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Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem II - AP1.1

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Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem II 
Docente: Msc Raika Guimarães 
Discente: Esther Pereira Abensur Matrícula: 1912010065 
 
ANOTAÇÕES 
68 anos 
65 dias de internação 
Fez cirurgia 
Diabete 
Renal crônico 
Infecção viral 
Hipertenso 
Abaixo do peso (38kgs) 
Dislipidêmico (nível alto de gordura no sangue) 
Constipação de 21 dias 
Dor 8/10 
Sem hábitos de higiene 
Halitose e ausência dos molares ---- alimentação 
Osteomielite – benzetacil de 4/4h (????) 
Ringer com lactato 2000ml 6/6h ------- renal crônico ???? – normal: 0,2mg/ml 
Escara necrosado e fétido -já está assim há anos- 
Exsudato elevado com coloração amarelada – alginato 
Tecido necrótico 
Esfacelo – desbridamento autolítico – hidrogel com alginato 
Hiperemia em dorso, sacro e cervical – infecção? 
NaCl GELADO 
Tecido de granulação nas bordas da área 5cm cavitada e sanguinolenta 
Soro gelado 
Colagenase com polvidine ???? 
 
 
QUESTÕES 
1.1 Avalie as informações da lesão e proponha um checklist de coberturas relacionando a 
indicação de 01 a 01 de cada uma das lesões descritas no caso clínico (1.0)? 
Começando do menos contaminado para o mais contaminado: para o tecido de granulação, a 
primeira conduta é a proteção, com o uso de soro fisiológico 0,9% utilizando técnica asséptica. 
Aplicar o soro quente em jatos em uma distância de 10cm, secar delicadamente com gaze 
abdominal (ABD). O soro evita a dor e trauma sobre a ferida e proporciona limpeza, e a 
temperatura quente diminui a dor por causa da vasodilatação. Para o exsudato elevado com 
coloração amarelada, faz-se o uso de placa de alginato para absorção do exsudato e prevenção 
de maceração do local e cria um meio adequado para cicatrização. Para a área necrosada e 
fétida, o recomendado seria o uso de carvão ativado, mas como ele não pode ser cortado, o 
ideal é o uso de alginato também ajudará na cicatrização. Para aliviar o odor fétido o 
recomendado é a troca constante do curativo. A utilização do carvão ativado está sendo pouco 
utilizado nos hospitais atualmente pela duração da cobertura. Para os esfacelos recomenda-se 
o uso de hidrogel com alginato para o desbridamento autolítico. E não recomenda-se o uso de 
NaCl gelado e povidine na lesão. 
 
1.2 Encontre os erros, falhas e discrepâncias existentes no texto supracitado quanto a 
postura, conduta, procedimentos realizados pela enfermeira (1,0)? 
A enfermeira não teve a percepção do todo do paciente. Não observou seu peso, doenças, 
interação medicamentosa, entre tantos. Sua conduta foi péssima e faltou com respeito pela vida 
do paciente acamado. O médico errou na prescrição de Benzetacil de 4/4h levando em conta 
que o paciente apresente problema renal crônico, assim como a enfermeira fez uso de Ringer 
com Lactato para reidratação sem levar em conta a contraindicação, além da dosagem errada. 
Não teve empatia com a dor do paciente. A falta de paciência e excesso de grosseria da 
enfermeira, além da escassez de conhecimento científico. O erro no uso do soro gelado. Erro da 
aplicação da colagenase em tecido necrosado, e povidine em ferida aberta, com a afirmação 
dela o certo era colocar nada mesmo. 
 
1.3 Identifique as Necessidades Humanas básicas de acordo com a Teoria de Wanda Horta, 
alteradas e relacione os diagnósticos de enfermagem de cada uma das alterações 
encontradas (1.0) 
Oxigenação: não relatado. Nutrição: desequilibrada, menos do que as necessidades corporais, 
muito abaixo do peso (38kgs), sua alimentação não é relatada. Hidratação: não relatado. 
Temperatura: não relatado. Eliminação de resíduos ou substâncias tóxicas formadas no 
metabolismo: -Pulmões: não relatado -Aparelho urinário: renal crônico, sintomas não relatados. 
-Intestino: Constipação de 21 dias -Glândulas sudoríparas: não relatado. Sono: não relatado. 
Reprodução e prazer: ele está há 65 DIH, acredito que esteja desprovido dessa NHB. Proteção 
das estruturas internas do organismo: proeminência óssea exposta. Exercícios: Mobilidade física 
e no leito prejudicada. Locomoção: acamado. Higiene corporal: Déficit no autocuidado para 
banho/higiene e autocuidado para higiene bucal. Integridade Cutaneomucosa: Integridade da 
pele e tissular prejudicada. Apresenta lesão por pressão na região trocantérica D e E com 
exsudato elevado, esfacelos múltiplos, área necrosadas e fétidas. Percepção dos órgãos e 
sentidos: Dor crônica. Psicossociais é pouco descrito no caso, por ser morador de rua e está na 
proteção do Estado, acredito que sua segurança, amor, liberdade, aprendizagem, recreação, 
lazer, autorrealização, autoestima esteja ausente ou pouca. Na segurança, apresenta risco de 
queda e infecção, proteção ineficaz, risco de solidão. Atenção apresenta falhas por causa do 
tratamento que esteja recebendo com a enfermeira. Psicoespirituais também não há relatos. 
 
