com sua função, sua finalidade, sua movimentação e sua utilidade. Agora você vai conhecer com detalhes essas várias maneiras de classificação de embalagens. 1 Funções: Primária: é aquela que contém o produto (vidro, lata, plástico etc.), sendo a medida de produção e de consumo. Também pode ser unidade de venda no varejo. Figura 1 − Embalagem primária Secundária: é o acondicionamento (contenedor) que protege a embalagem primária. Figura 2 − Embalagem secundária Terciária: é o caso das caixas de madeira, papelão, plástico ou outro ma- terial. A combinação da embalagem primária e secundária acaba sendo a medida de venda ao atacadista. 14 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Figura 3 − Embalagem terciária Quaternária: envolve o contenedor, que facilita a movimentação e a arma- zenagem. Figura 4 − Embalagem quaternária 15Unidade 1 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Quinto nível: é a unidade conteinerizada, ou as embalagens especiais para o envio a longa distância. Figura 5 − Embalagem quinto nível Embalagem de consumo: é a embalagem primária e, às vezes, a se- cundária, que levam o produto ao consumidor. Embalagem expositora: é aquela que, além de poder transportar o produto, visa a expô-lo. Contém, especialmente, apelos para que a venda seja efetuada, impondo ao comprador um forte impulso para que realize a compra no ato. É chamada de embalagem de autovenda. Embalagem de distribuição física: é aquela destinada a proteger o produto, suportando as condições físicas encontradas no processo de carga, transporte, descarga e entrega. Embalagem de transporte e exportação: é a embalagem, ou o acondicionamento, que protege um produto nos diversos modos de transporte, geralmente facilitando suas operações. Embalagem de armazenagem: tem a função de proteger o material dos agentes agressivos externos: 16 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais a os agentes físicos: choques, variações de temperatura, grau higrométrico, luminosidade; b os agentes químicos: vapores ácidos, ação do ar sobre os comportamentos químicos de alguns produtos de fraca estabilidade; c os parasitas vegetais ou animais: bolores, bactérias, insetos, roedores etc. 2 Finalidades: de consumo (venda ou apresentação), de exposição , distribui- ção física, transporte e exportação, industrialização ou de movimentação e de armazenagem. 3 Movimentação: Movimentação manual: é aquela que não é adequada à operação por empi- lhadeira ou outro veículo industrial. Nesse caso, o peso não deve exceder a 30 quilos. Movimentação mecanizada: é aquela apropriada para os casos em que a quantidade de volumes a serem transportados é muito grande, o número de movimentações é considerável e as distâncias ou alturas são grandes ou possui peso acima de 30 quilos. 4 Utilidades: Retornável: é aquela que retorna à sua origem, geralmente para a reutili- zação industrial, como: cesto, caixas, engradados reforçados com madeira, contenedores de metal ou plástico, palete, entre outros. Não retornável: é utilizada em um único ciclo de distribuição. Em alguns ca- sos, são reaproveitadas pelos destinatários. São exemplos: madeira, papelão ondulado, plástico, sacos multifolhados de papel, tambores de fibras, entre outros. 17Unidade 1 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Aula 2: Padronização da embalagem Agora que você já conheceu o conceito de embalagem e suas classificações, está na hora de saber qual é a padronização e a interrelação da embalagem com a empresa e da logística. Vamos lá. A padronização geralmente ocorre nas embalagens secundárias e terciárias, que protegem e acondicionam as embalagens primárias. Segundo Pedelhes (2005, p. 4): [...] ao falar em padronização de embalagens, na maioria das vezes refere-se à padronização das dimensões, e não do material. Isto porque são essas as características que influenciam mais a capacidade do equipamento de movimentação, e não do tipo de material utilizado na fabricação. Aula 3: A embalagem na empresa A embalagem é bastante conhecida por promover e proteger o produto, sen- do essa uma função individualmente pertinente à distribuição. Todavia, outros fatores também precisam ser avaliados no projeto da embalagem com o intuito de facilitar o manuseio, o que é conveniente para o armazenamento e a distri- buição dos produtos. 18 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais É importante analisar que a embalagem tem uma interrelação com os diferentes departamentos da empresa. Dentro de uma organização, é provável que ocor- ram diferentes interesses numa embalagem. Veja exemplos: marketing: preocupa-se com apresentação do produto; produção: preocupa-se com a qualidade e proteção do produto; finanças: preocupa-se com o custo; logística: a embalagem é o componente de um sistema logístico integrado que tem a responsabilidade de reduzir o custo na entrega bem como au- mentar os atributos de venda. Também apresenta a função de proteger o produto e facilitar o manuseio, a estocagem, a separação, o carregamento, o transporte, o descarregamento e a conferência, de maneira que não haja reclamações dos clientes internos e externos. Aula: 4: Materiais para fabricação de embalagens e tipos de embalagem Nas primeiras aulas, você estudou o conceito de embalagem, aprendeu a clas- sificá-la e pôde entender sua padronização. Agora, você vai conhecer um pouco mais sobre a produção dessas embalagens e saber quais materiais são usados para fabricá-las. Segundo Moura (1997), a escolha do tipo de embalagem baseia-se no conheci- mento do material, nas suas características e nos seus atributos, levando-se em consideração as necessidades do produto, da fabricação, da distribuição física e do cliente final. 19Unidade 1 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais A escolha de um material apropriado para o projeto de uma embalagem deve ser feita após uma profunda e detalhada análise na lista de verificação (che- cklist) para o planejamento. Devem ser checados os seguintes fatores: 1 o produto a ser embalado; 2 a finalidade a que se destina; 3 a apresentação (promoção); 4 o processo de embalagem; 5 o sistema de manuseio de transportes interno; 6 a distribuição física e a armazenagem; 7 o custo de embalagem x produto. Além dos fatores citados, a embalagem apresenta também cinco grandes cate- gorias de materiais. São elas: Madeira Quadro 1 ‒ Principais tipos de embalagens de madeira Tipo Característica Aplicação Caixa industrial Rigidez. Empilha-se bem quando completamente fechada. Montagem feita com pregos. Feita de ma- deiras serradas. Capacida- de de 500 quilos. Equipamentos, má- quinas, produtos de alto e médio valor. Transporte nacional e exportação. Caixa agrícola Empilha-se bem. Resis- te à umidade e à água. Montagem feita com pregos. Feita de madeiras serradas. Ventilação dos produtos. Conservação, expe- dição e exposição de frutas e legumes. Transporte nacional e exportação. Engradado aberto Peso leve. Montagem com pregos ou parafusos. Feitos de madeira serra- da. Muita variedade de formas e tamanhos. Equipamento que não requer proteção às in- tempéries. Transporte nacional e exportação. 20 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Engradado fechado São resistentes ao manu- seio e hermeticamente fechados. Montagem feita com pregos ou parafu- sos. Feitos de madeiras serradas. Equipamento que não requer proteção às in- tempéries. Transporte nacional e exportação. Caixa de compensado Rigidez. Empilha-se bem e é hermeticamente fecha- da. Peso leve. Permite marcações de propagan- da. Montagem feita com pregos. Suporta até 200 quilos. Produtos eletrodo- mésticos, máquinas e equipamentos. Transporte nacional eexportação Barricas, tonéis e barris Rigidez. Empilham-se bem e são hermeticamente fe- chadas. Feitos de madeira serrada ou compensada. Suportam até 200 quilos. Produtos secos, pasto- sos ou líquidos. Fonte: Moura (1997) Papel É um dos mais econômicos e está presente em várias embalagens. Seu baixo custo, baixo peso e facilidade de processamento fazem dele o material mais usado na indústria de embalagem. O papelão ondulado é o mais utilizado das embalagens de papel, mas, nessa mesma categoria, incluímos o cartão, que é uma folha mais ou menos espessa e rígida, formada de pasta de papelão moída, batida, colocada e seca sob uma prensa. Pergunta Você sabia que existem cinco tipos de papelão ondulado? Veja abaixo quais são eles. Face simples: estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) coloca- do em um elemento plano (capa). Figura 6 − Face simples 21Unidade 1 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Parede simples: estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) cola- do em ambos os lados a elementos planos (capas). Figura 7 − Parede simples Parede dupla: estrutura formada por três elementos planos (capas) coladas a dois elementos ondulados (miolos) intercalados. Figura 8 − Parede dupla Parede tripla: estrutura formada por quatro elementos (capas) colados a três elementos ondulados (miolos) intercalados. Figura 9 − Parede tripla Parede múltipla: estrutura formada por cinco ou mais elementos planos (ca- pas) colados a quatro ou mais elementos ondulados (miolos) intercalados. Figura 10 − Parede múltipla Metal O tipo mais comum é a lata de folha-de-flandres, que resiste a altas temperatu- ras, permitindo esterilização do produto e sua conservação a vácuo. 