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Carga Tributária Para As Empresas Não Optante Pelo Simples Nacional

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CARGA TRIBUTÁRIA PA
RA 
AS EMPRESAS NÃO 
OPTANTES PELO 
SIMPLES NACIONAL
49
A série SAIBA MAIS esclarece as dúvidas mais frequentes 
dos empresários atendidos pelo SEBRAE nas mais diversas 
áreas: organização empresarial, finanças, marketing, produção, 
informática, jurídica, comércio exterior.
DÚVIDAS OU SUGESTÕES, CONSULTE O SEBRAE 0800 570 0800
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Conselho Deliberativo
Presidente: Abram Szajman (FECOMERCIO)
ACSP Associação Comercial de São Paulo
ANPEI Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia 
das Empresas Inovadoras
Banco Nossa Caixa S. A.
FAESP Federação da Agricultura do Estado de São Paulo
FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
FECOMERCIO Federação do Comércio do Estado de São Paulo
ParqTec Fundação Parque Alta Tecnologia de São Carlos
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Secretaria de Estado de Desenvolvimento
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SINDIBANCOS Sindicato dos Bancos do Estado de São Paulo
CEF Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal
BB Superintendência Estadual do Banco do Brasil
Diretor - Superintendente
Ricardo Luiz Tortorella
Diretores Operacionais
José Milton Dallari Soares
Paulo Eduardo Stabile de Arruda
Projeto e desenvolvimento - SEBRAE-SP
Autor 
Bóris Hermanson
Diagramação e ilustrações 
Ceolin e Lima Serviços Ltda. / Antonio Eder
Impressão - 
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3
CARGA TRIBUTÁRIA 
PARA AS EMPRESAS NÃO 
OPTANTES PELO 
SIMPLES NACIONAL
A seguir segue a relação de tributos e contribuições federais, estaduais e 
municipais, incidentes sobre as empresas em geral. Vale observar que alguns 
tributos, tais como o ICMS e o ISS, incidirão apenas nas atividades de vendas de 
produtos (ICMS) e sobre a prestação de serviços (ISS). Vejamos então, de forma 
mais detalhada, quais são estes tributos e contribuições:
A) - Tributos federais: 
a.1 - Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ:
Este imposto, conhecido tecnicamente 
como Imposto sobre Rendas e Proventos 
de Qualquer Natureza, cobrado pela União 
através da Secretaria da Receita Federal, tem 
como fato gerador (fato a partir do qual o 
imposto passa a ser devido), a aquisição da dis-
ponibilidade econômica de renda (produto do 
capital e/ou trabalho além de outros proventos 
que venham aumentar o patrimônio da pessoa 
jurídica). Ele poderá ser calculado e recolhido 
através de umas das modalidades abaixo:
a) Lucro Presumido; ou,
b) Lucro Real.
a) O Imposto de Renda calculado pelo 
Lucro Presumido terá seu recolhi-
mento realizado trimestralmente. Ele 
4
será calculado aplicando-se sobre a Receita Bruta do Trimestre (Base de 
Cálculo) um dos seguintes percentuais (alíquota):
– de 8% (atividade comer-
cial, industrial, transporte 
de cargas e serviços hos-
pitalares);
– de 1,6% (revenda para 
consumo de combus-
tíveis);
– de 16% (prestação de 
serviços em geral, com 
faturamento anual até R$ 
120.000,00);
– de 32% (prestação de 
serviços em geral com 
faturamento anual su-
perior a R$ 120.000,00, 
ou prestação de serviços 
regulamentados, inter-
mediação de negócios, administração, locação ou cessão de bens imóveis, 
móveis e direitos de qualquer natureza, qualquer que seja o faturamento 
da empresa);
Sobre o valor resultante da aplicação das alíquotas acima mencionadas sobre a 
Receita Bruta, serão somadas todas as demais receitas auferidas pela empresa no 
trimestre, como receitas de aplicação financeira, ganhos de capital, etc. Sobre o 
total assim apurado, será aplicada a alíquota do imposto de renda que é de 15%. 