1.4 Elabore uma lista de Implementações (Prescrições de Enfermagem) com seus horários 
para esse cliente, obedecendo as NHB afetadas (1.0) 
Compreende-se que, em função da gravidade do estado de saúde do paciente internado, a 
equipe de enfermagem, ao prestar os cuidados priorize a documentação de problemas e a 
assistência às necessidades psicobiológicas afetadas. O técnico de enfermagem deve elevar a 
cabeceira em 45°, avaliar sinais vitais a cada 2h e repassar ao enfermeiro. O enfermeiro vai 
realizar a troca de curativos a cada 6h e avaliar sinais e sintomas de infecção e inflamação a cada 
troca de curativo. Neste caso, precisa-se de mais de uma equipe para realizar a troca de 
decúbito, a cada 2 horas. Por conta de estado de motilidade intestinal, será necessário a 
realização o procedimento de enema para estimular o peristaltismo e promover sua evacuação. 
Estabelecer metas para o paciente que consistem em restaurar ou manter um padrão regular 
de eliminação. Para seu estado nutricional e a falta de presença dos molares do paciente, uma 
sonda enteral será necessária semelhante aos horários das refeições normais, a elevação da 
cabeceira é importante para evitar que o paciente se engasgue. Por fim, para o déficit no 
autocuidado para banho/higiene e autocuidado para higiene bucal, é necessário realizar o 
banho no leito, identificando e registrando a necessidade de higienização. Atentar-se aos riscos 
de quedas e variação do estado clínico. 
 
02- Sobre as Necessidades Humanas Básicas de Mobilidade Física Prejudicada, identifique 
os pontos relativos aos cuidados de enfermagem, relacionando-os, com a evolução 
terapêutica ou a involução e piora clínica (aparecimento de outras doenças – risco para 
demais agravamentos) do processo de reabilitação do cliente hospitalizado (1.0)? 
O paciente idoso está há 65 DIH, acamado pós-acidente automobilístico, o seu risco principal é 
descrito pela NANDA a síndrome do deuso, definido como “risco de deteriorização de sistemas 
do corpo como resultado da inatividade musculoesquelética, prescrita ou inevitável”. Ademais, 
com a mobilidade física prejudicada, os riscos de quedas e a falta de mudança de decúbito 
podem piorar as lesões por pressão de cada lado do fêmur, na região trocantérica. A falta da 
troca constante do curativo aumentará o risco de infecções. A falta de higienização pode afeta 
a imunidade e aumento do risco de infecções. A nutrição do paciente prejudicada pode acarretar 
ao estado de desnutrição crônica. A constipação intestinal pode levar a síndrome do intestino 
irritável. A osteomielite aumenta o risco de quedas do paciente. 
 
 
03- Identifique as ações e condutas podem ser tomadas pelo enfermeiro a fim de prevenir o 
aparecimento de lesões por pressão, observando os critérios HOLÍSTICOS nesta assistência (0,5) 
A mudança de decúbito a cada 2 horas por pelos menos duas equipes de enfermagem. O banho 
no leito também ajuda na preservação da saúde e relaxamento, verificação do estado da pele 
do paciente, e aplicar cremes para manter a pele hidratada e massagens para ajudar na 
circulação.Pode-se utilizar o AGE hidratante para prevenção. 
 
04- Avaliando a segurança do paciente, o cuidado holístico e humanizado e o alívio da DOR e 
descreva e Identifique as intervenções que o enfermeiro (junto com a equipe multidisciplinar) 
a fim de propor estratégias para o alívio da DOR deste paciente – técnicas farmacológicas 
e não farmacológicas (0,5). 
Trocar o soro gelado por soro quente, a aplicação de cremes e massagem na pele do paciente, 
o toque ajuda no alívio da dor, porque ajuda na circulação. Avaliar quais medicamentos o 
paciente é alérgico, verificar se é possível o uso de analgésicos para alívio da dor. 
 
