Buscar

Patologia - Exames Laboratoriais Função Renal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Thais Alves Fagundes 
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL 
DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) 
Alterações heterogêneas que afetam a estrutura a função renal, com múltiplas causas e múltiplos fatores de 
prognóstico. 
FATORES DE RISCO PARA DRC 
 Diabetes 
 Hipertensão 
 História de doença do aparelho circulatório 
 História familiar de DRC 
 Tabagismo 
 Uso de agentes nefrotóxicos 
EXAMES LABORATORIAIS PARA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL 
EXAMES LABORATORIAIS PARA DIAGNÓSTICO DA DISFUNÇÃO RENAL: 
 Dosagens de creatinina e ureia 
 Pesquisa de microalbuminúria 
 Exame de urina rotina 
OUTROS ENSAIOS: 
 Avaliação da taxa de filtração glomerular 
 Determinação da proteinúria de 24 horas 
CARACTERÍSTICAS DE UM ANALÍTO PARA ANÁLISE DA FUNÇÃO RENAL: 
 Produzido constantemente durante o dia. 
 Deve ser totalmente excretado pelo rim. 
 Não pode sofrer influência da dieta alimentar do indivíduo. 
 UREIA 
 Ureia: produto do catabolismo das proteínas. 
 Sintetizada no fígado (CO2 + amônia). 
EXCREÇÃO: 
 90% ureia é excretada pelo rim. 
 Excreção depende da hidratação e taxa de fluxo urinário. 
 
Thais Alves Fagundes 
 UREIA E A AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL 
Ureia é amplamente utilizada na prática clínica, mas é inadequada como teste da função renal. 
Limitações: 
 Não é produzida constantemente durante o dia 
 Concentração varia com ingestão de proteínas/sangramento gastrointestinal e uso de medicamentos 
(corticosteroides). 
Recomendações: 
 Elevação da ureia sérica decorrente de alterações renais é mais precoce do que a elevação da creatinina. 
 Avaliação da ureia pode ocorrer antes que se tenha uma alteração da creatinina. 
 Associação de seus valores juntamente com os resultados da creatinina. 
 VALORES DE REFERÊNCIA PARA UREIA 
Varia de acordo com o laboratório e o método. 
 Adultos: 15-30mg/dL 
 
 QUANTIFICAÇÃO 
Método: colorimétrico enzimático. 
 Boa especificidade e sensibilidade. 
 Mais utilizado atualmente. 
Amostra: 
 Soro, plasma ou urina. 
 Amostra deve ser refrigerada rapidamente (perda da ureia por decomposição bacteriana). 
 CREATININA 
 Creatinina é produto do metabolismo da creatina. 
 Creatina é produzida principalmente no fígado. 
 Creatina participa no fornecimento de energia para a contração muscular. 
 Creatina livre (2%) é transformada em creatinina. 
EXCREÇÃO: 
 Creatinina é totalmente excretada pelos rins. 
Thais Alves Fagundes 
 
VALORES DE REFERÊNCIA PARA CREATININA 
 0,6 a 1,3 mg/dL 
 CREATININA E A AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL 
 Produção é constante e proporcional à massa muscular. 
o Níveis nos homens e atletas são maiores que nas mulheres, crianças e idosos. 
 Excreção é constante durante o dia. 
 Não sofre efeito da dieta e da velocidade do fluxo urinário. 
 Apresenta boa correlação com a taxa de filtração glomerular: concentração de creatinina no sangue é 
inversamente proporcional à taxa de filtração glomerular. 
Creatinina sérica: 
 Determinação da creatinina sérica é simples. 
 Valores de creatinina sérica como índice da função renal estão sujeitos a variáveis interferentes. 
Recomendações: 
 Associação dos valores de creatinina sérica com os valores de depuração de creatinina em urina de 24 horas. 
 Valores de depuração reduzidos com creatinina sérica aumentada: comprometimento da função renal. 
 DEPURAÇÃO DA CREATININA (CLEARANCE DA CREATININA) 
É determinada pela medida da concentração da creatinina no sangue e na urina de 24hs simultaneamente. 
Depuração cr (mL/min) = 
 