22 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Figura 11 − Latas de folha-de-flandres Vidro Com ele são produzidas embalagens de baixo custo, higiênicas, atraentes e resistentes ao tempo, ao calor, a ácidos e a álcalis. Podem ser leves como uma garrafa de plástico ou pesadas como uma caixa de madeira. Uma embalagem de vidro bem fechada garante a proteção total a qualquer agente externo, com exceção da luz. Figura 12 − Embalagem de vidro Plástico Na maioria das vezes, o plástico possui formas flexíveis, mas também pode se apresentar em formas rígidas ou semirrígidas ou como espuma. Existem quatro tipos de plásticos. São eles: polietileno: é o plástico mais barato. É utilizado na fabricação de luvas des- cartáveis, saco de lixo etc.; polipropileno (PP): é semelhante ao polietileno, mas apresenta alto grau de cristalização. É utilizado em: acabamentos de carros, garrafas, entre outros; poliestireno (PS): é direcionado a uma embalagem mais rígida e pode ser encontrado na forma de cristal transparente. Utilizado para produzir monito- res de computadores, tevês, utensílios etc.; cloreto de polivinila (PVC): é um cristal claro e rígido e tem pouca resis- tência ao impacto. Utiliza-se para produção de tubulações e encanamentos, entre outros. 23Unidade 1 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Aula 5: Conceitos e formas de unitização A unitização consiste na operação de união de mercadorias de peso, tamanho e formatos distintos em cargas de volumes unitários, possibilitando uma racio- nalização do espaço útil e maior agilidade e segurança em processos de embar- que e desembarque (KLIEMANN e LOREVA, 1999, p. 4). Atenção As cargas unitárias precisam possuir o maior tamanho possível, mas esse tamanho deve combinar com os equipamentos de manuseio. Os tipos mais comuns de unitização de cargas são as seguintes: Cargas paletizadas: é a unitização mais conhecida. Consiste, geralmente, em uma plataforma de madeira organizada horizontalmente, onde a car- ga é empilhada e estabilizada. Essa plataforma também pode ser de metal, plástico, fibra ou outro material e, na maioria dos casos, é projetada para ser movimentada mecanicamente por guindaste, empilhadeira ou veículo de garfo. Figura 13 − Modelo de palete Cargas pré-lingadas: a unitização, principalmente de sacaria, é a amarração feita com cintas com alças, ou olhais, para o içamento da carga. A vantagem das lingas em relação aos paletes é seu menor custo. Elas podem ser descar- táveis ou não, e as mais comuns são as tiras de fibras sintéticas, como náilon e poliéster. 24 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Figura 14 − Modelo de cargas pré-lingadas Contêineres: a contenedorização é um principio de acondicionamento que consiste em agrupar os volumes individuais e soltos, dentro de contenedo- res, desenvolvendo, com isso, unidade de carga do sistema. O contenedor é um acessório: especialmente projetado para conter as peças em uma posição determinada; que pode ter rodas para garantir a mobilidade; frequentemente equipado com reentrâncias, hastes ou orifícios para orientar as peças, ou com divisores entre camadas para facilitar a movimentação, a inspeção etc.; destinado a conter a carga, mantendo segurança e permitindo fácil carrega- mento e descarregamento; de caráter durável, suficientemente resistente para suportar o uso repetitivo; 25Unidade 1 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais adequado à movimentação mecânica e ao transporte por diferentes equipa- mentos; com capacidade de carga bruta superior a 500 quilos; que não constitui embalagem de carga transportada. Pergunta Quais são as vantagens da carga unitizada? Redução do custo hora/homem. Minimização dos custos de manutenção do inventário e melhor controle. Rapidez na estocagem. Racionalização do espaço na armazenagem com o melhor aproveitamento vertical da área de estocagem. Redução das operações de movimentação. Redução de acidentes pessoais. Redução de avarias dos produtos. Diminuição do tempo de rotulagem. Melhor aproveitamento dos equipamentos de manuseio. Uniformização do local de estocagem. Pergunta E quais são as suas desvantagens? Custo da unitização (obtenção de paletes etc). Equipamento necessário para o manuseio das cargas unitizadas, como: em- pilhadeiras, paleteiras. Necessidade de um ambiente maior para armazenar e estocar as mercado- rias. Os corredores do armazém devem ser mais amplos para permitir a passa- gem e as manobras dos equipamentos de movimentação. 26 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Aula 6: Conteinerização O contêiner é considerado o segundo tipo mais comum de unitização, ficando atrás somente do palete. Suas características são as seguintes: É a forma de unitização mais frequente no modal marítimo, sendo utilizada também no transporte aéreo e ferroviário quando as cargas são numerosas ou grandes. Consiste em uma caixa de aço com as dimensões externas no padrão: 6,5 m (comprimento) x 2,44 m (largura) x 2,59 m (altura). Existem variações do padrão de contêiner: contêiner de 40 m, refrigerado (para o transporte de alimentos perecíveis). É equipado com dispositivo de canto e encaixe para garfos de empilhadeira que permitem sua pronta movimentação, particularmente sua transferência de um veículo para o outro (podendo ser transferido do caminhão para o trem ou do caminhão para o avião, por exemplo). Figura 15 − Contêineres Os contêineres podem servir para o transporte e a armazenagem de diversas categorias de produtos. Veja alguns exemplos: Frigorífico: isolado termicamente e equipado com sistema de refrigeração, é destinado à movimentação de alimentos resfriados ou congelados. Tanque: designado ao transporte de granéis líquidos, como o óleo, os deri- vados do petróleo, os gases etc. De teto aberto: destinado ao transporte de granéis ou peças pesadas ou indivisíveis cuja movimentação é feita no sentido vertical, como as bobinas siderúrgicas. 27Unidade 1 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Gaiola: é apropriado para cargas especiais, como tanquespara líquido ou gases. Carga seca: designado à carga geral (caixas, pacote, bens soltos ou paletiza- dos, produtos manufaturados, enlatados e engarrafados, bens de consumo doméstico, eletrodomésticos etc.). Aula 7: Marcações na embalagem Uma boa marcação é fundamental para uma perfeita identificação das merca- dorias, do lote nos veículos de transportes e nos locais de armazenagem. Faci- lita a fiscalização alfandegária e fiscal de embarque e desembarque. Todo esse processo tem a função de individualizar as mercadorias. O sistema de identificação de mercadorias por meio de marcas consiste em um processo utilizado para evitar a mistura e confusão de cargas e/ou lotes de carga, seja no meio transporte, seja no porto, aeroporto, terminal de carga ou, ainda, no momento da realização das operações de carga e descarga das mercadorias (SOUZA, 2003, p. 92). Segundo Prata (2006), devem ser indicados marca, logotipo, número de embar- que, consignatário, origem, destino, peso, número de volumes etc. Esses dados devem ser referidos independentemente da escolha do modal, que pode ser rodoviário, aéreo, aquaviário, ferroviário e dutoviário. 28 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais A figura a seguir vai ajudar você a entender melhor o que Prata diz: Figura 16 − Marcações especiais nas embalagens Fonte: Moura (1997, p. 185) 29Unidade 1 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Colocando em prática Você chegou ao final da primeira unidade! Para verificar seus conhe- cimentos, acesse o AVA e realize as atividades propostas. Caso tenha dúvidas, volte ao conteúdo e encontre sua resposta! Relembrando Nesta unidade, você estudou o conceito e a classificação da embala- gem, sua padronização e a inter-relação com as demais áreas em uma organização. Conheceu os tipos de materiais que são usados para a elaboração das embalagens e a embalagem direcionada para a expor- tação. Para finalizar as aulas, aprendeu as marcações especiais para um bom gerenciamento da embalagem em uma organização. Saiba Mais Segundo Ballou (1993, p. 195), a embalagem é estudada e analisada pela área de marketing somente para fins comerciais, quando é con- siderada uma ferramenta importante de comunicação. Engenheiros de embalagem consideram-na apenas um dispositivo de proteção, enquanto o profissional da área logística, principalmente o que traba- lha na atividade de distribuição física, observa a embalagem de forma ampla e, portanto, concebe as alterações no projeto, as dimensões e o modo de transporte de maneira a contribuir para a eficácia do sistema de distribuição. Alongue-se Aproveite para espairecer um pouco. Feche os olhos, respire. Busque um café, assista a um filme. Volte aos estudos tranquilo e renovado. 