05- Para a Semiotécnica da Mudança de decúbito identifique os pontos de “maiores riscos “ 
e quais medidas e cuidados de enfermagem podem ser implementados para a redução das 
mesmas (1.0) 
Como riscos da mudança de decúbito pode ser citado o decúbito dorsal, a posição totalmente 
deitada, visto que a permanência prolongada nesta posição poderá facilitar o aparecimento de 
escaras. A enfermeira deverá procurar mudar o paciente de posição várias vezes ao dia, no 
mínimo de 2 em 2h. 
A posição lateral também apresenta riscos, como aparecimento de escaras no trocanter, pés e 
joelhos. É necessário colocar um travesseiro na cabeça e outro menor entre as pernas para 
atenuar o atrito de uma sobre a outra. Na posição sentada deve-se usar uma almofada de 
espuma, e as costas e os pés deverão estar acolchoados. Na posição Fowler é necessário 
também a presença de travesseiros ou almofadas para evitar os riscos. 
06- Sobre os processos de contenção no leito e observando a semiotécnica para a mudança de 
decúbito algumas regiões anatômicas devem receber maior atenção pelo risco preexistente nas 
mesmas. Identifique–as e aponte cuidados que o enfermeiro deve adotar em relação a cada 
uma delas (0,5) 
Durante a mudança de decúbito, algumas áreas anatômicas precisam receber maior atenção, 
como: região sacral, trocanter, maléolo, joelhos, região occipital, escápulas, ombros, cotovelos, 
ísquios, calcâneo e hálux. Os cuidados são na prevenção de lesões por pressão. Nas contenções 
de ombros, abdômen, joelho, quadril e tornozelo tem como cuidados evitar o garroteamento 
dos membros, deve-se retirar a restrição pelo uma vez ao dia para higiene e hidratação com 
massagem de conforto no local da contenção, devese também afrouxá-la caso risco de edema, 
lesão ou palidez na área. A contenção em crianças deve ser feita somente na presença de um 
responsável, seguindo as orientações citadas acima, ela deve estar ciente do tratamento a ser 
feito. 
07- Ao identificar as características semiológicas da DOR identifique em sua percepção os 
pontos mais relevantes (0,5) 
A sensação dolorosa tem papel fisiológico e funciona como sinal de alerta para a percepção de 
algo que está ameaçando a integridade física do organismo. Todo paciente deve ser 
sistematicamente avaliado, levando-se em consideração as 1O características semiológicas da 
dor: localização, irradiação, qualidade ou caráter, intensidade, duração, evolução, relação com 
funções orgânicas, fatores desencadeantes ou agravantes, fatores atenuantes e manifestações 
concomitantes. Dentre elas podemos citar as de maiores relevâncias para o processo de 
anamnese: 
Localização: se é superficial, profunda, visceral, irradiada, é importante para saber como 
proceder e de que forma iremos atuar para com o paciente. 
Intensidade: leve, moderada ou forte, e para isso usados a escala de dor. 
Caráter e qualidade: pontada, cólica, queimação, membro fantasma, etc. 
Manifestações concomitantes: de que forma o paciente se comporta diante da dor, (sem 
apetite, não consegue deglutir, não consegue urinar ou defecar, etc). 
 
08- Construa exemplos para explicar ao paciente as diferenças existentes entre a DOR de 
origem patogênica diferenciando –a da DOR de origem psicogênica (0,5) 
Patogênica: tem origem em uma dor física que pode ser identificada como estimulo tátil 
doloroso, como traumas, dores pós cirúrgicas, inflamações, entre outras, porém para explicar 
para o paciente eu diria que a dor de origem patogênica seria aquela que ele sente fisicamente, 
como a dor nas pernas que foi por origem traumática. Psicogênica: pode ser relatada como uma 
dor a nível emocional, ou principalmente de estresse que acaba desestabilizando toda a energia 
corporal, e pode até agravar a dor de origem patológica, pode ser relatada como por exemplo 
uma crise de ansiedade. Para explicar para o paciente eu diria que seria como um aperto no 
coração, ou um nó na garganta, e principalmente vontade de chorar. 
 