VALORES DE REFERÊNCIA PARA DEPURAÇÃO DA CREATININA 
 Crianças: 70 a 140 ml/min/1,73 m2 
 Homens: 85 a 125 ml/min/1,73 m2 
 Mulheres: 75 a 115 ml/min/1,73 m2 
 Idosos: diminuição de 6 ml/min para cada década de vida 
o Envelhecimento leva à perda de massa muscular e à perda de néfrons com redução de TFG. 
Thais Alves Fagundes 
 
DEPURAÇÃO/CLEARANCE DA CREATININA E A AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL 
 Fornece boa avaliação da capacidade de filtração glomerular. 
 Facilidade de execução e baixo custo. 
Limitações: 
 Superestima a TFG (parte da creatinina não é filtrada, mas sim secretada pelo túbulo renal). 
 Utiliza urina de 24 horas (fator limitante – difícil coleta). 
 Fatores interferentes (dieta, medicamentos). 
ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE URINA DE 24 HORAS: 
 No primeiro dia, desprezar a primeira urina da manhã. 
 Colher todas as micções até a manhã do segundo dia (todo o volume de urina deve ser colhido). 
 Colher a primeira urina da manhã do segundo dia. 
 Enviar a amostra para o laboratório. 
 Toda urina colhida deverá ser armazenada em frascos limpos, livres de resíduo de qualquer natureza e sob-
refrigeração (entre 2° e 8°C). 
 QUANTIFICAÇÃO 
Metodologia: Reação colorimétrica enzimática (Reação de Jaffé). 
Interferentes: 
 Exercícios físicos fortes não frequentes. 
 Medicamentos. 
 Lipemia, hemólise, bilirrubina aumentada, glicose: aumento de 0,2 a 0,4 mg/dl no valor da creatinina. 
Amostra: 
 Soro, plasma e urina. 
 FILTRAÇÃO GLOMERULAR ESTIMADA (TFGe) 
 TFG estimada utilizando-se fórmulas baseadas no valor da creatinina sérica, no gênero, na idade, no peso 
corporal e até mesmo na raça. 
 Utilizada quando não é possível a colheita de urina de 24hs (crianças, pessoas que permanecem fora do 
domicílio por longos períodos). 
 National Kidney Foundation (EUA) recomenda a utilização da equação para estimar TFG (em substituição a 
dosagem de creatinina). 
Thais Alves Fagundes 
 EQUAÇÃO PARA ESTIMAR A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
CRIANÇAS: 
 
ADULTO: 
 Equação de Cockcroft-Gault: mais utilizada no Brasil. 
 
TABELA PARA ESTIMAÇÃO DA TFG: 
 
 ESTADIAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA 
 
Thais Alves Fagundes 
 CISTATINA C 
 Proteína de baixo peso molecular. 
 Produzida por todas as células nucleadas. 
 Nível sanguíneo constante. 
 Independe da massa muscular. 
 Concentração sanguínea relacionada com a taxa de filtração glomerular. 
Vantagens: 
 Apresenta menor variabilidade nas determinações sanguíneas. 
 Meia vida mais curta. 
 Marcador mais sensível da função glomerular do que a creatinina (detecta diminuições leves da TFG). 
 MICROALBUMINÚRIA 
 Pode ser feita em urina rotina, urina 12hs, urina 24hs (>30mg/dl). 
Método: Turbidimetria (precipitação). 
 Método sorológico (forma complexo antígeno-anticorpo). 
 Baseia-se na aglutinação da albumina presente na urina com partículas de látex recobertas com anticorpos 
anti-albumina humana. 
Interferentes: 
 Exercícios físicos intensos, infecção urinária, doenças agudas são fatores que podem levar a resultados falso-
positivos de proteína na urina. 
 PROTEINÚRIA DE 24 HORAS 
 Presença de proteínas na urina (> 150mg/24hs): achado isolado mais sugestivo de doença renal. 
Metodologia: Colorimetria 
 Detecção dos tipos de proteínas (eletroforese) indica o local lesado: 
o Proteinúria glomerular: aumento da permeabilidade capilar – ALBUMINA 
o Proteinúria tubular: distúrbios da reabsorção tubular – alfa microglobulina e beta globulinas. 
 ELETROFORESE DE PROTEÍNAS 
 Amostra submetida a uma carga elétrica. 
 Proteínas migram de acordo com seu peso molecular. 
 Albumina tem maior peso molecular. 
 Eletroforese pode ser feita no sangue e na urina. 
Exemplo: indivíduo com albuminúria 
 Diminuição no pico de albumina no sangue. 
 Aumento no pico de albumina na urina. 
Thais Alves Fagundes 
 