Seu recolhimento deverá ser realizado no último dia útil do mês subsequente 
ao fato gerador (fato a partir do qual o imposto passa a ser devido). Conforme 
definido no art. 279 do RIR, Receita Bruta é o total das receitas auferidas pela 
empresa na comercialização de seus produtos ou na prestação de serviços e pelo 
resultado auferido nas operações de conta alheia, como comissões auferidas 
na venda de bens ou serviços por conta de terceiros. Mas inclui-se na base de 
cálculo do imposto, as receitas com aplicações financeiras, ganhos de capital 
variação monetária ativa, receitas de aluguel.
5
b) O Imposto de Renda calculado pelo Lucro Real também terá recolhimento 
trimestral. Neste caso ele será calculado aplicando-se diretamente o per-
centual (alíquota) de 15% sobre o Lucro apurado no Trimestre (Base de 
Cálculo). Seu recolhimento se dará no último dia útil do mês subsequente 
ao fato gerador. Conforme art. 248 do RIR, lucro líquido é a somatória 
do lucro operacional do período mais as receitas não operacionais. Lucro 
Operacional é calculado, deduzindo-se da receita bruta, os impostos 
incidentes sobre as vendas e os custos dos bens e serviços vendidos.
A opção pelo Lucro Real ou Lucro Presumido, exceto nos casos abaixo 
descritos, deverá ser decidida pela própria empresa. Uma vez feita a opção por 
um sistema, este poderá ser alterado somente no próximo exercício. 
Segue abaixo a relação de empresas cuja lei obriga a optar pelo lucro real:
• empresa cuja receita total, no ano 
calendário anterior, seja superior a 
R$ 24.000.000,00;
• instituições financeiras e as entidades 
a elas equiparadas;
• empresas e instituições que tiveram 
lucros, rendimentos ou ganhos de 
capital oriundos do exterior;
• empresas e instituições que gozem 
benefícios fiscais de isenção ou re-
tenção do imposto de renda;
• empresas que, no decorrer do ano 
calendário, tenha suspendido ou 
reduzido o pagamento de imposto, através de elaboração de balancetes 
mensais de suspensão de imposto;
• empresas de factoring.
Existem alguns fatores de ordem práticas que deverão ser observados pelos 
empresários e seus Contabilistas no momento de se optar por uma ou outra 
modalidade. Vejamos alguns deles:
a) a empresa optante pelo lucro presumido não poderá deduzir nenhuma 
despesa e não terá nenhum tipo de incentivo, sendo o imposto calculado 
6
sobre o total das receitas auferidas no trimestre independentemente de 
prejuízo (vale dizer que não existe forma de se compensar o prejuízo acu-
mulado no exercício), sendo este sistema relativamente mais simples do que 
a apuração pelo lucro real;
b) a empresa optante pelo lucro real, trimestral ou por estimativa mensal, 
poderão, eventualmente, beneficiarem-se de incentivos fiscais, visto que 
tal regime permite deduções sobre o imposto a pagar ou deduções como 
despesas operacionais, antes da apuração do lucro líquido do exercício;
c) se a opção for pelo lucro real trimestral, uma vez apurado o lucro o imposto 
é definitivamente pago. Se for apurado prejuízo, não há imposto a pagar. 
Nele não existe a possibilidade de compensação com os trimestres seguintes 
(se a empresa apresentou mais prejuízos do que lucro, ela eventual poderá 
ter recolhido imposto de renda em algum trimestre);
d) caso a empresa opte pela tributação pelo Lucro Real Estimativa Mensal, o 
imposto será calculado da mesma forma do lucro presumido, podendo tal 
empresa elaborar balancetes mensais que comprovem prejuízos (assim não 
haverá recolhimento do tributo). 
e) Caso a Base de Cálculo do IRPJ ultrapasse o limite de R$ 20.000,00, deverá 
ser aplicada sobre o valor excedente a alíquota de 10%. Este acréscimo 
no imposto devido é chamado de ADICIONAL DO IRPJ. No caso do IRPJ 
apurado trimestralmente, calcula-se o limite trimestral de R$ 60.000,00 
(3 x R$ 20.000,00). Nos casos em que a apuração é mensal, calcula-se o 
ADICIONAL sobre o limite de R$ 20.000,00.
a.2 - Contribuição Social sobre o Lucro - CSL:
A Contribuição Social sobre o Lucro, espécie 
de tributo instituído pela União e administrado 
pela Secretaria da ReceitaFederal, cuja finalidade 
é o financiamento da seguridade social, será 
calculada conforme a opção que o contribuinte 
(empresa) tiver realizado em relação ao recolhi-
mento do Imposto de Renda. 