09- Relacione as indicações das coberturas e os cuidados de enfermagem (relacionando a 
priori ao tipo e as características das lesões) que devem ser monitorizados nos quadros 
clínicos dos pacientes que estão sendo tratados com (0,5) 
Professora, essa foto é de minha autoria 😊 
a) Carvão ativado: principalmente para o uso de controle de odor fétido. Utilizado em feridas 
infectadas pois tem ação antibactericida e em feridas com bastante exsudato. Deve-se trocar a 
cobertura secundária sempre que estiver saturada e ele não pode ser cortado para não ocorrer 
a liberação do carvão ou da prata na lesão. 
b) Sulfadiazina de prata: É indicado para a prevenção de colonização e tratamento de 
queimaduras. Realizar a limpeza prévia das lesões antes do curativo sempre com água corrente 
clorada. Outros cuidados são o rompimento das bolhas e remoção dos tecidos desvitalizados, 
aplicando uma cobertura antimicrobiana, tendo a atenção voltada ao tratamento tópico da 
ferida, limpeza, desbridamento e aplicação da cobertura, que deve oferecer, como componente 
primário, condições ideais para repitelização 
c) Alginato de Cálcio: feridas de moderado a elevado exsudato em feridas com ou sem infecção. 
Absorve o exsudato e promove o crescimento do tecido revitalizado, ajudando na cicatrização. 
s cuidados de enfermagem são: Limpeza da ferida feita com soro fisológico 0,9% e aplicação 
correta do alginato. 
d) Papaína: usada principalmente para o tratamento de feridas abertas, e tratamento de tecidos 
desvitalizados. Deverá ser lava a ferida com jatos de papaína para a remoção do exsudato. 
e) Hidrocolóide: Indicado para prevenção e tratamento de feridas abertas não infectadas. 
Devemos trocar o hidrocolóide sempre que o gel extravasar ou o curativo deslocar ou no 
máximo 7 dias. 
 
10- Construa um quadro de diagnósticos de risco que podem ser identificados no caso 
clínico supracitado e proponha estratégias para combatê-los utilizando o suporte da 
Segurança do Paciente (1,0) 
1- Risco de infecção 
Administrar de antibióticos 
Promover o banho diário 
Fazer a troca dos curativos periodicamente 
Oferecer aporte nutricional 
Oferecer aporte hídrico 
Observar periodicamente as alterações na pele 
Monitorar os sinais vitais 
2- Risco da síndrome do desuso 
Promover a mobilização articular do paciente 
Administrar medicamentos 
Promover a ingesta hídrica 
Promover a nutrição adequada 
Prevenir quedas 
Promover o suporte emocional 
3- Risco de integridade da pele prejudicada 
Realizar o cuidado no leito ao movimentar o paciente 
Hidratar a pele do paciente 
Realizar massagens de circulação corporal 
Examinar periodicamente a pele 
Manter a higiene do paciente 
Mudar cuidadosamente o paciente de decúbito 
Proteger a pele com almofadas, e o acolchoamentos 
Massagear as proeminências ósseas 
4- Risco de queda 
Avaliar a força muscular do paciente 
Rever histórico de quedas 
Administrar medicação para problemas ósseos do paciente 
Monitorar distúrbios e riscos que possam contribuir com a queda 
Avaliar o estado cognitivo do paciente 
5- Risco de desiquilíbrio de eletrólito 
Monitorar a frequência cardíaca 
Avaliar os sintomas gastrointestinais 
Rever a ingestão dietética do cliente 
Avaliar a força muscular e a função motora 
Avaliar a ingestão e perda de líquidos 
Avaliar exames laboratoriais6- Risco de nutrição desiquilibrada 
Avaliar os padrões nutricionais 
Determinar os padrões de mudança do peso 
Determinar o estado psicológico do paciente 
Ajudar o paciente a desenvolver novos padrões e hábitos alimentares 
7- Risco de Motilidade gastrintestinal prejudicada 
Detectar as condições que afetam a motilidade 
Determinar a existência de distúrbios 
Avaliar a condição do cliente 
Palpar o abdômen 
Determinar a frequência das evacuações 
Avaliar os sinais vitais 
Avaliar a nutrição do paciente 
Administrar medicações que auxiliem na evacuação 
 
1- Auto Avaliação – Dê-se uma nota de (0-10) em relação ao seu empenho, 
desempenho e aprendizagem durante esse primeiro módulo. 
6, eu me distraía muito na aula, já mandei mensagem no privado no instagram falando sobre. 
Muita coisa eu aprendi no Ambulatório de Cirurgia Vascular sobre Insuficiência Venosa Crônica 
e Pé Diabético, entrei em 2019 e hoje sou uma das coordenadoras. 
2- Avaliação da Docente – Identifique uma nota de (0-10) em relação ao domínio do 
conteúdo, abordagem da disciplina. 
9,5 excelente domínio de conteúdo, porém mudava de assunto e voltava, isso me confundia, 
mas é culpa minha, eu realmente me distraio muito rápido ☹

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