 EXAME DE URINA DE ROTINA / URINÁLISE DE ROTINA / URINA TIPO 1 
OBJETIVO: 
 Rastrear urina com relação à doença renal ou infecções do trato urinário. 
 Auxiliar na detecção de doença metabólica ou sistêmica não relacionada às desordens renais (diabetes - 
glicosúria, hepatite – urina escurecida). 
AVALIA: 
 Características físicas: determina densidade, pH da urina, odor, cor e aspecto. 
 Provas bioquímicas: detecta e mede proteína, glicose, corpos cetônicos, bilirrubina, urobilinogênio, 
hemoglobina (Hb),nitritos sanguíneos (infecção por bactérias gram negativo – convertem nitrato em nitrito) 
e hemácias. 
 Sedimentoscopia: examina o sedimento pesquisando presença de células sanguíneas, cilindros, cristais e 
células epiteliais. 
 
 URINÁLISE DE ROTINA CONSISTE EM DOIS COMPONENTES 
DETERMINAÇÃO FISIOQUÍMICA 
Determinação fisioquímica: aspecto, densidade e determinações da fita reagente. 
 Fita de urinálise, que apresenta quadradinhos em diferentes cores. 
 Quadradinhos avaliam as características gerais e os elementos anormais. 
 Emerge a fita de urinálise na urina do paciente. 
 Comparação da cor da fita do paciente com a cor na tabela de referência. 
Thais Alves Fagundes 
 
EXAME DE MICROSCOPIA DE CAMPO CLARO - SEDIMENTOSCOPIA 
Exame de microscopia de campo claro: evidenciar hematúria, piúria, cilindros e cristais. 
 SEDIMENTOSCOPIA 
 
 Piocitos: leucócitos mortos, arredondados com bolinhas mais escuras. 
 Hemácias: coloração uniforme. 
 Células de via alta: arredondadas e maiores. Grande quantidade dessas células indica relação com células 
tubulares e provável lesão tubular. 
 Células de via baixa: células maiores com maior citoplasma maior e irregular. Células de descamação pela 
passagem da urina pelo ureter. 
 Flora bacteriana: não observada em condições normais. Pequenos pontos no campo microscópico da urina 
indica flora aumentada. 
 
Thais Alves Fagundes 
CRISTAIS 
 Dependentes do pH da urina. 
 Podem ou não estar relacionados com a formação de cálculo renal. 
 Cristais de oxalato de cálcio, piócitos e hemácias (imagem menor). 
 
CILINDROS 
 Presença de grande número de cilindros: maior gravidade e acometimento de grande número de néfrons. 
 Na perda de proteínas na urina, durante a passagem da proteína pelos túbulos renais, ocorre solidificação da 
mesma, que adquire forma cilíndrica, assim como o formato do túbulo. 
 Cilindro hemático: túbulo com grande presença de hemácias. 
 Cilindro granuloso: túbulo com grande presença de piocitos. 
 
DISMORFISMO ERITROCITÁRIO 
 Hemácias dismórficas: não estão redondas, hemácias com formatos alterados durante a passagem pelo 
glomérulo. 
 Sugere disfunção renal. 
 
Thais Alves Fagundes 
 PARÂMETROS PARA DIAGNÓSTICO 
1. TFG alterada 
2. TFG normal com evidência de dano renal parenquimatoso: 
a. Albuminúria (>30 mg/24hs ou RAC>30 mg). 
b. Hematúria de origem glomerular (cilíndros hemáticos ou dismorfismo eritrocitário). 
c. Alterações eletrolíticas ou outras anormalidades tubulares. 
d. Alterações histológicas.

Continue navegando