Sua Base de Cálculo será o valor do resultado 
do exercício, antes da provisão para o imposto 
de renda.
7
Assim sendo, teremos duas hipóteses distintas:
a) Lucro Presumido – Recolhimento Trimestral. Será calculada aplicando-se 
sobre a Receita Bruta do Trimestre um percentual (alíquota) de 12% para 
empresas em geral e de 32% para prestadora de serviços. Sobre o valor en-
contrado na operação mencionada, serão somadas todas as demais receitas 
auferidas no trimestre pela empresa, como receitas de aplicações financeiras, 
ganhos de capital, etc. e sobre este total apurado será aplicada a alíquota 
de 9,00%. Deverá ser recolhida no último dia útil do mês subsequente ao 
fato gerador (fato a partir do qual o imposto passa a ser devido). 
b) Lucro Real – Recolhimento Trimestral. Será calculada aplicando-se dire-
tamente o percentual de 9% (alíquota) sobre o Lucro Líquido apurado no 
Trimestre. Deverá ser recolhida no último dia útil do mês subsequente ao 
fato gerador (fato a partir do qual o imposto passa a ser devido). 
OBS.: O pagamento mensal do Imposto de Renda e da Contribuição 
Social sobre o Lucro é efetuado pelas empresas optantes pelo Lucro 
Real Estimado.
a.3 – Contribuição para os Programas de Integração Social e de 
 Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP:
Esta contribuição é uma espécie de tributo 
instituído pela União e administrado pela Sec-
retaria da Receita Federal, tendo por finalidade 
o financiamento de programas voltados aos 
trabalhadores. Sua Base de Cálculo é o fatura-
mento (Receita Bruta) da pessoa jurídica. Esta 
contribuição será calculada, aplicando-se sobre 
a Receita Bruta Mensal, o percentual (alíquota) 
de 0,65%. O recolhimento é mensal e deverá 
ser realizado até o dia 15 do mês seguinte ao 
fato gerador.
No caso de produtos tais como cigarro, de-
rivados de petróleo, veículos, medicamentos, perfumes, cosméticos e similares 
ocorrerá a substituição tributária, ou seja, a responsabilidade pelo recolhimento 
do PIS/PASEP será dos fabricantes e/ou importadores, conforme alíquotas defini-
das pelo governo federal.
8
No caso da opção da empresa ser pelo Lucro Real a alíquota será 1,65%, 
sendo tal alíquota compensada com o imposto incidente sobre a aquisição de 
mercadorias que forem tributadas.
a.4 – Contribuição (Social sobre o Faturamento) para 
Financiamento da Seguridade Social - COFINS:
Tributo instituído também pela União, cuja Base 
de Cálculo é o faturamento (Receita Bruta) da pessoa 
jurídica, sendo administrado pela Secretaria da Re-
ceita Federal, calculado, aplicando-se sobre a Receita 
Bruta Mensal, o percentual de 3%. O recolhimento 
é mensal e deverá ser realizado até o dia 15 do mês 
seguinte ao fato gerador.
No caso de produtos tais como cigarro, derivados 
de petróleo, veículos, medicamentos, perfumes, 
cosméticos e similares ocorrerá a substituição tributária, 
ou seja, a responsabilidade pelo recolhimento do 
COFINS será dos fabricantes e/ou importadores, 
conforme alíquotas definidas pelo governo federal.
No caso da opção da empresa ser pelo Lucro Real a alíquota será de 7,6%, 
sendo tal alíquota compensada com o imposto incidente sobre a aquisição de 
mercadorias que forem tributadas.
a.5 – Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa 
jurídica – INSS EMPRESA:
A contribuição mensal ao INSS - Instituto Nacional de 
Seguridade Social, realizada pela empresa é composta 
da seguinte forma:
•	 20% sobre o valor da remuneração dos sócios;
•	 20% sobre folha de pagamento para INSS;
•	 5,8% sobre folha de pagamento destinado ao INCRA, 
Sistema S e Salário Educação);
•	 1 a 3% sobre folha de pagamento destinado ao SAT 
– seguro de acidentes do trabalho, conforme o grau 
de risco da atividade da empresa;
9
•	 15% sobre o valor bruto da Nota Fiscal relativa à prestação de serviços presta-
dos através de cooperativas de trabalho.