31 2Movimentação de Materiais Objetivos do Curso Ao final desta unidade, você terá subsídios para: Compreender o conceito e o objetivo da mo- vimentação de materiais. Conhecer as seleções dos equipamentos de movimentação de carga. Aulas Aula 1: Conceito e objetivo da movimentação de materiais Aula 2: Princípio e seleções dos equipamentos de movimentação de carga 32 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Para Iniciar Nesta unidade, você estudará o conceito, os objetivos e os princípios que envolvem a movimentação de materiais, bem como as seleções de equipamento. Aula 1: Conceito e objetivo da movimentação de materiais A movimentação de materiais está relacionada com o deslocamento dos pro- dutos (matéria-prima, produto em processo ou produto acabado), com a arma- zenagem (estocagem, separação de pedidos, embalagem e expedição), com o suprimento e com a distribuição dos produtos. Assim, em qualquer empresa, o manuseio de materiais tem um grande valor. Ele compreende todas as operações básicas envolvidas na movimentação de qual- quer tipo de material, por qualquer meio, desde a recepção do produto até a sua expedição e distribuição. Pergunta Mas o que é exatamente a movimentação de materiais? Segundo Moura (1998), a movimentação de materiais faz parte de qualquer processo de fabricação e de empreendimento. A arte ou a ciência da movimen- tação de materiais pode ser definida de maneira abrangente como: uma opera- ção ou conjunto de operações que envolve a mudança de coisas, para qualquer processamento, serviço e/ou armazenagem interna ou externa numa mesma unidade fabril, depósito ou terminal. 33Unidade 2 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Segundo Ballou (1993), seu interesse concentra-se na movimentação rápida e de baixo custo das mercadorias. Ocupa-se do movimento de coisas, quer se encontrem em estado sólido, líquido ou gasoso, por meio de um ciclo completo de operações, desde a fonte da matéria prima, incluindo o recebimento e estocagem antes da utilização, sua movimentação até o processamento ou durante as fases do processamento, até o estágio do produto acabado, incluindo embalagem, armazenagem e distribuição. É um fator indispensável em qualquer empreendimento produtivo, comercial ou de prestação de serviços. (MEDONÇA, 2005, p. 20). Objetivos Os objetivos da movimentação de materiais estão direcionados à redução de custo, ao aumento da produtividade (capacidade) e à melhoraria das condições de trabalho e de atendimento. Aula 2: Princípios e seleções dos equipamentos de movimentação de carga Tais princípios são considerados indispensáveis para orientar a movimentação de materiais, ou seja, explicam as práticas fundamentais que demonstraram ofe- recer bons resultados para melhorar o fluxo de trabalho. A seguir, uma síntese desses princípios. 1 Princípio do planejamento: é necessário determinar o melhor método do ponto de vista econômico para a movimentação de materiais, considerando- se as condições particulares de cada operação. 34 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais 2 Princípio do sistema integrado: devemos planejar um sistema que inte- gre o maior número possível de atividades de movimentação, coordenando todo o conjunto de operações. 3 Princípio do fluxo de materiais: é fundamental para planejar um fluxo con- tínuo e progressivo dos materiais. 4 Princípio da gravidade: informa que a força mais econômica é a gravidade. 5 Princípio da simplificação: procura sempre produzir, combinar e eliminar movimentação e/ou equipamentos desnecessários. 6 Princípio da utilização do espaço – verticalização: aproveita todos os es- paços verticais e contribui, com isso, para o descongestionamento das áreas de movimentação e para a redução dos custos de armazenagem. 7 Princípio do tamanho de carga – unitização: a economia em movimen- tação de materiais é diretamente proporcional ao tamanho da carga movi- mentada. 8 Princípio da segurança: a produtividade aumenta conforme as condições de trabalho tornem-se mais seguras. 9 Princípio da ergonomia: as limitações humanas devem ser observadas e precisam ser reconhecidas e respeitadas no projeto das tarefas e dos equi- pamentos de movimentação. Dessa maneira, garantem operações mais seguras e efetivas. 10 Princípio do meio ambiente: ao projetar e selecionar sistemas logísticos, é imprescindível considerar o impacto sobre o meio ambiente e o consumo de energia. 11 Princípio da mecanização: mecanizar sempre que for praticável. 12 Princípio das seleções dos equipamentos: considerar todos os aspectos dos materiais que serão movimentados, o tipo dos movimentos que serão realizados e os métodos que serão utilizados. 13 Princípio da padronização: padronizar métodos, tipos e tamanhos dos equipamentos logísticos. 14 Princípio da flexibilidade: o valor do equipamento é diretamente propor- cional à sua flexibilidade. 15 Princípio do peso morto: quanto menor for o peso próprio do equipa- mento móvel em relação à sua capacidade de carga, mais econômicas serão as condições operacionais. 16 Princípio do tempo ocioso: reduzir o tempo ocioso ou improdutivo, tanto do equipamento quanto da mão deobra. 17 Princípio do trabalho: o trabalho deve ser minimizado sem comprometer a produtividade ou o nível de serviço exigido pelas operações. 35Unidade 2 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais 18 Princípio da movimentação: o equipamento projetado para movimentar materiais deve ser mantido em movimento. 19 Princípio da automação: as operações logísticas podem ser automatiza- das, tornando-se viável, para melhorar a eficiência operacional, aumentar a capacidade de respostas, melhorar a consistência e a previsibilidade, dimi- nuir os custos operacionais e eliminar a mão de obra repetitiva e potencial- mente insegura. 20 Princípio da manutenção: planejar a manutenção preventiva e reparar o programa de todos os equipamentos logísticos. 21 Princípio da obsolescência: mudar os métodos e equipamentos de movi- mentação obsoletos quando métodos e equipamentos mais eficazes vierem a melhorar as operações. 22 Princípio do controle: empregar os equipamentos de manuseio de mate- riais para melhorar o controle de produção, o controle de estoque e a sepa- ração de pedidos. 23 Princípio da capacidade: utilizar os equipamentos de manuseio para auxi- liar a atingir plena capacidade de produção. 24 Princípio do desempenho: definir o desempenho logístico em termos de despesas por unidade movimentada. 25 Princípio do custo do ciclo de vida: uma análise econômica deve contabi- lizar todo o ciclo de vida dos equipamentos logísticos. Veja, agora, alguns exemplos dos tipos de equipamentos mais utilizados. Figura 17 − Empilhadeira com garfo. 36 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Figura 18 − Empilhadeira. Fonte: Moura (1997) Figura 19 − Rebocador elétrico Figura 20 − Paleteira 37Unidade 2 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Quadro 2 − Características gerais dos tipos básicos de equipamentos de movimentação de materiais Características gerais dos tipos básicos de equipamentos de movi- mentação de materiais Veículos Industriais Equipamentos para eleva- ção e transferência Transportadores contínuos Movem cargas mistas ou uniformes intermitentemen- te por caminhos variados em superfícies adequadas, com a função principal de mano- brar e empilhar. Movem cargas variadas intermitentemente para qualquer ponto dentro de uma área fixa, em que a função principal é transfe- rir. Movem cargas uniformes continuamente de um pon- to para o outro por cami- nhos fixos, em que a função principal é transportar. Fonte: Mendonça (2005) Segundo Medonça (2005, p. 9-11), existem critérios importantes a serem obser- vados durante as seleções de equipamentos. Veja quais são eles. O equipamento deve: 1 ser apropriado para o sistema de manuseio; 2 ajustar a movimentação com outras funções (embalagem, estocagem, pro- dução, etc.); 3 aperfeiçoar o fluxo de materiais; 4 ser simples e prático; 5 ocupar mínimo espaço; 6 movimentar cargas unitizadas quando praticáveis; 7 ser manuseado com segurança em termos de manual e equipamento; 8 movimentar com segurança, em termos de mão de obra, material e equipa- mento; 9 usar mecanização quando praticável; 10 ser flexível e adaptável; 11 ter baixo peso morto; 12 utilizar o mínimo de tempo do operador; 13 necessitar o mínimo de tempo de carga, descarga ou removimentação; 14 requerer pouca movimentação, reparos e energia; 15 ter vida útil longa; 16 ser capaz de plena utilização da capacidade; 17 manter desempenho de movimentação eficiente e econômica; 18 ter baixo custo de operação / manutenção. 