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Dismenorreia: Causas e Tratamentos

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1 
5º SEMESTRE 2021.2 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER 
JULIANA OLIVEIRA 
 
DISMENORREIA 
CONCEITO 
Dor pélvica ou abdominal, inferior, cíclica ou recorrente 
associada à menstruação. 
FATORES ASSOCIADOS 
➔ IMC baixo 
➔ Menarca precoce (antes dos 12 anos) 
➔ Prolongamento do intervalo e duração das 
menstruações, fluxo menstrual abundante, síndrome 
pré-menstrual. 
➔ Antecedentes de abuso sexual. 
➔ Tabagismo. 
CLASSIFICAÇÃO 
Muito importante realizar essa classificação e deixar ela 
clara na anamnese. 
➔ Intensidade: 
▪ Leve 
▪ Moderada 
▪ Grave 
ETIOLOGIA 
➔ Primária ou funcional: 
▪ Cólicas menstruais abdominais inferiores na ausência 
de qualquer outra doença ou anormalidade pélvica. 
▪ Apresenta-se no início do fluxo menstrual, ou um a 
dois dias antes da descida menstrual. 
▪ Pode durar de 8 a 72 horas ou até quatro dias após a 
menstruação. 
▪ Seu início ocorre 6 a 12 meses após a menarca e se 
associa aos ciclos ovulatórios. 
▪ Tem-se sintomas associados: Dor de cabeça, náuseas e 
vômitos. 
▪ Irradiação: Para as coxas ou as costas. 
Fisiopatologia: 
Quando se tem regressão do corpo lúteo tem-se uma 
queda nos níveis de progesterona, quando isso ocorre, 
tem-se a conversão de fosfolipídios em ácido araquidônico 
e esse vai ser metabolizado pela lipoxigenase e 
cicloxigenases, por meio da produção de leucotrienos e 
prostaglandinas. 
As prostaglandinas (PGF2-alfa e PGE2) são as responsáveis 
por mediar a dor e outros sintomas associados à 
dismenorreia. 
▪ A PGF2-alfa é responsável pela sensação de dor e 
estimula a contração do músculo liso. 
▪ A PGE2 potencializa a desagregação plaquetária e a 
vasodilatação, produzindo cólicas e sintomas sistêmicos 
como náusea, vômito, edema e cefaleia. 
 
➔ Secundária ou orgânica: 
Refere-se a menstruação dolorosa associada a 
anormalidades ou doenças pélvicas. 
▪ Ocorre 12 meses após o estabelecimento do ciclo 
menstrual, e mais provavelmente, associa-se a dor 
pélvica crônica, dor no meio do ciclo, dispareunia e 
sangramento menstrual irregular. 
Causas: 
➔ Causas intrauterinas: 
▪ Adenomiose: É a principal causa. 
▪ Leiomioma 
▪ Anomalias mullerianas 
▪ Estenose cervical 
▪ Dispositivo intrauterino 
▪ Aborto 
▪ Sinéquias 
 
➔ Causas extrauterinas: 
▪ Endometriose 
▪ DIP 
▪ Aderências 
▪ Gravidez ectópica 
▪ Hímen imperfurado 
▪ Hímen microperfurado 
▪ Septo vaginal transverso 
▪ Cistos ovarianos 
 
➔ Causas nãos ginecológicas: 
▪ Desordens psicossomáticas 
▪ Depressão 
▪ Síndrome do cólon irritável 
▪ Constipação crônica 
▪ Doença inflamatória intestinal 
▪ Dor miofascial 
▪ Infecção urinária 
▪ Litíase renal 
DIAGNÓSTICO 
➔ História clínica e exame físico 
➔ Rastrear ISTs e gravidez nas pacientes que possuem 
vida sexual ativa. 
➔ Exame de urina 
➔ Hemograma completo, PCR e taxa de 
hemossedimentação (VHS) podem ser obtidos quando 
se considera doença inflamatória pélvica (DIP) 
➔ USG ou ressonância magnética podem ajudar a 
identificar quaisquer anormalidades nos órgãos 
uterinos ou pélvicos. 
➔ Laparoscopia deve ser considerada quando não houver 
etiologia identificada e falha no tratamento com 
medicações de primeira linha. 
TRATAMENTO 
 
2 
5º SEMESTRE 2021.2 – UNIFTC SAÚDE DA MULHER 
JULIANA OLIVEIRA 
 Importante saber que esse tratamento é em relação a 
dismenorreia primária, visto que nos casos de dismenorreia 
secundária, o tratamento é específico. 
Dismenorreia primária: 
➔ Primeira escolha: Anti-inflamatórios não hormonais. 
Devem ser usados preferencialmente um a dois dias antes 
da menstruação e continuados por mais dois dias. 
 
➔ Segunda escolha: Tratamento hormonal: 
O tratamento hormonal pode ser iniciado com 
anticoncepcionais orais combinados ou terapia progestínica 
isolada (oral, injetável ou implantes) nos casos de 
contraindicações ao uso de estrogênio. 
 
Na falha de resposta terapêutica, deve-se pensar na 
possibilidade de dismenorreia secundária, em especial na 
endometriose, e nesses casos, deve-se prosseguir 
investigação diagnóstica com exames de imagem. 
 
Atenção! 
O diu de mirena é uma excelente possibilidade para o 
tratamento da endometriose, principalmente se a paciente 
tiver adenomiose, visto que elas respondem muito bem, 
entram em amenorreia e o quadro de dor melhora, sendo 
inadequado apenas quando há desejo de gravidez.

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