E dos valores retidos dos funcionários, conforme tabela divulgada pelo 
INSS.
Observação: Sobre a remuneração mensal do empregado, o empregador 
deverá recolher a alíquota de 08% a titulo de FGTS - Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço. Tais valores serão depositados em conta vinculada na Caixa 
Econômica Federal. No caso de demissão imotivada do empregado por parte 
do empregador, deverá o empregador ainda depositar uma multa no percentual 
de 50% sobre o saldo da conta vinculada, sendo 40% destinado ao empregado 
e os 10% restantes para os cofres da união, conforme os termos do artigo 1º da 
Lei Complementar 110/01.
a.6 - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI:
O Imposto sobre Produtos Industrializados é um imposto incidente sobre produtos 
industrializados, gravando sua etapa inicial, ou seja, 
sua industrialização.
O estabelecimento industrial ou equiparado é 
o responsável pelo recolhimento do IPI, cabendo 
ao consumidor suporta-lo. Ou seja, sobre o 
valor da mercadoria é acrescido o valor do IPI, 
que será suportado pelo comprador do produto 
industrializado e recolhido pelo estabelecimento 
industrial ou equiparado. 
O fato gerador do IPI é o desembaraço aduaneiro 
de produto estrangeiro e a saída de produto industri-
alizados de estabelecimento industrial, ou equiparado.
As alíquotas do IPI são estabelecidas na TIPI - Tabela de Incidên-
cia do IPI. 
A industrialização de um produto engloba a transformação da natureza 
de um produto e/ou matéria prima, seu beneficiamento, sua montagem, seu 
acondicionamento, ou mesmo seu recondicionamento.
O IPI é um imposto não cumulativo, cabendo assim o aproveitamento do 
crédito do imposto anteriormente pago na aquisição dos seus insumos (matéria 
prima, produtos intermediários e material de embalagem efetivamente empr-
egados no produto objeto da industrialização), com o imposto devido.
10
a.7- Outros Tributos Federais:
Além do tributos acima, temos também o Imposto 
sobre Importação - II; o Imposto sobre Exportação - 
IE, o Imposto Territorial Rural - ITR; O Imposto sobre 
Operações Financeiras - IOF.
B) - Tributos estaduais:
b.1 - ICMS - Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços:
O ICMS é um imposto de competência Estadual. Ele incide sobre a circulação 
de mercadorias, prestações de serviços de transporte interestadual, intermu-
nicipal, de comunicações, de energia elétrica, sobre a entrada de mercadorias 
importadas e sobre serviços prestados no exterior.
O fato gerador é a saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte, 
fornecimento de refeições, prestação de serviços de transporte, entre outros.
Cada Estado da Federação tem liberdade para adotar regras próprias relativas 
à cobrança desse imposto, respeitados os requisitos 
mínimos fixados na Constituição Federal e pelo 
Código Tributário Nacional.
O ICMS, na prática, corresponde à aplicação 
de uma alíquota determinada, variável de acordo 
com o tipo de produto comercializado ou serviço 
prestados. Esta alíquota incidirá sobre o valor da 
operação de saída do produto ou sobre a prestação 
do referido (ele passa a ser devido no momento da 
emissão da Nota Fiscal ou do Cupom Fiscal). Esta 
alíquota pode ser de até 25% (a alíquota média aplicada 
no Estado de São Paulo é de 18%). 
O cálculo desse imposto é feito “por dentro”, ou seja, ele está 
embutido no valor da operação que consta na nota fiscal, integrando sua 
própria base de cálculo. 
No Estado de São Paulo as alíquotas são:
Operações internas ou iniciadas no exterior: - 18% - a partir de 
janeiro/2001;
11
Operações interestaduais com saídas para os Estados das Regiões Norte, Nordeste 
e Centro-Oeste, e também Espirito Santo: - 07%;
Operações interestaduais com saídas para os Estados das Regiões Sul e Sudeste: 
- 12%.