38 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Colocando em prática Parabéns! Você finalizou a segunda unidade! Acesse o AVA e realize as atividades referentes ao que foi estudado. Lembre-se de que você pode consultar sua apostila sempre que quiser. Relembrando Nesta unidade, você conheceu o conceito e os objetivos da movimen- tação de materiais e pôde compreender os princípios da movimenta- ção, os tipos de equipamentos e o critério de seleção desses equipa- mentos. Saiba Mais Os equipamentos de manuseio são considerados transportes internos que movimentam pequenas quantidades de materiais em curtas distân- cias – em fábricas, depósitos, lojas ou em transbordo entre modais de transporte. O objetivo dessa operação é o baixo custo e a rapidez. Por esse motivo, deve-se ter a consciência de que pequenas ineficiências repetidas representam grandes prejuízos, o que torna necessário um bom gerenciamento da operação para torná-la eficaz. Alongue-se Momento para relaxar. Sabe aquela música de que você gosta? Aquele cantinho que você adora? Bem, largue tudo o que estiver fazendo e corra para lá! Um descanso para a mente é mais do que merecido, não acha? 39 3Armazenamento de Materiais Objetivos do Curso Ao final desta unidade, você terá subsídios para: Compreender o histórico da armazenagem, sua função e seu objetivo. Analisar a importância do procedimento de recebimento, conferência quantitativa e qualitativa. Identificar os tipos de arranjos físicos e ar- mazém e seus acessórios. Verificar as técnicas de conservação de mate- riais e o esquema de localização. Compreender o controle físico e os tipos de inventários que existem nas empresas. Aulas Aula 1: Histórico, conceituação e objetivo da armazenagem Aula 2: Recebimento de material, conferência quantitativa e qualitativa Aula 3: Layout, utilização do espaço vertical, pa- lete, acessórios para armazenagem e critério de organização de armazém Aula 4: Esquema de localização e tipos de armazém 40 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Aula 5: Técnicas de conservação de materiais armazenados Aula 6: Atendimento das requisições de materiais Aula 7: Controle e inventário físico do estoque Para Iniciar Para atuar na área de logística, você necessita compreender a impor- tância do armazenamento de materiais que, mesmo sendo considera- da uma atividade secundária, está ligada diretamente com o estoque e com o objetivo de proteger e conservar os mais variados produtos. Nesta unidade, você vai estudar a história do armazenamento, seu con- ceito e objetivo, suas classificações e características. Aula 1: Histórico, conceituação e objetivo da armazenagem Segundo Viana (2008, p. 308), antes das modernas técnicas de armazenamento, o estoque era armazenado em local não adequado, considerado o “pior” lugar na empresa. Os materiais eram acumulados de qualquer forma, sem uso de mão de obra qualificada. As técnicas atuais permitem redução de custos, aumento na produtividade, se- gurança nas operações de controle e a obtenção de informações no tempo real. Pergunta Você já procurou saber qual é o conceito de armazenagem? 41Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Como retrata Dias (1993), o almoxarifado (armazenagem) está ligado direta- mente à movimentação ou transporte interno de cargas. É o local apropriado para a guarda de materiais da empresa, sendo fechado ou aberto, de acordo com o tipo de produto, e tem a função de destinar um espaço onde cada item permanecerá aguardando a necessidade de uso (venda). Sua localização, seus equipamentos e a disposição interna ficarão condicionados à política geral de estoque da empresa. Dica Em outras palavras, armazenagem é a atividade que compreende planejamento, coordenação, controle e desenvolvimento de operações e se designa a guardar e a conservar adequadamente o que será utilizado no momento oportuno pela empresa. Já o objetivo da armazenagem é a proteção. Por esse motivo, o acesso a ela deve ser restrito aos funcionários autorizados, e todo o controle deve ser utili- zado pensando-se na sua dinâmica. A armazenagem deve ser empregada para: maximizar o espaço, facilitar o acesso aos itens do armazém, proteger e empre- gar os produtos, facilitar a movimentação interna do armazém e maximizar a utilização de mão de obra e equipamentos. Classificação do armazém Os almoxarifados podem serdivididos em cinco categorias principais: Almoxarifados de matérias-primas: armazenam materiais básicos, adqui- ridos de fornecedores e necessários ao processo de transformação. Devem estar localizados próximos aos pontos de produção. Almoxarifados de componentes e sobressalentes: armazenam materiais prontos, adquiridos de fornecedores, a serem adicionados no processo in- dustrial ou a serem utilizados como peças de reposição em manutenção. Almoxarifados de produtos em processo ou semiacabados: armazenam produtos parcialmente acabados, em algum estágio intermediário de produ- ção, que venham adquirir outras características até o fim da produção. Almoxarifados de produtos acabados: armazenam produtos já produzidos que não foram vendidos. Devem ser armazenados próximo à área de expedi- ção da empresa. Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais 42 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Almoxarifados de ferramentas: armazenam ferramentas, a serem retiradas sob procedimento de cautela no período do turno, para serem utilizadas pelos funcionários. Após a finalização do turno de trabalho, as ferramentas devem ser devolvidas para serem armazenadas. Características de um armazém Viana (2008), quando se refere às características do armazém, apresenta sete fatores: Localização: o armazém deve estar localizado em área que facilite o manu- seio dos materiais para as áreas internas e externas da organização. Segurança: o armazém deve proporcionar aos funcionários e aos materiais armazenados as condição de segurança necessárias para prevenir acidentes e proporcionar rápido socorro em casos de contingências. Dimensão: o espaço do armazém, além de satisfatório para os produtos armazenados, deve ter área reservada para expansão, mudanças ou diversifi- cação de produtos. Ventilação: o armazém deve apresentar uma boa circulação de ar para evi- tar problemas como: mofo, ferrugem, oxidação, deterioração, poeira, entre outros, propiciando a manutenção da qualidade dos produtos armazenados e o bem-estar dos funcionários que trabalham nessa área da empresa. Luminosidade: o armazém deve ser bem iluminado, mas de forma a evitar raios solares sobre os produtos, o que poderia originar alterações nas carac- terísticas dos materiais armazenados, como: cor, resistência, constituição ou aspectos. Temperatura: deve-se evitar o excesso de calor ou umidade no armazém, verificando-se a temperatura ideal em função do tipo de produto armazena- do. Limpeza: é preciso manter a limpeza no armazém para facilitar a locomoção dos funcionários com os equipamentos de movimentação de materiais. Pergunta Afinal, será que a função do armazém é somente armazenar? Seria óbvio demais, não é mesmo? Um armazém pode ter outras várias funções que não sejam só armazenar. Veja algumas delas abaixo, seguidas de duas figu- ras ilustrativas. 43Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Recebimento de materiais. Estocagem dos produtos, sendo eles matéria-prima em processo ou acaba- dos. Consolidação e desconsolidação de cargas. Separação de produtos. Agrupamentos de vários tipos de produtos. Acabamento e customização de produtos. Expedição. Figura 21 − Armazenamento de produto Fonte: Dexheimer (2009, p. 5) Figura 22 − Armazenamento de produto. Fonte: Dexheimer (2009, p. 5) 44 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Na área de logística, existem cargos direcionados também para armazenagem: gerente; pessoal administrativo; conferente; operador de empilhadeiras; manobrista; auxiliar de depósitos; pessoal de segurança/serviço. Agora que você já compreendeu a história, o conceito e o objetivo da armaze- nagem, siga seus estudos para entender o processo de recebimento e de confe- rência quantitativa e qualitativa. Aula 2: Recebimento de material, conferência quantitativa e qualitativa Segundo Viana (2008), as atividades de recebimento fazem o intercâmbio das tarefas de compra e pagamento ao fornecedor. O profissional responsável pelo recebimento tem o dever de conferir os materiais destinados à empresa. Com isso, aparece como fiel avaliador para conferir se os materiais desembarcados correspondem efetivamente à necessidade da empresa. Em virtude disso, esse profissional é responsável por: coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de mate- riais; analisar a documentação recebida, verificando se a conta está autorizada; controlar os volumes declarados na nota fiscal e no manifesto de transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos; 45Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais proceder à conferência visual, verificando condição de embalagem, quan- to a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos; proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos produtos recebidos; decidir pela recusa, aceita ou devolução, conforme o caso; providenciar a regularização da recusa, da devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor; liberar o material desembaraçado para o estoque no almoxarifado. Para facilitar o seu entendimento desse assunto, veja detalhes dos itens que fazem parte de todo o processo de gerenciamento. Fatura Restringe-se principalmente a vendas a prazo. A empresa vendedora deve emi- tir uma fatura, que parte do valor total da nota fiscal. Esta precisa conter alguns dados adicionais, como valores e prazos das parcelas da venda a prazo e em que banco a(s) duplicata(s) será(ão) cobrada(s). Atenção É importante salientar que a fatura é só um aviso informativo, não sendo considerado título hábil para cobrança (VIANA, 2008). Figura 23 − Modelo de fatura 46 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Nota fiscal De acordo com Viana (2008, p. 284), a fatura é apenas um documento informa- tivo, com algumas informações além das contidas na nota fiscal. Muitas em- presas adotam um sistema de aglutinar tais documentos em uma única peça, a nota fiscal fatura, fazendo as cobranças de todas as vendas por meio de dupli- catas. Conhecidas as nuanças contábeis, é importante você entender a utilidade da nota fiscal num contexto de administração de materiais. Como já mencionado, esse documento é vital para proceder os recebimentos. Para compreender me- lhor, observe esta divisão: identificação da nota fiscal; dados do produto da nota fiscal; dados da prestação de serviço da nota fiscal; cálculo do imposto; transportador/volumes transportados; dados adicionais; canhoto da nota fiscal. Figura 24 − Modelo de nota fiscal 47Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Sobre as etapas do processo de entrada de mercadoria de uma organização, podemos dizer que a primeira fase corresponde à entrada de materiais. Quando isso acontece, dá-se início ao processo de recebimento, cujo principal propósito é efetuar a recepção dos veículos transportadores, proceder a triagem da docu- mentação de suporte do recebimento, encaminhá-los para a descarga e efetuar o cadastramento dos dados pertinentes para o sistema (VIANA, 2008, p. 286). Na portaria da empresa Na visão de Viana (2008 p. 286), a recepção do material feita na portaria da em- presa sofre critérios de conferência primária de documentação. O seu objetivo é identificar, constatar e providenciar (conforme cada caso): se a compra, o objeto da nota fiscal e a análise estão autorizados pela em- presa; se a compra autorizada tem programação prevista, estando dentro do prazo de entrega contratual; se o número do documento de compra consta na nota fiscal; o cadastramento das informações referentes às compras autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento. Cadastramento dos dados na recepção Compreende o comando de entrada dos dados necessários aoregistro do rece- bimento do material, sua validação e eventuais acertos de erros de consistência. Compreende também a atualização do sistema, descrita a seguir: Sistema de administração de materiais: dados necessários à entrada de ma- teriais em estoque. Sistemas de contas a pagar: dados referentes a pendências com fornecedo- res, dados necessários à atualização da posição de fornecedores e à libera- ção de pendências com fornecimentos. Sistemas de compras: dados necessários à atualização de saldos e baixa dos processos de compras. Sistemas de gestão estoque: dados para controle de entrada de materiais. 48 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais No armazenamento O recebimento do material na recepção serve para efeito de descarga. O aces- so ao almoxarifado está voltado para conferência de volumes, confrontando-se nota fiscal do fornecedor com os respectivos registros e controle da empresa. Deve-se ainda verificar se o posicionamento do veículo está no local exato da descarga e providenciar todo o equipamento e material de descarga necessá- rios. Nesse contexto, a aceitação fica condicionada à posterior conferência da quan- tidade e da qualidade. Essa condição, implantada na empresa compradora, é que deve explicitar as condições da licitação e os termos da contratação (VIA- NA, 2008). Exame de avarias e conferência de volumes O exame de avarias é necessário para o apontamento de responsabilidades. Por meio da análise de disposição de cargas, é que há a verificação das embalagens ou proteções, se elas estão intactas e invioladas ou se apresentam sinais evi- dentes de quebra, umidade ou amassado etc. Recusa o recebimento Como retrata Viana (2008, p. 288), as divergências constadas no recebimento do material devem ser apontadas no conhecimento de transporte e também no canhoto da nota fiscal. São providências cabíveis para o processamento de ressarcimento de danos. Se for o caso, dependendo de o exame preliminar resultar na constatação de irregularidades insanáveis em relação às condições contratuais, deve- se recusar o recebimento, anotar no verso da 1ª via da nota fiscal e nos documentos do transportador as circunstâncias que motivaram a recusa. Liberação do transportador A liberação para o transportador entrar na empresa acontecerá mediante os procedimentos vistos anteriormente. Eles devem contemplar a razão da recusa do recebimento e os materiais referentes às notas fiscais (devidamente checa- dos). O canhoto da nota fiscal deve estar assinalado e o transporte reconheci- do. Os materiais referentes à nota fiscal aprovada durante essa etapa terão sua descarga autorizada. Descarga 49Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Normalmente, no layout do almoxarifado, há a necessidade de se destinar um espaço para realizar o recebimento do material, o qual contempla área para descarga, se possível, com docas. Para a realização da descarga do veículo transportador, dependendo da natureza do material envolvido, é necessária a utilização de equipamentos, dentre os quais se destacam paleteiras, talhas, empilhadeiras, pontes rolantes e o próprio esforço físico humano. Sendo assim, é necessário envolver o fator segurança, não só com relação ao material em si, mas principalmente ao pessoal (VIANA, 2008, p. 289). Conferência quantitativa Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, esses podem ser contados utilizando-se um dos seguintes métodos: 1 Manual: para casos de pequenas quantidades. 2 Por meio de cálculo: para casos que envolvem embalagens padronizadas com grandes quantidades. 3 Por meio de balanças contadoras pesadoras: para casos que envolvem gran- de quantidade de pequenas peças, como parafusos, porcas ou arruelas. A contagem efetuada apresenta grande vantagem de rapidez e precisão, que resulta na economia da mão de obra. 4 Pesagem: para materiais de maior peso ou volume. A pesagem pode ser fei- ta com veículos transportadores sobre balanças rodoviárias ou ferroviárias. 5 Medição: em geral, as medições são efetuadas por meio de trenas. 6 Critérios de tolerância: a empresa poderá adotar critérios para permitir o re- cebimento de materiais encaminhados em excesso pelo fornecedor, quando forem feitas aquisições em quantidades vultosas. Como as balanças apre- sentam certo grau de imprecisão, deve-se considerar determinada tolerância para tais desvios podendo, em certos casos, admitir-se até mais ou menos 1% do peso declarado. Conferência qualitativa A análise de qualidade, efetuada pela inspeção técnica, visa a garantir o recebi- mento adequado do material comprado pelo exame dos três seguintes itens: 1 características dimensionais; 2 características específicas; 3 restrições de especificação. 50 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Atenção Essa inspeção é feita confrontando as condições contratadas na autorização de fornecimento com as consignadas da nota fiscal pelo fornecedor. Processo de armazenamento do produto Para que o processo de armazenagem seja bem efetuado, alguns cuidados es- senciais devem ser tomados: 1 determinação do local, em espaço aberto ou fechado; 2 definição adequada do layout; 3 definição de uma política de preservação, com embalagem plenamente con- veniente aos materiais; 4 organização, arrumação e limpeza constantes; 5 segurança patrimonial, contra furtos, incêndios etc. Quando a armazenagem é otimizada, algumas vantagens são obtidas: 1 máxima utilização de espaço (ocupação do espaço;. 2 efetiva utilização dos recursos disponíveis; 3 ponto de acesso de todos os itens; 4 máxima proteção aos itens estocados; 5 boa organização; 6 satisfação das necessidades dos clientes. Figura 25 − Processo de recebimento de produto Fonte: Bertaglia (2005) 51Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Aula 3: Layout, utilização do espaço vertical, palete, acessórios para armazenagem e critério de organização de armazém Segundo Viana (2008), o layout pode ser comentado por meio de palavras, desenhos, plano, esquema, ou seja, é a maneira pela qual inserimos figuras e gravuras que propiciam o surgimento de uma planta podendo-se, por conse- guinte, afirmar que layout é uma maquete de papel. Pergunta Então, qual a importância do layout para a armazenagem? Dias (1996) define o arranjo físico, layout, como a disposição de homens, má- quinas e materiais que permitem integrar o fluxo de materiais e a operação dos equipamentos de movimentação para que a armazenagem se processe dentro do padrão máximo de economia e rendimento. Nesse contexto, o objetivo pri- mordial do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível. As instalações do local de armazenagem devem propor- cionar a movimentação rápida e facilitada dos suprimentos desde o recebimen- to até a expedição (Viana, 2000). Uma boa organização é imprescindível e exige objetivos e gerenciamento. Os objetivos do layout de um armazém, segundo Viana (2008, p. 308), devem: assegurar a utilização máxima do espaço; propiciar a mais eficiente movimentação de materiais; 52 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipa- mento, espaço, danos de materiais e mão de obra do armazém; fazer do armazém um modelo de boa organização. Para proteger o layout de um armazém, cinco passos são necessários: 1 definir a localização de todos os obstáculos; 2 localizar as áreas de recebimento e expedição; 3 localizar as áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e de esto- cagem; 4 definir o sistema de localização de estoque; 5 avaliar as alternativas de layout do armazém. Princípios do arranjo físico (layout) De acordo com Borda e Mirna (1998, p. 6), para obter os seus objetivos, o arran- jo físico se utiliza dos seguintes princípios gerais: Integração: os diversos elementos devem estar integrados, pois a falha em qualquerum deles resultará numa ineficiência total. Todos os detalhes da em- presa devem ser observados, colocados em posições determinadas e dimensio- nados de forma adequada, como a posição dos bebedouros, saídas do pessoal etc. Mínima distância: o transporte nada acrescenta ao produto ou serviço. Deve- se buscar uma maneira de reduzir ao mínimo as distâncias entre as operações para evitar esforços inúteis, confusões e custos. Obediência ao fluxo das operações: as disposições das áreas e locais de trabalho devem corresponder às exigências das operações de maneira que homens, materiais e equipamentos movam-se de maneira contínua, organiza- da e de acordo com a sequência lógica do processo de manufatura ou serviço. Devem ser evitados cruzamentos e retornos que causam interferência e conges- tionamentos. Os obstáculos devem ser eliminados, a fim de garantir melhores fluxos de materiais e sequência de trabalho dentro da organização. Com isso, os materiais sem processo são minimizados e mantidos em contínuo movimento. Racionalização do espaço: aproveitar da melhor maneira o espaço e, se possí- vel, as dimensões. Satisfação e segurança: a satisfação e a segurança do homem são muito im- portantes. Um melhor aspecto das áreas de trabalho promove tanto a elevação do moral do trabalhador como a minimização de riscos de acidentes. 53Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Flexibilidade: esse é um princípio que, de maneira especial, atua na condição de avanço tecnológico, deve ser atentamente considerado pelo projetista de layout. As necessidades de mudança do projeto do produto e dos métodos e sistemas de trabalho são frequentes e rápidas. A falta de atenção a essas alte- rações pode levar uma empresa ao obsoletismo. No projeto do layout, deve-se sempre considerar que as condições vão mudar. Sendo assim, deve adaptar-se facilmente às possíveis mudanças. Pode-se imaginar que muitas atividades são gerenciadas dentro de um armazém. Veja a seguir cada uma delas. Endereçamento dos produtos: o objetivo de um esquema de localização é estabelecer os meios e proporcionar facilidades na identificação do endereço para armazenar o produto dentro de um armazém ou centro de distribuição (CD). Dessa forma, não pode haver dúvidas na identificação das localizações. O endereçamento apresenta-se em três sistemas, que são: Sistema fixo: é designada uma dada localização permanente dentro do ar- mazém para cada produto, aos quais são associados códigos. Sua vantagem é que o processo está associado à facilidade de localização do produto no momento em que ele é buscado no instante da formação do pedido, pois está sendo armazenado sempre no mesmo lugar. Isso facilita a recuperação do produto, maior agilidade na formação do pedido, reduz o tempo de car- regamento e atendimento ao cliente. A principal desvantagem desse méto- do seria a criação de espaço ocioso. Sistema variável: foi projetado para superar a desvantagem do sistema fixo, pois nesse sistema o produto é colocado em qualquer lugar disponível assim que chega ao armazém. Comparado com o sistema fixo, o sistema variável proporciona uma melhor utilização da área do armazém, pois vai designar o produto para as áreas livres, preenchendo o espaço de forma mais orga- nizada e racional. Devido ao padrão sempre variável do arranjo do produto, deve existir um sistema elaborado de preenchimento dos pedidos (manual ou informatizado), combinando com a codificação. Sistema misto: utiliza os dois sistemas fixos e variáveis. Esse sistema mos- trou-se eficiente, em várias ocasiões, em armazém paletizados com grandes volumes de movimentação. Como retrata Moura (1997), independentemente do tipo de sistema de ende- reçamento a ser utilizado, outros fatores devem ser levados em consideração na determinação dos endereços dos produtos no interior de um armazém, são eles: Intensidade do uso: os produtos de maior rotatividade devem estar locali- zados em locais de fácil acesso. 54 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Semelhança ou complementaridade: os itens que com frequência são so- licitados juntos devem ser armazenados próximo para evitar deslocamentos excessivos durantes o picking. Tamanho: os produtos pesados, volumosos e de fácil movimentação devem estar armazenados próximo da expedição. Características dos materiais: o layout do armazém ou centro de distribui- ção deve proporcionar locais de armazenagem para produtos com caracte- rísticas particulares, como os produtos que necessitam de refrigeração ou produtos perigosos. Figura 26 − Planta baixa de um CD com identificação de ruas Figura 27 − Identificação das portas-paletes numa rua do CD Vamos conhecer agora os principais aspectos do layout, que são os seguintes: 1 Itens de estoque: os produtos de maior movimentação devem ser estoca- dos nas imediações da saída ou expedição, a fim de facilitar a movimenta- ção. O mesmo deve ser feito com os produtos de grande peso e volume. 2 Corredores: ficam situados dentro do armazém e facilitam o acesso aos produtos em estoque. Quanto maior a quantidade de corredores, maior será a facilidade de acesso e menor o espaço disponível para o armazenamento. O armazenamento com prateleiras requer um corredor para cada duas filas de prateleiras. 55Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais 3 Porta acessos: as portas de acesso devem permitir a passagem do equipa- mento de manuseio e movimentações de produtos. Tanto sua altura como a largura devem ser devidamente dimensionados para projetar com facilidade as operações de manuseio, carga e descarga. 