O ICMS é um imposto não cumulativo, cabendo assim o aproveitamento do 
crédito do imposto anteriormente pago na aquisição de mercadorias com o imposto 
devido.Se o recolhimento do ICMS for postergado, ou seja, transferido, por disposição 
legal, para um contribuinte situado num elo posterior ao processo de comercialização 
de um produto, teremos a figura do DEFERIMENTO. 
Caso o recolhimento do ICMS de vários ou de todos os elos de comercialização 
de uma mercadoria forem antecipados, por disposição legal, para um contribuinte 
que ocupa o elo inicial nesta cadeia (fabricante, por exemplo), então teremos a 
figura da SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.
Substituição tributária é um sistema pelo o qual o ICMS devido durante todas as 
etapas de comercialização de um determinado produto são transferidas e agregadas 
em uma única etapa, ou seja, um único contribuinte torna-se responsável pelo recol-
himento do ICMS que irá incidir sobre o referido produto em todo o seu processo 
de comercialização. 
Exemplo:
As bebidas (refrigerantes, cerveja, chope, água e gelo) terão o recolhimento do 
ICMS realizado de forma antecipada pelo próprio fabricante ou pelo distribuidor 
dos referidos produtos. Caso o valor de venda desse tipo de produtos for superior 
àquele sugerido pelo fabricante ou então superior ao valor pactuado pela Secretaria 
da Fazenda do Estado de São Paulo, no caso específico do Estado de São Paulo, 
tal diferença deverá ser tributada, conforme as regras contidas nas Portarias CAT 
17/99 e 63/99, editadas pela própria Secretaria da Fazenda do Estado. Estas Portar-
ias disciplinam também os casos em que houver restituição do imposto retido, ou 
seja, aqueles casos em que o valor de venda dos citados produtos se der por preço 
inferior àquele sugerido pelo fabricante ou então inferior ao valor pactuado pelo 
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
12
b.2- Outros Tributos Estaduais:
Além dos tributos acima, temos também o Im-
posto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de 
Quaisquer Bens ou Direitos - ITBI; o Imposto sobre 
Propriedade de Veículos Automotores - IPVA.
C) - Tributos municipais:
c.1 - Imposto Sobre Serviços - ISS:
O Imposto sobre Serviços de qualquer na-
tureza é um imposto municipal incidente sobre 
prestação de serviços, conforme os termos da Lei 
Complementar no. 116, de 31/07/03, onde estão 
relacionados 233 tipos de serviços que podem 
ser tributados.
O Fato Gerador desse imposto é a prestação de 
serviços por empresa ou profissional autônomo, 
com ou sem estabelecimento fixo, conforme 
anexo com 233 serviços previsto na L.C. 116 
de 31/07/03. O que não fizer parte do anexo é 
tributado pelo exclusivamente pelo ICMS, caso 
tal prestação de serviços for acompanhada por 
fornecimento de mercadorias.
A Base de Cálculo do ISS é o preço de serviço. 
Se o serviço for prestado mediante trabalho pes-
soal ou então por empresa uniprofissional, o imposto será calculado por meio 
de uma taxa fixa anual.
Caso contrário, será aplicada uma alíquota variável, incidente sobre o fatura-
mento dos serviços, cujos percentuais variam de 02 a 05%.
O contribuinte é o prestador de serviços. Entretanto, muitas prefeituras tem 
estabelecidos em Lei Municipais que o tomador dos serviços deve efetuar o 
recolhimento através da retenção na fonte.
O local da prestação do serviço é o do estabelecimento do prestador do 
serviços, ou, no caso da construção civil, o do local da obra. Entretanto, tem sido 
13
adotado com grande freqüência a tributação pela alíquota fixada pelo município 
onde o serviço está sendo prestado, de forma a tentar combater a guerra fiscal 
entre municípios.
c.2- Outros Tributos Municipais:
Além dos tributos acima, temos também 
o Imposto sobre Propriedade Predial e 
Territorial Urbana - IPTU; o Imposto sobre 
Transmissão Inter Vivos, a Qualquer Título, 
por ato oneroso, de Bens Imóveis, por 
Natureza ou Acessão Física, e de Direitos 
Reais sobre Imóveis, Exceto os de Garan-
tia, Bem como Cessão de Direitos e sua 
Aquisição - ITIV.
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