4 Prateleira e estruturas: quando houver prateleira e estrutura no armazém, a altura máxima deverá considerar o peso dos materiais. O topo das pilhas de mercadorias deve ter a distância de 1 m da iluminação ou dos sprinklers (equipamento fixo de combate a incêndio) de teto. Figura 28 − Layout atual da movimentação interna de mercadorias Fonte: Gouvinhas (2005, p. 5). Quais os tipos de layout? Existem três tipos de layout básicos. Muitas combinações desses três tipos po- dem ser feitas, dependendo da necessidade da empresa. São eles: Layout posicional: por posição fixa, ou por localização fixa dos produtos. Os materiais ou componentes principais ficam em um lugar fixo. Layout funcional: por processo. Agrupam-se as operações de um mesmo tipo de processo. Layout linear: linha de produção. O produto é que se move. Os equipamen- tos são dispostos de acordo com a sequência de operações. Quando um layout pode ser alterado? Segundo Dias (1993), quando uma empresa, que possui funcionários devida- mente treinados pode efetuar por si os estudos de layout, podendo implantar um novo depósito, realizar mudanças nas instalações ou até mesmo atualização (organização) no arranjo físico de acordo com a necessidade da organização. Devem ser analisadas as seguintes situações que originam uma mudança no layout: 56 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Modificação do produto: mercados altamente competitivos exigem muitas vezes modificações periódicas dos produtos, que afetam os equipamentos e a mão de obra. Lançamento de produtos: o desenvolvimento de um novo produto, ou a interrupção na fabricação de um produto que figurava na linha normal, envolve modificações na estrutura de armazenagem. O novo layout deve ser desenvolvido ao mesmo tempo em que o novo produto, passa pelo estágio do planejamento do processo de fabricação. Variação da demanda: um aumento ou uma redução das vendas ou pro- dução justifica estudos de capacidade ociosa, obsolescência iminente do produto e adequação do equipamento existente. Todos perfeitamente en- quadrados dentro da finalidade do layout. Obsolescência das instalações: procedimentos, equipamentos e mesmo a edificação podem tornar-se um entrave na armazenagem de determinado produto. O problema do equipamento é o que menos afeta o layout nessescasos. Por outro lado, a obsolescência de um processo exige modificações sensíveis, ao passo que, no caso da edificação, o layout pode indicar a con- veniência de se ampliar as instalações, uma construção de um novo bloco ou mesmo a mudança completa do armazém. Ambiente de trabalho inadequado: o layout deve levar em conta as mo- dificações necessárias para atenuar o efeito do ruído, das temperaturas anormais, da presença de agentes agressivos, enfim, de todos os fatores que podem afetar o rendimento de trabalho do elemento humano. Índices elevados de acidentes: a localização de uma série de instalações que possam atender, em caráter emergência, os operários que entram em contato com produtos químicos altamente corrosivos, o isolamento ou con- finamento de certos locais de trabalho, o dimensionamento e a demarcação de corredores, passagens, áreas de tráfegos de veículos, obstruções etc. Mudança na localização do mercado consumidor: é um problema que, não tendo influencia direta, age como reflexo no layout, já que a necessida- de na relocação de um depósito envolve novo estudo de layout. Redução de custo: um melhor aproveitamento de edificação da mão de obra e dos equipamentos, produtos de um layout adequado, traz consigo uma redução dos custos não só de estocagem, como também de manuten- ção. 57Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Aula 4: Esquema de localização e tipos de armazém Segundo Viana (2008, p. 313), a armazenagem pode ser simples ou complexa. Dependendo de algumas características intrínsecas aos materiais, a armazena- gem pode tornar-se complexa. Tais características podem ser: fragilidade; combustibilidade; volatização; oxidação; exposividade; radiação; corrosão; inflamabilidade; volume; peso; forma. Os materiais sujeitos à armazenagem complexa demandam, entre outras, as seguintes necessidades básicas: preservação especial; equipamento especial de prevenção de incêndio; equipamento de movimentação especial; meio ambiente especial; estrutura de armazenagem especial; manuseio especial, por intermédio de equipamento de proteção individual () adequadas. Além de considerar esses itens, o esquema de armazenamento escolhido por meio da necessidade de uma organização, depende de quatro questões: si- tuação geográfica de suas instalações, natureza de seus estoques, tamanho e 58 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais respectivo valor. Feito isso, o momento é de escolha pelo tipo de arranjo físico mais conveniente, selecionando alternativas que melhor atendam ao seu fluxo de materiais. Veja a seguir exemplos dessas alternativas: 1 Armazenagem por agrupamento: esse critério facilita as tarefas de arru- mação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espa- ço. 2 Armazenagem por tamanhos (acomodabilidade): esse critério permite bom aproveitamento do espaço. 3 Armazenamento por frequência: esse critério implica armazenar tão próxi- mo quanto possível da saída dos materiais, os que tenham maior frequência de movimento. 4 Armazenagem especial: por meio desse critério, destacam-se: Ambiente climatizado: destina-se a materiais cujas propriedades físicas exi- gem tratamentos especiais. Materiais inflamáveis: devem ser armazenados em ambientes próprios e iso- lados, projetados sob normas rígidas de segurança. Quadro 3 ‒ Descrição por grupo de material Grupo Descrição Grupo 1 Não inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez Grupo 2 Inflamáveis, não corrosivos, baixa toxidez Grupo 3 Inflamáveis, tóxicos e corrosivos Grupo 4 Tóxicos e/ou corrosivos, não inflamáveis Grupo 5 Espontaneamente inflamáveis Grupo 6 Muito venenosos Materiais perecíveis: os produtos perecíveis devem ser armazenados segun- do o método FIFO, ou seja, primeiro que entra é o que sai, exemplificado na figura a seguir. 5 Armazenagem especial: por meio desse critério, destacam-se devido à sua natureza e muitos produtos podem ser armazenados em áreas externas. 6 Coberturas alternativas: de acordo com a necessidade, existem em dis- ponibilidade no mercado diversos tipos de coberturas, as quais podem ser alocadas por meio da necessidade da empresa. Destacamos dois modelos entre os tipos existentes. Galpão fixo: trata-se de um galpão construído de alumínio extrudado, cone- xões de aço galvanizado e coberto por laminados com PVC. 59Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Figura 30 −Galpão fixo Galpão móveis: as características da estrutura e da cobertura do galpão móvel são semelhantes às dos fixos. Porém a grande vantagem desse tipo de galpão é a sua flexibilidade, ou seja, sua capacidade de deslocamento, permitindo a manipulação de materiais por todos os cantos e eliminando a necessidade de corredores. Figura 31 − Galpão móvel Unitização de paletes De acordo com Viana (2008), para entendermos a utilização do espaço vertical, é preciso analisar a utilidade dos paletes para a movimentação, manuseio e armazenagem de materiais. Atenção A paletização consiste na combinação de peças pequenas e isoladas, com a finalidade de realizar, de uma vez só, a movimentação de um número de unidades. 60 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Vantagens da utilização Segundo Viana (2002), existem algumas vantagens apontadas por quem utiliza a unitização de paletes, podemos destacar: 1 melhor aproveitamento do espaço disponível para o armazenamento, utili- zando-se totalmente o espaço vertical disponível, por meio de empilhamen- to máximo; 2 economia nos custos do manuseio de materiais, por meio da redução nos custos da mão de obra e do respectivo tempo, normalmente necessário para as operações braçais; 3 possibilidade de utilização de embalagens plásticas ou amarração por meio de fitas de aço da unitária, formando uma só embalagem individual; 4 compatibilidade com todos os meios de transporte (terrestre, marítimo e aéreo); 5 facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis aos equipamen- tos de manuseio de materiais; 6 permite disposição uniforme do estoque de materiais, o que, por sua vez, concorre para obstrução nos corredores do armazém e pátio de descarga; 7 os paletes podem ser manuseados por uma grande variedade de equipa- mento, como paleteiras, empilhadeiras, transportadores, elevadores de cargas e até por um sistema automático de armazenagem. Desvantagens da utilização Assim como existem vantagens, existem desvantagens. Embora os problemas a seguir enumerados dificultem o uso do palete, a boa notícia é que eles podem ser superados. Veja-os a seguir. utilização da embalagem não padronizada; pesos dos paletes; vida curta e pragas que os atacam, quando fabricados em madeira. Equipamentos e acessórios para armazenagem As caixas diversas são direcionadas para produtos de pequena dimensão. Já os racks, normalmente de aço em aço, são empilháveis e adaptáveis a materiais de várias formas. Veja as figuras a seguir: 61Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Figura 32 − Racks Figura 33 − Flow racks Figura 34 − Push back rack Os contêineres paletizados são construídos com grades de arame, dobráveis e articulados, armados sobre o palete. Além disso, podem ser empilhados. 62 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Quadro 4 − Formas de manuseio e armazenamento Formas Exemplos Acondicionados Barris Bobinas Caixas de papelão Sacos Tambores Cargas unitizadas sem suporte Autopaletização Filmes termorretráteis Unidades integradas Contêineres Abertos Fechados Sobre rodas Contentores Metálicos Plásticos Outros materiais Granel Líquido Sólido Pastoso Peças isoladas Componentes Sobressalentes Outros Suporte para cargas unitizadas Caçambas Contentores Paletes Fonte: Viana (2002, p. 344) Transporte interno do armazém Existem maquinários específicos que facilitam o transporte dasmercadorias dentro dos armazéns. Veja três exemplos a seguir. Figura 35 − Pista transportadora com roletes Figura 36 − Pista transportadora com esteira 63Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Figura 37 − Elevadores de caneca Aula 5: Técnicas de conservação de materiais armazenados Conheça agora quais as técnicas de conservação de materiais armazenados e como escolher o equipamento e o sistema de estocagem adequado. Segundo Viana (2002), os produtos armazenados estão sujeitos a determinados acontecimentos, podendo ocasionar transformações e/ou alterações que resul- tarão na inutilização do mesmo, trazendo sérios prejuízos às organizações. Veja quais são as possibilidades de alterações: combustão espontânea: refere-se aos materiais, em particular, aos produtos químicos, que por sua natureza pode inflamar-se e entrar em combustão; compressão ou achatamento: quando os produtos são colocados em grande pilha ou, então, acondicionados em excesso nas prateleiras, dando a fragi- lidade de suas embalagens, por exemplo, pode ocorrer deformação, como ocorre nas caixas de papelão e outros envoltórios similares; decomposição: quando os materiais ou matéria-prima alteram-se em virtude de fenômeno específicos; evaporação; excessos de calor e luz; explosão; oxidação. 64 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais A solução do problema está na elaboração de critérios que contemplem, entre outros, os seguintes tópicos: inclusão de necessidades de proteção e embalagem nas especificações de compra; inspeção de proteção e/ou embalagem, por ocasião do recebimento; critério de armazenamento; verificação das condições de proteção; critério para preservação. Pergunta Para que tais infortúnios não ocorram, você saberia escolher o equipamento e o sistema de estocagem mais adequado? Para se fazer uma boa escolha, deve-se levar em consideração a questão econô- mica e funcional, a área disponível, o pé direito dos veículos industriais disponí- veis e a natureza da operação. O armazém é constituído de uma área de estocagem e um conjunto de serviços correlatos à função (atividades). Na área de armazenagem, os equipamentos de estocagem devem possuir as seguintes características. 1 Acessibilidade: o equipamento de estocagem deve permitir acesso aos equipamentos de movimentação, de modo a não obstruir o acesso aos itens colocados antes. Pose-se utilizar, por exemplo, estruturas colocadas sobre trilhos ou talhas para facilitar a retirada de produtos pesados. 2 Capacidade e resistência: geralmente, há uma tendência em sobrecarre- gar tantos os equipamentos de estocagem como os de movimentação. Se atentando para os maus usos, devido à imperícia ou imprudência. O piso de edifício deve ter capacidade para suportar o equipamento de movimentação mais a sua carga máxima em condições dinâmicas. 3 Identificação: o equipamento de estocagem deve permitir fácil identifica- ção do material contido, facilitando a sua localização. Também deve permitir fácil contagem para inventários físicos dos produtos. 4 Flexibilidade: na escolha dos equipamentos deve-se ter sempre em mente que os tipos e quantidades de produtos vão mudar. Os equipamentos de estocagem, facilmente desmontáveis, com possibilidade de alterar suas di- mensões ou que possam ser deslocados de um ponto para o outro, adaptar- se-ão mais facilmente a essas mudanças. 65Unidade 3 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais 5 Segurança: possibilita uma boa organização e dimensionamento adequados de recursos. Os produtos devem ser protegidos contra esmagamento, desa- bamento, deterioração, umidade, perdas e roubos. As passagens, escadas, ponto protuberantes, equipamento de segurança e movimentação devem ser sinalizadas de acordo com as normas, para evitar acidentes. 6 Estocagem interna: sua aplicação na estocagem resultou muito da experi- ência e da necessidade de eliminar deficiência teórica. A rapidez da monta- gem possibilita o acréscimo de partes, como a adaptação às características dos imóveis e, o que é mais importante, a construção de dispositivos auxilia- res, que apresentam bons resultados, por meio das inúmeras possibilidades oferecidas para o desenvolvimento do melhor sistema de estocagem. 7 Estocagem externa: devido à sua natureza, muitos itens devem ser aco- modados em áreas externas. Isso reduz o custo de estocagem e aumenta o espaço interno para alocar produtos que necessitem de proteção. Podem ser colocados nas áreas abertas materiais a graneis, tambores e contenedores, peças fundidas, peças pré-fabricadas, engrenagens, máquinas, pneus etc., desde que devidamente protegido. Aula 6: Atendimento das requisições de materiais Os produtos de alta rotatividade devem ser armazenados em locais onde as dis- tâncias a serem percorridas sejam menores, como perto das docas de expedi- ção, diminuindo as distâncias dos percursos. Por outro lado, produtos de baixa rotatividade podem ser colocados em lugares distantes de saídas (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Pergunta Você já ouviu falar na curva ABC? Sabia que ela pode ajudar a melhorar o fluxo de produtos dentro de um armazém? Atente-se aos detalhes a seguir. 66 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Segundo Dias (1993), a Lei de Pareto – princípio-base da curva ABC – estabelece que uma pequena proporção (aproximadamente 20%) dos itens totais contidos em estoque representa uma grande proporção (cerca de 80%) do valor total em estoque. Assim, pode-se utilizar esse princípio para a classificação dos diversos materiais estocados, de acordo com sua movimentação de valor. Dessa forma, é possível que os gestores priorizem seus esforços de acordo com os produtos mais significativos. Para simplificar a construção da curva ABC, vamos dividir o processo em seis fases: 1 Definir a variável a ser analisada: a verificação dos estoques pode ter vários objetivos e a variável deverá ser adequada para cada um deles. No nosso caso, devemos considerar a variável no processo de organização de armazém, no giro do produto e na agregação de valor. 2 Coleta de dados: os dados necessários nesse caso são: quantidade de cada item em estoque e preço unitário. Com esses dados obtemos a receita total de cada item, bastando multiplicar a quantidade pelo custo unitário. 3 Ordenar os dados: calculado o custo total de cada item, organizando-os em ordem decrescente de valor, como mostra a tabela a seguir: Tabela 1 ‒ Tabulação da classificação ABC Item Quantidade em estoque (A) Custo unitário (B) (R$) Custo total (A x B) (R$) Grau ou or- dem 01.001 5 2.000,00 10.000,00 3º 02.001 10 70,00 700,00 10º 03.002 1 800,00 800,00 9º 04.001 100 50,00 5.000,00 5º 05.004 5000 1,50 7.500,00 4º 04.005 800 100,00 80.000,00 1º 08.002 50 20,00 1.000,00 8º 10.001 240 150,00 36.000,00 2º 12.012 300 7,50 2.250,00 6º 13.001 2000 0,60 1.200,00 7º Fonte: Dias (1993, p. 78) 4 Os produtos/itens são alocados em três classes diferentes, segundo Dias (1993): Classe A: 20% dos itens que possuem um alto valor (de demanda ou consu- mo anual) representam cerca de 80 % do valor monetário do estoque. 67 Embalagem, Movimentação e Armazenamento de Materiais Unidade 3 Classe B: itens de valor intermediário (de demanda ou consumo anual), usu- almente; 30% dos itens que representam cerca de 10% do valor monetário total do estoque. Classe C: são itens de baixo valor, representam 50% do total de itens estoca- dos e representam apenas cerca de 10 % do valor total dos itens estocados. 5 Calcular os percentuais: na tabela a seguir, os dados foram organizados pelo grau ou ordem e os percentuais do custo total acumulado de cada item em relação ao total. Tabela 2 − Tabulação da classificação ABC Grau Item Qtde. média em estoque − unidade Preço p/ unidade Custo total (A x B) Custo to- tal acumu- lado (%) Classe 1º 01.001 800 100,00 80.000,00 80.000,00 55,38 A 2º 02.001
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